O governo americano fez um pacote de US$ 2 trilhões de dólares, já aprovado por unanimidade no Senado, e vai beneficiar empresas como a Ford Motor que foi rebaixada para grau especulativo, como muitas empresas norte americanas. As empresas não financeiras têm dívidas de US$ 75 trilhões.
Os pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos saltaram em uma semana de 282 mil para 3,28 milhões, superando a previsão de especialistas que previam 1,7 milhão. O número de pessoas que recebem o benefício cresceu em 1,8 milhão.
É o maior valor na série histórica e é quatro vezes maior que o recorde anterior de 1982, que atingiu 695 mil.
NoReino unidos já sãomais de 500 mil pedidos de seguro desemprego.
A Petrobrás perdeu quase 50% do valor na bolsa, devido a queda do petróleo de US$ 65 para 27 dólares o barril, e por isso está sendo obrigada a tomar medidas que reforçar o caixa e adiou pagamento de R$ 1,7 bilhão de dividendo de 2019 aos sócios de maio para dezembro deste ano. Esta medida visa ajudar o caixa da empresa combalido pela crise.
A Petrobrás ainda está aumentando seu endividamento de US$ 11,5 bilhões, ou R$ 57,5 bilhões. E cortou investimentos em R$ 17,5 bilhões que ocorre “em função principalmente de postergações de atividades exploratórias, interligação de poços e construção de instalações de produção e refino, e da desvalorização do Real frente ao dólar americano”
Todos os analistas economicos apontam a necessidade de ampliar investimentos para combater a recessão e o desgoverno vai na contramão dos especialistas. situação da empresa piorou com a subida do dólar.
Ainda prevê redução de R$ 2 bilhões em despesas operacionais e a empresa resolveu a produção em 100 mil barris devido à super oferta no mercado e redução da demanda
Veja algumas destas medidas:
Redução e postergação de gastos com recursos humanos, no valor total de R$ 2,4 bilhões:
adiamento do pagamento do Programa de Prêmio por Performance 2019;
postergação do pagamento de horas-extras;
postergação do recolhimento de FGTS e do pagamento de gratificação de férias, conforme Medida Provisória n° 927, de 2020;
postergação do pagamento de 30% da remuneração mensal total do Presidente, Diretores, Gerentes Executivos e Gerentes Gerais;
cancelamento dos processos de avanço de nível e promoção para os empregados e avanço de nível de funções gratificadas de 2020;
redução de 50% no número de empregados em sobreaviso parcial nos próximos três meses e suspensão temporária de todos os treinamentos.
Ontem, os jornalistas livres avaliaram que parte do pronunciamento de Bolsonaro contra o fim do confinamento foi devido a pressão de empresários bolsonaristas e que também agem na bolsa de valores. No final do dia, o presidente da Câmara dos deputados confirmou esta possibilidade.
Isolamento de Bolsonaro:
Ontem, os jornalistas livres avaliaram que parte do pronunciamento de Bolsonaro contra o fim do confinamento foi devido a pressão de empresários bolsonaristas e que também agem na bolsa de valores. No final do dia, o presidente da Câmara dos deputados confirmou esta possibilidade.
O isolamento de Bolsonaro cresce e aumenta a pressão pela sua renúncia do cargo de presidente.
O desgoverno permitiu caducar a Medida Provisória que cria o décimo terceiro para os beneficiários do Bolsa Família. No ano passado, o des-presidente permitiu fila monstruoso de processos no INSS e usou estes recursos para pagar o décimo terceiro para as pessoas que recebem o Bolsa Família.
O desgoverno até hoje não ampliou os R$ 3 bilhões para a bolsa família prometido nas medidas de combate ao coronavírus.No orçamento para 2020, houve o corte de R$ 3 bilhões e o Supremo Tribunal Federal mandou zerar a fila de um milhão e meio de famílias, mas até o momento o governo não ampliou os recursos para este programa.
