Jornalistas Livres

Categoria: Diário da Alesp

  • João Doria resolve economizar na pandemia demitindo trabalhadores

    João Doria resolve economizar na pandemia demitindo trabalhadores

    O governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB-SP), é um escroque infame! Quando várias famílias de classe média estão fazendo sacrifícios para manter o pagamento das trabalhadoras domésticas, apesar de dispensá-las de comparecer ao trabalho (em nome da solidariedade neste momento de pandemia do coronavírus), o Secretário da Educação publicou hoje na página 18 do Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP) de hoje (19/3) a resolução que suspende os contratos e convênios de prestação de serviços das empresas terceirizadas.

    Desnecessário dizer que os prejudicados serão os trabalhadores terceirizados, como motoristas, merendeiras e faxineiras, jogados ao Deus dará, sem direitos, sem salários, sem dinheiro. São exatamente os trabalhadores mais desassistidos de direitos entre os tantos que prestam serviços ao Estado.

    João Doria Jr resolveu usar a epidemia para fazer “economia” e está pouco se lixando para a dor e o sofrimento das famílias sustentadas pelos contratos das terceirizadas!

    João Doria Jr faz isso como uma demonstração de falta absoluta de solidariedade e compaixão. Faz isso apesar de os países da Europa, sem exceção, darem exemplo em sentido exatamente contrário: estão mantendo os pagamentos porque sabem que o trabalhador continua precisando pagar aluguel, alimentação, remédios e tantos outros gastos que as famílias de trabalhadoras possuem –ainda mais em período de epidemia.

    É inadmissível que João Doria Jr responda às pandemia com o desprezo pelos trabalhadores mais desassistidos da administração pública!

     

    Veja a publicação completa:

    Página 18 da Executivo – Caderno 1 do Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP) de 19 de Março de 2020

    Resolução SE 27, de 18-3-2020
    Dispõe sobre a suspensão dos contratos e dos convênios de prestação de serviços, e dá providências correlatas
    O Secretário da Educação, no uso de suas atribuições, e considerando o disposto no artigo 1º, inciso II, do Decreto 64862/2020, com redação dada pelo Decreto 64.864/2020, que determina a adoção de providências necessárias visando à suspensão de aulas no âmbito da Secretaria da Educação,
    Resolve:
    Artigo 1º – Suspender, a partir de 24-03-2020:
    § 1º – os contratos firmados entre a Secretaria da Educação e empresas prestadoras de serviços:
    1. contínuos de transporte escolar para alunos com e sem deficiência do ensino fundamental e médio;
    2. contínuos de transporte escolar de alunos do ensino fundamental e ensino médio através de bilhetagem eletrônica;
    3. de preparo e distribuição de refeições para os alunos da rede de ensino público estadual;
    4. contínuos de apoio aos alunos com deficiência que apresentem limitações motoras e outras que acarretem dificuldades de caráter permanente ou temporário no autocuidado;
    § 2º – os convênios celebrados entre o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Educação, e os municípios para o fornecimento de:
    1. transporte escolar;
    2. alimentação escolar.
    § 3º – Na suspensão dos contratos de que trata o § 1º deste artigo, os ordenadores de despesas, gestores e fiscais de contratos deverão zelar para que sejam pagos somente os serviços efetivamente prestados até 23-03-2020.
    § 4º – A suspensão de que trata o “caput” deste artigo vigorará até ulterior decisão em sentido contrário.
    Artigo 2º – As Diretorias de Ensino deverão encaminhar notificação aos municípios e às empresas prestadoras de serviços sobre a suspensão de que trata esta Resolução.
    Parágrafo único – A notificação de que trata o “caput” deste artigo deverá seguir as orientações da Coordenadoria de Orçamento e Finanças.
    Artigo 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

  • Justiça aceita ação da APEOESP e derruba reforma da previdência de Doria

    Justiça aceita ação da APEOESP e derruba reforma da previdência de Doria

    O juiz Antônio Carlos Malheiros suspendeu a eficácia da reforma da Previdência de Doria. Segundo o juiz “o que se verifica, no presente caso, é o processo legislativo, apontado como inconstitucional, diante do comando exarado pela Constituição do Estado de São Paulo”

    Segundo o juiz, a PEC 18/2019 deveria ter sido votada na comissão de Constituição e Justiça e não decidida por relator especial.  Com isto toda a PEC18/2019 deveria de voltar para esta comissão.

    do face da deputada estadual professora Bebel (PT-SP)

    APEOESP DERRUBA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE DORIA

    A APEOESP conquistou no Tribunal de Justiça de São Paulo liminar que torna sem efeito a reforma da previdência estadual (PEC 18 e PLC 80), pelas inconstitucionalidades que contêm (sobretudo a PEC 18) e violações nos procedimentos regimentais, que também afrontam a Constituição Estadual.

