Um exemplo de resistência, compromisso e “amor pelo próximo”, Mesmo já assentado João José Rocha, 55, não para de marchar por terra e reforma agrária. A tarefa agora é marchar pela liberdade do ex-presidente Lula.
Do Assentamento Orlando Mulina, Região de Andradina, em São Paulo, João José relata emocionado das diversas atividades do Movimento Sem Terra que tem participados. Nas fileiras da Coluna Prestes na Marcha Nacional Lula Livre ele caminha com a bandeira do MST e seu álbum de fotografias com imagens da primeira marcha Nacional do Movimento realizada em 1997.
José e outras centenas de trabalhadores rurais saíram da Praça da Sé de São Paulo até o Congresso em Brasília, a Marcha ela por Reforma Agrária, emprego, moradia e cobrava justiça no caso do Massacre de Eldorado dos Carajás , foi um dos momentos mais marcantes da sua história no movimento. “Foram 90 dias de caminhada por emprego e justiça. Nosso povo ia em fileiras, acreditando e feliz”. Fala José emocionado segurando uma das fotos daquela caminhada.
A luta dele começou em 1984, junto com o próprio MST, e ele guarda cada registro. Ao todo, foram mais de seis marchas, incluindo o ato contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. E a animação se mantém, segundo Seu João, na próxima marcha ele quer marchar lado a lado com o companheiro Lula livre e presidente do Brasil.
O paulista de Andradina mantem-se sempre em luta, segue nas trincheiras militantes pelo Brasil, pela reforma agrária. Mesmo assentado, ele conta que não se cansa da luta. “A gente tem que marchar e continuar marchando porque meu sonho é ver todos os companheiros da lona preta assim, que nem eu, assentados, e quem fez isso foi o Lula. No município onde eu moro, são 14 assentamentos hoje, antes do Lula eram seis. O Lula é do povo, teve dentro do barraco nosso e visitou nosso povo, e eu lembro disso tudinho, como se fosse ontem.”
Seu João garante que vai marchar com um sorriso no rosto até o dia 15, e quando perguntado sobre o porque de marchar, ele abre o coração para dizer e se emociona ao resgatar tudo o que já viveu no MST. “Se hoje eu tenho meu pedacinho de terra, é pela luta do MST, e isso está no meu coração junto com as coisas boas que o Lula fez pelos trabalhadores”.