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  • Festival Favela em Casa. Arte e cultura da periferia dentro da sua casa

    Festival Favela em Casa. Arte e cultura da periferia dentro da sua casa

    Festival Favela em Casa promove a difusão da arte e da ação cultural produzidas pelas periferias e favelas da Grande São Paulo. Na noite de abertura, show de Drik Barbosa será transmitido ao vivo pela série Música #EmCasaComSesc;

    Idealizada e produzida por Andressa Oliveira, Marcelo Rocha e Coletivo Favela em Casa, programação é gratuita e reúne música, teatro, dança, literatura e audiovisual , além de uma série de talks, em 12 horas de programação. Transmissões acontecem pelas redes sociais do Sesc São Paulo e do Festival Favela em Casa.

    Favela em Casa

    Expansão, ativação e colaboração

    Iniciativa busca expandir os espaços de produção e difusão artísticas, além de ativar coletivos, artistas e profissionais da cadeia da cultura que foram especialmente impactados pela crise sanitária atua .

    O Festival Favela em Casa é uma iniciativa de dois jovens produtores da Grande São Paulo, com o objetivo de promover a arte e a ação cultural nativas das periferias, e que utiliza a potencialidade dos meios digitais para divulgar a produção de artistas independentes em diferentes territórios, para além das bordas dos grandes centros urbanos. Idealizado por Andressa Oliveira, moradora do Campo Limpo, extremo sul da cidade de São Paulo, e pelo articulador cultural e fotógrafo Marcelo Rocha, da cidade de Mauá, no ABC Paulista, o evento de múltiplas linguagens artísticas vai reunir mais de 35 atrações, entre músicos, performances teatrais e dança, profissionais do cinema e da literatura, artistas visuais,e pensadores, nos dias 18, 19 e 20 de setembro, em uma maratona de 12 horas de programação.

    Favela em Casa
    Produtores do Festival, Andressa Oliveira e Marcelo Rocha

    Democratizações dos espaços para a cultura da periferia e da favela

    Comprometido com a democratização dos espaços de produção e difusão artísticas, o Sesc São Paulo direciona a estrutura de sua rede para realizar esse encontro entre o público e a produção de jovens que atuam nas periferias da Grande São Paulo, região afetada de maneira mais acentuada pela atual crise sanitária, e dar visibilidade à arte urbana e periférica, ampliando as condições de acesso aos conteúdos da cultura aos diferentes públicos. Com show de Drik Barbosa, a ação que marca a abertura do festival será transmitida ao vivo, no dia 18 de setembro, às 19h, pela série Música #EmCasaComSesc, exibida pelo Instagram Sesc Ao Vivo e pelo canal do Sesc São Paulo no Youtube. As demais atrações serão exibidas pelo canal do Festival Favela em Casa no Youtube e Instagram do Festival Favela em Casa. Nove unidades do Sesc também transmitirão trechos da programação em suas redes sociais. São elas: Campo Limpo, Carmo, Itaquera, Ipiranga, Parque Dom Pedro II, Santana, Santo André, São Caetano e Vila Mariana.

    Favela em Casa

    “Em decorrência da pandemia, as desigualdades sociais e econômicas têm se agravado, e os artistas e coletivos culturais das periferias da Grande São Paulo, região que chegou a ser o epicentro em volume de contágios no país, foram dramaticamente atingidos por essa situação, na medida em que que boa parte de suas iniciativas se realizam na ocupação da cidade, ruas, praças e outras áreas públicas destinadas ao encontro”, observa Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. E complementa: “A ativação dessa gama de profissionais das amplas práticas socioculturais, que são nossos parceiros na consecução de nossa missão institucional, é uma medida indissociável da atuação do Sesc, porque diz respeito à nossa responsabilidade socioeducativa, enquanto fomentadores que somos, inseridos na cadeia produtiva da cultura no estado de São Paulo e no país como um todo”.

