Do mundo todo daqui

Haiti, Mali, Congo, Peru, Guiné Bissau, Serra Leoa, Síria, Bolívia e muito mais também ficam em São Paulo. E o cara se chama Paolo Parise, padre italiano, 48 anos, há 18 também brasileiro. Poderia ser considerado um refugiado no turbilhão da cidade não fosse sua atenção aos estrangeiros. Paolo é aquele anfitrião que ocupa o vácuo deixado pelo Estado na atenção digna e diferenciada que deve envolver pessoas em situação de grande vulnerabilidade.

Para minha surpresa, num dia primeiro de abril, descubro que Francisco de vez em quando dá uma ligadinha para saber se tudo vai indo bem com os refugiados. E esse Francisco é Jorge Mario Bergoglio, o Papa, com quem o padre scalabriniano trabalhou alguns anos na Argentina.

Na verdade a Missão Paz de São Paulo envolve todo o processo de acolhimento e resgate dos migrantes e refugiados carentes que chegam à cidade oriundos da América Latina, África e Oriente. No ano passado foram 19 000 pessoas, sendo 4 880 haitianos.

Sem proselitismo um trabalho intenso se desenvolve no local, homens e negros, em sua maioria, aprendem e vivem novos conceitos culturais e questões trabalhistas. Idiomas distintos se confundem no largo amplo do templo e olhares vagos e migrantes expõem a fragilidade de alguns e uma coragem estampada na pele de outros. Mulheres sírias seguram suas crianças e um Brasil Babilônia em pura verdade se faz no primeiro de abril.

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