Até hoje, a ação Desenvolvimento Integral Na Primeira Infância – Criança Feliz que tem previsto R$ 485 milhões, mas só foi executado 0,6%. Esta ação visa “ampliar a rede de atenção e o cuidado integral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida”.
Já para promoção da inclusão produtiva de famílias em situação de pobreza tinha R$ 7,5 milhões previstos e nenhum centavo foi gasto.
Para distribuição de alimentos para indígenas, quilombolas, pescadores e acampados pela reforma agrária tinha a previsão de R$ 5,7 milhões e até o momento só 3% foi utilizado ou R$ 192 mil. Para aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar para promoção da segurança alimentar e nutricional de R$ 137,8 milhões e foram usados R$ 726 mil ou 0,5%.
Já para fomento e fortalecimento da economia solidaria de R$ 17,8 milhões foi executado R$ 200 mil, ou quase nada. E para estruturação da rede de serviços do sistema único de assistência social (suas) de R$ 647 milhões nada foi gasto.
Para publicidade, no ministério da cidadania de R$ 12, 6 milhões já foi empenhado R$ 5,2 milhões.
Com decreto de calamidade, o desgoverno não pode congelar recursos e deveria aplicar estas verbas para minorar o sofrimento dos pobres.
Estes dados mostram que há programas que poderiam ajudar os mais pobres e os recursos não estão sendo usados e enquanto isto grande empresários quer reunir R$ 5 milhões para distribuir cestas básicas em 56 favelas temendo uma convulsão social.
A Petrobrás triplicou o bônus pago aos seus diretores e propõe bônus de R$ 120 mil para os diretores da Petrobrás. Esta decisão foi no mesmo dia do anúncio que a empresa vai fazer empréstimos de R$ 40 bilhões para suportar a crise mundial.Já os petroleiros ameaça greve sanitária por nem terem proteção contra o coronavírus.
Em março, a confiança do consumidor caiu 7,6% e ficou no menor valor em três anos. O índice de expectativas sobre a situação econômica caiu 9,3%.Estes números mostram a piora da situação econômica e o medo do desemprego. No Google disparou a busca de informação sobre o seguro desemprego.
Comercio varejista caiu 1% em janeiro deste ano frente a dezembro do ano passado.Este é o pior resultado desde começo do desgoverno. E a situação só deve piorar nos próximos meses devido à crise econômica que vivemos. No comércio varejista, cinco das oito atividades tiveram queda e no comércio varejista ampliado, seis das dez categoria caíram.
Os setores de combustível e supermercados caíram 1,4%. Já o setor móveis e eletrodomésticos perdeu 1,9%.O comercio varejista está 5,4% abaixo do seu melhor momento outubro de 2014.
Já o comercio ampliado cresceu 0,6%, puxado por veículos e autopeças (+8,5%) e o setor de construção registrou leve contração de 0,1%. O comercio amplo está 8% abaixo do seu melhor momento em agosto de 2012.
DESGOVERNO NÃO QUER AJUDAR TRABALHADORES E CRISE SE AMPLIA NO MUNDO
Coluna faz uma analise da MP 297 que o trabalhador ficaria 4 meses sem trabalhar e receber salário. O des-presidente anunciou pelo twitter que o artigo que trata do não pagamento de salário por quarto meses seria retirada da medida provisória. Paulo Guedes diz com a maior cara de pau, que houve um erro de redação. Nos bastidores, estavam procurando dinheiro para garantir para quem ganha até dois salários mínimos os recursos para dar entre R$ 261 a 381. Mesmo assim, os trabalhadores perderiam 30% de sua renda.
Pressionado pelo STF e pelas redes sociais, que suspendeu por seis o pagamento da dívida com a União para São Paulo e para impedir cortes no bolsa Família, o des-presidente anunciou R$ 88 bilhões (não se sabe a fonte destes recursos) para acalmar governadores e prefeitos. Entre as medidas anunciadas no twitter se destacam: oito bilhões para a saúde, o fim da fila do Bolsa família e recomposição de perdas de impostos a serem repassados aos estados e municípios.