    Favela em Casa. Gerando renda. Periferia consumindo periferia

    “O Favela em Casa foi pensado para ser uma vitrine para artistas independentes de favela que estão fora da bolha do mainstream e também gerar renda. Criamos um festival para ser gerenciado e produzido por uma equipe composta, majoritariamente, por pessoas periféricas, pretas e independentes, protagonistas e responsáveis pela condução da narrativa que queremos compartilhar”, conclui Andressa Oliveira, idealizadora do festival ao lado de Marcelo Rocha, que complementa: “O Festival surgiu do nosso sonho de movimentar e incentivar os artistas das nossas comunidades, especialmente nesse momento de pandemia. E esse nosso sonho se tornou maior com com a parceria do Sesc, que foi fundamental para a visibilidade dos nossos artistas e da nossa causa, que também passa pela sustentabilidade socioeconômica dos trabalhadores da cultura nas favelas”.

    No line up, a presença de artistas das diferentes regiões da Grande São Paulo indica a diversidade de identidades e sotaques que compõem a programação, selecionada por um time de curadores atentos à multiplicidade de estilos e à inserção de trabalhos ainda não contemplados por outros editais de incentivo durante o período de pandemia. Com formato híbrido, as transmissões revezam-se entre performances ao vivo e gravações realizadas no Estúdio Curva, na capital paulista, e incluem, além de apresentações artísticas, uma série de talks sobre carreira, memória e literatura com convidados, das quais participam artistas e outras figuras que tem trago novos olhares para a produção cultural e intelectual da cidade.

    Favela em Casa

    Confira mais informações sobre a programação aqui:

    https://www.instagram.com/festivalfavelaemcasa/

    MÚSICA Emcee lê, Tasha e Tracie, Wera MC, Rap Plus Size, Sóbatuke, Red Lion, Tonyyymon, Bia Doxum, Ôbigo.

    LITERATURA Felipe Marinho, Kimani, Jessica Campos, Eleison Leite, Roberta Estrela D’alva.

    DANÇA Aline Constantino, Babiy Querino, Djalma Moura, Vanessa Soares, Keyson Idd, Débora Regi.

    TEATRO William Sampaio, Grupo Identidade Oculta, Ícaro Pio.

    AUDIOVISUAL Preto no Branco, de Valter Rege

    TALKS encontros com duração de 20 minutos, gravados pela plataforma zoom. Versões mais enxutas e editadas serão veiculadas no Festival. As versões completas (cerca de 1h de duração) ficarão disponíveis posteriormente no canal do youtube do Favela em Casa, junto com toda a programação.


    SERVIÇO

    FESTIVAL FAVELA EM CASA

    Idealização e produção: Andressa Oliveira, Marcelo Rocha e Coletivo Favela em Casa

    Apoio: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo

    Realização: Sesc São Paulo

    18 a 20 de setembro. Sexta e sábado, 19h às 23h. Domingo, 15h às 19h.

    Abertura: Instagram Sesc Ao Vivo | Canal Sesc São Paulo no Youtube | Canal Festival Favela em Casa no Youtube

    https://www.youtube.com/channel/UC0pxYjXo9QzRWn7NkyG9u0g/featured

    Programação: Canal Festival Favela em Casa no Youtube | Facebook Festival Favela em Casa e redes sociais das unidades do Sesc Campo Limpo, Carmo, Itaquera, Ipiranga, Parque Dom Pedro II, Santana, Santo André, São Caetano e Vila Mariana.

  • Quebrada, se cuida!

    Quebrada, se cuida!

    Texto João Bacellar e Flávia Martinelli

     

    Todos podem ajudar na guerra contra o vírus!

     

    Se puder, fique em casa. Se não puder, saiba o que fazer na hora de sair.

     

    Leia o texto até o fim, vai. E compartilhe com amigos e família. Informação salva vidas!

