O segundo Ato Público convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) percorreu o centro de São Paulo, nesta quinta (9/jan). A manifestação opõe-se ao aumento das tarifas de ônibus e metrô, de R$ 4,30 para R$ 4,40, imposto pelo prefeito Bruno covas (PSDB) e pelo governandor João Dória Jr. (PSDB).
Dois manifestantes foram presos ao final do 2° ato contra o aumento das tarifas. Eles estão no 78° DP, sob a acusação de “danos ao patrimônio”.
O ato começou por volta das 17h na praça da Sé, região central, e seguiu até a praça da República, onde foi finalizado. Os manifestantes tentaram, então, entrar na estação do metrô da praça, visando a pular as catracas, em protesto simbólico contra as tarifas. A PM fechou a entrada, apenas deixando uma pequena passagem cercada dos dois lados. Os manifestantes se aproximaram com a faixa e após um primeiro contato, alguns objetos foram jogados em direção à linha da PM. Foi quando começaram os tiros de bombas de efeito moral e de gás.
Num momento em que a recessão econômica e o desemprego condenam as famílias trabalhadoras à pobreza, é inadmissível o aumento das tarifas.
Desempregado, o trabalhador fica sem o vale-transporte e, com o aumento, na prática, terá de andar a pé ou ficar confinado no seu bairro. Como ele vai procurar emprego?
E o serviço de ônibus é cada vez pior em São Paulo, com o fechamento de milhares de linhas, e a demissão de dezenas de milhares de motoristas e cobradores!
Diante de reivindicação mais do que justa, tudo o que João Doria Jr. e Bruno Covas oferecem é um contingente reforçado de policiais militares para intimidar os manifestantes!
Pela mobilidade urbana!
Contra o aumento das tarifas!
Veja cenas da manifestação!
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
2º Ato contra aumento das tarifas de ônibus e metrô em SP – Fotos de Lucas Martins, Jornalistas Livres
Diante dos vários ataques aos metroviários, a categoria, reunida em assembleia na noite de 17/1, decidiu por decretar Estado de Greve com paralisação em 5 de fevereiro e assembleia para organização em 4 de fevereiro. Os metroviários de São Paulo denunciam a privatização e a terceirização das bilheteiras, e reivindicam a manutenção da Periculosidade, da escala-base e da equiparação, além disso repudiam a punição ao coordenador-geral do Sindicato, Alex Fernandes, de acordo com o sindicato, o Metrô cerceou a liberdade de expressão do dirigente.
A categoria realizará, ainda, uma série de manifestações, no dia 21 de janeiro, a partir das 10h, participará de ato em defesa da Justiça do Trabalho, em frente ao Fórum Trabalhista Ruy Barbosa (Barra Funda); e no dia 31 de janeiro a categoria convoca Ato Unificado na estação Sé, a partir das 17h.
A repressão à liberdade de expressão em São Paulo ganhou hoje um novo capítulo. Os artistas da banda Cantigas de Nylon, Matheus Lopes, Nelson Luques e Katriel Pessoa, que costumam se apresentar em bares, na rua e, eventualmente, em estações de transporte coletivo da capital, como ocorre normalmente nas mais importantes cidades do mundo, estão pagando alto por sua arte.
Na tarde desta quarta, 17 de outubro, o trio se apresentava numa estação do Metrô quando seus integrantes foram abordados com extrema violência pelos seguranças da empresa. Um dos seguranças deu um “mata-leão”no estudante de Artes da ETEC Carandiru, Matheus Lopes, que caiu desmaiado no canto. Seus companheiros foram afastados também de forma agressiva enquanto um dos seguranças gritava: “Já era, acabô! PT vai embora”! Nelson Luques, que postou o vídeo dessa reportagem da delegacia na Barra Funda, para onde foram levados detidos, contou ainda que outro segurança dizia baixo na sua orelha para atacá-lo, de modo a justificar uma possível nova agressão. “Se não lutarmos eles não vão matar apenas os nossos sonhos”, completou na postagem. Um outro vídeo ainda inédito mostraria as agressões contra os demais membros.
