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Tag: agressão

  • Polícia portuguesa agride brasileiras no carnaval de Lisboa

    Polícia portuguesa agride brasileiras no carnaval de Lisboa

    Por Clara Luiza, de Lisboa , especial para o Jornalista Livres

    A folia de carnaval em Lisboa terminou em agressão física por parte da PSP (Polícia Portuguesa) na noite do último domingo (23/02). Duas mulheres brasileiras foram agredidas de forma desproporcional por um grupo de agentes da polícia do serviço especial da capital portuguesa, ao lado da Estação do Cais do Sodré, ponto de encontro dos foliões após os cortejos de carnaval. O vídeo da agressão foi divulgado por uma das vítimas da ação brutal dos policiais.

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/251294645863829/

    Tai Barroso, editora do jornal lisboeta Rosa Maria, mora em Portugal há 2 anos e meio tenta proteger a mulher que estava sendo já violentamente abordada pelos agentes.  Os policiais, então, responderam de forma truculenta. Um deles usa o cassetete para imobilizá-las, joga-nas no chão e, no ápice da falta de controle por parte da equipe de polícia, um outro agente dispara um tiro para o alto, no meio dos foliões. A mulher que estava sendo agredida inicialmente prefere não ser identificada, mas em contato com Tai, revelou que sofreu uma fratura na cabeça e precisou ser suturada com seis pontos. Ela ainda afirmou que a violência foi gratuita e não houve nenhuma razão para que a polícia a agredisse.

    a PSP se pronunciou ao jornal português Expresso admitindo que os agentes recorreram ao uso da força para deter uma mulher que, segundo eles, era suspeita de integrar um grupo que causou distúrbios no domingo na zona do Cais do Sodré. Em outras palavras, havia um grupo de foliões ocupando a rua do bar, onde ocorria a ressaca dos bloquinhos de Lisboa, quando a polícia tentou avançar com suas viaturas pela mesma rua e, impedidos pela multidão que ocupava a rua, partiram para a brutalidade.

    Abusos por parte da PSP tem se tornado frequentes o suficiente para indicar a xenofobia e o racismo sistemático de Portugal.  Este não é o primeira vídeo de agressão por parte da polícia de portugal que é registrado na rua. Há pouco mais de um mês, no dia 19 de Janeiro, foi o caso de Cláudia Simões, mulher negra espancada por agentes da PSP que se tornou público. Cláudia foi espancada pela PSP em frente à sua filha de 8 anos, após ser insultada pelo motorista do ônibus de Vimeca, região do concelho de Lisboa. O que gerou toda a agressão foi o fato da filha ter esquecido o passe em casa. Depois de agredir, algemar e humilhar Cláudia, a PSP justificou a atitude brutal como “estritamente necessária para o efeito à resistência de Cláudia”.

    Cláudia Simões mostra o rosto com hematomas após ataque da polícia portuguesa. Foto: Ana Baião / Jornal Expresso
  • Pelo fim da violência contra as mulheres, mas se quiser pode

