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  • 10 Anos de Mostra Luta!

    10 Anos de Mostra Luta!

    Entender e propor discussões sobre o momento atual e seus caminhos, as diversas faces e forças que muitas vezes oprimem a classe trabalhadora. Refirmar, dar visibilidade as luta sociais, fortalecer que as vozes da luta ecoem e tenham seus direitos respeitados.
    A Mostra Luta! Durante os 10 anos em que acontece tem trazido discussões importantíssimas para a sociedade. A partir da sexta-feira, 13 de outubro, ela acontecerá em diversos locais, todas as ações são gratuitas, a programação engloba teatro, música, exposições, rodas de conversa, exibição de filmes entre outras atividades compõem a grade.
    Documentários importantes como; “Menino 23” de Belisário Franca, “Era o Hotel Cambridge”; filme de Eliane Caffé, Chão de Fábrica; Documentário de Renato Tapajós (2017) entre outros fazem parte da Mostra. Exposições dos alunos secundaristas sobre as ocupações das escolas e a primeira iniciativa do coletivo de fotografia, formado por mulheres, – “Carolinas” traz a exposição fotográfica “ReExistir” .
    Os Grupos de Teatro Carcaça e Vila 8 encenam temáticas para refletir e discutir. Um sarau com Batalhas de poesia, participação de diversas bandas, do Grupo de Teatro Fora dos Trilhos, Grupo Aos Brados e apresentação de Drags, e ainda um encontro musical com TC, Laila, Grupo Urucungos, Puítas e Quijengues e Baque Mulher integram a programação.
    Além do MIS- Campinas, a Casa de Cultura Tainã, a Comunidade Nelson Mandela, a Praça Rui Barbosa e a UNICAMP fazem parte dos espaços que integram a Mostra Luta!.

    Mostra Luta!
    É um evento político cultural organizado por coletivos de comunicação popular de Campinas, que começou em 2008 como uma mostra de vídeos que abordavam as lutas sociais e, ao longo dos anos, passou também a incluir realizações em outras linguagens, como fotografia, quadrinhos, poesia, dança, música, teatro, debates, rodas de conversa, oficinas e saraus.
    Em tempos de golpes, a Mostra Luta! reafirma que a luta continua presente nas ruas, nos bairros, nas fábricas, nos sindicatos, nas escolas, nos quilombos e nas quebradas de todo o país, nas muitas formas de luta por direitos, justiça, dignidade e emancipação social.

    PROGRAMAÇÃO COMPLETA

    SEXTA-FEIRA, 13 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – Abertura das exposições.
    19h30 – “Menino 23”, documentário de Belisário Franca, 2016
    A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação de Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. (1h19)
    Debate com a presença de convidados

    SÁBADO, 14 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h30 – “Era o Hotel Cambridge”, filme de Eliane Caffé, 2017
    Refugiados recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um velho edifício
    abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária que a ameaça de despejo causa, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus dramas pessoais e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam juntos a vida nas ruas. (1h39)
    Debate com a presença de convidados

    DOMINGO, 15 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    15h – “A farsa: ensaio sobre a verdade” – filme da Cia Estudo de Cena (SP), 2017
    O filme, de 21 episódios organizados em três atos e epílogo, fala da memória do Massacre de Eldorado dos Carajás e da trajetória da peça “A farsa da justiça burguesa”. Um experimento sobre arte, política e memória popular. (2h40)
    Debate com a presença do diretor, Diogo Noventa.
    19h – “Recado para o mundão”- documentário de Diogo Noventa (SP), 2016
    Morte, cultura, violência, relações familiares e amorosas na voz de jovens privados de liberdade nas Fundações CASA de São Paulo, que através de um dispositivo de câmeras de segurança e usando máscaras, enviam seu recado para o mundão. (1h24)
    Debate com a presença do diretor

    SEGUNDA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “100 anos da Revolução Russa de 1917”
    19h30– “10 dias que abalaram o mundo”- documentário, 1967
    Uma produção anglo-soviética,baseada no livro homônimo de John Reed, feita para a TV, traz imagens de época e algumas cenas retiradas de Outubro (1927), de Serguei Eisenstein, além de cenas recriadas especialmente para o documentário. A narração original é de Orson Welles. (1h16)
    Debate coma presença de Augusto Buonicore, historiador e secretário geral da Fundação Maurício Grabóis

    TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “Os 10 anos da Mostra Luta!”
    19h – Especial curso DOC 360º – Aula Aberta
    Roda de conversa coordenada por Juliana Siqueira e Batata, com
    a presença de organizadores da Mostra Luta! e convidados

    QUARTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “Os sindicatos e o Golpe no Brasil”
    19h – Chão de Fábrica; Documentário de Renato Tapajós (2017)
    Chão de Fábrica é uma série documental televisiva de 13 episódios sobre a história do Novo Sindicalismo brasileiro, produzida pelo Laboratório Cisco, dirigida por Renato Tapajós e com narração de Zé de Abreu (primeiro episódio -17m)
    Debate com a presença de vários sindicalistas de Campinas.

    QUINTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO
    ARQUIVO EDGARD LEUENROTH / UNICAMP
    14h30 – 1917, a Greve Geral; documentário de Carlos Pronzato, 2017
    O documentário busca as origens da greve de 1917, uma das mais longas e importantes de São Paulo e do Brasil, e discute momentos históricos, a trajetória dos trabalhadores e a greve diante da situação cem anos depois. (60m)
    Debate com a presença do diretor.

    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h- “Direitos Humanos na resistência à indireitação planetária”
    Roda de conversa coordenada por Paulo Mariante, presidente do Fórum Municipal
    de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania de Campinas, grupo Identidade e convidados.
    SANDRA PRESENTE!!! homenagem a Sandra, mulher guerreira, uma das fundadoras da
    Associação das Mulheres Guerreiras de Campinas

    SEXTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – “Martírio”, documentário de Vincent Carelli, Uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do Centro-Oeste, entrando constantemente em conflito com as forças de repressão e opressão organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros locais, que desejam exterminar os índios e tomar as terras para si. 2016 (2h42) Debate com a presença de Selvino Kókáj Amaral, primeiro professor indígena da Unicamp (IEL)

    SÁBADO, 21 DE OUTUBRO 10H
    PRAÇA RUI BARBOSA
    Centro Grupo NATO, de Campinas, apresenta Teatro Fórum- PEC´s do Fim do Mundo

    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    15h – “Se a escola fosse nossa – A luta dos estudantes secundaristas das ocupações à greve geral de 2017”
    “Acabou a paz, isto aqui vai virar o Chile”, documentário de Carlos Pronzato, 2015
    No final de 2015, estudantes secundaristas se mobilizaram contra a proposta do governo paulista de reformulação da rede estadual de ensino de São Paulo. Nãoconcordavam com a imposição vertical do projeto, considerando-o arbitrário, além de nãobenéfico para a classe estudantil. Em resposta, iniciaram manifestações de rua, culminando com a ocupação de escolas estaduais como uma forma de luta, estratégia influenciada pelos estudantes secundaristas chilenos que fizeram o mesmo em 2006. (60m)
    Debate com a presença do diretor, Eduardo Vinagre (Professor da Rede Estadual), Tuany Cristina (Ocupação Eliseu Narciso), Carol Ynara (Ocupação Carlos Gomes), Nathalia Rodrigues (Ocupação Dom Barreto) Madu Lopes (Secundarista E.E Carlos Gomes) e mediação de Isabela Gonçalves.

    18h – SARAU: Batalhas de poesia + Bandas: Pública, Ponto Oeste, Trupe, Kabbalah e Nêgo
    Mantra + Grupo de Teatro Fora dos Trilhos + Grupo Aos Brados e apresentação de Drags

    DOMINGO, 22 DE OUTUBRO
    COMUNIDADE NELSON MANDELA
    10h – “Fragmentos de cidade agrária – recortes cênicos sobre a relação do homem e a cidade”- Grupo de Teatro Carcaça, de Campinas
    CASA DE CULTURA TAINÃ
    15h – Comunicação em tempos de Golpes: Por onde devemos caminhar?!
    Roda de Conversa sobre Comunicação Social
    17h -“Candombê, Comparsas e Mocambos” – documentário de Alceu José Estevam, 2017 Contextualiza a passagem do Grupo Nación Zumbalelé, companhia de comparsa de candombê, sediada na cidade balneária de Salinas, no Uruguai, que realizou na Casa de Cultura Tainã várias oficinas culturais divididas entre construções de tambores, dança e percussão, organizadas pelos artistas e ativistas culturais Gustavo Fernandez e Camila Ocampo Albarenque.
    Entrevistas, bailados, sonoridades percussivas, mesclando com as lutas dos movimentos de ativismo político-cultural, tanto da Rede Mocambos como da Nación Zumbalelé, que reúne povos afro latinos americanos, para a construção de “ uma cultura de paz e do jeito que queremos”, é o fio condutor de documentário. E também tem o caráter de salvaguardar as ações desta grande rede de produções colaborativas espalhadas na América Latina. (20m)
    Debate com a presença do diretor.
    18h -Lançamento da revista da AEESSP
    Anais do XIX Congresso Mundial de Educadores e Educadoras Sociais
    19h-Encontro Musical com TC, Laila, Grupo Urucungos, Puítas e Quijengues e Baque Mulher