Matheus, apelidado de Sol, é conhecido na ETEC e nos bares onde toca para tirar o sustento pelo temperamento sempre dócil e prestativo. Segundo os amigos ouvidos por nossa reportagem, representantes do Sindicato dos Artistas de São Paulo conseguiram um advogado para tirar o trio da delegacia.
A banda pede calma a todos e diz que vai se pronunciar assim que puder, publicando o vídeo adicional e falando de outras agressões.
Cerca de 90% de aumento nas tarifas de metrô das cidades de Belo Horizonte, Maceió, Natal, João Pessoa e Recife provocam indignação e protestos pela suspensão do aumento do bilhete nacionalmente. O governo federal decretou o reajuste através da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa responsável pelo transporte metroviário nas 5 capitais. A ação levou centenas de passageiros às ruas em Belo Horizonte e Recife para reivindicar transporte acessível e a preço justo e sem aumento em âmbito nacional. O preço segue mais alto e causa repúdio.
No Recife, a passagem foi de R$ 1,60 a R$ 3,00. Belo Horizonte, de R$ 1,80 a R$ 3,40. E em João Pessoa, Maceió e Natal, o dobro: de R$ 0,50 a R$ 1,00. Ao mesmo tempo, cidadãos reclamam de infraestrutura ruim, falta de acessibilidade e mau funcionamento do transporte nas diferentes áreas do país. Ainda, em março deste ano, a CBTU arriscou a tentativa de apenas funcionamento das linhas de metrô nos horários de pico dos dias úteis. O economista do Tarifa Zero de Belo Horizonte, André Veloso, comentou que “esse aumento é ilegal, temos que levar esses trâmites a nível nacional”, reforçando: “vamos fazer atos e continuar na rua até garantir que a tarifa vá continuar 1,80”.
Fotos por Isis Medeiros, dos Jornalistas Livres
Especificamente na capital mineira, onde a tarifa estava congelada há 12 anos, o repúdio da população contribuiu para que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendesse por meio de uma liminar o maior reajuste já feito, horas depois dele ter entrado em vigor. No entanto, essa decisão possui caráter provisório e é limitada apenas a Belo Horizonte. Ainda, a suspensão só ocorrerá depois que a CBTU for notificada. A mesma declarou não ter sido, continuando a vender os bilhetes a R$ 3, 40.
A decisão cabe recurso, com isso, o preço da passagem ainda não está definido para as próximas semanas. A liminar também não fornece informação sobre reembolso dos passageiros que pagaram R$ 3,40 pela viagem metropolitana, mas determina à CBTU multa de 250 mil por dia em caso de descumprimento.
A Companhia argumenta que, em Belo Horizonte, o bilhete do metrô não sofreu alterações em 12 anos, o que causa dificuldades com as despesas e receitas. A capital tem apenas 19 estações de metrô rodoviário e, de acordo com a CBTU, transporta cerca de 60 milhões de pessoas por ano, o equivalente a quase 11% do total de cidadãos que utilizam do transporte público da cidade.
Segundo a ação popular contra o reajuste, proposta pelo deputado Fábio Ramalho (MDB), a “legislação de regência não autoriza o somatório de inflações reprimidas e o consequente repasse ao consumidor”. Portanto, o aumento é ilegal. A decisão é do juiz Mauro Pena Rocha, da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. Também foi reclamado o fato do reajuste ter ocorrido apenas quatro dias após a decisão.
Com relação à CBTU não ter seguido a ordem e continuar vendendo o bilhete à 3,40, e não 1,80, a reportagem tentou contato com o Tribunal e espera resposta.
Política de segregação urbana
“74% da população usuária do metrô de Belo Horizonte ganha no máximo dois salários mínimos, sendo que 50% ganha até 1 salário mínimo.” explica André Veloso, economista e integrante do movimento Tarifa Zero. Os números foram feitos baseados em dados da Pesquisa Origem e Destino de 2012. O estudo feito a cada 10 anos fornece um retrato do transporte na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Um aumento de 1,60 por viagem, 3,20 de ida e volta. Isso representa um aumento de R$160,00 no fim do mês. Poucos conseguem arcar com esse orçamento” acrescenta André.
“O governo Michel Temer está fazendo uma segregação socioespacial e o fim de uma política de redistribuição de renda sobrevivente dos governos petistas”.
