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Comunicação

Liberdade de Imprensa ameaçada em Mato Grosso

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Na véspera da data em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa (07/06), mais de cem jornalistas se manifestaram contra uma das mais fundamentais premissas para assegurar o direito dos profissionais de comunicação de investigar e publicar informações de forma livre, sem interferência do Estado.

Ameaças veladas e tentativas de intimidação que não são raras àqueles que praticam o jornalismo não podem passar desapercebidas, especialmente em um momento tão delicado como o vivenciado pelo país.
Chamou a atenção da imprensa mato-grossense as declarações do presidente da Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam) e vice-presidente de Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), José Arimatéa Neves Costa, em entrevista a uma emissora de rádio na manhã desta quarta-feira (06/06), acerca de uma matéria publicada em um jornal impresso de circulação estadual.
“Já decidimos a nível de diretoria da associação que nesta semana ainda estaremos ingressando com uma interpelação judicial em face do jornal A Gazeta para que eles nos informem que são os desembargadores ou desembargador que teria feito qualquer tipo de cogitação desse tipo de negociação”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Capital FM.
Questionado sobre o direito constitucional de preservação do sigilo da fonte, o magistrado rebateu: “A Gazeta pode optar pelo sigilo da fonte, aí nós vamos ter que processar o jornal por dano moral porque este tipo de notícia fere a honra de toda a magistratura mato-grossense e em especial dos membros do Tribunal de Justiça”.
O presidente da Amam chegou a esclarecer que suas declarações referiam-se apenas à interpelação para revelação dos nomes dos supostos envolvidos – trabalho este que a sociedade espera que seja feito pela Corregedoria da Justiça, dentro de suas obrigações, e devidamente noticiado para o cidadão. No entanto, ao colocar, na condição de acusador e julgador, a prerrogativa de processo como consequência do exercício de um direito constitucional (a inviolabilidade do sigilo da fonte), o magistrado, ainda que por via indireta, ameaça a liberdade da imprensa.

Em resposta às declarações, os jornalistas reagiram ao que se considera uma ameaça velada com o seguinte abaixo assinado:Os jornalistas de Mato Grosso, abaixo assinados, repudiam de forma veemente as tentativas de intimidação e ameaça à liberdade de imprensa e ao exercício profissional. Ainda que de forma velada, declarações que buscam, por vias obtusas, driblar as garantias constitucionais que permitem a nós, cidadãos, o direito à informação, causam repúdio e indignação.

Assim aconteceu com as recentes declarações do presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), José Arimatéa Neves Costa, na manhã desta quarta-feira (06), quando na ânsia de defender sua categoria, esqueceu-se do principal mister de sua função: a defesa dos direitos e garantias fundamentais.
Ao colocar como opcional um direito tão caro ao jornalista e à sociedade, como a preservação do sigilo da fonte – instrumento esse garantidor da liberdade de imprensa -, o magistrado coloca como opcional e acessória a própria democracia.

