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Comunidade acadêmica se articula contra projeto de privatização do ensino público

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Apresentado com pompa e circustância, num evento high tech em Brasília, como um plano que traria “liberdade” às universidades e institutos federais para buscar financiamentos privados a seus projetos de pesquisa, inovação e mesmo manutenção, o Future-se finalmente está sendo discutido pela comunidade acadêmica. Sim, porque o pacote de medidas que podem transformar (ou desestruturar) totalmente o ensino público superior no país foi montado por não se sabe quem dentro do Ministério da Educação, já que não teve participação dos principais atingidos: professores, alunos e funcionários das escolas.

Com consulta aberta por menos de um mês (vai até o próximo dia 15 de agosto), o projeto tem recebido críticas de todos os lados. Reuniões, assembleias e bate-papos estão sendo realizadas por todo Brasil e as conclusões em geral seguem a linha de ser, no fundo, um projeto de privatização das universidades e institutos federais (vejam abaixo link para debate HOJE) . Ao lado da “liberdade” de buscar recursos, vem a exigência de abrir mão da autonomia universitária na gestão desses recursos. Junto à promessa vaga de que “professores empreendedores podem ficar ricos”, projeto de lei paralelo segue rápido no Senado para permitir a demissão de servidores que “não atinjam a produtividade esperada”.

Pressionada pelos cortes efetivos de verbas (chamados de “contingenciamento” pelo governo) que já levaram a problemas graves como o corte de energia na Universidade Federal de Mato Grosso e ameaça de paralização da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pelo curto prazo de análise, pela recusa de dar posse aos primeiros colocados nas eleições internas ao cargo de reitor como aconteceu hoje na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, e pelo perigo iminente de represálias contra instituições que não aceitarem o projeto, a comunidade acadêmica prepara o terceiro Tsunami da Educação para o próximo dia 13 de agosto. As manifestações de rua prometem ser bem maiores do que as ocorridas em junho e devem juntar outros servidores públicos e demais setores da sociedade contra a escalada do fascismo e os ataques do governo e do bolsonarismo aos advogados, jornalistas, cientistas, índios, quilombolas e, finalmente, democratas. Vejam abaixo algumas das manifestações e eventos colhidas apenas hoje nas redes sociais:

Canal Resistentes esclarece dúvidas sobre o Future-se, hoje (05/08) às 19:00

Participantes do Programa:
Professor Valdemar Sguissardi – Universidade Federal de São Carlos.
Professor Huyra Estevão de Araujo – Instituto Federal de SP Campus Piracicaba.
Professor Alexandre Silva – Instituto Federal de SP Campus Piracicaba.

https://www.youtube.com/watch?v=rF-mjCTLNCw

 

Comunidade da UFPB realiza “funeral” do Future-se e da reforma da Previdência

Os cortes no orçamento da Educação, o programa Future-se e o projeto de reforma da Previdência serão “cremados” nesta terça-feira (6/8) no campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professores, servidores técnico-administrativos e estudantes vão realizar um velório simbólico durante todo o dia, em João Pessoa, para demonstrar o repúdio da comunidade universitária aos ataques do governo às instituições federais de ensino e aos direitos sociais e trabalhistas.

A atividade terá início às 9h, no Centro de Vivência do campus I. Os “corpos” serão “velados” em caixões durante toda a manhã e parte do período da tarde. Para as 11h30, está programada uma apresentação do Coletivo de Dança Redemoinho, com a performance “Se a Carapuça Servir”.

Às 16h, ocorrerá um “cortejo fúnebre” até a entrada do CCHLA, onde o velório ficará instalado até 19h, quando terá início um novo cortejo pelos centros de ensino do campus. Na sequência, os caixões irão retornar à entrada do CCHLA e haverá um ato crematório do Future-se, da reforma da Previdência e dos cortes no orçamento.

Deliberada pela plenária unificada dos segmentos da UFPB, no dia 25 de julho, a atividade tem como objetivo chamar a atenção da sociedade e mobilizar as diversas categorias contra os ataques do governo federal. A proposta também é convocar todos(as) para o 13 de agosto, Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência, que será marcado por protestos em todo o país.