    QUARTA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – Abertura da exposição fotográfica “ReExistir”
    Debate com as fotógrafas do Coletivo Feminino Carolinas: Cíntia Antunes, Fabiana Ribeiro, Gabriela Zanardi , Sandra Lopes e convidad@s

    SÁBADO, 28 DE OUTUBRO
    SALA DOS TONINHOS
    20h – Peça de teatro ; Noites Árabes – Grupo de teatro Vila 8 , de Campinas
    Direção de Eduardo Okamoto, dramaturgia de Isa Kopelman, música de Marcelo Onofri e atuação de Cadu Ramos, Lucas Marcondes, Tess Amorim, Vanessa Petroncari e Virgílio Guasco.
    Cinco atores sobre um tapete: um louvor às narrativas. Noites Árabes evoca o antigo hábito humano de narrar histórias traçando um paralelo entre as espantosas histórias que Sahrazad conta durante “Mil e Uma Noites” para se manter viva e relatos contemporâneos de guerra de palestinos na Faixa de Gaza. Os atores-narradores se revezam para recontar o mito de Sahrazad e histórias que espantosamente conseguiram escapar de um lugar de confinamento.
    Ao contrário dos corpos, as palavras atravessam territórios e eras, transformando-se em força vital mantenedora da sobrevivência humana. Debate com o grupo após a apresentação.

    Endereços:
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS) CAMPINAS
    Rua Regente Feijó, 859 – Centro

    SALA DOS TONINHOS
    R. Francisco Teodoro 1050 – Vila Industrial

    CASA DE CULTURA TAINÃ
    R. Inhambu, 645 Vila Padre Manoel da Nóbrega

    ARQUIVO EDGAR LEUENROTH
    R. Cláudio Ábramo, 377 Cidade Universitária

    COMUNIDADE NELSON MANDELA
    Jardim Nossa Senhora Aparecida, próximo ao Distrito Industrial (DIC)

    PRAÇA RUI BARBOSA
    R. 13 de Maio, 159 – Centro

    Todos os eventos possuem entrada gratuita

  • PM de São Paulo ataca manifestação no dia da Independência do Brasil

    PM de São Paulo ataca manifestação no dia da Independência do Brasil

    A Polícia Militar atacou, neste dia 7 de Setembro, manifestação com cerca de 200 autonomistas, que protestavam pacificamente em São Paulo, contra a perda de direitos, como o passe livre estudantil, reforma trabalhista, violência policial além de se colocarem contra a exaltação do nacionalismo no dia da Independência do país.

    A manifestação, organizada e convocada por meio das redes sociais, começou por volta das 17:00h na frente do teatro municipal, região central da cidade. Seguiu pela R. Barão de Itapetininga  e seguiu pela Av. Ipiranga até a rua da consolação. Os manifestantes seguiram durante todo o trajeto de forma pacífica e entoando palavras de ordem contra o prefeito, o presidente e contra a violência policial. O contingente policial que seguia o ato era composto por cerca de cinco viaturas da PM, três da Força Tática e aproximadamente 10 motos da ROCAN (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas).

     

    A jovem Jéssica, foi imobilizada na avenida Consolação, perto da praça Roosevelt, por vários policiais que a obrigaram a se ajoelhar no chão (típica humilhação). Não houve motivo para sua detenção, apenas a sua participação constante em manifestações e seu reconhecimento pelos policiais bastou para que, em um momento que estava mais afastada do ato, fosse violentamente presa. Algemada, ela foi conduzida ao 78º DP, na área dos Jardins. Manifestantes que acompanharam a detenção da jovem, para evitar mais abusos, ao se aproximarem foram reprimidos com violência.

    O ato, então, seguiu pela praça Roosevelt e chegou à rua Augusta. Novamente, inúmeras bombas e balas de borracha foram lançadas contra manifestantes, mas desta vez como retaliação pelo fato de os manifestantes terem esticado no asfalto uma bandeira do Brasil. O policial, mostrado nas imagens abaixo, se sentiu no direito de intervir na manifestação e arrancar a bandeira dos manifestantes (garantindo, com arma em punho, que os manifestantes não o impedissem). Assim que o policial com a bandeira retornou ao cordão policial, as bombas e tiros começaram.