Enquanto a tarifa de ônibus sobe de acordo com a inflação, a do metrô está congelada há 12 anos em Belo Horizonte. Isto fez com que mais e mais usuários trocassem os ônibus pelos trens urbanos. Segundo a pesquisa, o uso do ônibus diminuiu em 17% enquanto o uso de metrô aumentou 169% entre 2002 e 2012. Essa transição foi ainda mais expressiva para a população de baixa renda: com diminuição de 19% no uso de ônibus e aumento de 435% no uso de metrô.
“A CBTU (empresa federal que administra o metrô de BH) quer acabar com essa política que beneficia centenas de milhares de pessoas de baixa renda na cidade, alegando que o preço do metrô não pode ser tão barato.” afirmou o movimento Tarifa Zero, por meio de nota. “No entanto, o subsídio ao transporte público é um direito da população, previsto na Constituição, no Plano Nacional de Mobilidade Urbana e no Estatuto da Cidade.”
Fotos por Isis Medeiros, dos Jornalistas Livres
O ato contra o aumento em Minas Gerais
Manifestantes realizaram um ato unificado a partir das 17 horas da tarde de ontem (11) na Praça Sete de Setembro até a Praça da Estação, ambas no centro da cidade. Compareceram centenas de estudantes, professores, trabalhadores e passageiros indignados com o aumento da tarifa. Eles trouxerem cartazes e faixas que indicavam que “3,40 é roubo”, além de terem organizado falas públicas de liderança.
Apesar do movimento ser pacífico e desacompanhado de qualquer ato de violência, a Polícia Militar não mediu esforços para contê-la. Para um ato de poucas centenas, composto sobretudo por jovens, ela foi recebida por um contingente totalmente desproporcional de soldados e guardas: pelo menos várias dezenas de PMs e 20 viaturas estavam posicionados na Praça da Estação, destino final do ato. A maioria da Tropa de Choque. Por outro lado, um grupo mínimo, comparado a força repressora, foi usado para reorganizar o trânsito e garantir a segurança dos manifestantes.
Está claro qual é a prioridade do Estado mineiro nesse debate.
Análise por André Veloso, economista e ativista do Tarifa Zero
Bom, o governo Temer acaba de atacar uma das últimas e únicas políticas públicas progressistas na área de mobilidade urbana (e no geral também) que faltavam. Cortou recursos para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e está acabando com o subsídio tarifário, enfiando nossa goela abaixo um aumento de quase 100%, sob a chantagem de parar o metrô de Belo Horizonte, caso não ocorra. Outras quatro capitais, Recife, João Pessoa, Natal e Maceió, também terão aumento no valor da tarifa de metrô.
É evidente que, assim como tem feito com outras estatais, o governo federal está seguindo a lógica de sucatear para depois privatizar.
É uma merda, mas infelizmente era ingenuidade achar que a CBTU ia passar incólume antes do fim do mandato do temeroso.
O mais cruel, de novo, é que todas as políticas do governo vão na carne dos mais pobres. Em Belo Horizonte, a tarifa do metrô estava congelada desde 2006, a R$1,80. Ainda vou fazer o cálculo detalhado, mas é fácil dizer que em 12 anos o preço real do metrô diminuiu pela metade, enquanto o preço real da tarifa de ônibus aumentou. Isso porque para o busão houve reajustes acima da inflação.
A consequência, pelo menos durante o período de redistribuição de renda dos últimos anos, foi um enorme aumento no uso do transporte e número de viagens realizadas pela população de mais baixa renda (ver tabela). Uma política democrática, de inclusão, que agora está na mira de quem quer ver o pobre longe da cidade.
Essa política pública (que era também uma política de preços) era real e concreta, mudou a vida das pessoas em seu cotidiano. É por isso, que apesar da barbárie crescente, temos que nos organizar, resistir, tomar a política pública para nós na marra.
Circula um vídeo em que um completo imbecil racista é expulso por passageiros do metrô de Nova York com uma pratada de sopa na cara. Além do imbecil que, antes de ser enxotado do metrô, brada insolências por mais de dois minutos na linguagem universal da imbecilidade – portanto não é necessário fluência no idioma inglês para atestá-lo – outra coisa que salta aos olhos é a quantidade de pessoas caladas, omissas. De fato, num vagão lotado, os passageiros que se insurgem contra o parvo racista não ultrapassam meia dúzia. Na expressão de muitos dos que se mantiveram neutros é até possível perceber algo distinto da indiferença, como que uma vontade freada de intervir. Diante disso, convém perguntar: o que os freou? Porque não se juntaram àquela meia dúzia de corajosos encrenqueiros?