Compõem a organização da atividade o Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb), o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).

SERVIÇO
“Funeral” na UFPB

Data: terça-feira, 6/8
Horários:
– 9h – Início da atividade no Centro de Vivência
– 11h30 – Apresentação do Coletivo de Dança Redemoinho, com a performance “Se a Carapuça Servir”
– 16h – Cortejo fúnebre até o CCHLA
– 19h – Cortejo pelos centros de ensino
– Encerramento com “ato crematório”

 

UNE e mais 186 entidades estudantis assinam nota contra o ”Future-se”

 

 

 

por Renata Bars.


Para os estudantes, programa anunciado pelo MEC vai na contramão dos anseios e necessidades da educação pública brasileira

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e mais 186 entidades estudantis entre DCEs, Centros Acadêmicos e Uniões Estaduais dos Estudantes lançaram neste sábado (3) nota sobre o programa ”Future-se” anunciado pelo MEC no último dia 17 de julho.

O documento  ressalta a importância da autonomia das universidades federais, assim como sua independência do setor privado. Para os estudantes, o programa vai na contramão dos anseios e necessidades da educação pública brasileira, diminuindo a responsabilidade do financiamento público e sem nenhuma consulta prévia à comunidade acadêmica.

” A proposta de captação própria é uma entrega das universidades à uma dependência do setor privado e uma desresponsabilização do governo de financiamento público à educação superior. Isso também significa retirar a autonomia didático-científica e administrativa das universidades, para ficarem cada vez mais à mercê de interesses privados que buscarão retornos de seus investimentos, acabando com a base de financiamento público da universidade”, diz a nota.

Você pode participar e assinar também. Acesse aqui a petição.

Confira na íntegra:

NOTA DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES(UNE), DAS UNIÕES ESTADUAIS DOS ESTUDANTE(UEES) E DOS DIRETÓRIOS CENTRAIS DOS ESTUDANTES SOBRE O PROGRAMA “FUTURE-SE”

A cada dia que passa tem ficado mais nítido para a população brasileira que o Governo Bolsonaro tem colocado a Educação no centro de seus ataques. Desde o início do ano nenhuma proposta concreta de política pública para o avanço da educação e a solução dos problemas nessa área foi proposto, pelo contrário, há uma perseguição ideológica, a disseminação de ódio e mentiras contra as universidades, institutos federais, escolas, professores e estudantes, e verbas foram cortadas, tanto do ensino superior quanto do básico.

Mas foi também, a partir do setor da educação, especialmente dos estudantes, que se levantaram as principais manifestações de oposição às medidas do governo e sobretudo em defesa da nossa educação, de mais investimentos, de maior cuidado com nossas instituições, e de um projeto educacional que possa garantir um futuro de desenvolvimento social a nossa nação com formação de qualidade, ciência e tecnologia para um país soberano.

É nesse cenário que recebemos com grande indignação e repudiamos a proposta do programa “Future-se” apresentado pelo Ministério da Educação no último dia 17 de Julho, estamos elaborando estudos mais apurados e detalhados acerca de todos os pontos desse projeto, mas inicialmente podemos destacar alguns motivos em geral que nos levam a essa posição:

1-  O governo nem sequer dá respostas sobre o problema imediato das universidades e institutos federais e quer criar um programa para o futuro (qual futuro?). Ao apresentar esse projeto, o MEC pretende jogar para as universidades e institutos federais a responsabilidade de captação via setor privado, reduzindo as responsabilidades do financiamento público, em um momento que essas instituições sofreram um corte de 30% em seu orçamento e correm sérios riscos de terem suas atividades paralisadas no próximo semestre, além de diversas pesquisas que já estão paradas por falta de bolsas para que os estudantes continuem trabalhando.

2-  O programa “Future-se” foi construído sem nenhum debate prévio com os setores que compõem a universidade: estudantes, professores, técnico-administrativos, reitores e pró-reitores. Fala-se em discussões com especialistas e empresários, mas em nenhum lugar se explícita quem são. Isso demonstra a que interesses servem a implementação desse projeto, certamente não são os da educação e do povo brasileiro. A criação da consulta virtual é, portanto, uma mera formalidade para apresentar um caráter democrático, mas que é notoriamente uma ferramenta superficial e insuficiente para esse debate, inclusive porque não se explica como será a análise das opiniões coletadas.

