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Comportamento

BBB18 tem três mulheres de esquerda

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O que está acontecendo para que o BBB 2018 tenha escolhido pelo menos três mulheres de esquerda e um bolsonarista para reunir em sua casa? É ingenuidade imaginar que a Globo não tenha traçado um objetivo neste ano eleitoral. Como o povo, ela também não é boba. O fato é que, para surpresa geral é isso o que aconteceu e já gera polêmica e mexe com as redes sociais. Elas estariam enchendo a bola de um produto do inimigo ao participarem do BBB?

A cientista política mineira Mara Telles, de 53 anos, por exemplo, que tinha 13.600 seguidores na quinta-feira, 18, quando foram anunciados os participantes escolhidos, viu seu número de seguidores no Facebook saltar para mais de 15.500 poucas horas antes de começar o reality show nesta segunda-feira. Na casa do BBB, a inquieta Helcimara Telles, que passou a se identificar como Mara há algum tempo, certamente vai estreitar amizade com a estudante acreana de Psicologia, Gleiciane Damasceno, a Gleici, de 22 anos, e a jornalista paulista Nayara de Deus, nascida em Santo André, que hoje mora no Centro de São Paulo com um amigo e dois gatos, pois elas têm em comum o fato de serem de esquerda.

Já o simpatizante de Bolsonaro, no caso, é o publicitário paulista Breno Caruso, de 34 anos, que, apesar de ser budista e professor de Muay Thai, já mostrou simpatia pelo deputado federal carioca Jair Bolsonaro em sua página no Facebook. Caçula de uma família com dois irmãos, ele voltou a morar com os pais há pouco tempo. “Comigo não tem tempo ruim, sou pau para toda obra. O problema é que minha sinceridade às vezes afasta as pessoas”, confessa. Há alguns anos ele publicou críticas ao homossexualismo.

Logicamente, imediatamente após serem anunciados os nomes dos participantes, as suas vidas passaram por mudanças e todos se fecharam em copas. Afinal, o BBB tem suas regras, que devem ser obedecidas rigidamente, por isso não puderam falar com jornalistas e suas postagens nas redes sociais dão a entender que passaram por um processo de pasteurização. “Existem regras de convivência que, se forem quebradas…” chegou a dizer Nayara ao Diário do Grande ABC. Mas o polêmico caldo da repercussão da escolha de seus nomes dá bom material para muitos cientistas políticos se debruçarem longamente.

 

 

 

Trending Topic

Tão logo foram anunciados os nomes, Mara Telles começou a bombar nas redes sociais, a ponto de poder anunciar na noite do dia 18 que era Trending Topic no Twitter. Afinal, Mara é uma figura polêmica e parece que gosta de ser assim. O fato é que à medida em que a notícia ia correndo nas redes aumentavam as manifestações em torno de Mara, principalmente entre o público de esquerda. “Sou capaz de ser cientista política, mas também sou capaz de me divertir” disse disse logo após um giro por praias baianas. Formada em História, em Belo Horizonte, ela fez pós-doutorado em Madri e Salamanca, na Espanha. “No BBB pretendo debater temas do universo feminino”, adiantou. Para isso, ela conta com o apoio até de Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação no governo Dilma.

Discussão na rede

Ao anunciar a escolha de Mara em sua página no Facebook o cientista político Rudá Guedes Ricci gerou uma tremenda discussão, com amigos se posicionando a favor ou contra a participação de Mara no BBB. “Foi uma surpresa geral, gerando centenas de curtidas e comentários. Parte significativa apoiou Mara, gente que a conhece. Outros achavam que era uma jogada da Globo para atrair um público de esquerda, e um grupo menor, como o pessoal da Reconstrução Comunista, achou um absurdo o fato de uma professora universitária estar participando do reality show da Vênus Platinada. Querem enquadrá-la. Foi divertido”, contou Rudá, que está acostumado a lidar com assuntos polêmicos.

Não é à toa que ele conta com cerca de 50 mil seguidores e se orgulha de ter conseguido a marca de mais de 2,4 milhões de acessos ao dar furos em sua página num sábado de 2014 durante os momentos mais quentes da disputa eleitoral para a presidência da República.

“A verdade é que a Mara coloca o dedo na ferida, porque a Sociologia é uma coisa muito aristocrática. O impacto de sua presença no BBB vai ser muito grande, porque ela muda a linguagem, não usa o sociologuês e, sim, uma linguagem mais acessível. É o tal negócio, qual a vantagem de escrever para meia dúzia? Qual a diferença entre a exposição e exibicionismo no BBB e a exposição e exibicionismo no Facebook?, pergunta Rudá.