A imprensa ameaçada pelo Poder Judiciário (como acusador e julgador da própria causa), também Estado, não pode ser livre. Sem imprensa livre, não há cidadania.1. Abdalla Zarour
2. Adilson Rosa
3. Alair Ribeiro
4. Alan Cosme
5. Alana Casanova
6. Alice Matos
7. Aline Almeida
8. Aline Brito
9. Aline Coelho
10. Aline Romio
11. Alline Marques
12. Ana Karla Costa
13. Ana Paula Barros
14. Ana Sampaio
15. Andréia Fontes
16. Anselmo Pinto
17. Antônio Pacheco
18. Arthur Santos
19. Augusto Pereira
20. Bárbara Bini Pereira Rosa
21. Barbara Sá
22. Camila Piacenti
23. Camila Ribeiro
24. Camilla Zeni
25. Carlos Gomes
26. Carolina Alonso
27. Caroline Rodrigues
28. Celly Alves Silva
29. Cida Capelassi
30. Cínthya Rocha
31. Cíntia Borges
32. Claryssa Amorim
33. Claudete Castro de Barros
34. Cleide Dantas
35. Cristiane Sagioratto
36. D`Laila Borges
37. Daffiny Delgado
38. Daniele Danchura
39. Dayanne Dallicani
40. Débora Siqueira
41. Derik Bueno
42. Eder Gomes
43. Edinice Gomes Segura
44. Elayne Mendes
45. Eliana Bess
46. Elloise Guedes
47. Eridson Vieira
48. Érika Oliveira
49. Everaldo Galdino
50. Felipe Leonel
51. Flávia Rosane dos Santos
52. Gabriela Galvão
53. Gabriele Schimanoski
54. Gilson Nasser
55. Gustavo Nascimento
56. Hérica Teixeira
57. Hugo Fernandes
58. Iury Lupaudi
59. Iviusch Beloto
60. Jacques Gosch
61. Jad Laranjeira
62. Janaiara Soares
63. Jardel P. Arruda
64. Jonas da Silva
65. Josemar Santos
66. Julia Munhoz
67. Julia Oviedo
68. Kamila Arruda
69. Karina Silva Cabral
70. Katiana Pereira
71. Kleber Mendes Santos
72. Laís Canto
73. Laíse Lucatelli
74. Larissa Malheiros
75. Laura Nabuco
76. Laura Petraglia
77. Lázaro Borges
78. Leonardo Heitor
79. Liana D’ Menezes
80. Lidiane Barros
81. Ligiani Silveira
82. Lina Obaid
83. Lorena Bruschi
84. Lorrana Carvalho
85. Luana Daubian
86. Lucas Bellinello
87. Lucas de Senna
88. Lucas Rodrigues
89. Lucielly Alinne
90. Luciene Lins
91. Luiz Gonzaga Neto
92. Luiz Patroni
93. Mak Lucia Forte
94. Marcella Magalhães
95. Marcelo Martins
96. Marcia Andreola
97. Márcio Eça
98. Marcos Silva
99. Maria Clara Cabral
100. Mariane Xavier
101. Marianna Marimon
102. Maricelle Lima Vieira
103. Marisa Batalha
104. Marisol França
105. Max Aguiar
106. Michelle Cândido
107. Mikhail Barros e Favalessa
108. Najylla Nunes
109. Nara Assis
110. Natacha Wogel
111. Noelisa Andreola
112. Noelma Oliveira
113. Olímpio Vasconcelos
114. Onofre Ribeiro
115. Pablo Rodrigo
116. Paola Carlini
117. Patrícia Sanches
118. Patrícia Xavier
119. Paula Ruhling
120. Peterson Paulo Prestes
121. Rafael Costa Rocha
122. Regina Botelho
123. Renan Marcel
124. Renê Dióz
125. Roberta de Cássia
126. Robson Fraga
127. Rodrigo Vargas
128. Ronaldo Pacheco
129. Sandra Amorim
130. Silvana Bazani
131. Silvia Marques Calicchio
132. Simone Alves
133. Sissy Cambuim
134. Suelen de Alencar
135. Tarley Carvalho
136. Thais Teles
137. Thalyta Amaral
138. Thiago Andrade
139. Valquiria Castil
140. Victor Cabral
141. Vinícius Lemos
142. Vinicius Souza
143. Volney Albano
144. Walmir Santana
145. Wellyngton Souza
146. Welyda Cristina de Carvalho
147. Adir Ribeiro Carioca
148. Magda Matos

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Mídia 4P está órfão da sua grande inspiração, o Conversa Afiada

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O portal Mídia 4P, mídia independente lançado ano dia 2 de Julho de 2019 para servir à luta antirracista brasileira, central para a pauta nacional, está mais triste desde ontem. Nesta sexta-feira, 31 de julho, encerrou suas atividades a grande inspiração para nossa plataforma, o site Conversa Afiada, liderado até o ano passado pelo grande Paulo Henrique Amorim, pela jornalista Georgia Pinheiro e por uma equipe de guerreiros e guerreiras da mídia alternativa e progressista.

Foi do CAF (como era carinhosamente chamado) e da inspiração no site e no seu capitão que surgiu este Mídia 4P, sempre incentivado das formas mais diversas por PHA, por Georgia e por todos. Entenda mais lendo esse texto aqui, lançado quando da morte irreparável dele, ironicamente poucos dias após o lançamento do nosso site.

Também te convidamos a ler nossa homenagem ao completar um ano dessa grande dor, há poucos meses. Clique aqui para ler completo.

Mas, principalmente, indicamos clicar para ver o texto de despedida do CAF, que lemos com o coração palpitante e os olhos marejados.

Realmente, há pessoas que são insubstituíveis.

O Mídia 4P está órfão da sua grande inspiração!

Adeus e boa sorte! PHA vive!

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Comunicação

Fênix da voz

Já profetizaram muitas vezes a morte do rádio. Mas como a ave mítica que renasce quando queimada, o áudio ganha novo espaço nos celulares, internet, nos aplicativos, na vida das pessoas.