3-  Não há transparência no debate público do projeto. Na apresentação feita aos reitores, à imprensa e também no documento disponível para a consulta pública, faltam alguns elementos importantes que constam na minuta do projeto de lei do “Future-se” e outros que o próprio ministro só expôs depois através de entrevistas à imprensa, como por exemplo a possibilidade de contratação de professores sem concurso público e por regime da CLT.

4-  Um dos principais elementos omitidos é referente às responsabilidades das Organizações Sociais. O que não fica claro nas apresentações do MEC e no documento do “Future-se” é como as OSs poderão exercer atividades fim nas universidades, como contratação de professores, e gestão nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, e não só na gestão de serviços como energia, água, limpeza, etc. como se apontava inicialmente. Essa é a principal característica de uma verdadeira terceirização com rumo à privatização da universidade pública brasileira, pois cria uma verdadeira organização paralela dentro das instituições que atende a outros interesses, é o fim da autonomia universitária.

5-  A proposta de captação própria é uma entrega das universidades à uma dependência do setor privado e uma desresponsabilização do governo de financiamento público à educação superior. Isso também significa retirar a autonomia didático-científica e administrativa das universidades, para ficarem cada vez mais à mercê de interesses privados que buscarão retornos de seus investimentos, acabando com a base de financiamento público da universidade. O que pode reduzir as áreas de pesquisa, ensino e extensão somente àquelas que agradem mais aos mercados que tenham interesse em financiar determinadas universidades.

6-   É o fim da expansão das universidades e pode significar o desaparecimento das federais no interior. Justamente porque uma dependência do setor privado irá forçar a concentração dessas instituições próximas dos grandes centros industriais e financeiros, criando inclusive grandes distorções regionais.

Por fim, entendemos que esse projeto se apresenta com uma máscara de muitas complexidades, entupida de conceitos empresariais, mas vazio de qualquer citação à projetos pedagógicos, categorias científicas e outros elementos fundamentais para uma universidade forte e que sirva ao povo brasileiro. Mas primeiro, por ignorância, repete uma série de atividades que já existem nessas instituições, como os reitores tem insistido, e em segundo propõe descaradamente, embora o ministério tente esconder, um projeto liberal e privatizante para a universidade brasileira, que inverte a lógica que seguimos em toda história da educação brasileira e que tem feito, com investimento público, das nossas universidades federais as melhores do país, responsáveis por grande parte da pesquisa brasileira e referências no mundo todo.

Seguiremos exigindo a devolução imediata das verbas da nossa educação e em defesa da universidade pública e gratuita, com garantia do tripé do ensino, pesquisa e extensão e que tenha um profundo enraizamento com a sociedade na garantia de melhorias para o nosso povo e a soberania do nosso país.

UEB- UNIÃO DOS ESTUDANTES DA BAHIA

UEE-SP

UEP- União dos Estudantes de Pernambuco Cândido Pintor

UEE – RJ

UCE

UEE LIVRE RS

UPE

UEE – AM

UEE – MG

UEE livre Maranhão

DCE LIVRE DA USP

Diretório Central das e dos Estudantes Livre Carlos Marighella – UESC

DCE UNIJUI Santa Rosa

DCE UFRN

DCE UFOB

-DCE UFBA

-DCE UFF

-Dce UFMT/Rondonópolis

DCE UFOP

DCE UNESPAR

DCE UNICAP

CEU IFRS Viamão

CEU IFRS Rio Grande

DCE IFRS Bento Gonçalves

DCE IFRS Caxias do Sul

DCE IFRS Feliz

DCE IFRS Rolante

DCE UFPel

CEC Unipampa Alegrete

DCE Feevale

DCE UCS

DCE Unicruz

DCE Ulbra

DCE IFRS Porto Alegre

– DCE SOPECE

– DCE Uninabuco Paulista

– DCE Faculdade Nova Roma

– DCE UNIRIO

– DCE UNIMONTES

– CAHIS UFPEL

DCE UNIP

DCE Livre UNINOVE

DCE FMU FIAM FAAM – Dina do Araguaia

DCE MACKENZIE

CES (Centro dos Estudantes de Santos e Região)

