Jornalistas Livres

Autor: Aline Frazão

  • 40 mil mineiros foram às ruas na capital no dia nacional de luta

    40 mil mineiros foram às ruas na capital no dia nacional de luta

    Não parecia uma manifestação, pela alegria que se via. Parecia uma grande festa, com pessoas felizes a cantar e dançar. Mas os gritos de ordem de “Fora Temer”, “Volta Querida”, “Golpistas Não Passarão” e vários outros, denunciavam o que acontecia ali: um grande ato com a união das forças dos movimentos sociais. Não é pouca coisa.

    40 mil pessoas saíram às ruas, convocadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, formadas por diversos movimentos sociais e populares.

    Fotografia: Sô Fotocoletivo
    Fotografia: Sô Fotocoletivo
    Fotografia: Sô Fotocoletivo
    Fotografia: Sô Fotocoletivo

     

    Ainda às 6 da manhã, integrantes do Movimento Dos Atingidos Por Barragens – MAB e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, vindos do interior, já anunciavam a luta: cerca de 300 pessoas marcharam por ruas da cidade, passaram pelas ocupações urbanas na capital, e fecharam simbolicamente a entrada do prédio do Ministério da Fazenda em BH. Também houve mobilização em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal.

    Fotografia: Sô Fotocoletivo
    Fotografia: Sô Fotocoletivo

    “Quem vai barrar o golpe somos nós”. Disse uma jovem em cima do caminhão da CUT, posicionado na Avenida João Pinheiro desde às 5 da tarde. Enquanto os manifestantes aguardavam a descida da Frente Povo Sem Medo, que se concentrava um pouco acima dali, na Praça da Liberdade, gritos eram entoados. Eles tinham que ser altos e fortes, afinal o objetivo é tirar um presidente do poder, que não recebeu voto para exercer o cargo, sendo portanto um usurpador. Isso também não é pouca coisa.

    A música que os manifestantes tanto cantaram para Eduardo Cunha, tem servido para Michel Temer também: “O Temer vai ganhar uma passagem pra sair desse lugar. Não é de carro nem de trem nem de avião, é algemado no camburão. Eta Temer ladrão!”

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

    Indígenas Xakriabás saíram do Norte do Estado para engrossar o grande ato unificado Fora Temer: eles são contra a PEC 215 e também contra o governo interino. Mulheres iam fantasiadas de bruxas carregando uma grande faixa: Mexeu com uma mexeu com todas ! Elas querem varrer” o Temer, por isso saíram fantasiadas de bruxas. Novamente uma diversidade nos rostos dos manifestantes: de crianças a adultos.

    “Latifúndiarios e empresários não precisam de aposentadoria. Quem sai prejudicado somos nós, trabalhadores. Isso a Rede Globo não vai te contar”, falava de cima do caminhão Beatriz Cerqueira, presidente da CUT -MG. Não vai contar mesmo. Aliás, vai! Por exemplo, sobre o ato, a organização estimou a presença de 40 mil pessoas, e o telejornal da Globo Minas afirmou que havia 700 manifestantes. Ainda bem que imagens podem falar por si. Muitos internautas criticaram o número dado pela emissora de televisão, que nem ousa aparecer por terra, observa do helicóptero .

    Fotografia: Maxwell Vilela / Jornalistas Livres
    Fotografia: Maxwell Vilela / Jornalistas Livres

    Após a chegada da Frente Povo Sem Medo na Praça Afonso Arinos, todos iniciaram juntos o grande percurso até a Praça da Estação. Pelas ruas, os manifestantes cantavam e denunciavam o golpe em curso no país. O ato foi encerrado com balões vermelhos lançados ao céu, apresentações artísticas, bateria do Levante Popular da Juventude, e claro, um bom papo do jeito que os mineiros gostam.

    Fotografia: Mídia Ninja
    Fotografia: Mídia Ninja

     

  • 7 meses depois: futuro dos atingidos incerto e angústia presente

    7 meses depois: futuro dos atingidos incerto e angústia presente

    A vida em comunidade foi destruída. Hoje não se vai mais à pé pra missa, pra casa do vizinho, quase todos eles parentes. O convívio que os moradores de Paracatu e Bento Rodrigues tinha, parece ter ido embora com a lama no dia 5 de novembro de 2015. Nessa data, a barragem de Fundão, da empresa Samarco (leia-se Vale e BHP Bilinton), se rompeu, atingindo distritos rurais de Mariana, Barra Longa e toda a bacia do Rio Doce, chegando ao mar do Espírito Santo, e da Bahia também.

