As tentativas (fracassadas) de boicotar o apoio a Lula

Lula incomoda. Principalmente porque não está sozinho. Cerca de 15 mil pessoas vindas de todo o Brasil acamparam em Curitiba e agora seguem pelas ruas em direção à sede da Justiça Federal, no bairro Ahú. A audiência está marcada para as 14h.


Entre as tentativas para impedir o apoio popular estão:

– A Polícia Rodoviária Federal fechou estradas e parou dezenas de ônibus para revistar manifestantes a caminho da cidade. Foram realizadas batidas policiais com revista aos viajantes. Os oficiais estavam armados. O resultado das blitz: uma enxada e um facão de corte de madeira para instalar barracas.

– Proibição de acampamento em praças e ruas de Curitiba. Os manifestantes ficaram numa área ao lado da linha de trem da cidade.

– 30 outdoors com mensagens anti Lula foram instalados nas entradas da cidade. A explícita declaração de guerra usa o nome da Lava Jato para intimidar o ex-presidente. Com desenhos diferentes, eles têm dizeres como “A ‘República de Curitiba’ te espera de grades abertas”.

– Proibição da aproximação das pessoas e veículos nas imediações do local do depoimento. O acesso será restrito apenas a moradores cadastrados pela polícia. O mapa de restrições foi feito antes mesmo da decisão judicial.

– Proibição da saída de um caminhão de som na marcha dos manifestantes.

– Ontem à noite, foi disparada uma chuva de morteiros no acampamento. O ataque deixou o local em estado de tensão e um manifestante foi parar no hospital com queimaduras.

Barraca do Acampamento pela Democracia atingida por morteiro

FOTOS: Taba Benedicto, Leandro Taques, Raquel Wanderlli, Kátia Passos, Paulo Jesus, Iolanda Depizzol, especial para os Jornalistas Livres

Texto: Flávia Martinelli, dos Jornalistas Livres

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