Nota das Centrais Sindicais em apoio aos caminhoneiros

As centrais sindicais neste momento de impasse nas negociações entre o governo federal e os caminhoneiros, decidem se colocar a disposição como mediadoras na busca de um acordo que solucione o caos social que o país caminha.

A proposta do governo de convocar as Forças Armadas, como instrumento de repressão é querer apagar fogo com gasolina, ou seja, só acirra o conflito e dificulta uma solução equilibrada.

Queremos um acordo que leve em conta a justa reivindicação dos trabalhadores e as necessidades do país.

São Paulo, 25 de maio de 2018

Ricardo Patah
Presidente da UGT

Vagner Freitas
Presidente da CUT

Paulo Pereira da Silva
Presidente da Força Sindical

Adilson Araújo
Presidente da CTB

José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central

Antonio Neto
Presidente da CSB

Foto: Marcelo Pinto/ A Plateia

Leia a nota da CUT em apoio a greve dos caminhoneiros:

A paralisação dos caminhoneiros nas estradas de todo país é um movimento legítimo da classe trabalhadora que vem tendo seus salários e renda vilipendiados pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP).

Os aumentos nos preços dos combustíveis tornam inviáveis ao trabalhador caminhoneiro prover o seu sustento e da sua família, já que o valor do frete não cobre os reajustes diários e diminui o valor do salário dele.

E não são apenas os caminhoneiros que sofrem. Trabalhadores do setor de transporte e a população como um todo arcam com as consequências desses aumentos, que refletem ainda nos preços do gás, no pão e em outros itens da cesta básica.

“A população precisa apoiar este movimento que não é somente contra o reajuste dos combustíveis, é contra a privatização da Petrobras. O governo está utilizando esses aumentos para defender a venda da estatal”, diz o presidente da CUT Vagner Freitas.

Segundo ele, a greve dos companheiros caminhoneiros deve ser apoiada por conta dos desmandos e sucateamento que Pedro Parente, presidente da Petrobras, faz na estatal, com o intuito de vender a empresa a preço de banana.

“O Brasil tem de extrair o petróleo e refinar aqui, como era feito antes desse governo. Só assim conseguiremos baratear os combustíveis. Hoje, 25% do produto são importados e ainda há a previsão de privatizar quatro refinarias do país. Com isso, milhares de empregos serão perdidos aqui enquanto fora do país são gerados novos postos de trabalho”, declara o presidente da CUT.

Para Vagner Freitas, o governo tem a obrigação de diminuir os preços dos combustíveis e atender as reivindicações dos trabalhadores caminhoneiros.

Por tudo isso, a CUT defende uma Petrobras pública e estatal, o pré-sal e defende que “O Petróleo é do Brasil”.

 

Vagner Freitas – Presidente Nacional da CUT

 

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