DCE UNIITALO

DCE UNICID

DCE Livre da USP – Honestino Guimarães

DCE FATEC

DCE UFABC

DCE UNIFESP

DCE UNISO – Alexandre Vanuchi Leme

DCE UNITAU

DA CASPER LIBERO – Vladmir Herzog

DA FDSBC

DCE ANHANGUERA Campinas & Região

DCE UNICAMP

DCE UESPI

DCE UFRJ

DCE UFPI

DCE UFGD

Diretório central dos estudantes da UFRPE – Odjas Carvalho de Souza

Diretório Central dos estudantes da UPE- Prof Paulo Freire

DCE UFPA

DCE UFOPA

DCE UFRA

DCE UNIFESSPA

DCE UEPA

DCE UNAMA

DCE UFMA

DCE UEMA

DCE Estácio

DCE UFAC

DCE UFMT/SINOP

DCE UFMT/VARZEA GRANDE

DCE UNIFOR

DCE UFC

DCE Estacio CE

DCE UFOP

DCE UFU

DCE UFJF

DCE UFMG

DCE UFRPE

DCE UPE

DCE Facig

DCE Estácio Recife

DCE Famasul

DCE Unicap

Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) campus Grande Florianópolis

Diretório Central dos Estudantes da Universidade federal da Fronteira sul

DCE Fabeja

DCE Facho

DCE Fafire

DCE UFERSA

DCE UFES

DCE da Unilab-Ce

DCE José Montenegro de Lima-IFCE

DCE Centec- Quixeramobim

DCE Ciswal Santos – Fatec Cariri

DCE da Faculdade de Juazeiro do Norte

DCE IFRS Osório

DCE UniCruz

DCE ULBRA RS

DCE Ideau Caxias do Sul

DCE UFRN

– DCE UFPI

– DCE UFABC

-DCE IFPI

– DCE UFFS Erechim

– DCE UFRGS

DCE UFG

Centro Academico de Letras – Francês UFAM

Centro Acadêmico da Escola de Comunicação UFRJ (CAECO)

DCE UFPR

DCE UNIFACS

CA de engenharia ambiental e sanitária do IFCE – Maracanaú

CA de engenharia de controle e automação do IFCE – Maracanaú

Centro Acadêmico Luísa Mahin – Pedagogia UFF/Angra

Centro Acadêmico Manoel Moraes – Políticas Públicas UFF/Angra

Centro Acadêmico do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades- Unilab/Ce

Centro acadêmico de letras da Unilab/Ce

Centro Acadêmico de Engenharia Mecânica do IFBA – Jequié

DCE UESB – Jequié

Centro Acadêmico de Letras Pedro Rodrigues Salgueiro – IFCE Campus Umirim

Centro Acadêmico de Tecnologia em Alimentos-Fatec Cariri

Centro acadêmico Batista Neto – Ciências sociais – UFC

DCE FJN – Faculdade de Juazeiro do Norte

Centro Acadêmico Nilo Peçanha – Gestão Pública IFSP

Centro Acadêmico Centro Acadêmico de História Maurício Manoel de Albuquerque (CAMMA/UFRJ)

Centro Acadêmico de Ciências Sociais – Heloísa Manzano UFT – Porto Nacional

Centro Acadêmico Cândido de Oliveira – (FND/UFRJ)

  • Centro Acadêmico de Gestão de Turismo- DE TODAS AS VOZES- IFCE CAMPUS CANINDÉ.

DCE UPF

– Diretório Acadêmico América Latina Livre IFCH UPF

– Diretório Acadêmico Santo Agostinho Faculdade de Educação UPF

– Centro Acadêmico de História Assentamento 10 de Abril – Universidade  Regional do Cariri

– DCE UFV

– Centro Acadêmico de Pedagogia UPE – Campus Garanhuns

– Centro Acadêmico de Psicologia UPE – Campus Garanhuns

-Centro acadêmico de História, CAHIS UFPI, Teresina.

