Reinaldo Azevedo não simboliza um bom jornalista, transborda seus achismos sobre Esquerda x Direita em seus artigos, já atacou em várias vezes mesmo quem o defendeu, indiretamente, aqui no Jornalistas Livres. Outrora, por seu alcance e poder de opinião, afastou uma professora da rede pública de ensino do estado do Paraná colocando centenas de milhares de seus leitores contra uma socióloga que ensinava Marx em uma aula do ensino médio. Uma trabalhadora. A entrevistei aqui. Hoje ela não tem mais emprego, pois A MP 756 retirou o curso do currículo público. Mais ordem, menos progresso.
Poderíamos aqui fazer uma lista como: “10 vezes que Azevedo não foi jornalista” ou, para irrita-lo mais, “13 vezes em que foi leviano, boçal, rasteiro… No entanto, vale lembrar somente mais uma. Foi condenado a pagar 100 mil reais de indenização a Laerte por chamá-la de “falsa senhora” para baixo. Um crime homofóbico com certeza motivado por suas divergências ideológicas.
Azevedo é mais um dos jornalistas que azeda a opinião pública com seus vícios ideológicos, com a atribuição de formador de opinião e o título por aclamação pública que os jornalistas recebem de donos da verdade neste país. Toda vez que ele defende sua ideologia, para milhares que o acompanham, com frases como: “O melhor remédio contra a esquerda ainda é a alfabetização moral” aprofunda com achismos a polarização que encerra o debate democrático e afasta os trabalhadores do debate ideológico. Quando diz que a crise econômica traz em si sua própria solução, não defende nada além do que mais precarização contra as pessoas, contra os trabalhadores. Deve estar vivendo um sonho ao ver as recentes ações de Temer e os golpistas. Ele se auto intitula um liberal democrático, mas é autocrático em suas afirmações.
Do ponto de vista da constituição foi pego em uma conversa com uma pessoa investigada. Mas quando um jornalista entrevista alguém faz perguntas ou afirma sua posição como se falasse com um velho conhecido? A relação era no mínimo menos profissional do que se esperava. No mínimo esperava a aprovação da interlocutora para obter informações. Ele mesmo em outro momento disse que se fosse depor coercitivamente como foi o “blogueiro petista”, “haveria festa na floresta”. E se fosse o blogueiro anterior ao telefonema com alguma figura do PT investigada pela lava-jato? Ele se preocuparia mais com a constituição o com uma prova cabal de que há ligações entre o blogueiro e a esquerda.
O trabalhador neste país tem acesso a informação por influenciadores, líderes de opinião em seus ciclos de amizades e famílias. Maioria das vezes são os veículos tradicionais que pautam estas discussões, Azevedo está do lado das grandes empresas de mídia e consequentemente do capital, não do trabalhador. Quando defendemos a classe jornalística antes de defender a classe trabalhadora estamos nos esquecendo de quem está por trás dos interesses da retirada de direitos.
Azevedo é só mais um jornalista que somente municia os que engrossam os pedidos por mais bala contra a Esquerda. Ontem mesmo, 24 de maio, em nossas transmissões podíamos ver o fruto do ódio pregado contra a esquerda e sua leviana redução a PT e CUT promulgada por jornalistas como Reinaldo.
“para que usar bala de borracha? Usa bala de verdade”, “Estes esquerdopatas tem que morrer”, “são ignorantes, vagabundos, trabalhadores estão no trabalho não em protesto em Brasília”
3 respostas
Interessante ponto. Mas só lembrando que ele se chama Reinaldo.
Será que aprendeu alguma coisa provando do seu próprio veneno?
É isso!