O ministro Sergio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral, aceitou o pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) e mandou tirar do ar páginas da União Nacional dos Estudantes (UNE) que se opunham ao candidato. A entidade estudantil recebeu um prazo de 48 horas para a retirada de três links, sob pena de multa diária.
Leia a integra da decisão aqui
As páginas censuradas são sobre a nota assinada pela UNE, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) e outras duas publicações contrárias a Bolsonaro: “UNE, UBES e ANPG assinam carta contra o ódio e saem em defesa da democracia”, “Motivos para não votar em Bolsonaro”; e vídeo, publicado na página oficial da UNE no Facebook, em que a diretora da entidade manifesta-se contrariamente ao candidato.
A coligação do candidato de extrema-direita apresentou representação ao TSE sustentando que a entidade estudantil publicou postagens negativas ao cabeça da chapa do PSL, o que seria ilegal por se tratar de pessoa jurídica de direito privado.

“SOMOS UMA ORGANIZAÇÃO COM MAIS DE 80 ANOS QUE NA REDEMOCRATIZAÇÃO SEMPRE TEVE O COSTUME DE TER UMA OPINIÃO EM TODAS AS ELEIÇÕES NOS TEMAS QUE NOS DIZ RESPEITO, COMO PRIVATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS. NÓS TOMAMOS A DECISÃO DE ORGANIZAR UMA OPOSIÇÃO A CANDIDATURA DE BOLSONARO PELO PERIGO QUE ELE REPRESENTA A EDUCAÇÃO PÚBLICA. NÃO SE TRATA DE ATAQUE A UMA PESSOA E, SIM, CONTRA OS SEUS PROJETOS POLÍTICOS PARA O PAÍS”, DECLAROU A PRESIDENTA DA UNE, MARIANA DIAS AOS JORNALISTAS LIVRES.
Bolsonaro defende a cobrança de mensalidade em universidades públicas do país, alegando gasto excessivo. Além disso, ele propões outras medidas polêmicas como a redução de mais de 50% no orçamento do ensino superior no Brasil, e a escolha dos reitores das universidades federais.
*Com informações de Conjur
Deixe um comentário para Mario Cancelar resposta