    Mesmo que você já esteja careca de saber que o corona é treta e causa a doença Covid-19 por quê será que geral está se contaminando? Na real, mesmo, porque tem muita gente por aí fazendo tudo errado… Vamos rever esse rolê e espalhar informações sobre os cuidados que nem fofoca de vizinho? Afinal, o corona é grave, gravíssimo e pode derrubar qualquer pessoa.

    Não tem essa de que só velhinho ou doente pega o vírus. Mentira! Fake news! Em cada lugar do mundo o vírus está se comportando de um jeito diferente. No Brasil, o bicho tá pegando geral quem está na faixa dos 35 aos 55 anos e já matou até atleta e adolescente.

    Então, mesmo quem não é do tal do grupo de risco tá no alvo do corona. Aliás, quem realmente sabe que não é do grupo de risco? Fala sério… Quantas vezes você foi no médico medir o nível de açúcar no sangue pra saber se tem diabetes ou não, mano? Quantos exames de coração você fez pra saber se não tem nenhum problema cardíaco, mana? Você tem certeza que está com sua saúde 100% em dia? Na boa? Mesmo quem se alimenta bem, é bom de prato, tá jovem e firmeza não sabe se está super saudável.

    Tem mais: certeza que você não gosta nem de imaginar em ver as pessoas com quem você se importa e ama doentes… Todos nós temos uma avó, uma tia, um pai, uma mãe, um irmão mais velho, uma amiga, um marido, uma filha ou alguma pessoa muito importante e querida que por idade ou condição de saúde pode ser uma vítima fatal do corona! Vamos arriscar nossa vida e a dos outros? Não, né!?

     

    O mais importante agora, pra todo mundo que puder, é ficar em casa. E mesmo ficando em casa, temos que tomar todas as precauções e todos os cuidados possíveis!

    Tem quem fale que só consegue fazer isso quem tem dinheiro. Claro que quanto mais rico mais fácil ficar sem correr atrás do sustento diário. Mas isso não quer dizer que quem tem dificuldade de grana tá condenado a pegar a doença! Não mesmo!!! Todos podem e têm o dever de se cuidar e de cuidar daqueles que estão próximos.

     

    Informações importantes pra evitar pegar e espalhar a doença:

    1- Sai pra lá cuspe do mal!

    A principal forma de transmissão do corona é através de gotas muito pequenas – invisíveis mesmo – que todos nós soltamos ao respirar, falar, tossir ou espirrar. Se só um tiquinho de uma gotinha com corona entrar pela nossa boca, nariz ou olhos podemos ficar com o vírus. Daí a importância de TODO MUNDO usar máscara.

    Outra forma de transmissão é quando alguém pega em algum objeto que foi contaminado por essa gotinhas  (lembre-se são tão pequenas que não dá para ver) e depois coloca a mão no rosto. Coçar os olhos, a boca e o nariz são coisas que a gente faz sem perceber, e mesmo prestando atenção é impossível evitar: mais cedo ou mais tarde colocamos as mãos no rosto e aí já era…

    2- Não dá pra saber se você tá contaminado ou se outra pessoa está

    O coronavírus é muito perigoso também porque demora pra doença, a covid-19, apresentar sintomas. Então, a pessoa que está com vírus pode parecer totalmente saudável por alguns dias e já estar transmitindo para os outros sem saber. Além disso, tem quem nem manifeste nenhum sinal de doença, são as pessoas chamadas “assintomáticas”, que mesmo assim transmitem o corona.

     

    O QUE VOCÊ DEVE FAZER?

    A PRINCIPAL MANEIRA DE SE PROTEGER E DE PROTEGER SUA FAMÍLIA CONTRA O CORONA É FICAR EM CASA ou sair o mínimo possível.

     

    Como fazer na rua

     

    -Se tiver que sair, evite muvuca. Fuja de locais com muita gente, principalmente fechados.

    -Procure ficar a no mínimo 2 metros de distância de outras pessoas.

    • Evite ao máximo falar com os outros e de jeito nenhum fale a menos de dois metros de distância.

    • Evite apertos de mão. O momento agora é de cumprimentar com “tchauzinho” mesmo.

