Por Ariel de Castro Alves, advogado e conselheiro do Condepe.
Rafael Aparecido Almeida de Souza, de 23 anos, é a mais nova vítima da Polícia Militar de São Paulo.
Na noite de sábado (4 de maio), ele estava com seus primos e um tio, conversando na frente de sua casa, numa travessa da avenida Aricanduva, altura do número 36, no jardim nove de julho, na Zona Leste, quando foi ver seu irmão que tinha sido abordado por PMs.
Ele foi atingido por um disparo de um PM por volta de 00:20. Os 2 PMs envolvidos na ocorrência não prestaram socorro e fugiram do local. O corpo ficou caído no chão e ele foi socorrido por familiares e levado ao hospital geral de São Mateus, onde já chegou morto, conforme documento do próprio Hospital.
A causa da morte segundo o serviço funerário da Prefeitura de São Paulo foi “hemorragia aguda/ agente perfuro contundente/ projétil de arma de fogo”. O tiro do PM atingiu o peito de Rafael. Ele deixou o filho Lorenzo de apenas 2 meses.
Os familiares ainda arcaram com mais de 3 mil reais junto ao serviço funerário da Prefeitura de São Paulo. Rafael não tinha antecedentes criminais e estava recebendo seguro desemprego, conforme os familiares.
Após os fatos, Policiais Militares passaram a ameaçar colegas de Rafael em incursões no bairro.