Por Laura Capriglione para os Jornalistas Livres
São eleições cruciais para definir os destinos da República Bolivariana, porque envolverão o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela, chavista) e vários partidos oposicionistas, que decidiram participar da disputa e, com isso, reconheceram de forma tácita, o processo democrático encabeçado pelo CNE (o Conselho Nacional Eleitoral, o TSE de lá).
Dezoito milhões de cidadãos venezuelanos estão aptos a votar em algum dos 104 candidatos inscritos. O voto não é obrigatório. A oposição multiplicou os chamados a votar. “Não é o momento de se distanciar da política”, disse o ex-candidato à presidência Henrique Capriles, durante um ato em Vargas (norte). Nas eleições regionais passadas (de 2012), o PSUV ganhou 20 dos 23 governos estaduais.
Trata-se de tática marcadamente diversa da adotada até há pouco pela Mesa de Unidade Democrática (que reúne 14 partidos de oposição). Entre o início do ano e a realização das eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, em julho passado, a oposição preferiu usar a tática chamada de “guarimbas”, com provocações, enfrentamentos de rua e vandalismo contra prédios da Missión Vivienda (análoga ao Minha Casa Minha Vida), contra escolas e postos de saúde do Estado. Essa tática teve como saldo trágico mais de 100 mortos, boa parte vítima de coquetéis molotovs e bombas lançados pelos próprios manifestantes anti-chavistas.
Portanto, as eleições regionais podem apontar para uma pacificação do país e para a volta aos trilhos institucionais de uma oposição que havia optado pela adoção de táticas terroristas.
Os dois jornalistas livres acompanharão os grandes comícios finais de candidatos da situação e da oposição venezuelana.
Darão voz aos dois lados.
Acompanharão de perto os debates políticos.
Percorrerão os bairros nobres e as favelas.
Mostrarão as dificuldades econômicas impostas pelo bloqueio econômico dos Estados Unidos.
Farão registros em vídeo, fotos e textos. E transmissões ao vivo.
Tem mais, como observadores da mídia livre brasileira, Juliana Medeiros e Guilherme Imbassahy também terão acesso à apuração feita pelo Conselho Nacional Eleitoral.
Na Venezuela, além do voto na urna eletrônica (como no Brasil), todos os eleitores também depositam seus votos em papel em urnas físicas. A redundância tem seu porquê:
A própria lei eleitoral venezuelana estabelece a obrigatoriedade da realização de auditoria do processo, da qual participam todos os partidos políticos, sem distinção. A “auditoria a quente” é a possiblidade legal de conferir o computo eletrônico com o voto impresso. Trata-se, portanto, de um processo eleitoral com mais garantias do que o brasileiro, já que dispõe da contraprova em papel.
Convidamos todos os defensores da Democracia na Venezuela a seguir, acompanhar, compartilhar, curtir e comentar a cobertura que faremos diretamente da Pátria de Bolívar!
Neste momento em que a Venezuela e suas imensas riquezas petrolíferas entram no raio da cobiça das corporações americanas, a Verdade é melhor resposta que daremos aos ataques e calúnias que vitimam hoje o povo irmão.
Nada mais do que a Verdade! Porque a Verdade é revolucionária e nos libertará.