Mesmo os Bancos centrais europeus e norte americano, injetando bilhões e garantido parte substancial do salário para os trabalhadores. Na Europa já se prevê aumento do desemprego que deve atingir um milhão de pessoas. E nos Estados unidos, o confinamento se espalhou por mais quatro estados e cem milhões de pessoas estão no confinamento.Já se prevê no segundo trimestre , tombo real do PIB de 24%- duas e vezes maior que na segunda guerra mundial.
As trapalhadas de Bolsonaro ajudaram que o dólar subisse 2,21% e chegasse a R$ 5,138 e bolsa caiu 5,22%, No ano a bolsa norte americana perdeu 34,85%, as européias um terço do seu valor e a brasileira quase 45%.
Veja as diversas ilegalidades que a MP 927/20 tinha de acordo com Magistrados da Justiça do Trabalho e várias destas não foram resolvidas.
Anamatra se manifesta sobre o teor da MP 927/2020
Para Associação, medidas impactam direta e profundamente na subsistência dos trabalhadores, das trabalhadoras e de suas famílias, assim como atinge a sobrevivência de micro, pequenas e médias empresas, com gravíssimas repercussões para a economia e impactos no tecido social.
A ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho -, representativa de quase 4 mil magistrados e magistradas do Trabalho de todo o Brasil, vem a público manifestar seu veemente e absoluto repúdio à Medida Provisória nº 927/2020, que dispõe sobre “medidas trabalhistas” a serem adotadas durante o período da pandemia Covid-19 (“coronavírus”).
Na contramão de medidas protetivas do emprego e da renda que vêm sendo adotadas pelos principais países atingidos pela pandemia – alguns deles situados no centro do capitalismo global, como França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos-, a MP nº 927, de forma inoportuna e desastrosa, simplesmente destrói o pouco que resta dos alicerces históricos das relações individuais e coletivas de trabalho, impactando direta e profundamente na subsistência dos trabalhadores, das trabalhadoras e de suas famílias, assim como atinge a sobrevivência de micro, pequenas e médias empresas, com gravíssimas repercussões para a economia e impactos no tecido social.
Em pleno contexto de tríplice crise – sanitária, econômica e política , a MP nº 927 lança os trabalhadores e as trabalhadoras à própria sorte. Isso acontece ao privilegiar acordos individuais sobre convenções e acordos coletivos de trabalho, violando, também, a Convenção nº 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A medida, outrossim, torna inócua a própria negociação, ao deixar a critério unilateral do empregador a escolha sobre a prorrogação da vigência da norma coletiva. Afirma-se a possibilidade de se prolongar a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses, sem qualquer garantia de fonte de renda ao trabalhador e à trabalhadora, concedendo-lhes apenas um “curso de qualificação”, que dificilmente poderão prestar em quarentena, e limitando-se a facultar ao empregador o pagamento de uma ajuda de custo aleatória, desvinculada do valor do salário-mínimo. A norma, outrossim, suprime o direito ao efetivo gozo de férias, porque não garante, a tempo e modo, o adimplemento do 1/3 constitucional. Também como se fosse possível institucionalizar uma “carta em branco” nas relações de trabalho, a referida MP obstaculiza a fiscalização do trabalho, conferindo-lhe natureza meramente “orientadora”.
Ao apenas pedir o sacrifício individual das pessoas que necessitam do trabalho para viver, a MP nº 927 indica que soluções que impliquem em pactos de solidariedade não serão consideradas, tais como a taxação sobre grandes fortunas, que tem previsão constitucional; a intervenção estatal para redução dos juros bancários, inclusive sobre cartão de crédito, que também tem resguardo constitucional; a isenção de impostos sobre folha de salário e sobre a circulação de bens e serviços, de forma extraordinária, para desonerar o empregador.
