Ensaio fotográfico de Thiago Macambira, especial para os Jornalistas Livres, sobre a linda manifestação das mulheres brasileiras contra o fascismo, contra a candidatura de Bolsonaro, pela democracia, pelo direito de viver.
Tag: Eleições 2018
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#EleNão em São Paulo – Ensaio fotográfico de Thiago Macambira
#EleNão em São Paulo. 29/09/2018. Foto: Thiago Macambira/JL Foto: Thiago Macambira/JL -
Jornalista xinga Dilma e é punido pelo TRE
A juíza Cláudia Costa Cruz Fontes, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, concedeu, no sábado, “tutela de urgência” a representação apresentada por Dilma Rousseff e proibiu o jornalista Jaeci Carvalho, colunista de esportes no jornal “Estado de Minas”, de Belo Horizonte, de repetir a veiculação de um vídeo no Facebook e no Twitter em que chama a presidenta de “vagabunda, perversa e terrorista”.
Caso o vídeo seja veiculado, será imposta uma pena de pagamento de R$ 5 mil por dia de descumprimento. Confira abaixo a íntegra da decisão mostrada pelas imagens:
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A SOLUÇÃO É LULA E UNIDADE
Do ponto de vista formal, a campanha para presidente começou no dia 11/9, quando Fernando Hadadd foi oficializado como candidato do PT. Daqui para frente, todos seremos bombardeados por pesquisas nunca totalmente confiáveis. Seja porque a maioria dos grandes institutos são filiais da grande mídia, seja porque os demais respondem a interesses específicos do tal mercado e gente assemelhada.
Mesmo de detritos se aproveitam algumas coisas. Acima dos números, importa ver que todas apontam algumas tendências inexoráveis: Haddad, o candidato ungido por Lula, iniciou uma decolagem cujo teto ninguém é capaz de prever. Ciro patina e agora tem que disputar os votos de Lula de que pensara ser o beneficiário exclusivo.
À direita, o panorama é de enterro antecipado (falaremos de Bolsonaro mais abaixo). Geraldo Alckmin, mesmo protagonizando tempo equivalente a um longa metragem no horário eleitoral, não sai do chão. Os motivos saem da boca de um dos cardeais de próprio PSDB, Tasso Jereissati. Em entrevista recente, apontou três pecados capitais do partido: contestou o resultado da eleição democrática que escolheu Dilma Rousseff; votou a favor de projetos só porque contrariavam o PT; e, passo definitivo, assumiu a bandeira golpista ao embarcar com armas e bagagens no governo Temer. A cereja do bolo ficou por conta dos telefonemas imorais do candidato Aécio Neves, prova cabal do apodrecimento do partido.
Quanto ao restante, pouco mais há a falar. Meirelles, Amoedos, Alvaros Dias valem tanto quanto uma nota de 3 reais. Marina Silva, quem diria, a mais nova e esganiçada integrante do coro da reação, jogou uma pá de cal em sua biografia de defensora dos oprimidos. Assumiu de vez o papel de Derrota Régia. Aderiu a Aécio Neves, apoiou o golpe do impeachment e agora afirma que o lugar de Lula é mesmo na cadeia porque é corrupto e ponto final.
E Jair Bolsonaro? Sua biografia de primata pessoal e intelectual já foi exaustivamente explorada. Só que, de repente, havia se transformado em tábua de salvação da direita que, na falta de candidatos de verdade, começou a operação tentando dourar o capitão acusado até de explodir quartéis do Exército. Seria um mero crooner de Paulo Guedes –banqueiro privatista, acusado de roubalheiras e defensor do mesmo programa que a quadrilha de Temer vem aplicando.
Mas apareceu uma pedra, ou uma faca, no meio da estrada. Sem Bolsonaro, instalado num leito de hospital classe A, a campanha do milico tende a se esvaziar. Seu vice é um troglodita assumido e orgulhoso disso. Sua última contribuição à “democracia” foi a de propor uma Constituinte sem povo. Escrita por “notáveis”. Quem seriam eles? Só por hipótese: ele mesmo, o que sobrar de Bolsonaro, Brilhante Ustra numa sessão mediúnica, Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, Michel Temer, Donald Trump e por que não Adolf, sim, aquele mesmo, ainda que por homenagem?
Apesar de tanto ineditismo, poucas vezes uma eleição sinalizou resultado tão antecipado: as forças progressistas têm tudo para interromper a trajetória de um golpe destruidor do Brasil. A palavra-chave é: unidade. Ciro e Haddad, se juntos, seriam imbatíveis já no primeiro turno. Haddad, por exemplo, tem que saber que a bênção de Lula vale ouro.