    • Quando sair de casa, use luvas de plástico, látex ou de borracha. Elas ajudarão a evitar de passar as mãos no rosto. A mesma coisa vale para óculos de proteção do tipo usado por marceneiros ou serralheiros, eles impedem que você sem perceber coce os olhos. Não tenha vergonha de parecer engraçado. É melhor pagar de comédia do que pegar uma doença grave, né?

    • USE MÁSCARA. Vale de pano, caseira ou cirúrgica. Todas servem mais para não passar o vírus para os outros do que para não pegar o vírus, mas se todos usarem as chances do vírus se espalhar é muito menor. Cada máscara só dura por mais ou menos 3 horas, depois disso perde o efeito. Se for ficar fora de casa por mais tempo, carregue mais máscaras com você. E não tem desculpa, firmeza? Segue aqui o LINK pra você fazer a sua em casa.

    – Carregue com você álcool gel 70%, para esfregar nas mãos antes e depois de pegar em qualquer objeto. Se você não puder achar ou comprar álcool gel 70% uma boa ideia é levar com você duas garrafinhas de água, uma de água pura e outra de água com detergente ou sabão liquido. Lave as mãos com a água com detergente e depois enxague com água pura.

    – IMPORTANTE: sempre que você chegar a algum lugar, lave bem as mãos com sabão ou detergente.

    Esfregue os dedos uns nos outros (com os dedos embaralhados, como quem está rezando), passe sabão nas unhas e na palma da mão, esfregue os dois dedões e lave os pulsos e os braços até o cotovelo (veja como fazer aqui ). Depois, não custa nada lavar o rosto com água e sabão. E lembre-se: se não estiver em casa nesse momento, tenha certeza de que a tolha está bem limpa. Na dúvida, não use. Prefira toalhas de papel descartáveis.

     

    Como fazer em casa

     

    • Um jeito de limpar as coisas e matar o vírus que é bom e barato é usar uma mistura de água sanitária (hipoclorito de sódio), a famosa cândida, diluída em água. É muito fácil de fazer; misture 4 colheres de sopa de água sanitária em 1 litro de água. Essa solução mata o malvado.

    – Chegando em casa da rua deixe os sapatos para fora ou junto da porta, substitua o tapete da porta por um pano úmido com a solução de água sanitária. Se não puder deixar pra fora deixe perto da porta e imediatamente leve as roupas que você usou direto pra máquina de lavar ou tanque. Essas roupas devem ser lavadas o mais rápido possível ou ficar de molho na água com sabão.

    Logo após tirar as roupas, vá direto para o banho e se lave muito bem com sabonete em todo o corpo, inclusive os cabelos. Deixe o shampoo para depois de passar o sabonete pois o shampoo não é tão eficiente como o sabonete para matar o vírus.

    – IMPORTANTE: todos os objetos que chegarem da rua podem conter o vírus. Não só as roupas.

    Bolsas, cintos, bonés, acessórios…Tudo deve ser lavado com sabão ou desinfetado com a solução de água sanitária. Por isso, no frio prefira sair com roupas que podem ser lavadas. Em vez de casacos, moletons ou blusas muito quentes.

    – As compras também tem que ser desinfetadas. Use um pano úmido da solução de água sanitária para limpar todas as embalagens que for guardar. As sacolas de plástico das compras também podem conter o vírus então devem ser lavadas ou jogadas fora.

    – Legumes e verduras precisam ser desinfetados em uma solução de 1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água. Eles devem ficar de molho nessa mistura por 20 minutos.

    – AH, NÃO ESQUEÇA de limpar com sabão ou água sanitária as maçanetas das portas por onde as pessoas que vieram da rua entraram. Todos os dias é bom, também, limpar os puxadores de uso comum na casa. Geladeira, gavetas, janelas…Tudo.

    • Como o vírus é transmitido pelo ar é preciso manter a residência o mais ventilada possível. Então, janelas abertas! A ventilação ajuda a eliminar os vírus dos ambientes.