– CACOS Vladimir Herzog – UEPB

– Centro acadêmico de Ciências Sociais UFPI

– CAXIM|UFG

–  DCE UFRJ

– CAFIL UFCG

– CA de Pedagogia UFCG

– CA de Nutrição UFCG Cuité

– DCE UFMT Cuiabá

– CA de Ciência e Tecnologia da UFBA

– DA de História da UNEB Campus IV (Jacobina)

– Diretório Acadêmico Carlos Gomes – Faculdade de Artes e Comunicação UPF

– Diretório Acadêmico de Física da UNICAP – Padre Machado

– Diretório Acadêmico de História da UNICAP – Maria da Glória Dias Medeiros

– DAFA U

FRGS

– CA Xico Sá de Jornalismo UFCA

– CA de Matemática UFCG

– Centro Acadêmico de Pedagogia – CAPED/UFPI

– Centro Acadêmico de Letras Torquato Neto – CALTNe/UFPI

-Centro Acadêmico de Moda, Design e Estilismo, CAMDE/UFPI

-Centro Acadêmico de Enfermagem, CAENF/UFPI

-Centro Acadêmico de Biologia, CABIO/UFPI

– Diretório Acadêmico de História Tamires Suriel (DAHIS UFRRJ – Seropédica)

– Diretório Acadêmico de Geografia (DAGEO- UFPE)

– DCE UNISUAM

– Federação do Movimento Estudantil de História – FEMEH

– Centro Acadêmico Cromwell de Carvalho (CACC), Direito/UFPI

– Centro Acadêmico de Física – CAFIS/UFPI

-Centro acadêmico de História, CAHIS UFMG

– DCE Unisãomiguel

– Centro acadêmico de educação física, CAEF/UFPI.

– DCE CEFET/RJ

– CA de Linguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais CALEA CEFET/RJ

– CAEng CEFET/RJ Campus Nova Iguaçu

– Centro Acadêmico de Turismo – CAT CEFET/RJ Campus Petrópolis

– Centro Acadêmico Afonso Ricardo Vaz – Física CAARV CEFET/RJ Campus Petrópolis

– CA de Gestão de Turismo – CATur CEFET/RJ Campus Nova Friburgo

– CA de Fisica – CAFIS CEFET/RJ Campus Nova Friburgo

– Centro Acadêmico de Pedagogia – UFPA

– Centro Acadêmico de Educação do Campo, CA – LEDOC/UFPI.

– DCE UEZO

– Centro acadêmico de farmácia – GALENOS DO OESTE/UEZO

– CAHIS USP

– CAHIS UEPA CAMPUS XI

– Centro acadêmico de Engenharia Florestal, CAEF UFPI/CPCE, Bom Jesus-PI.

– DCE Luis Travassos – UFSC

– Centro Acadêmico de Arqueologia – CAARQ/UFPI

– Diretório Acadêmico das Licenciaturas do IFSP – DALC

– Centro Acadêmico de História- CAHIS UFF

– CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA (CAHIS) – UFF NITERÓI

– CAHIS Unimontes – MG

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Nota da ABI – Bolsonaro mente na ONU e envergonha o Brasil

No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.

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No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.
Sem qualquer compromisso com a verdade, o presidente afirmou que seu governo pagou um auxílio emergencial no valor de mil dólares para 65 milhões de brasileiros carentes, durante a pandemia. O auxílio foi de 600 reais.
Bolsonaro mentiu
O presidente responsabilizou, ainda, índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e no Pantanal, que alcançam níveis nunca antes vistos no País. Todas as investigações, inclusive de órgãos oficiais, indicam que fazendeiros estão na origem das queimadas.
Como se vê, de novo Bolsonaro mentiu.
O presidente transferiu a responsabilidade para governadores e prefeitos pelos quase 140 mil mortos vítimas do coronavírus. Todo o país é testemunha de sua leviandade, ao classificar a pandemia de “gripezinha” e ir na contramão dos procedimentos defendidos pelas autoridades de Saúde.
Assim, mais uma vez Bolsonaro mentiu.
A ABI, com a autoridade de seus 112 anos de existência em defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional, repudia esse comportamento que vem se tornando recorrente e conclama o povo brasileiro a não aceitar o verdadeiro retrocesso civilizatório que o governo está impondo ao País.
Paulo Jeronimo – Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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Hilário Ab Reta Awe Predzaw e a história de um povo, historicamente, moído pelo ódio ou indiferença

