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Reforma Trabalhista

Péssimos cristãos: padre critica bancada do RN que apoiou reforma trabalhista

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Por Rafael Duarte, da Agência Saiba Mais 

O sermão da missa de domingo (21) em Parelhas, município distante 240 quilômetros de Natal (RN), esquentou a temperatura das eleições no Rio Grande do Norte. O padre Josenilton Hipólito de Araújo tomou as dores dos trabalhadores da cidade e criticou os deputados e senadores do Estado que votaram a favor da reforma trabalhista cujo relator foi o potiguar Rogério Marinho (PSDB), alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal e acusado, entre outros crimes, de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Padre Hipólito nomeou todos os deputados que votaram contra os trabalhadores e chamou os deputados Felipe Maia (DEM), Fábio Faria (PSD), Beto Rosado (PP), Rogério Marinho (PSDB) e os senadores Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM) de “péssimos cristãos”.

– Será que nossos vereadores terão a coragem e a atitude de um péssimo cristão ? Porque se um deputado como Felipe Maia votou a favor da reforma trabalhista, Fábio Faria, Beto Rosado, se chegarem aqui pedindo voto… são péssimos cristãos que esmagaram o povo de Deus. Acabaram com toda nossa história, são atitudes desonestas. Se um vereador trouxer um desses candidatos à nossa porta, digam que o padre Hipólito disse: “vocês são péssimos cristãos”. Digam que o senador Garibaldi Alves e José Agripino também são péssimos cristãos.

Dos deputados citados, a maioria vai concorrer à reeleição em outubro. Rogério Marinho, Beto Rosado, Fábio Faria e José Agripino Maia tentarão uma vaga na Câmara Federal e Garibaldi Alves está em campanha para renovar o mandato no Senado.

O padre de Parelhas lembrou que os parlamentares se aliaram ao presidente Michel Temer, a quem classifica como “pagão e batizado”. E ressaltou que “um péssimo cristão” provoca estragos na vida das pessoas.

– Um péssimo cristão comete estragos horríveis na vida da comunidade. Se um péssimo cristão se tornou sacerdote, é um péssimo padre na vida do povo. Da mesma forma que se um péssimo cristão está na vida da comunidade é um estrago tremendo. E temos um cenário de péssimos cristãos. Quando ligamos a TV Senado percebemos os péssimos cristãos que estão governando o país. Quatro deputados do nosso Estado envergonharam a história da humanidade, a história do país. Bons cristão que lutaram pela dignidade do trabalho, pela dignidade do trabalhador foram esmagados por esses deputados que se uniram a um presidente pagão e batizado, que é maior ainda.

O público aplaudiu o sermão do padre.

Um vídeo do sermão foi gravado por um dos fiéis da igreja de Parelhas. Confira:

 

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1 Comment

1 Comments

  1. Anisete Maria Schmitt

    22/08/18 at 9:47

    Ha! Tivéssemos mais padres com esta compreensão e conhecimento político e com coragem de usar o púlpito para denúncias como esta,,,

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Campinas

Em plena crise causada pelo coronavírus prefeito de Campinas ataca o sistema previdenciário dos Servidores Públicos

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Em um momento extremamente delicado que são necessários todos os recursos humanos necessários o prefeito Jonas Donizette (PSB) golpeia os trabalhadores do serviço público com uma manobra política na Câmara Municipal de Campinas. A proposta  impacta  na renda e diminuí o salário do servidor público, ao promover o aumento no desconto previdenciário que passará a ser de  14% , segundo a proposta apresentada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB)

A manobra foi realiza hoje, 18/03/2020, a comissão de justiça e legalidade da Câmara Municipal reuniu-se, e, de última hora,  inseriu na pauta o Projeto de Lei 19/2020, de autoria do Prefeito Jonas Donizette que trata da reforma do Camprev ( Instituto de Previdência Social do Município de Campinas).

De  forma sorrateira os vereadores  VINICIUS GRATTI (PSB), LUIZ CIRILO (PSDB), TENENTE SANTINI(PSB), ZÉ CARLOS(PSB) e LUIZ CARLOS ROSSINI(PV) aliados ao prefeito, propuseram  a votação no dia 23/03/2020 mesmo diante ao isolamento social por conta da crise do Coronavírus.  Diante a momento de enfrentamento muitos servidores estão na linha de frente  contra o avanço da epidemia na cidade. A entrada na Câmara está proibida e restrita nesse período  assim como todas as atenções estão (ou deveriam estar em cuidar da população) .

Audiência pública
Havia uma audiência pública agendada para o dia 13/03/2020, que foi cancelada em virtude da pandemia mundial do Coronavírus.

A crise sanitária  e  a soma de esforços conjuntos deveriam ser priorizados mas a base aliada pretende retirar direitos

Parte da Câmara preocupada com a população  e com a crise social, econômica e sanitária conseguiu o adiamento, portanto não será mais  votado  no dia 23 como  o base governamental queria.  Mas  poderá ser votado em breve, segundo o vereador Rossini,  o PL (Projeto Lei) que ataca o trabalhador em um momento tão fragilizado, poderá ser votado durante o período de contingenciamento.
Não haverá audiência pública, lembrando que algumas áreas do serviço público não terão condições de mobilização, pois estarão ocupadas com a epidemia, com a população e como atender as demandas da cidade.
Um momento de extrema fragilidade e que qualquer mudança previdenciária não pode acontecer sem o mínimo de discussão. A fragilidade dos desmontes das políticas públicas,  da seguridade social e dos serviços públicos têm impactado diretamente na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras.