     

     

    Na confusão, a polícia deteve mais um manifestante que foi encaminhado também para o 78° DP. A manifestação continuou por mais um quarteirão, sob forte chuva de bombas. Tentando se refugiar, os manifestante tomaram caminho pela rua Marquês de Paranaguá, onde a polícia continuou a atacá-los. Mais dois manifestantes foram presos e não foi informado para onde seriam levados.

     

     

     

     

     

     

    A manifestação se dispersou, mas o show policial continuou na praça Roosevelt, que foi tomada por viaturas e fechada por cordões policiais.

    Os acontecimentos do ato demonstram como funciona a lógica policial: ferir manifestantes pode. O que não pode é fazer protesto com a bandeira nacional, esse pano verde e amarelo, que é todo dia é enxovalhada pelos podres poderes da República.

    Hipocrisia e negação da liberdade de manifestação e expressão: a gente vê em São Paulo!

    • ATUALIZAÇÃO: A Jovem Jéssica já foi liberada e a equipe do vereador Suplicy a acompanha.
  • Marcha da Maconha percorre as ruas do centro de Campinas (SP)

    Marcha da Maconha percorre as ruas do centro de Campinas (SP)

    No sábado, 27 de maio, aconteceu em Campinas (SP) Marcha da Maconha de 2017  com o tema: “Prender pra quê? Fumar Sem Temer!”.  O ato levou dezenas de pessoas às ruas do centro da cidade no interior paulista, os manifestantes  pediam a legalização do uso da maconha e discutiam  a questão carcerária do Brasil relacionada  à criminalização da erva.

    Encarcerar não garante mais segurança e não muda a realidade das ruas. Quanto mais se prende, mais violência se cria e  a mercê de um estado paralelo criado pelo crime organizado. O maior problema da proibição do uso de drogas não é o uso de drogas, mas a própria proibição, em si que gera o tráfico, é o que gera a violência.

    Na atual legislação, cabe ao policial definir quem é usuário ou traficante,  existe o tráfico que  transporta drogas em aviões, helicópteros e passam impunes contrapondo com o traficante que  geralmente  é jovem negro, pobres e periférico  que são encarcerados com penas desproporcionais e revelam a face do racismo institucional.

    A  legalização das drogas ou a adoção de penas alternativas para o pequeno traficante poderia liberar até 25% das vagas em presídios para combater a superpopulação carcerária no país.

    Estudos  do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicados Atlas da Violência 2016 revela que há um aumento de quase 20% nos homicídios de negros na última década. No mesmo período, a taxa de assassinatos para não negros diminuiu em 15%.

    Os manifestantes também defenderam o cultivo caseiro da maconha.

    Por Fabiana Ribeiro – Jornalistas Livres

     

  • ATESTADO DE ÓBITO DO GOVERNO TEMER

    ATESTADO DE ÓBITO DO GOVERNO TEMER

    O governo Michel Temer foi escancarado, e não há cobertura jornalística que possa esconder suas feridas. O governo que foi instituído para estancar a sangria dos corruptos foi ferido na noite de quarta-feira, 17 de maio, deixando escancaradas as vísceras putrefatas de uma elite política que a cada dia busca engordar suas contas com dinheiro ilícito. A hemorragia deixou a grande mídia numa situação escorregadia: se não mostrar, é capaz de cair junto. Um “furo jornalístico” não faria escorrer mais ou menos sangue. O GLOBO teve de publicar.
    As funções vitais deste governo param instantaneamente: reformas da previdência e de direitos trabalhistas são paralisadas, em um Congresso apreensivo. A inanição é imediata: empresariado e grandes latifúndios não podem mais sustentar um governo que já não lhes serve. Sondado por especuladores, o governo assiste a bolsa cair em 10%.
    Sem imunidade, perde a Defesa e a Cultura como ministérios para barganhar aliados. Ministros do PPS pulam fora. Um de seus grandes companheiros se vê sem cabeça com o afastamento de Aécio Neves do Senado e da presidência do PSDB. Mas é preciso ter fé, e insistir que tudo está bem.
    Em seu delírio, Temer repete que não vai renunciar. Há muito tempo sem visão e audição, não é capaz de ver e ouvir o Povo. Sente um alívio nos pulmões, ou ao menos tenta passar a impressão de que tudo está bem. Aquele que derrubou um governo no golpe, não pôde resistir à carne estragada. Caiu em gravação da JBS: Que papelão!
    Atualmente, o governo resiste por meio de aparelhos de repressão, que atacam o povo nas ruas. Mas as previsões são ruins… Antonio Gramsci deixa um diagnóstico: “A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer. Nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem.”

    FOTO DO COLETIVO “NÓS – PT”, EXEMPLO DO NOVO QUE JÁ ESTÁ NASCENDO!