    Fotografia: Caio Santos / Jornalistas Livres
    Fotografia: Caio Santos / Jornalistas Livres

    Essa separação que a lama trouxe é o que mais causa angústia nos atingidos de Mariana hoje. Casais estão se separando e muita gente teve que procurar ajuda psicológica e psiquiátrica. Quem perdeu entes no crime então…

     

     

     

     

     

     

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

    O subdistrito de Mariana, Bento Rodrigues, foi todo arrasado. Não sobrou nada: igreja, bar, campo de futebol, casas, plantações…Em Paracatu de Baixo, outro distrito atingido, sobrou alguma coisa e alguns moradores ainda resistem em ficar lá, pois não suportam a vida longe da roça. Mas uma segunda barragem, a Germano, quatro vezes maior que a de Fundão, está ali próxima e também corre o risco de se romper.

     

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

     

    O povo que sempre viveu na zona rural está sofrendo muito. Não sei quem sofre mais: Marta, que hoje vive próxima à casa toda destruída pela lama em Paracatu de Cima, ou Maria do Carmo, de Paracatu de Baixo, que hoje está numa casa alugada pela empresa dona da lama no centro de Mariana e só de se lembrar da vida na roça quer chorar.

     

    Marta de Paracatu de Cima. Fotografia: Aline Frazão
    Marta de Paracatu de Cima. Fotografia: Aline Frazão
    José Patrocínio e Maria do Carmo, de Paracatu de Baixo. Fotografia: Aline Frazão
    José Patrocínio e Maria do Carmo, de Paracatu de Baixo. Fotografia: Aline Frazão

    Sete meses após o maior crime ambiental do mundo relacionado à mineração, várias famílias estão sem direitos, garantidos com muita luta: a justiça, os atingidos e a empresa acordaram em dezembro passado que as famílias receberiam um salário mínimo para se manter (afinal viviam em sítios com plantações e criação de animais), e uma antecipação de indenização com valores de 10 e 20 mil reais.

     

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

    Segundo a coordenadora estadual do MAB

     

    (Movimento dos Atingidos por Barragens), Letícia Oliveira, não há uma construção de propostas junto aos atingidos e há angústia e incerteza pois não se sabe o prazo para reconstrução das comunidades, quem poderá morar nelas, e como será a retomada da vida rural, pois as pastagens foram tomadas por lama.

    “Aqui em Mariana a gente percebe, como em várias outras situações de barragens, que o primeiro direito humano a ser violado é o da informação. Desde o dia 5 de novembro a informação é disputada, ela é controversa, e ela é de várias formas divulgada. E até hoje, sete meses depois, isso ainda acontece. As famílias vão pras reuniões sem saber o tema, a proposta da reunião. Eles não têm informação técnica suficiente e nem de confiança para os atingidos”.

     

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

    Em Mariana, o número de famílias que ainda não recebeu nenhum direito, como os já citados, chega a 100. Ao longo da Bacia do Rio Doce, o número é muito maior, como se comprova na denúncia o MAB.

    Os meses vão passando e a situação dos atingidos não melhora. A empresa ainda consegue convencer muitos deles de que ela não tem dinheiro. Na zona rural as pessoas dizem ” ela está quebrando né ?”. Teve atingido, na sua humildade, que chegou a dizer que não queria mais indenização, os 20 mil bastava porque “coitada, a empresa não tem dinheiro”. Ainda bem que muitos já sabem que a Vale e a BHP Billinton, as donas da Samarco, são as maiores empresas de mineração do mundo.

     

    Fotografia: Aline Frazão
    Paracatu de Cima sete meses depois do crime – Fotografia: Aline Frazão

     

    Assista o vídeo feito pelo Jornalistas Livres publicado na página do Facebook dia 2/6:

  • Por todas elas – inclusive pela Dilma

    Por todas elas – inclusive pela Dilma

    O ato Por Todas Elas, em Belo Horizonte, reuniu cerca de 5 mil pessoas: homens e mulheres, diversas mulheres, brancas, negras, lésbicas, transexuais, adolescentes, jovens, adultas e idosas. Elas se concentraram na Praça Sete e depois marcharam até a Praça da Liberdade. No trajeto, música, poesia, performance artística e desabafo contra o machismo que afeta a todos e oprime e violenta a mulher. O recado foi dado: “Mexeu com uma, mexeu com todas.