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Por Diane Valdez, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, militante do Movimento de Meninos(as) de Rua e Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno

 

 

Hilário Ab Reta Awe Predzaw, 43 anos, morador da Aldeia Xavante N. S. de Guadalupe, em Barra do Garças, Mato Grosso, morreu na madrugada de 18 de junho de 2020, vítima do descaso governamental que permitiu a chegada do Coronavírus em sua comunidade. Era aluno do 5º período do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Sua tia morreu há pouco mais de uma semana vítima do mesmo descaso, a mãe e seus dois irmãos, seguem contaminado pelo vírus, assim como outros Xavantes e outras pessoas de etnias indígenas de todo o Brasil.

Hilário entrou na UFG, pelo sistema de cota para indígenas, no ano de 2018. Chegou com o já conhecido atraso histórico de acesso dos povos originários no ensino superior, ainda que a UFG seja uma das universidades públicas que tem buscado cumprir com o direito de povos indígenas ao ensino universal, o acesso e a permanência ainda sofrem de fragilidade.

A trajetória de Hilário, na UFG, não se limitou às dificuldades ocasionadas pela pobreza, como muitos de nossas/os alunas/os enfrentam. A academia era um outro mundo, distante de sua comunidade, não só em quilômetros, como também em movimentos culturais, sociais e políticos. Talvez essa distância, o fazia um aluno reservado e observador, sem abrir mão da seriedade e interesse pelo conhecimento.

Era umas das lideranças de seu povo, portanto, sabia da responsabilidade que assumia frente a comunidade, ele seria um professor, um educador de seu chão, de sua gente. Hilário trabalhava em uma escola, com o formato de um Tatu Bola, na sua aldeia, trabalhava na área de serviços gerais, em breve voltaria como Professor!

No primeiro ano de curso, Hilário, na desconfiança de seu silêncio indígena, que não significava submissão, tentava se inserir no mundo acadêmico. Veio um tempo, que largou tudo e voltou para a aldeia, não por opção dele, mas por opção deste desgoverno que é incansável na destruição de direitos dos povos originários.

O Ministério da Educação e Cultura, suspendeu todas as bolsas de permanência para a população indígena e quilombola. Um grupo de alunas e professoras se juntaram, arrecadaram dinheiro e o trouxeram de volta para a Faculdade. Foi feita uma mobilização de docentes e discentes sensibilizados e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG, cumprindo seu importante papel, disponibilizou uma bolsa e outros auxílios emergenciais.

Nessa ocasião, quando perguntado sobre o porquê de não falar nada dos problemas para colegas, e voltar para sua comunidade, Hilário disse que achava que ninguém sentiria falta dele.

No segundo ano, trouxe seu curumim para estudar em Goiânia, começou a trabalhar como intérprete na escola, acompanhando seu filho na dificuldade com a lingua. Era visível seu orgulho de exercer a função de intérprete. Lutou e enfrentou as diferenças que separavam as culturas e, como muitos, guerreou como seus ancestrais, para não perder seu lugar de legítima conquista.

No início da Pandemia, que começou junto com o semestre letivo, Hilário resistiu em voltar para sua comunidade, tinha medo das aulas retornarem e ele não estar presente na Faculdade, isso aponta o lugar que a UFG ocupava em sua vida. Quando percebeu que seu povo não estava acreditando na letalidade do vírus, retornou para alertar todos sobre o perigo. A UFG, cumprindo seu papel de instituição pública, providenciou o transporte para seu retorno no Mato Grosso.

