Para Lindbergh Farias, ex-senador pelo PT do Rio, qualquer que seja a motivação de Quaquá, ela não pode fragilizar a aliança entre partidos de esquerda. “Eu não estava no Rio de Janeiro, não sei exatamente o que aconteceu, mas nada é tão importante quanto costurar uma frente de esquerda para as eleições municipais de 2020”, declarou à Fórum.
O ex-líder estudantil ainda destacou que a aliança no Rio está sendo construída entre PT, PCdoB e PSOL em torno de Freixo, que é para Lindbergh o nome mais forte da esquerda carioca. Ele ainda disse que há um diálogo com PSB e PDT para essa chapa e deu exemplos de outras capitais que também devem estar em uma frente unificada: “Em Porto Alegre, se a Manuela D’Ávila quiser vir, vamos apoiar o PCdoB, já em São Paulo, por exemplo, eu acho que tem que ser um nome do PT”.
Lindbergh acredita que a conjuntura obriga uma unidade para o enfrentamento com as forças de direita e o governo Bolsonaro. “Tem que ser uma estratégia nacional, em tudo que é lugar do país. Se houver divisão das esquerdas nós estamos errando feio, esse episódio não pode fragilizar a aliança que estamos construindo”, disse. O petista ainda considera que a declaração de Quaquá é “mais uma confusão interna do que externa”.
Mal-entendido
No início da tarde, o chefe de gabinete da presidência do PT, Gilberto Carvalho, assumiu a responsabilidade do mal-entendido e disse que, por erro seu, apenas o ex-deputado federal Wadih Damous foi designado oficialmente como representante do PT no ato em apoio ao jornalista Glenn Greenwald, na ABI, deixando a deputada federal Benedita da Silva apenas como oradora. Essa foi a razão da indignação de Quaquá, que pensou que tivesse havido algum tipo de boicote por parte do PSOL.
Carvalho se colocou aberto às críticas, mas pediu para ser dada “prioridade ao que realmente é prioritário, gastando o melhor das energias para combater o inimigo real que dizima o povo pobre deste país e destrói seu futuro”.
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