O que pensariam aquelas pessoas que se escondiam atrás dos escudos de seus celulares, visivelmente constrangidas? Estariam constrangidas com a fala do pateta ou com a passividade delas mesmas?
Antes de prosseguir, preciso advertir que este texto não se configura em uma lição de moral. Ou se é, então fica sendo também para este que escreve, pois recentemente, quando passei por situação parecida no metrô paulistano, me acovardei. O vagão todo se acovardou. O rapaz, em que tudo no aspecto indicava um desiquilíbrio emocional grave (portanto não deixa de remeter ao nova-iorquino) apenas parou de importunar aos berros uma moça desconhecida dele – e cujos olhos constrangidos quase gritavam por socorro – com a chegada do segurança que o expulsou do vagão. Na ocasião, senti a mesma perplexidade de agora vendo o vídeo. O que os freou? O que nos freou? Perguntava-me.
Talvez o que nos freie a ação proveniente da justa indignação seja a assimilação do egoísmo do qual o metrô é por excelência um dos grandes espaços de ocorrência. Talvez junto da fumaça tóxica da metrópole que se entranha por nossos poros, tenha também entrado em nós a mais rotunda indiferença. Talvez o metrô seja na esfera pública a localidade onde mais se acentua nossa vergonha de sermos solidários. Onde o egoísmo é lei, solidariedade é subversão. Sim, temos vergonha de sermos solidários, importarmo-nos é motivo de acanhamento. De minha parte, foi isso que se deu. E esta constatação me envergonhou depois. E que bom que me envergonhou.
Da parte dos demais passageiros, tanto de Nova York quanto de São Paulo, confesso que desconheço seus motivos. Porém, partindo do pressuposto que a maioria dos passageiros nos dois ambientes reconhecia a gravidade da situação e a desaprovavam, não seria um absurdo relacionar sua indiferença, sua apatia, também com essa noção indigente que ganha força e que consiste em acreditar que uma suposta neutralidade oferece aos seus detentores uma espécie de esteio moral para seu conformismo.
Ou, posto de outra forma: será que a noção de neutralidade não seria um salvo-conduto para o egoísmo? Será que os passageiros do metrô de Nova York abrandaram seus mal-estares dizendo a si mesmos que foram neutros, que convém não se meteram? Com efeito, muito além das situações atípicas que se tornam assustadoramente típicas, mas também diante das injustiças cotidianas, a neutralidade pode nos livrar dos aborrecimentos de uma discussão; pode nos livrar das brigas, dos imbróglios, das pendengas, das tretas, dos litígios e das encrencas; pode manter intactas nossas preciosas networks às quais nos agarramos como Shylock se agarra a seus ducados; a neutralidade pode, enfim, acabar por nos conformar. Eis aí a palavra a que remetem os passageiros indiferentes do metrô nova-iorquino.
A neutralidade, todavia, não irá nos livrar desse lobo que espreita atrás da porta. Martin Luther King Jr. afirmava que os lugares mais quentes no inferno são reservados para os que, num período de crise moral, mantêm sua neutralidade.
Quem se mantém neutro diante de quaisquer embates, do mais insignificante ao mais dramático, seja ele micro ou macropolítico, tem, obviamente, toda a liberdade de fazê-lo, mas deve ter a consciência de que sua neutralidade é também uma tomada de posição política, e das piores. Talvez conviesse afixar nos metrôs de Nova York e também nos nossos, a título de lembrete a quem se esconde atrás do biombo da neutralidade e como homenagem àqueles que tomam partido, tal qual a meia dúzia de valentes encrenqueiros nova-iorquinos, um célebre poema porrete, lamentavelmente atualíssimo:
“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.” (Intertexto, Bertolt Brecht)
Link para o vídeo, via Vice: https://www.vice.com/pt_br/article/mb7ywn/princess-nokia-video-racista