Reprodução de página pessoal no Facebook

Mara Telles, cientista política pode causar no BBB

Irônica, ácida e crítica

“Mara é uma figura irônica, uma acadêmica assumidamente de esquerda. É bastante respeitada por entender muito sobre o processo eleitoral”, afirmou o jornalista Kerison Lopes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de MG e ex-aluno num curso de pós-graduação em Marketing Político, criado por ela mesma no Departamento de Ciências Políticas da UFMG, especialidade que abraçou a ponto de ter alguns livros editados sobre assunto. “Ela não é ligada a partido político e é de uma inteligência rara, estudiosa e bastante interativa em suas ações. É uma pessoa crítica e ácida”, acrescentou Kerison ao comentar o que teria levado Mara ao BBB. “Tenho certeza que ela vai causar no BBB com suas tiradas”.

 

Reprodução de página pessoal no Facebook

Nayara de Deus, uma ativista social paulista

Nayara, a multifuncional

Outra pessoa bastante crítica é a jornalista e ativista Nayara de Deus, que

participou dos grupos de apoio à Ocupação Mauá, em São Paulo, na luta pelo direito à moradia, e chegou a fazer assessoria de imprensa do Festival Afro Music em maio do ano passado, no Teatro Contêiner, na capital paulista. Orgulhosa, chegou a contar que ajudou a fazer com que todos os envolvidos na produção do evento fossem negros. Nayara gosta muito de escrever, o que, certamente, a levou a produzir artigos e matérias para os Jornalistas Livres. Foi dela, por exemplo, uma matéria sobre a ocupação da Câmara de São Paulo por 48 horas no ano passado, em defesa do patrimônio público dos paulistas. Aqui escreveu também sobre o golpe contra o governo Dilma Rousseff.

Nayara tem 33 anos e trabalha no setor financeiro de uma multinacional francesa e se vira ainda como hostess de um restaurante e revisora de textos. “Ela é uma pessoa que fala o que pensa, mas não é radical”, chegou a afirmar Kauê Moreira, de 34 anos, que divide um apartamento com Nayara.

Reprodução de página pessoal no Facebook

Gleici não esconde suas preferências políticas

 

A acreana Gleici

Já a acreana Gleici Damasceno mistura seus estudos na Faculdade de Psicologia em Rio Branco com a militância na Juventude Negra do PT, como ativista dos Direitos Humanos e na defesa do feminismo. Um selfie seu ao lado de Lula, postado na sua página do Facebook, deixa clara sua posição política. “Tudo o que passei na vida não me permite abaixar a cabeça. Entrei no BBB porque quero representar histórias como a minha”, deixou claro.

Globo busca novo estilo

Para o cientista político Rudá Ricci, um paulista radicado em Minas há 25 anos, a inclusão de pessoas de perfil nitidamente de esquerda mo BBB mostra que a Globo vem buscando um novo estilo e, com a posição ousada, mostra que está apostando no ano eleitoral e na polarização entre Lula e Bolsonaro para estimular o debate.

“Ela quer dar uma repaginada. Se tivéssemos a presença de tucanos não seria novidade. Por isso deram um recorte ideológico num momento em que Lula entra firme na campanha, seja qual for o resultado do julgamento no TRF4. Ela aposta no debate e na polarização ao colocar um bolsonarista no meio de mulheres de esquerda”, disse o ex-professor da PUC-Minas e presidente do Instituto Cultiva, uma instituição voltada para a educação e a gestão pública.

#BBB

#BBB18

#MulheresdeEsquerdanoBBB

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1 Comment

1 Comments

  1. realista@hotmail.com

    23/01/18 at 2:00

    Esse povo mortadela de esquerda vê conspiração em tudo. Ô raça ! Deixem a TV Globo em paz ! Paranóicos ! Neuróticos ! Masoquistas !

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Comportamento

Quilimérios, um povo isolado entre belas rochas de Minas

Vídeo revela os moradores remanescentes que habitam há quase dois séculos uma área próxima à divida com a Bahia

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Quem percorre o Vale do Jequitinhonha no extremo Nordeste de Minas, quase divisa com o sul da Bahia, vê ao longe um conjunto de belas pedras de granito como se tivessem sido despencadas numa chuva de meteoritos. É difícil passar por ali e conter a vontade de ir ver de perto, afinal, a pacata e hospitaleira cidade de Rubim fica logo ali. Pois bem, foi neste belo lugar que um antigo quilombo volante, certamente vindo do interior da Bahia, resolveu se fixar de vez, esquecendo-se do tempo e da chamada civilização, vivendo ali esquecido, isolado. São os Quilimérios, um nome de origem desconhecida.

Uma equipe de cineastas e jornalistas de Belo Horizonte esteve lá e fez o interessante curta-metragem chamado Quilimérios, um documentário de 24 minutos que trata da história deste povo que vive isolado desde o século XIX, na parte mineira do Vale do Rio Jequitinhonha, que logo depois deságua no litoral baiano. Escondidos entre altas pedras de lugares quase inacessíveis, os Quilimérios ainda são desconhecidos por muita gente que vive até mesmo na própria região.

