Viva a morte! Fascistas fazem ato pró-golpe militar e pelo fim da quarentena

Fascistas na porta do quartel, pedindo o golpe: esse filme já se viu
Fascistas na porta do quartel, pedindo o golpe: esse filme já se viu

O ato ocorreu neste domingo (19/4) em frente ao Comando Militar do Sudeste (II Exército), localizado no bairro do Ibirapuera, região nobre da cidade e reuniu, em sua maioria, pessoas brancas de classe média, dentro de carrões. Os manifestantes, muitos dos quais com roupas de camuflagem, como as usadas por militares, são fissurados por tudo envolva a caserna, como o próprio presidente sociopata, Jair Bolsonaro, que eles idolatram.

Os presentes na manifestação serão responsáveis, também, pelo aumento da disseminação do COVID-19 na cidade de SP, pois deveriam estar em suas casas (muitos estão fazendo home office), mas reclamam que não podem passear com seu cachorrinho, que suas empregadas devem voltar ao trabalho, que Doria é “comunista” (ô criatividade!). Ouve-se o hino ufanista do governo do general Emílio Garrastazu Médici, tocado a milhão pelos auto-falantes instalados na caçamba de uma caminhonete 4X4 tinindo de nova: “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil / Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Ninguém segura a juventude do Brasil”. O hino, da dupla Dom e Ravel, embala os discursos malucos, segundo os quais a pandemia “não é tão letal” assim. É um contra-senso seguido de outro.

A PM nem deu as caras na manifestação, que deveria ser dispersada, já que atenta contra a ordem do governador João Doria, de isolamento em casa em prol da saúde pública. Agora imagine se fossem professores manifestando-se ali, no mesmo local. Seria pau na certa (como é sempre, aliás). É inaceitável que defender a Democracia seja proibido e defender a morte seja legal.

Captando as imagens dessa manifestação, em meio às tantas insanidades que vimos e ouvimos, proferidas por esse gado perdido nas ruas do entorno do Ibiraquera, foi-nos perguntado se éramos jornalistas do bem ou do mal. Respondemos: Do bem, é claro. Também nos perguntaram se éramos de direita ou de esquerda. De direita, é claro (dizer outra coisa seria arriscado demais, pensamos). Aproveitamos para orientar um senhor que, como Bolsonaro, não sabia usar a máscara corretamente. Ele estava com o nariz para fora da proteção contra o COVID-19.

Saímos do meio dessa aglomeração o mais rápido que pudemos, pois ao contrário deles, acreditamos em Coronavírus e estamos fazendo toda a produção de conteúdos dos Jornalistas Livres, de dentro de nossas casas, com exceção dessa. Seguimos todos os protocolos de proteção durante a manifestação, porque somos responsáveis e não queremos levar coronavírus de fascistas para outras pessoas. Ao chegar em casa, um banho imediato —para combater algum vírus mais saliente e para limpar a onda ruim dessa gente que odeia a Democracia. Fique em casa e assista!

 

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