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Por: Anny Carvalho

“Quando surgiu a televisão diziam que o rádio ia morrer, o rádio não morreu. Quando surgiu a FM diziam que o rádio ia morrer, e o rádio não morreu”. É assim que o radialista Antero Paes de Barros começa contando a visão dele sobre as transformações ocorridas no rádio. “A instantaneidade do rádio jamais vai permitir que ele morra. Eu acho que o rádio vai continuar sendo, sempre, um grande veículo de comunicação. Ele é muito útil e mais que útil, necessário. As pessoas têm a necessidade do rádio!”.

Ele está certo. “Todo final de semana é rádio lá em casa. Eu ouço rádio desde quando eu era criança, quando eu ouvia com meus pais das 4h até 6h da manhã o programa do Zé Bettio da Record de São Paulo, uma emissora AM. Eu lembro que estava deitado e meus pais ouviam nesse horário para poder ir tirar o leite. A gente morava no sítio, aí gente ouvia”, conta, com um brilho nos olhos, Mário Máximo, que cresceu ouvindo programas radiofônicos no sítio na cidade de Poconé em Mato Grosso.

Atualmente, Mário ouve o rádio aos finais de semana e quando está dirigindo. “Eu procuro no rádio as músicas que ouvia quando era criança. Eu passei a ouvir a emissora Vila Real FM 98.3 que vai ao encontro da musicalidade que eu ouvia antes nas rádios de antigamente”. Ele gosta de sertanejo raiz. “Hoje, nessa na estação 98.3, eu sempre ouço aos domingos ‘Seu ídolo não morreu’”. Assim como o rádio marcou sua infância marca também a vida de muitos outros brasileiros. 

A diversidade de acesso

Há na atualidade uma ampla variedade de alternativas de se ter acesso a esse meio de comunicação. Podemos escutá-lo em ondas médias, tropicais ou em frequência modulada. Além disso, por meio da TV por assinatura, via satélite, em uma modalidade paga ou gratuita ou mesmo via internet, o que permitiu o surgimento das estações online. Isso sem contar a variedade de receptores, como o próprio aparelho convencional, computadores, players de mp3, celulares.

E essa pluralidade engloba outros fatores, como os  modos de processamento de sinal (analógico ou digital), definição da emissora (comercial, comunitária, pública, estatal ou educativa) e até mesmo o conteúdo (cultural, jornalístico, musical, religioso…). 

A estudante Bianca de Jesus comenta que liga o rádio pela manhã e à noite  para ouvir músicas e notícias quando está indo para a escola e retornando para casa, via celular. “Eu ouço o rádio normalmente no ônibus e em casa para me manter informada das novas músicas e notícias do dia a dia. Não sei direito o nome dos programas, pois escuto diversas frequências”. Ela ressalta uma das particularidades que esse meio tem trazido aos ouvintes desde a sua criação: a divulgação de novos  hits. 

Bianca enfatiza a importância que esse meio de comunicação trouxe à sociedade e a sua instantaneidade. “Apesar dos outros meios de comunicação, o radiodifusão é uma das melhores formas de ficar atento às mudanças do dia a dia. Quando acontece algum desvio em uma das  principais avenidas de Cuiabá, o primeiro meio de comunicação que eu vejo informando sempre é o rádio. Ele informa de  forma rápida”. Para ela, o rádio é hoje um dos meios mais acessíveis. “Eu

acredito que quase todo aparelho de celular possui um aplicativo de rádio e não precisa ter conexão com a internet para ter acesso. Tem muita gente hoje no Brasil que não tem acesso a uma internet de qualidade, mas que pode encontrar no rádio uma maneira de se manter informado”.

De forma parecida,  o seminarista Lucas Matheus ouve o rádio para se manter informado, mas o seu foco está na política e economia. “Eu escuto pelo celular quando estou indo para a faculdade, porque é o jeito que eu tenho de ouvir as notícias ou alguns comentários sobre política. Ele diz que gosta de se manter informado por meio de programas de áudio, semelhantes ao podcast, como formações religiosas.

Já o estudante de engenharia Bruno Gondim  diz que ouve o rádio para fugir da bolha que encontra em outras mídias. “Eu prefiro porque traz uma seleção maior de músicas que não seguem um padrão. Quando você escolhe no youtube uma música sertaneja, por exemplo, o sistema só vai te indicar outros sertanejos”. Bruno conta que quando era mais novo tinha insônia durante as madrugadas e o rádio era um companheiro. “Nessa época o Band Coruja, que passava às 2h. Desde então eu comecei a ficar acordado esperando o

programa começar. Eu gostava do quadro ‘Campeonato Brasileiro de Piadas’. Cansei de ir virado para a escola”. A experiência vivida pelo estudante demonstra como o rádio consegue envolver os ouvintes a ponto de fazê-los perder o horário. 

