O 4º Ato Contra a Tarifa, em Belo Horizonte, aconteceu em um fim de tarde de segunda-feira. Estudantes com camisas de colégio, trabalhadores com suas mochilas, jovens, adultos e crianças das ocupações urbanas e várias outras pessoas se reuniram contra o aumento da passagem de ônibus e o despejo das ocupações urbanas na região metropolitana
Concentrados na Praça 7, os primeiros cantos de protesto surgiram por volta das seis e meia da tarde. Dessa vez, o contigente policial não era grande, estavam presentes a Patrulha de Trânsito e o Choque. Os manifestantes ali não chegavam ao grande número como no ato anterior. Depois dos lamentosos fatos praticados por parte do Estado, com truculência policial. Para Kobold, um dos manifestantes presentes no ato, além do número de pessoas hoje na rua “o mais importante é o desejo de mudança. O que mostra que a população quer fazer algo”.
Já início da noite, ali estavam cerca de duzentas pessoas, que fechavam a Avenida Afonso Pena, deixando uma faixa livre para o trânsito. Além dos gritos, cantos e militância, percorria de mão em mão algumas pranchetas. Ali, três pessoas se dedicaram a recolher de cada manifestante e pessoas aleatórias na rua, assinaturas para protocolar amanhã, na Câmara Municipal, o pedido de audiência pública acerca do aumento da tarifa para R$ 3,40.
Com a faixa “3,40 é um roubo”, à frente, os manifestantes seguiam pela Afonso Pena. Dessa vez, a porta da Prefeitura Municipal foi o ponto final da manifestação. Como ressaltou um dos integrantes do Tarifa Zero, o Ato foi proveitoso pois, “hoje nós coletamos mais de 400 assinaturas”. Ao som do megafone, após agradecer a todos que fizeram parte da manifestação, a integrante do MPL, declarou a todos os presentes que “contamos com a presença de vocês lá na Câmara. Até lá”.