Alunos da PUC-Campinas são condenados por SUPOSTA INTENÇÃO de ocupar universidade

Alunas durante a manifestação em apoio aos estudantes processados pela PUC e pela liberdade de expressão (Novembro/2016)

Seis estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas foram condenados culpados pela justiça, por uma suposta intenção de acampar no Campus I, da universidade, localizada na região do Parque das Universidades, em Campinas (SP).

Os estudantes foram sentenciados a arcar com parte dos custos que a universidade teve com o processo no período entre 2016 e 2018.

O processo aconteceu após uma plenária convocada para discutir pautas político-sociais contundentes na época. No caso, a PEC 241/55 – sobre o congelamento de investimentos nas áreas da saúde e educação que tramitava no Senado; a Reforma do Ensino Médio; e a permanência estudantil na universidade. A reunião aconteceu na Praça de Alimentação da PUC, no dia 9 de novembro de 2016 e contou com a participação de cerca de 60 estudantes.

O evento foi realizado num contexto pós-impeachment, em que universitários ocupavam reitorias por todo o Brasil, em forma de protesto contra o golpe e os retrocessos. Inclusive, nas Pontifícias dos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Os alunos participantes da assembleia afirmam que durante todo o evento foram interpelados e questionados por funcionários que estavam presentes no ambiente e que chegaram a colaborar, explicando a razão de estarem reunidos. Mesmo assim, os funcionários em questão não deixaram o local sob a alegação que prezavam pela segurança dos próprios alunos e começaram a gravar o debate.

Doze horas depois, cinco estudantes do curso de Artes e um do curso de História receberam a visita de um Oficial de Justiça, dentro das dependências da própria universidade, onde souberam que estavam sendo intimados.

Os envolvidos no episódio alegam que os alunos processados se tratavam de bolsistas ou dependentes de programas sociais para permanecer em seus respectivos cursos. Além de serem todos alunos do quarto ano, condição que poderia impedir a graduação.

Uma aluna que acompanhava o evento, também estudante do curso de Artes, afirma que uma das alunas intimadas não estava presente no dia da plenária.

Uma manifestação em apoio aos estudantes e pela liberdade de expressão dentro da universidade aconteceu na semana seguinte.

Mesmo sem sinais de que os alunos pretendiam ocupar a universidade ou até mesmo o interrompimento de qualquer atividade, os alunos foram considerados culpados e sentenciados a arcar com parte dos custos do processo movido pela PUC-Campinas.

CONFIRA A DECISÃO NA ÍNTEGRA:

COMENTÁRIOS

3 respostas

  1. Não cabe recurso dessa decisão típica de uma juíza golpista e nazifascista?

  2. Ah pronto agr nós alunos não podemos a nem lutar pelos nossos direitos que somos condenados, essa justiça Brasileira é uma merda, se o adolescente não estuda é porque ele é vagabundo, se ele luta pelos seus direitos ele é condenado, o jeito é vestir um terno e uma gravata e ir fazer parte da roubalheira que acontece em Brasília..

  3. não concordo com vocês o cara quer fazer manifestação nas ruas é uma coisa, agora fazer manifestação na faculdade a grande pergunta é qual o viés ideológico, qual o posicionamento é de esquerda, pois eu digo primeiro a faculdade é cristã católica com alunos pregando uma ideologia totalmente contraria ao evangelho e os ensinamentos de cristo, segundo se são bolsistas tem mais é estudar e não fazer protesto, eu nunca participei de um protesto na minha vida tanto de direita quanto de esquerda e sinceramente não me arrependo.

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