    A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer. Tô na rua contra os abusos e não tolero nem mais um estupro”.

    As mulheres gritaram, gritaram com força. Elas estavam bravas, tristes…algumas choraram! O pensamento estava na irmã que sofreu abuso por mais de 30 homens, e nas tantas que sofrem abusos todos os dias.

    A cultura do estupro é pauta antiga dos movimentos feministas. Mas o caso do estupro coletivo ocorrido na semana passada no Rio de Janeiro contra uma adolescente de 16 anos, fez com que muitas mulheres, homens também, saíssem às ruas nessa quarta-feira. Elas querem dar um basta, e de fato é preciso: 80% dos casos de estupro são contra mulheres no Brasil, e mais de 75% dos casos são contra crianças e adolescentes.

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    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

     

    Na periferia é ainda pior

    Durante o ato, muitas mulheres lembraram que nas periferias a cultura do estupro é mais forte. Uma delas disse em cima do caminhão da CUT, que acompanhou a marcha até a Praça da Liberdade, que muitos estupros que acontecem nas favelas são perpretados pelo Estado, quando mulheres são revistadas por…machistas!

    Por isso, a luta hoje também era contra a polícia militar. As mulheres querem o fim dessa instituição, muitas vezes machista e quase nunca defensora dos direitos delas.

     

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

     

    Fica querida

    O ato foi contra o machismo e uma de suas faces mais medonhas – a cultura do estupro, mas foi também uma manifestação contra o governo interino. Nas ruas ecoaram muitos gritos de Fora Temer!

    O deputado federal afastado Eduardo Cunha também não foi poupado: “Eduardo Cunha quer controlar minha buceta”, gritavam em coro as mulheres.

    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres

    Hoje elas mostraram união e força nas ruas.

    Ainda na Avenida Afonso Pena, de onde saiu a marcha, todas deram as mãos e sentiram essa força. É uma força que não vai mais tolerar o machismo. Apesar de alguns motoristas não terem gostado da marcha pelas ruas e alguém jogar água nos manifestantes, pode-se dizer que sim, as mulheres hoje ganharam as ruas. E pretendem ganhar sempre.

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    Fotografia: Isis Medeiros / Jornalistas Livres
  • FUNARTE EM BH OCUPADA : artistas se unem contra o golpe e engrossam ocupações na capital mineira

    FUNARTE EM BH OCUPADA : artistas se unem contra o golpe e engrossam ocupações na capital mineira

    Decidir por uma ocupação sempre é difícil, afinal envolve riscos, responsabilidades, e muita organização. Em Assembleia, diversos artistas, negros, LGBTs, militantes de vários movimentos e de vários segmentos decidiram arriscar pela luta e resistência contra o governo ilegítimo de Temer e ocupar a Fundação Nacional de Artes na capital mineira a partir de hoje.

    Foram algumas horas de debate sobre ocupar ou não, e a assembleia, que teve início por volta das cinco da tarde, terminou às oito.

    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres
    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres

    Alguém da ocupação Tina Martins, que luta pela construção de casa abrigo para mulheres que sofrem violência e resiste desde o dia 8 de março em um prédio da UFMG abandonado há vários anos, disse que a nova Ocupação tem todo o apoio da Tina. A militante que disponibilizou ajuda foi a mesma que havia dito mais cedo que, mesmo que o governo interino Temer volte a instituir o Ministério da Cultura ou das Mulheres, o movimento não deve parar, pois esse é um governo ilegítimo. Ela foi aplaudida.

    Outra militante, artista do Vale do Mucuri que vive em Belo Horizonte e atualmente integra a Frente Brasil Popular, afirmou que o golpe é também racista e construído pelo imperialismo, e lembrou que os artistas foram uns dos primeiros a serem perseguidos durante a ditadura militar, porque a ‘arte é perigosa e eles devem temer’.

    Outro manifestante, em uma bela fala, disse que o movimento deve ouvir a periferia, pois é onde a cultura é forte e ‘tem-se muito o que aprender com eles’. Mais aplausos. Outras pessoas também lembraram a necessidade e urgência de se juntar mais à periferia, não os esquecendo nunca.

    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres
    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres

    Um artista chamou para um espetáculo que se iniciaria ali na fundação, e sugeriu que a ocupação começasse lá, no Galpão 1. Mas apesar de a arte ser necessária sempre, naquela hora a discussão tinha que continuar, afinal
    as pessoas queriam terminar a assembleia que decidiria os rumos do movimento.