Sobre isso, o radialista Elias Neto, que começou no rádio em 1979 como locutor noticiarista e animador de programas em Cáceres, comenta que há uma conexão entre o locutor e o ouvinte. “Existia uma vinheta na emissora Vila Real que era a seguinte: O jornal atinge a 40% dos brasileiros a televisão atinge a 80% dos brasileiros. O rádio atinge a todos os brasileiros. Ou você conhece alguém que não tenha rádio? Ela dizia tudo! Isso mudou um pouco, né? Porque hoje nós temos as novas mídias que concorrem com o rádio também. Mas o elo entre o ouvinte e locutor não mudou, pois o rádio toca muito ao coração das pessoas. Ele traz a notícia, mas também traz uma conversa agradável, traz uma música da sua preferência. Enfim são várias as formas de comunicação por esse meio”. Para o radialista, o meio envolve muito as pessoas porque permite quem está ouvindo “desenhar” o que está sendo narrado: o locutor fala diretamente com o ouvinte. “Eu acho que é essa sinergia que

transforma o rádio. O rádio faz essa mágica”, conclui. 

A imortalidade do Rádio

O rádio ao longo do tempo conseguiu ultrapassar as barreiras das ondas hertzianas curtas para as longas e mais recentemente chegou à internet, por meios das emissoras online e podcasts. E é possível ver esse avanço nas histórias contadas acima. Mário conta que a transformação do AM para o FM foi primordial. “Antigamente era muita chiadeira, a frequência era baixa. Dependendo da localização chegava pouco sinal e o rádio começa a chiar. Agora não! Agora a voz sai limpa”.

Sobre a modernização e a resistência desse veículo, o radialista Antero comenta: “Hoje o rádio se modernizou. Para ouvir você não precisa de um aparelho tradicional. Você  pode  ouvir no celular, no computador. Você ouve a informação sonora por meio de podcast quando você tem tempo. Enfim, a modernidade da informação sonora continua presente e resiste.”

O doutor em comunicação Luãn Chagas, diz que hoje existe um novo termo utilizado em muitos estudos a respeito da imortalidade do rádio. “Na atualidade, nós preferimos dizer que temos o rádio expandido. Com esse conceito, temos uma

reorganização sonora que pode ser utilizada tanto em AM e FM, como também no podcast, no rádio hipermidiático, na internet, na webrádio. Todas elas têm a mesma organização da linguagem sonora, ou seja, são várias as possibilidades que constituem o rádio.”O podcast vem ganhando cada vez mais ouvintes. De acordo com uma pesquisa feita pela plataforma de streaming Deezer, foi registrado um crescimento de 67% no consumo nacional só em 2019.  E isso se confirma com a fala do podcaster Fred Fagundes, que tem uma produtora  em Cuiabá. Segundo ele, as pessoas estão descobrindo esse novo formato de rádio. “A nova geração não está acostumada esperar para ouvir um programa numa determinada hora. O podcast oferece a opção on demand. Os mais velhos estão descobrindo um conteúdo ainda mais produzido e recheado de opções”.

“Podcast é você ouvir o que você quer, na hora que você quer, do jeito que você quer. É um amigo imaginário que fala em voz alta. É sentir-se acompanhado o tempo todo. E, principalmente, se informar, emocionar, entreter e aprender durante atividades paralelas.”

A estagiária  Luma Gomes, que ouvia rádio quando pequena, conta que começou a experimentar esse novo formato de rádio recentemente, porque queria estar atualizada quanto às notícias. “Sempre ouço no ônibus, porque como eu passo mais tempo no ônibus do que em qualquer outro lugar, eu aproveito esse tempo já para me manter informada.”. Ela encontrou nesse formato a liberdade de selecionar e personalizar  aquilo que queria ouvir e a comodidade de poder escolher o melhor horário pra isso.

As fases do rádio no BrasilPrimeira fase (1922 – meados da década de 30: surgimento e implantação do veículo.Segunda fase (1935-55): época de ouro do rádio; programas de auditório, musicais, rádio novelas.Terceira fase (1955- anos 60): impacto da televisão, “morte decretada”; transforma-se em um “vitrolão”. Desenvolvimento do radiojornalismo. Transistor.Quarta fase (década de 70 e 80): incremento do jornalismo, prestação de serviços, segmentação, desenvolvimento das FMs. Consolidação do radiojornalismo nas AMs.Quinta fase, (atual): novas tecnologias, novas formas de acompanhar a programação, digital, webrádio. Informações do Blog Contraste.

Glossário :

Onda média 

É uma faixa de rádio compreendida entre 530 kHz e 1700 kHz utilizada para radiodifusão sonora. A menção “AM” deve-se ao modo habitual de transmissão, a modulação em amplitude.

