Em uma das mais acirradas e conturbadas das eleições presidências que mancha a nossa história com maior ilegalidade de um caixa 2 impulsionando mentiras e iludindo propositadamente eleitoras e eleitores. As mídias sociais sendo afogadas em mares de Fake News, o ódio estampando notícias de violência bruta e descomunal que produziu várias vítimas. Universidades , instituições acadêmicas sofrendo cerceamento arbitrário. Um caminho que parecia não ter saída, mas aos poucos as pessoas foram enfrentando e indo para as ruas ocupar. A possibilidade da ditadura e do fascismo metendo o coturno na porta para entrar nos fez ter coragem para iniciar a resistência. Praças e espaços públicos com pessoas trazendo a boa “prosa” com café, bolos e muita conversa. Manifestações com oceanos de pessoas ocupando as ruas. As pessoas resolvem retomar as relações da conversa, do olho no olho, da sororidade e do amor. As pessoas se unem, conversam e a onda começa a crescer e refletir. Antipetistas históricos declaram voto no candidato que representa a democracia; o professor Fernando Haddad. No primeiro turno, eleitores do candidato da barbárie em atos violentos votaram com suas armas. Hoje, os eleitores de Haddad se armaram de livros para irem votar. Os gritos que ainda estão presos na garganta de cada um se personificou no porte de cada um dos livros.
Em Campinas, cidade no interior de São Paulo, os locais de votação estavam repletos de eleitores e eleitoras com livros.
Autores como Darci Ribeiro, Paulo Freire, Machado de Assis, Eduardo Galeano, Augusto Boal, Carolina de Jesus, títulos como Estatuto da Criança e do Adolescente, Lavoura Arcaica, Grande Sertão Veredas, Universidade Necessária, Escravismo Colonial e muitos outros.
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