    Neste link (https://bit.ly/2UcwvNK), é possível acessar a íntegra da decisão.

    Mais uma vitória da nossa luta, persistência, união e mobilização.

    A categoria já é vitoriosa mais uma vez. Ainda que existam recursos, nada vai apagar de nossas vidas essas vitórias todas, conquistadas a despeito da violência com que fomos tratados quando encaminhamos nossas lutas.

    A liminar que obtivemos em juízo impede que sejam aplicadas as novas regras para as aposentadorias e pensões, assim como impedem as novas alíquotas e o engodo da carreira que Dória quer implantar em São Paulo.

    Estamos atentos e vamos informando vocês sobre o que for ocorrendo.

    Parabéns a todas e todos.

  • Comissão de direitos humanos da OAB aponta truculência da polícia contra servidores públicos paulistas

    Comissão de direitos humanos da OAB aponta truculência da polícia contra servidores públicos paulistas

    Nota da comissão de direitos humanos da OAB

    Votação da Reforma da Previdência na ALESP.

    Hoje os deputados estaduais de São Paulo votaram a Reforma da Previdência proposta pelo Governo de São Paulo.

    Um grande aparato policial foi montado para que o plenário fosse isolado, a pedido do Presidente da ALESP, Deputado Cauê Macris.

    A TROPA DE CHOQUE reprimiu de forma violenta e absolutamente desnecessária a tentativa dos manifestantes, funcionários públicos, de acompanharem a votação na galeria do plenário. Chegou-se ao desatino de se lançarem bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, nos exíguos espaços internos, destinado a circulação de funcionários, colocando em sério risco a vida de milhares de manifestantes.

    Do lado de fora da ALESP, onde havia um caminhão de som e milhares de servidores públicos, das mais diversas atividades, que exerciam pacificamente seu direito de manifestação, a intervenção da PM interviu foi ainda mais violenta com bombas e tiros, transformando um ato político legítimo e pacífico em uma praça de guerra.

    A Comissão de Direitos Humanos OAB SP se fez presente no local com o intuito de garantir o direito de manifestação, e constatou graves violações de Direitos Fundamentais, sofrendo seus integrantes na própria pele a violência policial, exagerada, desnecessária e truculenta, afrontosa ao regime democrático e que desonrosa à Casa do Povo, que é o Parlamento paulista. Buscou-se contato com as autoridades públicas para negociar uma forma de pacífica que garanta o legítimo direito de manifestação e a segurança de todos.

    Por fim, a CDH repudia com a mais absoluta veemência todas as arbitrariedades cometidas e presenciadas por seus observadores institucionais e aguarda das Instituições envolvidas, ALESP e Polícia Militar as explicações necessárias, não apenas aos manifestantes e funcionários públicos, mas ao povo em geral, que não elegeu a barbárie, tampouco se ombreou com os abusos e arbitrariedades de agentes públicos, concebidos para proteção e segurança de toda a população.

  • Governo tenta desesperado derrubar liminar que suspendeu tramitação da PEC da Previdência em SP

    Governo tenta desesperado derrubar liminar que suspendeu tramitação da PEC da Previdência em SP

    #AOVIVO

    Voltamos direto do plenário da Assembleia Legislativa de SP, onde os servidores públicos lotam a galeria. A sessão desta terça (9) foi suspensa e amanhã retorna, provavelmente, com a PEC 18/2019, da farsa da Reforma da Previdência na pauta. A deputada Professora Bebel conduziu os trabalhos pela bancada do PT na Casa.