    – Quem mora com pessoas do grupo de mais risco (com mais de 60 anos, diabéticos, pessoas com problemas respiratórios) deve, se possível, manter essas pessoas mais isoladas dentro de casa, num quarto próprio e evitar um contato mais próximo com elas. Também é legal separar copos, talheres e toalhas.

    Como preparar o corpo para enfrentar o vírus

     

    Mesmo com todas as medidas é muito difícil ter 100% de certeza de que não se vai pegar o corona. São muitas coisas para prestar atenção, né? Então nesse momento é bom estar com o corpo preparado. Ainda não existe um remédio já testado e que com certeza combata o vírus – não acreditem em falsas promessas e boatos AINDA NÃO EXISTE REMÉDIO OU VACINA CONTRA O CORONA – por isso quem combate o vírus no corpo do doente são as próprias defesas naturais do corpo (o chamado sistema imunológico).

    Para essas defesas estarem em boas condições é importante evitar alguns hábitos que enfraquecem o corpo, como beber álcool, consumir drogas e fumar.

    Também existem algumas vitaminas e proteínas  que ajudam na defesa do corpo e elas podem ser encontradas nos seguintes alimentos: carne, frango e ovo (proteínas), leite e queijo (vitamina D), vegetais verdes como couve e brócolis (ajudam na produção de glóbulos brancos).

    Prefira os alimentos mais nutritivos como frutas, carnes e verduras do que “porcarias” como bolachas, doces e alimentos industriais ou alimentos pouco nutritivos como massas.  Arroz, feijão, ovo, couve e suco de limão, por exemplo, é uma boa base alimentar  para fortalecer o corpo de maneira barata.

    Alguns hospitais perceberam que existe uma relação entre a pouca quantidade de vitamina D no corpo e o desenvolvimento da doença. A vitamina D é produzida pelo próprio corpo mas precisa de dois ingredientes: cálcio e sol. Isso mesmo, sol. Por isso um jeito fácil de ter bastante vitamina D no corpo é beber dois copos de leite por semana (que tem cálcio) e tomar pelo menos 20 minutos de sol por dia. Pode ser na janela, na laje, no quintal ou na rua mesmo indo para o trabalho ou para as compras. Os melhores horários são antes das 10:00h e depois das 15:00h.

     

    Como cuidar de alguém com suspeita de corona

     

    Uma das medidas mais importantes agora é não ser pego desprevenido. Pesquise e saiba onde fica o posto do SUS mais próximo de sua residência. Faça uma rede de apoio entre amigos e familiares para ajudar e ser ajudado em caso de emergência.

    Se algum amigo, conhecido ou familiar estiver sentindo falta de ar, febre de mais de 38 graus e tosse seca, é bem possível que ela tenha pegado o vírus e desenvolvido a Covid-19 na sua forma mais grave.

    Leve essa pessoa ao posto de saúde rapidamente. Se sentir esses sintomas vá ou peça para alguém te levar ao posto de saúde. Nesse momento é muito importante usar máscara, luvas e lavar as mãos após o contato com a pessoa, ela também deve usar máscara.

    Se você conhece alguém que apresenta sintomas de resfriado ou gripe comum sem falta de ar grave ou febre alta, é possível que ela tenha a forma mais leve da Covid-19. Ainda assim são necessários cuidados intensos. Essa pessoa deve ficar em um ambiente SEPARADO das demais da família, usar máscara sempre que for falar ou estiver  com alguém, se alimentar bem e repousar.

    É importante medir a temperatura da pessoa 3 vezes por dia e ficar atento como anda sua respiração. Todos os objetos que ela tocar devem ser imediatamente lavados com sabão ou a solução de água sanitária. Suas roupas e roupa de cama devem ser lavadas todos os dias e o banheiro que ela utilizar tem que ser desinfetado com água sanitária sempre que for usado. É muito importante que ela fique num ambiente bem ventilado.