A Medida Provisória nº 927 retira dos trabalhadores e das trabalhadoras as condições materiais mínimas para o enfrentamento do vírus e para a manutenção de básicas condições de subsistência e de saúde. E, na contramão do que seria esperado neste momento, não promove qualquer desoneração da folha ou concessão tributária – com a exata e única exceção do FGTS, parte integrante do salário. Há omissão, que se converte em silêncio injustificável, quanto à proteção aos trabalhadores e às trabalhadoras informais. É notável a desconsideração sobre a justiça e a progressividade tributárias. Ademais, a forte, e necessária participação estatal, assumindo parte dos salários, não aparece como solução.
As inconstitucionalidades da Medida Provisória nº 927 são patentes. A Constituição de 1988 deve ser invocada sobretudo nos momentos de crise, como garantia mínima de que a dignidade dos cidadãos e das cidadãs não será desconsiderada. A Constituição confere à autonomia negocial coletiva, e aos sindicatos, papel importante e indispensável de diálogo social, mesmo, e mais ainda, em momentos extraordinários. Estabelece a irredutibilidade salarial e a garantia do salário-mínimo como direitos humanos. Adota o regime de emprego como sendo o capaz de promover a inclusão social. Insta ao controle de jornada como forma de preservação do meio ambiente laboral, evitando que a exaustão e as possibilidades de auto e de exploração pelo trabalho sejam fatores de adoecimento físico e emocional.
A presente crise não pode, em absoluto, justificar a adoção de medidas frontalmente contrárias às garantias fundamentais e aos direitos dos trabalhadores. Impor a aceitação dessas previsões, sob o argumento de que ficarão todos desempregados, não é condizente com a magnitude que se espera do Estado brasileiro. Os poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e a sociedade civil são corresponsáveis pela manutenção da ordem constitucional. Em momentos como o presente é que mais se devem reafirmar as conquistas e salvaguardas sociais e econômicas inscritas, em prol da dignidade da pessoa humana e do trabalhador e da trabalhadora, do desenvolvimento sócio-econômico e da paz social.
A coluna de hoje analisa matéria do The Intercept Brasil que mostra comprar sem dispensa de licitação e com suspeita de superfaturamento para compra de máscaras para combater o coronavírus. a empresa farma suply que tem como dono um bolsonarista, que inclusive ajuda a formação do novo partido do des-presidente.a empresa tem duas contratações suspeitas que somam mais de R$ 18 milhões.
Os pequenos e médios empresários poderão não ser beneficiados no pacote de empréstimos, visto que devem ser beneficiadas as maiores empresas. O percentual do crédito concedido as grandes empresas pulou de 39,2% (2014) para 54,2% (2019). Já para as micro empresas caiu de 10,7% para 4,8%, para as pequenas empresas de 16,5% para 13%.
Credito corporativo por tamanho da empresa
2014
2019
Micro
10,70%
4,80%
Pequena
16,50%
13%
Média
33,60%
28%
Grande
39,20%
54%
Com o governo Bolsonaro, compara com a gestão Dilma (2014) é perceptível que os bancos públicos focaram no atendimentos as grandes empresas e reduziram muito o financiamento para micro e pequenas empresas.Aqui fica claro a opção pelos grandes em detrimento dos pequenos e que a função social de banco público foi desvirtuada somente para gerar lucros para os acionistas.
Banco do Brasil- crédito concedido
2014
2019
Micro-empresa
4,20%
1%
Pequena empresa
17,60%
10%
Média empresa
31,20%
20%
Grande empresa
47%
69%
Caixa Econômica federal- crédito concedido
2014
2019
Micro-empresa
21,50%
7%
Pequena empresa
20%
11,50%
Média empresa
26%
18,50%
Grande empresa
32,50%
63%
Bolsanoro afirmou que o coronavírus é uma gripezinha e que demorou para agir, ainda quer continuar brigando com os governadores que tentam proteger sua população contra os perigos da pandemia.