“Na Região Metropolitana de Porto Alegre, manifestantes se reuniram nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), em Canoas, para ocupar o local e realizar um ato em apoio à entidade. No entanto, segundo a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT – RS), um esquadrão do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar se posicionou em frente à entrada do local para barrar o acesso.
Com a aproximação do grupo, a Brigada lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. De acordo com a CUT, ninguém foi atingido ou ferido – as pessoas na linha de frente teriam conseguido desviar das bombas”.
Da Redação
Anunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve dos petroleiros teve início nessa quarta-feira (30). Na Região Metropolitana de Porto Alegre, manifestantes se reuniram nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), em Canoas, para ocupar o local e realizar um ato em apoio à entidade. No entanto, segundo a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT – RS), um esquadrão do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar se posicionou em frente à entrada do local para barrar o acesso.
Com a aproximação do grupo, a Brigada lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. De acordo com a CUT, ninguém foi atingido ou ferido – as pessoas na linha de frente teriam conseguido desviar das bombas.
A partir disso, foi iniciada uma negociação entre os brigadianos, sob comando do tenente-coronel à frente do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Porto Alegre, Oto Eduardo Amorim, e os manifestantes presentes.
A liberação foi concedida pouco depois. Assim, falas começaram a ser feitas no chamado ‘Ato pela soberania’, em apoio aos petroleiros. “Essa greve coloca a pauta: a Petrobras vai continuar seguindo a política de Pedro Parente e garantir nosso petróleo para outros países ou vamos regular os preços com políticas internas?”, questionou o presidente da CUT, Claudir Nespolo, presente no ato.
Nespolo acrescenta que a sucessão entre a greve dos caminhoneiros e a greve dos petroleiros reflete o momento de indefinição na política. “A greve dos caminhoneiros está em um momento muito estranho, onde se defende a volta da ditadura militar – que é algo que nunca apoiaríamos. Estamos orientando eles a se somarem na defesa da Petrobras, já que o problema não é só a redução dos impostos sobre o diesel.”
Segundo a CUT, participam do ato: o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), o Sindicato dos Bancários (SindBancários), o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), o Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assurgs); além de categorias como metalúrgicos, sapateiros e prestadores de serviço vinculados à indústria da alimentação.
O ato deverá seguir durante o dia. Após o fim das falas, a continuidade da mobilização será organizada pelos presentes.
CUT apoia greve dos petroleiros e anuncia acampamento na entrada da Refinaria Alberto Pasqualini
Da Redação (*)
A seção gaúcha da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) manifestou nesta segunda-feira apoio à mobilização dos caminhoneiros e à greve de 72 horas dos petroleiros que começa nesta quarta-feira (30). A reunião ampliada da Executiva Estadual, junto com a Caravana Regional da CUT Metropolitana, realizada no auditório do Sindipolo, aprovou também a instalação do Acampamento da Soberania, junto ao portão de entrada da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, onde as entidades sindicais e os movimentos sociais prestarão apoio e solidariedade à mobilização.
Na reunião, a CUT-RS defendeu o fim do atual modelo de gestão privada na Petrobras, apontando-o como principal responsável pela paralisação dos caminhoneiros, iniciada no último dia 21, e pela anunciada greve de 72 horas dos petroleiros, que começa na quarta-feira. Além disso, defendeu a redução dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, com o abandono da política de aumentos de acordo com as flutuações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, disse que “a Petrobras tem que acabar com a exportação de petróleo cru para ser refinado no exterior, uma vez que diminui a utilização das refinarias, aumenta a importação de combustíveis e eleva os preços cobrados do consumidor”. “Quem ganha com esse modelo perverso de gestão implantado pelos golpistas são as multinacionais do petróleo e os acionistas privados da Petrobrás e quem perde são os brasileiros, os maiores acionistas da empresa, que são obrigados a pagar uma conta que não para de aumentar”, acrescentou.
(*) Com informações da CUT-RS