     

    Quem realmente não tem condições de deixar de trabalhar, o que pode fazer?

     

    Quem não puder deixar de ir ao trabalho precisa se preparar o máximo possível. Todas as dicas de “como ir pra rua” são válidas.

    Em trabalhos com vestiário ou possibilidade de se tomar banho, leve uma muda de roupa limpa e tome banho ao chegar no trabalho.

    Converse com o empregador e os colegas de trabalho para, se possível, encontrarem alternativas para diminuir o risco de todos: fazer escalas, trocar horários para evitar a hora de pico do transporte público, manter os ambientes ventilados e sendo constantemente desinfetados.

    Exija seu direito à saúde.

    Mantenha a distância de 2 metros ao falar com os clientes e lave as mãos ou passe álcool gel 70% após tocar qualquer objeto.

     

    Sim, são muitos cuidados e é muito difícil seguir tudo. Mas não esqueça NÃO ADIANTA TOMAR APENAS UMA DESSAS MEDIDAS, É MUITO IMPORTANTE SEGUIR TODAS AS ORIENTAÇÕES, APENAS ASSIM VOCÊ PODE MANTER SUA SAÚDE E A SAÚDE DE SUA FAMÍLIA FORA DE RISCO.

     

    As favelas, quebradas, cortiços e comunidades são as áreas onde essa doença mais fará estrago. Entre nessa guerra pela vida! Faça sua parte por você e por aqueles que você ama! Todos juntos podemos derrotar essa doença! Coragem e boa sorte. Juntos somos fortes!

     

    ilustração – Bacellar

     

  • E o preto que se vire!

    E o preto que se vire!

    Estamos aí na luta diária, luta por direitos que nos são negados, luta por assistência que alguns dizem ser básica, mas eu prefiro a palavra essencial.

    Não é fácil ser pobre no Brasil, mas ser pobre e favelado (opa, favelado é feio falar, né?) é pior ainda, pois se para o pobre falta poder aquisitivo para ter o que deseja ou ir a lugares específicos, ao favelado falta água, saneamento, proteção, água potável, assistência à saúde. Se o pobre é mal visto por ser pobre, ele se disfarça de classe média e vai embora, já o favelado carrega em si marcas que não o permitem ir além de certos limites.

    Se o pobre tem direito ao isolamento, o favelado se isola do mundo, pois em sua casa muitas vezes tem um cômodo só, além do banheiro, onde é possível se acomodar, então, se um adoece, adoecem todos juntos.

    Solidariedade?

    Falta de opção, falta de cuidado, falta de respeito.

    Sim, pois o favelado faz seus corres rezando para ter uma casa para voltar, enquanto a sociedade se queixa pois acha que merece mais.

    Que precisa mais, que deve ter sempre mais, porém, não é para o favelado que o povo olha, não é para a favela que o mundo olha em tempos de crise, não é na favela que as pessoas agem, não é para a favela que o governo trabalha, pelo contrário, o favelado trabalha para nós, todos os dias, mas por suas vestes ou jeito de falar são discriminados, investigados, temidos, maltratados.

    Quantas vezes você deu “Bom Dia” ao motoboy?

    Quantas vezes você franziu o nariz para o trabalhador braçal após um dia na labuta, enquanto você vinha de um ar-condicionado para outro?

    Quantas vezes você escondeu sua bolsa ao passar perto da favela?

    Quantas vezes você deu “Bom Dia” ao motoboy?

    Ah, mas o baile pode

    Viva o baile funk, viva a favela, viva os “crias”, naquele momento quero ser “cria” também, mas só ali, naquelas horinhas em que desço do meu pedestal e subo a favela de moto, compro meu combo, danço a noite toda e mostro para o mundo através do meu celular caro.

    Mas e quando acaba o baile?

    Subo de volta na moto e dou as costas para o problema, pois eu subir está ok, o favelado descer, aí já não gosto não, é que esses não servem para se relacionar, namorar, apresentar para a família, esse serve para ser o amigo que me leva pro baile, mas, suave, ele sabe que o papel dele é esse e nem liga.

