Ato em Porto Alegre denuncia ataques a comunidade indígena Mbya Guarani

Foto: Lucas Leffa

Caminhada em defesa da tribo Mbya Guarani começou às 13h, em frente ao INCRA, no Centro Histórico da cidade e reuniu centenas de manifestantes.

Centenas de pessoas, entre indígenas, quilombolas e apoiadores, caminharam pelo Centro de Porto Alegre em defesa dos direitos dos povos originários e de sua terra nesta quarta-feira (16). O ato teve início às 13h, em frente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e seguiu em marcha, às 15h, até o prédio do Ministério Público Federal, onde encontrou o Procurador da República do 15° ofício, Pedro Nicolau,  representante do caso da Ponta do Arado. Na semana passada no bairro Belém Velho, entre os municípios de Porto Alegre e Viamão, capatazes de fazendeiros entraram em território Guarani Myba e dispararam contra a aldeia como forma de intimidação.

O Procurador da República recebeu os manifestantes no saguão do prédio do Ministério Público Federal, onde foi entregue a representação feita pelos povos indígenas e quilombolas.

 

 

 

A representação apresentada pelos indígenas trata também da transferência da Funai para o Ministério da Agricultura, retirando os poderes de justiça do órgão e deixando-o à mercê de um grupo de interesse expressamente contrário à demarcação de terras.

No saguão do Ministério Público Federal representantes do Quilombo Machado fizeram uma fala pedindo que os direitos dos povos tradicionais fossem respeitados. Em seguida, lideranças indígenas lembraram ao procurador que a lei não havia sido feita pelo indígena, “o homem branco nos impôs sua lei, agora que cumpram”. O procurador recebeu os documentos e prometeu que o processo não ficaria preso em burocracias e que as instituições fariam sua parte em garantir a vida e a terra do povo indígena. Porém lembrou que, em última instância, caberá ao Supremo Tribunal Federal dizer se a Medida Provisória feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) é constitucional.

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