Não se explica que, na sua mensagem final –único momento em que pôde falar sem ser interrompido 542 de vezes naquela pantomima montada pela rede Globo no Jornal Nacional–, não se explica que Haddad não tenha citado uma vez a injustiça contra o ex-presidente e afirmado que ele será Lula no poder. E sobretudo reafirmado as propostas que transformaram o ex-presidente na figura mais popular da história do país. Já Ciro tem que parar de acender velas a deuses e diabos e mirar no que é urgente e essencial.
Deixadas de lado as mesquinharias partidárias, cumpre mirar no alvo fundamental: derrubar, no voto, pela democracia, em respeito à soberania popular, a quadrilha de saqueadores que assaltou os sonhos dos brasileiros. Até para se preparar contra os próximos golpes que certamente vão ocorrer até 7 de outubro.
Jornalista Ricardo Melo Ricardo Melo*, 63 anos, é jornalista, ex-presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação)
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Quem é o baiano Matheus Santana, personagem real do primeiro programa de TV de Haddad
Foi durante o governo Lula que o baiano Matheus Santana passou no vestibular de Medicina e ingressou numa faculdade particular no sul de Minas Gerais, pelo Prouni. Nascido em Itapetinga, cidade próxima a Vitória da Conquista, onde o candidato do PT estará na manhã desse sábado (15), Matheus decidiu pelo Direito, mesma área do presidenciável que substitui Lula na disputa eleitoral. “Medicina não era minha praia, sempre tive uma queda pelo Direito”, afirma o jovem de 26 anos, que agora está concluindo o curso em Salvador, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), mesmo tendo sido aprovado em três vestibulares de Medicina.
Na última terça-feira (11), ele foi o principal personagem do programa eleitoral na TV da coligação “O Brasil Feliz de Novo”, destacando as políticas públicas de educação dos governos Lula, que teve Fernando Haddad como ministro da Educação. Foi o primeiro programa após a oficialização da candidatura de Haddad e a fala de Matheus ocupou 1 minuto e 17 segundos dos 2 minutos e meio do programa petista. Teve mais tempo que o próprio candidato.
Filho de uma dona de casa e de um operário de uma fábrica de laticínios, o jovem de origem pobre conta que as limitações não fizeram ele desistir do caminho da educação. “Sempre estudei em escola pública e sempre fui aluno aplicado. Minha mãe veio de roça, meu pai de uma cidade menor que Itapetinga, mas sempre deram suporte pra que eu e minha irmã estudassem”, lembra. “Eu confiava e tinha esperança de um futuro melhor através da educação, meu pai sempre falou para termos fé em Deus e lutar para correr atrás dos nossos sonhos, pela educação, que só a educação poderia transformar nossas vidas”.
Apesar de viverem apenas com o salário do pai e com a ajuda de doações que vinham de amigos e da igreja, o pai não deixava que ele trabalhasse, queria dedicação total aos estudos. Estudou na escola técnica federal da cidade, foi beneficiado por programas sociais como Brasil Sorridente e Bolsa Família e ingressou na Ufba via Enem-Sisu.
“Eu devo muito a meus pais, mas foi graças também às políticas de reparação dos governos Lula e Dilma que a gente conseguiu melhorar um pouco a vida. Eu sou um exemplo como tantos outros. Existem muitos Matheus pelo Brasil a fora, muitos meninos e meninas que tiveram oportunidades reais nos governos Lula e Dilma.”
“Acho que não sou uma referência, mas minha história serve de motivação pra gente sonhar com um Brasil melhor e feliz de novo”, declara o jovem, que se dispôs a gravar para o programa eleitoral, acreditando no retornos da políticas públicas implementaras por Lula. “Depois do golpe houve muita precarização da educação. O Haddad é quem tem reais condições para derrotar esse avanço fascista, esse conservadorismo. Eu temo muito que esse Brasil de retrocessos, do ódio e da intolerância, ganhe mais voz”.
O discurso de Matheus foi uma espécie de tributo à campanha eleitoral do PT, de 2002, quando o jovem João, interpretado por um ator, queria um Brasil de oportunidade para todos. A diferença é que agora a história é real!
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Base de Bolsonaro politiza facada no candidato
O ataque ao deputado estadual e candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), que aconteceu nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora, Minas Gerais, mobilizou as redes e o noticiário nos últimos dias.
Algumas campanhas presidenciais precisaram, inclusive, rever sua estratégia eleitoral e deram início a sondagens internas para medir o impacto no humor do eleitorado.
Mas dentre essa virada de estratégia das campanhas, a do PSL não passou despercebida. Desde o fatídico atentado – que quase tirou a vida do candidato – os aliados de Bolsonaro passaram a usar politicamente o ataque, fazendo uso, para tanto, de notícias falsas.