Onda tropical

É uma faixa do espectro eletromagnético correspondente às radiofrequências entre 2300 kHz e 5060 kHz (comprimentos de onda dos 120 m aos 60 m).

FM

É a sigla de Frequency Modulation que em português significa “Modulação em Frequência” e se refere à transmissão de ondas com variação da frequência, proporcionando boa qualidade de som

Podcast

Arquivo digital de áudio transmitido através da internet, cujo conteúdo pode ser variado, normalmente com o propósito de transmitir informações. Ele pode ser associado a uma determinada plataforma, por meio do código  RSS. 

Telecomunicação

O conceito de telecomunicação abarca todas as formas de comunicação à distância. A palavra inclui o prefixo grego tele, que significa “distância” ou “longe”. Como tal, a telecomunicação é uma técnica que consiste na transmissão de uma mensagem de um ponto para outro.

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Comunicação

Vereador invade programa e diz que é dono de rádio comunitária

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A população de Catalão, em Goiás, e os colaboradores da Rádio Top FM, uma emissora comunitária da cidade, foram agredidos essa semana com a invasão do estúdio pelo vereador Rodrigo Carvelo (PODEMOS) alegando ter 50% do “negócio”. Acontece que rádios comunitárias só podem, segundo a lei que as rege, a 9.612/98, ser administradas por entidades sem fins lucrativos. A mesma lei estabelece que “a entidade detentora de autorização para execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária não poderá estabelecer ou manter vínculos que a subordinem ou a sujeitem à gerência, à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas, familiares, político-partidárias ou comerciais”. No dia seguinte à invasão, que foi precedida por um ataque cibernético aos computadores da estação, a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias emitiu uma nota de repúdio. Leia abaixo na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO
   A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias vem a público externar profundo repúdio à ação abusiva, desrespeitosa e repressora do vereador Rodrigo Carvelo (PODEMOS) do município de Catalão, Goiás, quando impediu realização do programa A Hora da Verdade, apresentado pelo Professor Mamede Leão, na Rádio Comunitária TOP FM.
   Na manhã do dia 14 de julho de 2020, quando a 25° edição do programa se preparava para entrevistar outro parlamentar e também um ex-prefeito do município, o computador da emissora responsável pela transmissão do programa, foi invadido e redimensionado com senhas, impossibilitando acesso pelo operador. Após resolução deste fato por colaboradores da rádio e ao iniciarem entrevista, o estúdio da emissora foi invadido pelo vereador, também conhecido por Rodrigão da Força Sindical, acompanhado de dois homens e se dizendo proprietário da emissora. Parte da ocorrência foi gravada e transmitida ao vivo pela rádio e pelo próprio Facebook, até o momento em que um dos acompanhantes recebeu a ordem do vereador para desligar a câmera utilizada para a transmissão de vídeo. Em todo o momento, o parlamentar deixou claro que a intenção era a de impedir a participação do ex-prefeito Jardel Sebba.
   A ABRAÇO BRASIL se solidariza ao comunicador e apresentador do programa Professor Mamede, bem como aos presentes neste episódio lamentável que ilustra quão grande e difícil é a luta daqueles e daquelas que buscam uma comunicação livre, democrática e plural.
   Nesta oportunidade, também esclarece aos que ainda não entenderam a função social de uma rádio comunitária, que, conforme a lei que as regulamenta 9.612/98, em seu artigo 7º, estas emissoras devem ser mantidas e gerenciadas, necessariamente, por fundações e associações locais sem fins lucrativos e NÃO POSSUEM DONOS, muito menos políticos donos.
   O artigo 11 da referida lei explicita ainda que “a entidade detentora de autorização para execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária não poderá estabelecer ou manter vínculos que a subordinem ou a sujeitem à gerência, à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas, familiares, político-partidárias ou comerciais”.
   Portanto, a situação colocada pelo vereador Rodrigo Carvelo de que detêm 50% da rádio e outros 50% pertencem à outra pessoa, deve ser veementemente repudiada, denunciada e investigada pelos órgãos competentes e, caso se confirme, o MPF, através das entidades que compõem o Conselho Comunitário deve se organizar para assumir o controle da mantenedora da emissora e tomar as devidas providências a fim de não comprometer a conquista da outorga e, consequentemente, ocorrer a perda deste fundamental canal de comunicação comunitário para aquela comunidade.
   Esperamos que a justiça prevaleça neste e em todos os casos de atentado à livre expressão e ao direito à comunicação. Exigimos! Censura nunca mais!
     Geremias do Santos

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