  • Mais um olho alvejado: PM atira em idoso em Brasília

    Na manhã desta sexta-feira, 28, na rodovia DF-140 em Brasília, próximo à divisa com o estado de Goiás, moradores foram covardemente atacados pela Tropa de Choque da PM (Patamo/DF). Um senhor foi alvejado no olho por uma bala de borracha, diante da barricada, quando resistia ao avanço da Tropa sobre o protesto da Greve Geral. (Assista o vídeo a seguir. Imagens fortes).

    Sangrando muito, foi socorrido pelos Bombeiros em uma óbvia desigualdade de forças. “A gente está pedindo paz, segurança”, fala um morador. “A gente paga o salário de vocês e vocês vêm aqui e machucam o cidadão!”, protestou. A região é muito carente.

    As trabalhadoras e trabalhadores queimavam pneus para fechar a rodovia em ambos os lados. A interdição durou mais de 4 horas. Ailton, um dos manifestantes, contou à repórter Juliana Castro que foi se manifestar por causa da situação de carência de serviços básicos na região onde vive. “Aproveitamos essa greve geral para pedir mais segurança, só essa semana foram quatro homicídios aqui na região”, explica Ailton.

    Poucos minutos depois depois, chegaram duas viaturas da PM Rural e tentaram negociar a saída dos moradores, mas estes se mantiveram irredutíveis

    Por volta de 10h da manhã, com uma fila de veículos que já chegava a quase 5 km de cada lado, a Tropa de Choque foi chamada e ao menos 6 viaturas chegaram ao local. Os policiais, imediatamente, correram para a frente da barreira e abriram fogo contra a população.

    Bombas de gás lacrimogênio e tiros de balas de borracha disparados, obrigaram todos a correr. No entanto, um senhor, Edmilson, que tentava pedir para que os policiais parassem de atirar, foi atingido no olho direito e caiu no chão.

    Mesmo assim os policiais continuaram atirando e só pararam quando alguns moradores se aproximaram gritando, pedindo para que parassem de atirar para socorrer o senhor.

    A ação desproporcional da PM revoltou os moradores. Um deles, gritava ao lado do corpo atingido do companheiro que a manifestação também é por eles (policiais).

    Veja a ação na íntegra:

  • Artistas da Dança lutam pelo Fomento

    Artistas da Dança lutam pelo Fomento

    Ocorreu neste 13 de Março, ao longo do dia inteiro, um ato na Galeria Olido, que reuniu aproximadamente 300 artistas, contra o cancelamento arbitrário do 22º edital de Fomento à Dança pela Secretaria Municipal de Cultura, que pegou a classe artística de surpresa quando a notícia saiu na imprensa.

    A última edição do edital foi aberta no fim da gestão Haddad (PT) e teve recorde de inscrições, 66, apesar da secretaria atual inicialmente afirmar que não houve divulgação suficiente.

    Uma comissão de 12 artistas presentes no ato se reuniu com o Secretário André Sturm, que afirmou que o edital será relançado por não haver dotação orçamentária pra contemplar o edital publicado. A justificativa não foi aceita pelo movimento.

    Além disso ele pretende alterar o período de desenvolvimento dos projetos de 2 para 1 ano. Mudança vista pela classe artística como ilegal, uma vez que a duração de 2 anos consta na Lei de Fomento à Dança, aprovada na Câmara Municipal de SP por unanimidade.

    “O executivo não pode alterar uma decisão feita pelo legislativo, fruto de uma conquista das entidades ligadas à dança”, afirma Ana Cecília Coutinho, artista da dança.

    O novo edital deve ser publicado nesta terça (14/3) com os novos prazos para inscrição de projetos. E já se sabe que o valor não será mantido.

    Criado em setembro de 2006, o Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo (Lei 14.071/05) virou uma página na capital paulistana. Pela primeira vez, a classe de dança passou a contar com suporte financeiro garantido por lei e fruto de reivindicações e esforços conjuntos dos próprios artistas.

    Este novo edital de fomento à dança a ser lançado pela SMC não foi mostrado a ninguém da classe artística e não passou pela comunidade cultural.

    O ato foi organizado pela Cooperativa de Dança, Cooperativa de Teatro, Dança se Move, Fórum Permanente de Danças Contemporâneas : Corporalidades Plurais, Movimento Teatro de Rua, Frente Única da Cultura e pelos artistas do Programa Vocacional e Piá.

    Após a intervenção na galeria Olido, os artistas se manifestaram nas ruas da região, levando suas demandas e dialogando com a população local.

    Ato Pelo fomento à Dança. 13/03/2017. Foto: Beto de Faria