Na última segunda-feira, 13, o deputado estadual Márcio Camargo (PSC) afirmou, na Câmara de São Roque, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se afastará do executivo paulista em abril de 2018. “Nosso governador Geraldo Alckmin vai se licenciar em abril e o vice governador vai assumir a governança do Estado de São Paulo”, garantiu o deputado.
Camargo ressaltou que participa, junto com outros líderes de bancada, de frequentes reuniões com o governador e que Alckmin anunciou a sua decisão de se licenciar do governo em um desses encontros.
Pré-candidato à presidência da República, o comunicado aos partidos aliados de que abandonará o governo paulista obriga-nos a deduzir que Alckmin disputará a eleição para o cargo máximo do país em 2018. No entanto, no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. Na realidade, duas pedras. O seu partido, o PSDB, possui, hoje, dois outros pré-candidatos à presidência, o ministro José Serra (eterno candidato) e o senador Aécio Neves (candidato derrotado em 2014).
Dessa maneira, fortalece a tese, ventilada no final do ano passado, de que o governador paulista deixará a sigla tucana e migrará para o PSB, partido do seu vice, Márcio França. Sobre essa possibilidade, não podemos esquecer que Alckmin já ensaiou, em 2009, a transferência para a agremiação socialista. Além disso, com a morte do ex-governador do Pernambuco Eduardo Campos, o PSB ficou órfão de uma liderança nacional para disputar o Palácio do Planalto.
Levando-se em consideração as hilárias e históricas brigas entre os tucanos – a possível espionagem de Aécio Neves em 2009 a mando de José Serra -, e os comentários incisivos do deputado Márcio Camargo, Alckmin disputará, impreterivelmente, a eleição para presidência da República em 2018, pelo PSDB ou outro partido.
Fala do deputado a partir de 2:38 (35 segundos).
http://www.camarasaoroque.sp.gov.br/canal-de-videos/sessao-ordinaria-de-13-de-fevereiro-de-2017