Ainda que não seja uma estratégia oficial de campanha, os aliados, através da imprensa e das redes, não hesitam em propagar fake news ou tentar ligar a oposição ao fato.
Pessoas públicas, como a advogada Janaína Paschoal, candidata a deputada estadual pelo PSL, partido de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, que apoia a candidatura do presidenciável, o senador Magno Malta (PR) e o General Antonio Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Bolsonaro, também se prestaram a alimentar o discurso de ódio logo após o crime. Até o ex-prefeito de São Paulo João Dória Jr. não perdeu a oportunidade de fazer proselitismo político com o atentado.
Em entrevista ao UOL, Janaina afirmou que “a imprensa não está mostrando essa pessoa (Adélio Bispo de Oliveira) com camiseta ‘Lula Livre’ nas redes sociais”. Tal afirmação não procede, segundo as testemunhas que estavam no local e a própria polícia.
Silas Malafaia usou as redes para ligar Adélio Bispo de Oliveira à ex-presidente Dilma Rousseff e o caso foi parar na Justiça. A petista informou nesta sexta-feira (7) que vai processar o pastor por injúria e difamação.
General Mourão, além de defender que o esfaqueador de Bolsonaro era ligado ao Partido dos Trabalhadores – citar a frase que ele disse isso. , fez comentários que podem ser encarados como ameaças. “Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós”, afirmou.Mesmo com o candidato hospitalizado, e depois de ter passado por uma cirurgia delicada, seus aliados não perderam tempo em fazer uso político do ataque. O próprio Bolsonaro, horas depois do crime, posou para uma fotografia simulando estar segurando uma arma de fogo, como registrou a Folha de S. Paulo..
Entre as notícias falsas, a maior parte delas tenta ligar Adélio ao PT. Fotos de dirigentes do partido e até do ex-presidente Lula foram manipuladas para fazer parecer que Adélio fosse ligado à legenda. Foram criados perfis falsos com o nome do esfaqueador, entre outros factóides.
Mas quem é Adélio Bispo de Oliveira?
O homem que deu uma facada em Jair Bolsonaro tem de 40 anos e preso em flagrante após o ataque. Ele mora em Juiz de Fora, Minas Gerais, afirmou que o crime foi cometido a “mando de Deus.” segundo testemunhas e a própria polícia que fez o flagrante.
Com uma análise mais aprofundada em seu perfil nas redes sociais, é possível ver que ele ataca os políticos em geral. No Facebook, o agressor proferiu ataques à representantes de vários partidos indiscriminadamente.
Além disso, entre as 75 mil páginas curtidas pela rede de 900 amigos de Adélio Bispo Oliveira no Facebook, destacam-se as celebridades evangélicas como Silas Malafaia – aliado de Bolsonazi, Marco Feliciano, Aline Barros e Irmão Lázaro. A própria página oficial de Bolsonaro também aparece em destaque entre os amigos do agressor.
O gráfico mostra as páginas curtidas por 900 amigos da rede do agressor de Bolsonaro; celebridades evangélicas e páginas sobre o candidato do PSL são destaque O perfil de Adélio Bispo de Oliveira na rede social é uma confusão de ideias. Ele segue páginas como Bolsonaro FALSO Cristão e outros grupos que defendem a violência em nome da religião.
De acordo com uma sobrinha, ele era missionário da igreja evangélica, mas estava com pouco contato com a família. Jussara Ramos afirmou ainda em reportagem do BuzzFeed News que “nos últimos tempos ficava falando sozinho e estava com ideias muito conturbadas.”
Entre os alvos de Adélio Bispo de Oliveira está a maçonaria: “Na maçonaria a maior parte dos maçons não passa do terceiro grau, servindo de capachos para os mais graduados, e para lhes satisfazer certas vaidades e serviços exclusos (sic).”
E também o candidato Jair Bolsonaro. “A aprovação de Bolsonaro é maior entre os menos estudados, ou seja só analfabetos e semi analfabetos votam em Bolsonaro”, ele afirmou em publicação recente.
A confusão de Adélio Bispo de Oliveira fica ainda mais explícita em textos longos, como uma publicação de 2014, em que defende a redução da maioridade penal para 16 anos.
A única relação política de Adélio Bispo de Oliveira foi com o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), entre os anos de 2007 a 2014. Esta filiação, porém, não explica nem justifica o crime cometido. Qualquer pessoa pode se filiar a um partido político de forma simples.
Em entrevista ao portal G1, um dos irmãos do esfaqueador afirma que ele era um homem tranquilo e trabalhador, que “teve um surto e precisa de tratamento.”