Em maio, informou para duas amigas, que sua comunidade precisava de cobertores, pois fazia muito frio, e seu povo estava adoecendo. Elas mobilizaram, imediatamente, uma Vakinha On Line, onde arrecadou-se pouco mais de três mil reais, no entanto, como o total da arrecadação demora para ser liberado, emprestaram dinheiro e compraram os cobertores de forma mais hábil, enviando-os dia seguinte.

Os sintomas que atingia a comunidade, febre, falta de ar etc. já indicavam que era Coronavírus, no entanto, isso não foi motivo de interesse governamental, que poderia ter evitado o alastramento do vírus.

Ao apresentar os sintomas da doença, Hilário mostrou-se resistente em ir para o hospital, tinha dificuldade de aceitar o tratamento “dos brancos”. Acreditava nos rituais de seu povo, no tratamento natural que conhecia há tempos. Por outro lado, a histórica resistência dele, fazia todo sentido, pois sabemos como os povos indígenas são tratados neste país tão indígena que não se reconhece como indígena. Foi convencido a ir para o hospital e, na última conversa com as amigas em chamada por vídeo, estava muito escuro, e a família arrumou uma lanterna para as meninas verem o rosto dele, que disse para elas, em lágrimas, que estava somente suado, quando perguntado se estava com medo, disse que sim, que estava com muito medo…

A ida para o hospital foi acompanhado de longe pelas amigas, falavam sempre com a Assistente Social que afirmava que Hilário estava se recuperando, que receberia alta a qualquer momento. Nessa madrugada, ao pedirem informações sobre o amigo no hospital, alguém disse que alguém havia morrido, mas não sabia o nome. O nome de mais um número morto é Hilário Ab Reta Awe Predzaw, que deixou a mulher, filhos e todo seu povo Xavante.

O acesso dos povos indígenas ao ensino superior é recente, no entanto, é marcado por extrema coragem e resistência, pois o mundo acadêmico não é de todo um espaço acolhedor. Ainda que a dureza prevaleça na universidade, Hilário encontrou solidariedade e amizade na Faculdade de Educação, ainda que não seja uma solidariedade coletiva, foi construído uma rede de apoio, tanto de alunas/os, como também de docentes, isso pode ter aliviado sua dura estrada longe de seu chão.

Hilário não morreu porque “chegou a hora dele”, morreu por não ter o direito de ser mais um indígena, digno de necessários cuidados. Hilário, era um homem parte do “povo indígena”, um povo invisibilizado, injustiçado, espezinhado, humilhado e, odiado por este desgoverno.

Um povo com suas terras ameaçadas e roubadas pelo latifúndio, mortos por pistoleiros do agronegócio, ironizado e menosprezado por representantes deste desgoverno, ignorado por gente nativa que se acha descendente de europeus, machucados por todos que acham que universidade não é lugar de indígenas.

Não sei falar de fé, nem de ‘destino’, nem de coragem para aliviar o cansaço de um tempo incansavelmente dolorido. Ironicamente, para não dizer, funestamente, o tal ministro da educação, que afirmou odiar a expressão “povos indígenas”, ampliando seu descaso com a educação, revogou hoje [H OJ E], (19/06) a portaria assinada pelo ex-ministro de educação, Aluísio Mercadante, que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. Hilário, estaria fora da pós-graduação, se dependesse deste ser desumano.

Quando lanternas começaram a iluminar caminhos de direitos para esta população, no interior de nossas universidades públicas, ainda que timidamente, um furacão de perversidade em formato de governo, dá pontapés e pisa, moendo, as possibilidades de justiça. Feito bandeirantes, grupos genocidas a frente das decisões da nação, estimulam a morte em todos os formatos. Deixar que o coronavírus atue, sem controle, é a proposta de morte atual para os povos originários.

Como Hilário, temos medo, muito medo, mas agarremos as lanternas, e assumimos nosso lugar na defesa dos povos indígenas, não os condenando a escuridão, como muitos fazem.

Hilário Ab Reta Awe Predzaw presente!

Este texto foi escrito com informações coletadas com as alunas, companheiras de Hilário, da turma do quinto período de Pedagogia da Faculdade de Educação/UFG, Dorany Mendes Rosa e Raysa Carvalho.

A elas e a toda turma, meu carinho e solidariedade.

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