    Depois de desabafos, sugestões, críticas, muitas contribuições e alguns embates sobre a força que teria uma ocupação ali, decidiu- se por sim: ocupar mais aquele espaço! Afinal é onde artistas e amantes da arte adoram estar, então por que não fazer dele um local de resistência, nesse período obscuro da nossa politica, em que ela, justamente a arte, ‘que liberta’, pode estar ameaçada com os planos do governo de Temer?

    Quando se pediu a manifestação de pessoas que poderiam ficar já esta noite, algumas se disponibilizaram. Tinha que ser pelo menos 20. Fez-as contas e o número passou disso. Estava inaugurada a Ocupação da Funarte, sem data para acabar, claro. A organização começou logo em seguida, com divisão de tarefas, criação de grupos de trabalho e planejamento para os dias de luta que virão.

    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres
    Foto: Gustavo Ferreira/ Jornalistas Livres
  • A crise no jornalismo está na mídia tradicional, e não na mídia alternativa

    A crise no jornalismo está na mídia tradicional, e não na mídia alternativa

    O 14° Congresso Estadual dos Jornalistas em Minas Gerais trouxe o debate “Jornalismo e Comunicação em tempos de crise”. Para a mesa de debate foram convidados o jornalista João Paulo Cunha, colunista do jornal Brasil de Fato e presidente do BDMG Cultural, e Laura Capriglione, repórter e uma das fundadoras da rede Jornalistas Livres.

    Para o jornalista João Paulo Cunha, que também é formado em filosofia e psicologia, o jornalismo vive quatro crises: a do capital (econômica); a política; a da técnica e linguagem e a epistemológica, que se traduz na falta de conhecimento.

    Mas nem tudo está perdido no mundo da informação. Para ele, Jornalistas Livres, NINJA e Brasil de Fato são exemplos da imprensa alternativa no Brasil que estão na guerrilha da informação: “o que a chamada grande mídia sempre fez e vem fazendo é silenciar o outro lado, anulando qualquer tipo de divergências e diálogo”.

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    A crise do jornalismo parece mesmo afetar apenas a velha e tradicional mídia, principalmente a brasileira, que para os jornalistas, sempre esteve muito voltada a interesses econômicos e políticos: o jornalismo não dá dinheiro e traz menos poder, tudo o que os grandes meios de comunicação nunca quiseram.

    Laura Capriglione, que foi por anos repórter da Folha de São Paulo, disse que a mídia tradicional não representa as pessoas, e por isso ela está perdendo cada vez mais espaço para as narrativas independentes. “O jornalismo está voltando para os jornalistas e está mais vivo do que nunca. Nunca houve representação na mídia tradicional, mas hoje há um esgotamento. Sobre o processo histórico que vivemos (impeachment de Dilma), ela só fala disso, só pensa nisso, e só quer isso. A prioridade é vender o golpe”.

    Laura, que é uma das fundadoras dos Jornalistas Livres, disse que o problema da mídia alternativa é não pensar grande. ” Temos que entrar na disputa com o coração aberto e se apropriar das armas do inimigo. Se o que atrai público é cultura, esporte e Gerais, vamos fazer também. Na época da ditadura, a imprensa alternativa, que eu consumia, era chamada de nanica. Por que? porque era cara uma produção. Mas hoje temos a internet e somos milhões de conectados”.

    Para a jornalista, que também é formada em sociologia, a mídia tradicional, além não ser ser representativa, é preconceituosa: “as redações são brancas, nem isso eles têm o cuidado ainda em São Paulo. Outra forma de preconceito é só mostrar morte nas favelas, não mostram as manifestações culturais. Nós temos que melhorar muito também, precisamos melhorar. Mas no dia da votação do impeachment na Câmara, por exemplo, os Jornalistas Livres alcançaram 20 milhões de pessoas. A gente recebe mensagens de pessoas se dizendo apaixonadas, além de representadas, com nosso trabalho. Eu não fico feliz de ver revista fechando, pois há sempre os colegas jornalistas que passam pelo triste processo de desemprego, mas podemos e devemos criar meios para a mídia alternativa existir cada vez mais.

    O 14º  Congresso Estadual dos Jornalistas  é realizado pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e ocorreu nos dias 29 e 30 de abril.