A Polícia Federal segue investigando o caso. Em nenhum momento as autoridades trouxeram qualquer informação sobre o que o submundo da internet — balizado pela base de Bolsonaro — tem tentado criar. A oposição, como eles tentam enfatizar, não foi responsável pela ação.
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EDITORIAL: AGORA, LULA É FERNANDO HADDAD E MANUELA D’ÁVILA, 13
Por decisão unânime da direção do Partido dos Trabalhadores e com a bênção de Lula, Fernando Haddad é o candidato do PT à Presidência da República do Brasil. A deputada Manuela d’Ávila, do PCdoB, completa a chapa como candidata à vice-presidência.
O ex-presidente Lula, preso há cinco meses, teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que alegou enquadramento na lei da Ficha Limpa. Entretanto, os juízes-carrascos de Lula nem sequer conseguiram demonstrar que o ex-presidente seria possuidor do apartamento tríplex do Guarujá, em que a família Lula da Silva nunca passou uma noite, do qual nunca recebeu a escritura, nunca tomou em suas mãos a chave.
Para condenar Lula, a (in)Justiça Brasileira ainda teria de comprovar que o tríplex fora recebido como pagamento por atos em benefício da Construtora OAS. Como prova não havia, restou aos carrascos de Lula a vergonha com que passarão à História: condenaram-no em primeira e em segunda instâncias, esgrimindo o argumento da pura infâmia: o apartamento que foi sem nunca ter sido de Lula seria resultado de “ato de ofício indeterminado” em benefício da OAS. Indeterminado: desconhecido, não existente. Moro condenou por um ato que reconheceu desconhecer, inexistir. E essa decisão esdrúxula foi reafirmada na segunda instância.
Desculpem-nos os leitores que conhecem nosso posicionamento, mas é mais uma vez necessário repetir:
Lula é inocente.
Lula é inocente.
Lula é inocente.
Mesmo assim, seus algozes insistiram na farsa, como forma de criminalizar o ex-presidente Lula, trancafiá-lo numa masmorra, impedi-lo de correr o país e dialogar com os brasileiros sobre como lhes melhorar a vida. Tudo fizeram para que Lula fosse impedido de disputar a eleição presidencial, porque sabiam que ele novamente seria carregado nos braços do povo para reocupar o Palácio do Planalto. Desprezaram provas concretas apresentadas por seus advogados, desprezaram duas decisões do comitê de Direitos Humanos da ONU, que reafirmou ter Lula o direito de disputar as eleições.
Não contava o consórcio Judiciário-Midiático-Empresarial, porém, com a força da liderança de Lula, que mesmo preso é objeto do amor declarado dos pobres e miseráveis que ele resgatou para a cidadania, com políticas públicas distributivistas.
Preso, Lula tornou-se uma idéia, como ele disse. E é essa inteligência que acaba de decidir: a próxima grande batalha, agora, é eleger Fernando Haddad e Manuela d’Ávila.
O lançamento da campanha de Haddad-Manuela em frente à Polícia Federal, onde Lula está preso, mostra que o PT irá reforçar o discurso da injustiça contra o ex-presidente, o nosso Mandela, o perseguido pelos poderosos, o mártir do povo pobre. Presentes estavam Dilma Rousseff, Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias, Luiz Eduardo Greenhalgh e outros dirigentes do PT. Não se viam os rostos risonhos, típicos de campanhas eleitorais. Os semblantes estavam crispados pelo drama da injustiça contra Lula, pela responsabilidade gigantesca diante da História, pela incrível tarefa à frente: honrar a luta do povo por Justiça e pelo fim da dantesca desigualdade social brasileira.
A possibilidade de o PT vir a ganhar a eleição já fez com que a bolsa desabasse e o dólar atingisse a estratosférica marca dos R$ 4,18. É a chantagem do Capital, mostrando suas garras como sempre. Nova pesquisa Ibope deverá ser divulgada hoje.
Para o PSDB, o dia foi péssimo, visto que o ex-governador do Paraná Beto Richa foi preso hoje. Isto deverá ser sentido nas próximas pesquisas.
Parece claro que a cruel Plutocracia Brasileira, escravocrata, genocida do povo negro, machista, vendida ao Imperialismo, já fez sua escolha por Jair Bolsonaro.
A eleição presidencial que ocorrerá em 25 dias colocará diante dos brasileiros o desafio de escolher entre a Democracia e o Fascismo. Nós já escolhemos nosso campo: lutaremos e formaremos com o povo; com a Democracia; com Haddad e com Manuela!
Por Lula e pelo Brasil para os brasileiros.
Manuela e Haddad: pro Brasil ser feliz de novo