    Liga sim!

    Ele queria mais e você poderia ofertar mais do que sua companhia em noite de baile. Ele queria emprego digno, moradia digna. Ele queria não ser temido ou marginalizado. Ele queria os mesmos diretos que você, queria ser bem tratado e ter um teto para morar sem o receio de que ele pode não estar ainda no lugar quando voltar.

    Ele queria ser visto, ele queria ser ouvido, enquanto isso, a vida para apenas pra você, pois ele, sim, o favelado, ele segue na luta, sem quarentena e sempre inserido num sistema, sistema de quem? Isso é você quem vai me dizer.

    Menos hipocrisia, mais humanidade. Lute pelo povo de verdade!

    Nota: Matéria originalmente escrita no Jornal Empoderado!

  • Mônica Cunha: “Witzel deixa Favela sem água enquanto faz populismo barato na TV”

    Mônica Cunha: “Witzel deixa Favela sem água enquanto faz populismo barato na TV”

    A televisão não para de informar que levar as mãos é a medida mais eficiente contra a infecção provocada pelo novo coronavírus. Hoje é o Dia Mundial da Água, mas a metade do Morro da Providência,  no Rio de Janeiro, está sem o líquido há mais de 10 dias. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deixa a favela sem água enquanto faz falas populistas e polariza com Bolsonaro na TV. 

     

    A Providência é um dos pontos de maior aglomeração da capital. Uma favela localizada no centro. Agora eu pergunto para você: como deter a proliferação do Coronavírus na cidade se o governador não toma nenhuma medida urgente sobre essa necessidade básica?

     

    O cara tá gravando vídeo repetindo como uma vitrola quebrada que o povo precisa lavar as mãos, mas não se ocupa em fiscalizar se os pontos de maior aglomeração da cidade estão com o abastecimento de água. 

     

    Instagram Jornalistas Livres: Morador denuncia falta de água na Favela da Providência 

     

    Lido diariamente com mães vítimas de violência do Estado, que perderam (como eu perdi) seus filhos em mortes violentas, umas com seus filhos ou maridos presos no sistema socioeducativo e no sistema carcerário. Essas mulheres, em sua maioria negras, desenvolveram doenças crônicas por toda dor e sofrimento que passam.

     

    Há milhares de mulheres que estão longe da realidade que o governador pinta na televisão. Elas não podem ficar de quarentena porque trabalham em supermercados, são diaristas, empregadas domésticas ou trabalham na rua informalmente tentando ganhar o alimento para quem está dentro de casa. Barracos, muitas vezes, com apenas um cômodo para abrigar uma família inteira.

     

    Se no centro do Rio de Janeiro encontramos esse tipo de situação, imagine em lugares do Brasil onde as condições de vida são ainda mais precárias… Vivemos um período de urgência e nós, mulheres negras, não temos tempo para o populismo barato de um governador cruel, vaidoso e descompromissado com as necessidades reais de quem está na linha de frente dessa crise.

     

    É urgente que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, cuide para que o abastecimento de água nas favelas e periferias aconteça. Não tem como pedir quarentena para o povo sem entregar uma cesta básica com alimentos e materiais de limpeza.

     

    O racismo desse Estado não vai nos matar sem que haja resistência. Mais uma vez a população negra sofre em dobro. O governo do Estado do Rio de Janeiro está lavando as mãos para nós, mas não fará isso com o nosso silêncio. 

     

    *Mônica Cunha é Fundadora do Movimento Moleque e Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Alerj 

  • Governador do Rio rebate deputada e defende violência policial

    Governador do Rio rebate deputada e defende violência policial

    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reagiu mal às últimas declarações da presidente de Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a deputada estadual Renata Souza (PSOL). O representante de Bolsonaro no Rio rebateu as constantes críticas feitas pela ex-chefe de gabinete de Marielle Franco, colocando a culpa pelas mortes em favelas nos defensores de direitos humanos.

    Durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (14), Renata Souza fez duras críticas ao governador Witzel, após o líder do governo na Alerj, Márcio Pacheco (PSC-RJ), afirmar que mais inocentes vão morrer. “A síndrome de Rambo do governador está colocada na lógica de guerra que é nefasta, cruel e violenta. O porta-voz do governo veio aqui falar que outras pessoas vão morrer. Que papel é esse do governador de dizer para a população que mais inocentes vão continuar morrendo?”, questionou a presidente da Comissão de Direitos Humanos.

    Na manhã da última sexta-feira (16), o governador Wilson Witzel abriu o dia na inauguração de uma base da Segurança Pública em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde aproveitou para rebater as críticas feitas pela deputada estadual Renata Souza.

    “Pessoas que se dizem defensoras de direitos humanos, ‘pseudo defensoras’ de direitos humanos, não querem que a polícia mate quem está de fuzil. Porque se não mata quem está de fuzil, quem morre são os inocentes”, afirmou. “Então, está na sua conta, defensor dos direitos humanos. Esses cadáveres desses jovens não estão no meu colo. Estão no colo de vocês, que não deixam que as polícias façam o trabalho que tem que ser feito”, emendou.

    O ataque do governador aos defensores dos direitos humanos por mortes em operações policiais também fez o presidente da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Luciano Bandeira, se pronunciar. “Quanto à declaração do governador, eu tenho apenas uma ponderação, nunca vi um defensor de direitos humanos entrar em favela dando tiro” resumiu.

    De Berlim, onde fez agenda com Jean Wyllys na Fundação Rosa Luxembrug, denunciando a situação vivida por defensores de direitos humanos no Brasil, a deputada estadual Renata Souza comentou o assunto. “A tentativa de inversão de valores e o ataque à dignidade dos defensores dos direitos humanos é só mais uma tentativa de desviar atenção. O governador deveria apresentar uma política de segurança com prevenção, inteligência e investigação”, aconselhou a ex-chefe de gabinete de Marielle Franco.

    Durante esta semana, seis jovens foram mortos dentro ou perto de comunidades do estado, durante operações da Polícia Militar do Rio de Janeiro.  Curiosamente, o governador afirmou que os responsáveis seriam traficantes tentando culpar a PM.

    Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), as Polícias Militar e Civil do Rio mataram 434 pessoas de janeiro a março deste ano. Foram quase cinco (4,82) mortos por dia, recorde para o período na série estatística de 21 anos, iniciada em 1998. As mortes continuam a crescer nos meses em curso.

    Com governo de Wilson Witzel, polícia do Rio de Janeiro matou quase 50% a mais no primeiro semestre deste ano. Segundo relatório divulgado pela Rede de Observatórios de Segurança o Estado teve aumento de 46% nas mortes envolvendo violência policial no primeiro semestre. A comparação é com igual período de 2018.

    No primeiro semestre do ano passado, foram registrados 82 casos de mortes por ação de agentes de segurança. O número saltou para 120 óbitos este ano. Entre grandes operações e patrulhamento, foram mais de mil ações policiais monitoradas. A conclusão da pesquisa Operações policiais no Rio em 2019: existe um novo padrão? é de que elas se tornaram mais frequentes, letais e assustadoras para a população, sem efetiva diminuição da violência.

    Durante esta semana, seis jovens foram mortos dentro ou perto de comunidades do estado, durante operações da Polícia Militar do Rio de Janeiro.  Curiosamente, o governador afirmou que os responsáveis seriam traficantes tentando culpar a PM.

    Durante a última semana, seis jovens foram mortos dentro ou perto de comunidades do Estado, durante operações da Polícia Militar do Rio de Janeiro.  Em declarações dadas à imprensa o governador afirmou que os responsáveis seriam traficantes tentando culpar a PM.

    Com informações da Rede Brasil Atual