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Reforma Trabalhista

Minirreforma da CLT: “possibilidade de aumento exponencial de trabalho em condições análogas à escravidão”

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Inicialmente apresentada como uma proposta para desburocratizar a vida das empresas, a MP 881 foi ampliada com dezenas de propostas que alteram a Consolidação das Leis do Trabalho na comissão especial mista criada para analisá-la. Os 19 artigos iniciais tornaram-se mais de 50.

Com parecer aprovado em comissão, a Medida Provisória será analisada pelos plenários da Câmara e do Senado após o recesso parlamentar, e deve ser votada nas duas casas até meados de setembro, data em que expira a MP. Tramita agora como o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 17/2019, apoiado fortemente pelos setores empresariais.

NOTA DE REPÚDIO À ‘MP DA LIBERDADE ECONÔMICA’

O Coletivo Transforma MP vem a público apresentar suas razões para o repúdio veemente à MP 881 – 2019, chamada da Liberdade Econômica, que propõe uma minirreforma da CLT, em detrimento da garantia do trabalho digno, que compõe o núcleo fundamental de proteção ao trabalho previsto na Constituição Federal e nas normas internacionais ratificadas pelo Brasil.

Essa Medida Provisória, publicada em 30 de abril, com o propósito de desburocratizar processos para as empresas, continha 19 artigos. O relatório final do seu projeto de conversão em lei, aprovado pela Comissão Especial em 11 de julho, é composto de 52 artigos, com inúmeros incisos. O projeto deverá ser votado até 10 de setembro pelo plenário da Câmara e do Senado.

De início, é importante ressaltar que o texto considera que o princípio da livre iniciativa está acima de outros princípios constitucionais de extrema relevância para a pacificação social e sustentabilidade do sistema capitalista de produção, quais sejam, os princípios da proteção à dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho, da função social da propriedade e da proteção ao meio ambiente.

O projeto prevê que os termos de compromisso firmados com as autoridades executivas, na forma a ser disciplinada pelo Ministério da Economia, terão precedência sobre os Termos de Compromisso de Ajuste de Conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho. Isso constitui ataque frontal ao direito social ao trabalho digno, já que desqualifica uma das principais formas de atuação do MPT na correção extrajudicial das graves violações ao mundo do trabalho.

Autoriza, ainda, a adoção do registro de ponto por exceção, mediante acordo individual escrito. Ora, qual empregado poderá resistir, individualmente, à assinatura de um pacto com esta previsão? O direito do trabalho nasce com a limitação das jornadas desumanas, durante a revolução industrial inglesa. Não há qualquer razão que justifique a pura e simples permissão para ausência do registro de ponto, o que implicará jornadas excessivas, afetando a saúde e a segurança do trabalhador, e com impacto na criação de postos de trabalho, o que é contrário ao próprio discurso do governo que defende a tese de que menos direitos trabalhistas resultarão em maior número de empregos.

Na mesma linha do registro da jornada por exceção, e de sua consequência paradoxal na diminuição de empregos, o projeto prevê a possibilidade do trabalho em domingos e feriados sem necessidade de autorização prévia.

O projeto insere artigo na CLT com o propósito de afastar a aplicação das regras que estabelecem os períodos de descanso semanais nas atividades de agronegócio e correlatas, o que implicará na possibilidade de aumento exponencial de trabalho em condições análogas à escravidão.

Ficam desobrigados, ainda, de constituir as Comissões Internas de Prevenção aos Acidentes – CIPAS – os estabelecimentos com menos de 20 trabalhadores e as micro e pequenas empresas, provocando grave deterioração do meio ambiente do trabalho.

O projeto afasta do direito do trabalho os contratos com remuneração mensal acima de 30 salários mínimos, que serão regidos pelo direito civil. Uma vez mais, a previsão normativa atenta contra o discurso oficial, de necessidade de equilíbrio de contas públicas, já que a suspensão do direito do trabalho em face do civil implica na ausência de recolhimentos à Previdência Social e ao FGTS, que têm grande impacto social.

O Coletivo Transforma MP conclama a sociedade brasileira a compreender o grave ataque a direitos fundamentais de que é vítima, ao tempo em que roga aos parlamentares que rejeitem o projeto, pois a reforma trabalhista já demonstrou, factualmente, que é inexato o lema “menos direitos, mais trabalho”. A verdade é que a opção política deve se dar no sentido de que trabalhamos para viver dignamente, garantindo um futuro luminoso para as gerações vindouras.