O curta Quilimérios conta um pouco da história deste povo, mostra cenários deslumbrantes e lugares quase intocados do Baixo Jequitinhonha, filmados praticamente com celular e drone, “o que o torna um produto experimental e inovador”, afirma Emerson Penha. O diretor do curta revela que ir a esta comunidade e fazer o documentário foi muito significativo: “É impressionante, nos dias de hoje, com tanta tecnologia, um povo permanecer isolado. Por outro lado, é importante poder mostrar que o mundo tem lugar para todos, independentemente do seu jeito de ser e viver. Todos têm direito a viver como desejam e isso precisa ser respeitado”, observa.

Na região do Baixo Jequitinhonha, divisa entre Minas Gerais e Bahia, as pedras gigantes marcam o caminho do rio. A muralha natural isola tudo, até mesmo a passagem do tempo. Nesse cenário, os Quilimérios vivem como no século XIX. Para eles, o isolamento foi a única opção e até hoje o mistério de sua existência permanece. A explicação sociológica mais razoável é que seriam remanescentes dos quilombos volantes, grupos nômades formados por afrodescendentes que escapavam do cativeiro, indígenas expulsos de suas terras e mesmo brancos que fugiam das cidades por diversas razões.

A história que se conta entre várias gerações na região de Rubim, cidade mais próxima e de pouco mais de 10 mil habitantes, é que esse grupo de pessoas foi formado a partir da fuga de um ex-escravo, Juca Preto, contratado por um fazendeiro da vizinha cidade de Pedra Azul para matar alguém importante. Após cometer o crime, Juca fugiu para a região onde seus descendentes vivem até hoje e que permanece quase inacessível. Ali só se chega a pé ou a cavalo. Na fuga, Juca levou uma índia, com quem teria dado início à família dos Quilimérios. São pessoas muito reservadas, que cultivam costumes antigos e têm hábitos comportamentais como o casamento endogâmico. Atualmente restam apenas alguns quilimérios remanescentes, já que as novas gerações vêm se transferindo para Rubim.

Quilimérios é um filme de Emerson Penha, com música de Túlio Mourão, fotografia de Fábio Damasceno, produção de Zu Moreira, edição de Rafael Diniz (Fiel) e argumento de Tião Soares.

Confira o vídeo acima indo ao Youtube.

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Chacina

Cuiabá nas ruas contra do racismo, o fascismo e o genocídio

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Da: MediaQuatro especial para os Jornalistas Livres

Desde de 2019, com as manifestações contra os cortes na educação e a deforma da previdência, Cuiabá não juntava tanta gente nas ruas. E talvez nunca tenha havido tamanho contingente policial, incluindo helicóptero, para o improvável caso de “vandalismo”. Mas era mesmo de se esperar. Afinal, o racismo estrutural brasileiro em uma das capitais mais conservadoras do país exige que se trate os pretos e pretas sempre como potenciais criminosos. BASTA! O país não pode mais conviver e não conseguirá sequer viver como nação integral enquanto houver preconceitos que se refletem em práticas cotidianas e políticas públicas que oprimem e excluem a maior parte da população.

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

Chegamos a um ponto no Brasil que não é mais suficiente não ser racista. É preciso lutar contra o racismo, nas ruas, nas redes, nos campos e nas casas. E a luta antirracista é central na derrubada do governo Bolsonaro e suas políticas genocidas na economia, na segurança pública e na saúde. Foi por isso que, apesar da necessidade de se intensificar o isolamento social, fomos à Praça Alencastro e marchamos pelas avenidas Getúlio Vargas, Marechal Deodoro, Isaac Póvoas e BR 364 para retornarmos à Praça da República sem qualquer incidente.

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

Assim como em outras cidades e estados por todo o Brasil, em Cuiabá e Mato Grosso os negros e negras são maioria e são exatamente os corpos pretos os mais encarcerados, os pior pagos, os que vivem nos lugares mais distantes, os que mais precisam trabalhar fora de casa durante a pandemia (e muitas vezes sem sequer os equipamentos de proteção adequados) e os que mais são atingidos pela Covid-19. Isso não é uma coincidência. É resultado de quase 400 anos de escravidão formal, que em Mato Grosso também vitimou indígenas em larga escala, e de uma abolição inconclusa que indenizou os “proprietários” de pessoas mas nunca pagou a dívida histórica com quem sente na pele seus efeitos até hoje.

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

É fato que o assassinato do estadunidense negro George Floyd foi o estopim dos protestos antirracistas em todo mundo e também no Brasil, onde houve atos em pelo menos 20 cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. Mas por aqui, as mortes do menino Miguel, do adolescente João Pedro e dos jovens em Paraisópolis, só pra citar alguns casos mais representativos nos últimos seis meses, demonstram cotidianamente o que significa ser alvo do preconceito, da polícia e das políticas.