    Por enquanto, um mandado de segurança de autoria da bancada do PT na Alesp gerou uma liminar expedida pelo tribunal de Justiça de SP e suspendeu a tramitação do Projeto, por isso o presidente da Alesp, o deputado Cauê Macris (PSDB) está neste momento recorrendo ao presidente do TJ para que o assunto volte a ser debatido, entre os parlamentares em plenário.

    Por isso, a deputada Professora Bebel que acabou de fazer um pronunciamento contra a PEC conversou com as categorias do serviço público presentes na Alesp.

    Veja o que disse a professora:

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/608869449919935/

  • Servidores não arredam pé da Assembleia Legislativa de São Paulo

    Servidores não arredam pé da Assembleia Legislativa de São Paulo

    Servidores nos corredores da Alesp
    Servidores nos corredores da Alesp na manhã desta segunda (9). Foto: Lucas martins, dos Jornalistas Livres

    Fotos: Lucas Martins, dos Jornalistas Livres 

    A manhã desta segunda, 9/12, já começou agitada na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde tramitava a PEC 18/2019, da Reforma da Previdência de João Doria. Sim, tramitava e você vai entender o por quê. 

    O projeto, se aprovado, é o mais severo desmonte da previdência dos servidores estaduais, pois além de fazer esses profissionais trabalharem mais, consegue ser ainda pior do que o PL de mesmo caráter, aprovado em Brasília, uma das metas e promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro.

    Doria quer aumentar a contribuição providenciária de 11% para 14%.

    Isso representa um verdadeiro assalto ao bolso dos servidores. Lembrando que em 2007, uma Reforma já aconteceu e resultou na criação do SPPREV, através da Lei Complementar 1010 e aumentou a contribuição de 6% para 11%. 

    Servidores nos corredores da Alesp na manhã desta segunda (9). Foto: Lucas Martins, dos Jornalistas LivresA São Paulo Previdência é desde então a previdência oficial dos servidores e o governo define sua existência como como uma “necessidade de maior eficiência de gestão e, consequentemente, uma redução nos gastos do governo, uma vez que, com o estabelecimento do Regime Próprio, houve uma padronização nos critérios para a concessão de benefícios. Dessa forma, as leis aprovadas, a longo prazo, proporcionarão o estabelecimento de uma gestão mais centralizada e mais eficiente beneficiando o futuro da previdência dos servidores do Estado São Paulo.” Sentença extraída do próprio site da SPPREV. 

    Só que agora, na prática, o que o governo de João Doria pretende fazer é mesmo confiscar mais dinheiro do salário dos servidores. E não houve, até então, nenhum diálogo com a categoria. Doria não dá, sequer, sinais de que isso poderá acontecer de forma espontânea. 

    Servidores nos corredores da Alesp na manhã desta segunda (9). Foto: Lucas Martins, dos Jornalistas LivresAs propostas da PEC são piores do que as de Bolsonaro por alguns motivos: alteram a fórmula do cálculo da aposentadoria e isso resulta na redução de proventos recebidos, aumentam a idade mínima para a aposentadoria e o tempo de contribuição, limitam o valor das pensões por morte, criam regras transitórias que aumentaram de maneira absurda o tempo das contribuições e idade de aposentação. 

    Na sexta feira (6) um mandado de segurança elaborado pelos deputados Emidio de Souza e Teonilio Barba, ambos do PT, resultou numa liminar deferida pelo Tribunal de Justiça de SP que suspendeu a tramitação do projeto da reforma da Previdência que corria em urgência na Casa. 

    O presidente da Alesp, o deputado estadual Cauê Macris (PSDB) convocou duas Sessões Extraordinárias para às 9h e 11h40 da manhã, desta segunda (9). A primeira foi cancelada por que o parlamentar tenta, de qualquer maneira, derrubar a liminar dos petistas que trouxe um respiro aos servidores e sobretudo, pretende, de maneira democrática, estimular o governo a conversar com os principais atingidos nessa história, ou seja, os servidores. 

     

    OUTRAS PAUTAS 

    Vamos acompanhar durante toda a semana as notícias sobre essa PEC, mas também sobre as Contas do Governador e a discussão para aprovar o Orçamento do Estado para 2020.