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Reforma Trabalhista

Mini-reforma trabalhista mexe em 36 artigos da CLT e permite trabalho aos domingos

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Do site da Anamantra- Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho

Enquanto o Congresso Nacional está mobilizado pela votação da reforma da Previdência (PEC 6/2019), outra cilada para milhões de trabalhadores está prestes a ser votada nesta quinta-feira (11/7): o projeto de conversão da Medida Provisória 881/2019, conhecida como MP da Liberdade Econômica. A votação está na pauta da Comissão Mista, presidida pelo senador Dário Berger (MDB-SC).

As alterações feitas pelo relator no texto original desta Medida Provisória ameaçam direitos e a segurança dos trabalhadores brasileiros e podem aumentar substancialmente a insegurança jurídica do país. Por esse motivo, a Anamatra, a ANPT Brasil, a Abrat Net e o Sinait – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho pedem o adiamento da votação do projeto de lei de conversão da MP 881/2019.

Informe-se e não permita a violação dos seus direitos!

 

fotos: Ascom/ANPT Anamatra, ANPT, Abrat e Sinait encaminham ofício ao presidente da Comissão Mista e reúnem-se com parlamentares

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), juntamente com a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), encaminharam ofício ao senador Dário Berger (MDB-SC), requerendo o adiamento da votação do projeto de lei de conversão da MP 881/19, conhecida como MP da Liberdade Econômica. A votação está prevista para acontecer na manhã desta quinta (11/7), na Comissão Mista presidida pelo parlamentar. Dirigentes da Anamatra também se reúnem, nesta quarta, com parlamentares para tratar do tema.

No requerimento, as associações explicam que o texto original da MP, que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica, foi alterado substancialmente pelo relator na Comissão Especial, com efeitos graves no mundo do trabalho e que ameaçam a segurança jurídica do país. Segundo as entidades, o projeto de lei de conversão, nos moldes propostos, padece de inconstitucionalidade, se for considerada a ADI já julgada no STF (5127), que declarou inconstitucional emenda parlamentar em projeto de conversão de MP em lei, por conteúdo temático distinto daquele originário, situação avaliada no presente caso.

“Trata-se de uma minirreforma trabalhista, propondo alterações normativas preocupantes e de grande impacto social, o que denota a importância de se aprofundar o debate sobre o tema, inclusive com a abertura de apresentação de propostas pela própria sociedade”, defende a presidente da Anamatra, juíza Noemia Garcia Porto.

Principais pontos – Entre as mudanças destacadas pelas associações está a previsão de regimes especiais de contratação, suspendendo leis, atos normativos infralegais, acordos e convenções coletivas, que vedam o trabalho aos finais de semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Também ficam suspensos diversos artigos da CLT que estabelecem jornadas especiais de trabalho, por exemplo, para bancários, jornalistas profissionais, entre outros, inclusive com restrições à remuneração diferenciada de horas extras.

A MP amplia, ainda, a possibilidade da duração de contratos de trabalho por prazo determinado, atualmente, de acordo com a CLT, restritos a, no máximo, dois anos. Também está entre as preocupações das associações a possibilidade aberta pela MP de se firmar contratos de trabalho regidos pelas regras do Direito Civil, sendo as de Direito do Trabalho, dispostas em lei, consideradas todas subsidiárias.

Questões relativas às normas de segurança e medicina do trabalho também são afetadas pela MP 881 na redação dada pelo relatório da Comissão Mista. Isso porque torna-se facultativa a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). “Em um país que registra, de acordo com estatísticas oficiais, uma morte por acidente em serviço a cada três horas e 43 minutos, é inaceitável. Não se trata de uma questão econômica, mas sim de saúde pública”, aponta a presidente da Anamatra. De acordo com estatísticas do Observatório Digital do MPT/OIT, com dados oficiais da Previdência Social, entre 2012 e 2018, foram registrados no Brasil 17.683 acidentes fatais e 378.060.049 dias de trabalho perdidos por afastamento. O gasto nesse período, incluindo benefícios iniciados em anos anteriores, supera R$ 84 bilhões.

A fiscalização do cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária também é afetada pelo texto proposto. Pelo relatório da MP, as empresas ficam dispensadas de encaminharem cópia da Guia da Previdência Social ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre seus empregados.

Segundo as associações, as propostas apresentadas afrontam a Constituição Federal, normas internacionais do trabalho, a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho. “As regras constitucionais estão absolutamente atreladas à dignidade da pessoa humana e qualquer alteração que vise a livre iniciativa deve se dar por causa da garantia dessa dignidade e não da garantia tão e somente da ordem econômica como vem estampado no texto, que elimina regras de segurança e saúde no trabalho”, alertam.

Descrição da imagem #PraCegoVer e #PraTodosVerem: ilustração de uma sirene e de um livro da Consolidação das Leis do Trabalho se desfazendo. Texto: alerta: minirreforma trabalhista a caminho. MP 881/2019 pode: suspender leis, atos, acordos, convenções coletivas e artigos da CLT que protegem o trabalhador; Aumentar a duração de contratos por prazo determinado; Sobrepor regras do Direito Civil às do Direito do Trabalho; Diminuir a saúde e a segurança dos trabalhadores, tornando as CIPAs facultativas. A Anamatra repudia mais esse retrocesso! Anamatra

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