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

Desse modo, derrubar o governo o quanto antes o governo do fascista que ocupa a presidência é indispensável para conseguirmos combater a epidemia de forma minimamente eficiente. E tirar apenas o presidente não é suficiente, porque seu vice e ministério são igualmente racistas, como está provado em entrevistas antes mesmo das eleições, em pronunciamentos em eventos e na fatídica reunião ministerial.

Texto e fotos: www.mediaquatro.com

Enquanto não derrubarmos as políticas estúpidas da “guerra às drogas”, do encarceramento em massa, da concentração de renda, do agronegócio acima da agricultura familiar, não há presente para o país. E enquanto não investirmos em políticas públicas de igualdade racial e de gênero, de proteção às minorias e à diversidade, e de promoção dos direitos humanos a TODOS e TODAS, incluindo a punição de policiais assassinos, milicianos e racistas, não haverá futuro também.

 

 

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#EleNão

Os camisas negras de Bolsonaro

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Mais de 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e 3 milhões de homens foram submetidos ao assassinato e à tortura de forma programada pelos nazistas com o objetivo de exterminar judeus e outras minorias. Nos primórdios da Itália fascista, os camisas negras – milícias paramilitares de Mussolini – espancavam grevistas, intelectuais, integrantes das ligas camponesas, homossexuais, judeus. Quando a ditadura fascista se estabeleceu, dez anos antes da nazista, Mussolini impôs seu partido como único, instaurou a censura e criou um tribunal para julgar crimes de segurança nacional; sua polícia secreta torturou e matou milhares de pessoas. Em 1938, Mussolini deportou 7 mil judeus para os campos de concentração nazista. Sua aliança com Hitler na 2ª Guerra matou mais de 400 mil italianos.

Perdoem-me relembrar fatos tão conhecidos, ao alcance de qualquer estudante, mas parece necessário falar do óbvio quando ser antifascista se tornou sinônimo de terrorista para Jair Bolsonaro. Os direitos universais à vida, à liberdade, à democracia, à integridade física, à livre expressão, conceitos antifascistas por definição, pareciam consenso entre nós, mas isso se rompeu com a eleição de Bolsonaro. O desprezo por esses valores agora se explicita em manifestações, abraçadas pelo presidente, que vão de faixas pelo AI-5 – o nosso ato fascista – ao cortejo funesto das tochas e seus símbolos totalitários, aqueles que aprendemos com a história a repudiar. Jornalistas espancados pelos atuais “camisas negras” estão entre as cenas dessa trajetória.

A patética lista que circulou depois que o deputado estadual Douglas Garcia(PSL-SP) pediu que seus seguidores no Twitter denunciassem antifascistas mostra que o risco é mais do que simbólico. Depois do selo para proteger racistas criado pela Fundação Palmares, e das barbaridades ditas pelo seu presidente em um momento em que o mundo se manifesta contra o racismo, e que lhe valeram uma investigação da PGR, essa talvez seja a maior inversão de valores promovida pelos bolsonaristas até aqui.

A ameaça contida na fala presidencial e na iniciativa do deputado, que supera a lista macartista pois não persegue apenas os comunistas, tem o objetivo óbvio de assustar os manifestantes contra o governo e de açular as milícias contra supostos militantes antifas, dos quais foram divulgados nome, foto, endereço e local de trabalho.

É a junção dos “camisas negras” com a Polícia Militar, que já se mostrou favorável aos bolsonaristas contra os manifestantes pela democracia no domingo passado em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que vem praticando o genocídio contra negros impunemente no país desde sua criação, na ditadura militar, muitas vezes com a cumplicidade da Justiça, igualmente racista.

Como disse Mirtes Renata, a mãe de Miguel, o menino negro de 5 anos que foi abandonado no elevador pela patroa branca de sua mãe, mulher de um prefeito, liberada depois de pagar fiança de R$ 20 mil reais, “se fosse eu, a essa hora já estava lá no Bom Pastor [Colônia penal feminina em Pernambuco] apanhando das presas por ter sido irresponsável com uma criança”. Irresponsável. Note a generosidade de Mirtes com quem facilitou a queda de seu filho do 9º andar.

Neste próximo domingo, os antifas vão pras ruas. Espero não ouvir à noite, na TV, que a culpa da violência, que está prestes a acontecer novamente, é dos que resistem como podem ao autoritarismo violento. Quem quer armar seus militantes, e politizar forças de segurança pública, está no Palácio do Planalto. É ele quem precisa desembarcar. De preferência de uma forma mais pacífica do que planejam os fascistas para mantê-lo no poder.

Por: Marina Amaral, codiretora da Agência Pública

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