    O petista Enio Tatto na tribuna do plenário Jk, local das discussões sobre a Reforma

    Em paralelo a isso tudo, a bancada petista tem realizado conversas com a Corregedoria da Policia Militar de SP, na tentativa de pressionar para um desfecho célere do caso das nove mortes dos jovens em Paraisópolis e do menino Lucas de 14 anos em Santo André. Junto com o Conselho de Defesa de Direitos Humanos, o PT, o PSOL e o PC do B tem dado apoio às famílias, nas mais diferentes frentes de atuação: da jurídica até a psicológico. 

    Na quarta (11), às 15h, o PT realiza na Alesp um ato em solidariedade aos familiares dos nove jovens. 

    Outra agenda importante na Casa é a entrega do Prêmio Santo Dias, que acontecerá na terça (10), às 18h. Para receber a premiação os petistas indicaram a Comissâo de Direitos Humanos da OAB Seção SP, o S. Luiz Ferreira da Costa (MST) – in memoriam, o Alderon Costa (Rede Rua), o Paulo Faria (Pessoal do Faroeste), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (Reg SP) e a cantora e ativista Preta Ferreira. 

    Indicados do PT ao Prêmio Santo Dias 2019

    Juntas as três siglas, PT, PSOL e o PC do B têm diariamente feito o enfrentamento contra os projetos maléficos do governo, usando das manobras regimentais da Alesp, e sobretudo, a crítica à morosidade no tratamento dos casos do menino Lucas e dos nove jovens de Paraisópolis. Parece que em tempos tão duros, é a primeira vez que vemos no Estado de SP uma frente ampla suprapartidária de esquerda tendo efetividade e caminhando juntas.Esses parlamentares têm dialogado bastante entre si, e combinado presença em agendas relacionadas ao temas, para que uma representatividade forte sempre esteja evidente. 

     

     

     

     

     

    Assista a explicação do petista Emidio de Souza, na sexta (6), dia em que a suspensão da tramitação da PEC da Reforma da Previdência foi aceita pelo Tribunal de Justiça de SP 

    https://www.facebook.com/EmidiodeSouzaOficial/videos/373043120203840/

     

     

  • Não vou admitir ser interrompida

    Não vou admitir ser interrompida

    Monica Seixas, deputada da Bancada Ativista, comenta a postura desesperada de Jair Bolsonaro, em transmissão ao vivo de 23 minutos, realizada por ele nesta semana, motivado pela associação de seu nome ao assassinato de Marielle Franco.

    A notícia veiculada pela Rede Globo, como muitos já sabem, incomodou muito o PSL, partido do presidente, não só em Brasília, como também em São Paulo.
    Segundo Monica, o ciclo de baixarias na política foi inaugurado pelo PSL há 30 anos, com sistemáticas quebras de decoro no Congresso Nacional. Em SP, na Alesp, a trajetória de inúmeros episódios de falta de ética continuam.

    No vídeo, a parlamentar relata casos de extrema falta de respeito, moral e até a manipulação de um processo contra a deputada Erica Malunguinho (PSOL) por parte de parlamentares do PSL na Assembleia Legislativa de SP.

    Embora tenha iniciado seu pronunciamento avisando que não admitiria ser interrompida, Monica foi interrompida duas vezes pelo líder do PSL, o deputado Gil Diniz: “LGBT o quê?” perguntou Diniz em tom jocoso. Na ocasião, a sessão era presidida pelo deputado Gilmaci Santos, que cortou o microfone de Gil Diniz.

    Discussões irrelevantes e agressivas têm estado cada vez mais presentes na rotina da Alesp, como nunca estiveram. Inclusive deputados veteranos da Casa, como Campos Machado (PTB) e Barros Munhoz (PSB), têm reclamado publicamente,na tribuna do plenário JK, desses comportamentos.

    Os Jornalistas Livres publicou, ontem, vídeo do deputado Emidio de Souza (PT) que, assim como Monica Seixas, respondeu de maneira firme aos insultos desferidos pelo deputado Douglas Garcia (PSL) contra o ex-presidente Lula. Monica finalizou seu discurso deixando uma lição de como o parlamentar deve se comportar numa Casa Legislativa.

    https://www.instagram.com/tv/B4TCiMkhgtY/?utm_source=ig_web_copy_link