    Pelo fim da violência contra as mulheres, mas se quiser pode

    Por Daiane Noves

    _ Com licença senhor agressor, desculpa interromper essa surra que o senhor está aplicando nessa mulher que está caída no chão, é que eu sou do movimento feminista e preciso fazer umas perguntas antes de decidir ou não se eu vou defender esta mulher, tudo bem?
    _ Claro, mas eu posso continuar batendo nela enquanto respondo?
    _ Pode sim. Ainda não sabemos se ela mereceu ou não, vai que ela mereceu. Não queremos ser injustas.
    _ Tá.
    _ Essa mulher está sob efeito de substâncias psicoativas ilícitas?
    _ Sim. Na verdade, sóbrio, sóbrio, ninguém aqui tá.
    _ Entendo. Outra pergunta: ela é bolsonarista né?
    _ É sim. Mas nessa galera aqui todos somos né, gata. Mito, B17!
    _ Entendo. Soube também que ela estava com a arma da namorada anteriormente.
    _ Sim. Mas a namorada já havia guardado. Com ela armada eu não estaria batendo né, senão ela atiraria em mim. Mas vou usar o fato de ela ter estado armada antes para legitimar isso aqui como defesa, saca?
    _ Tem outras pessoas armadas aqui né?
    _ Sim.
    _ Mais uma pergunta: foi ela que começou?
    _ A de mão ou a de boca? Pq eu tava humilhando ela mó cota, ela tava toda com raivinha, mexi com a mina dela também. Aí ela veio pra cima de mim. Olha o tamanho da s4p4t4o. É óbvio que eu ia arrebentar ela.
    _ Mas sabendo disso, pq o senhor só não se defendeu ou segurou ela?
    _ Ah, ela quer ser homem né, tem que apanhar que nem homem, pô.
    _ Mas o senhor sabe que é uma mulher, com compleição física e força bem inferior que a sua. Vc sabia que ia sair ileso e ela arrebentada, não?
    _ Claro. Mas eu quero mostrar pra morena lá que eu sou alfa tá ligado?
    _ Mas se fosse um cara?
    _ Se fosse um cara nem tinha mexido com a mina dele, pô. Mas como é uma mina, que ainda é s4p4t4o, e ainda fez uso de drogas, e ainda revidou as minha provocações vindo pra cima de mim? Acha que vou só conter ela? Vou arrebentar mesmo.
    _ O senhor viu que ela já estava no chão?
    _ Vi, eu sou bem forte, né?
    _ Então pq o senhor continua batendo nela?
    _ Pq é facião bater em mulher, nocaute certeiro. Quero dizer, mulher não, s4p4t4o.
    _ Entendi. Mas a questão é que o senhor tá criando um problema ético para o feminismo, além desse monte de hematomas nela. Pq, veja bem: ela segue filosofia de direita e a gente já não gosta dela, ela não performa feminilidade e ainda fica agindo toda pá para performar masculinidade, já não nos parece como a vítima perfeita e cândida, fala mal do ativismo e tem um auto-ódio imenso, nenhum senso de classe. Dificil detectar misoginia e lesbofobia quando não é a vítima ideal, pô.
    _ Ah, moça, faz assim então, se ninguém me segurar, eu continuo chutando ela aqui caída e mato logo. Ninguém liga pra lesbocídio, essas estatísticas nem saem. Resolvo o meu problema e o de vcs. Pode ser?
    _ Pô, senhor agressor. Fechou. A gente muda o lema para ‘Pelo fim da violência contra as mulheres, mas se quiser pode.’
    _ Ah, genial. Qualquer coisa, cê manda um ‘ela que lute’ ou um ‘bem-feito’ ou ‘sem tempo pra mina reaça’, mas acho que não vai precisar não. Ela mereceu, ela tava pedindo.
    _ Verdade né. Desculpa atrapalhar o espancamento ae. Boa surra pro senhor.
    _ Valeu. Ow, cê é uma “morena muito bonita”.
    _ Que isso, não tá vendo meu namorado ali?
    _ Ow, que vacilo, perde perdão lá pra ele. Cê falou que é feminista e eu já pensei que vc tbm namorava s4p4t4o, eca. Aí a gente não respeita não. E se vir cobrar a gente arrebenta, não quer ser homem?
    _ Tá certo. Deixa só eu terminar a minha postagem aqui do “não sou obrigada a ter sororidade com reaça”, péra. Como é mesmo o novo lema que falei agora pouco?
    _ Sei lá, era tipo ‘nada justifica um cara jantar uma mina no soco’…
    _ Não, lembrei, era ‘Pelo fim da violência contra as mulheres, mas se quiser pode.’
    _ Isso.
    _ Desculpa incomodar a surra do senhor.
    _ Que isso, tamo junto. B17.


     

    Veja também: Não deve existir “eu avisei” pra vítima de lesbofobia

  • Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) emitiu uma nota covarde e abjeta, sobre a injustíssima agressão de Augusto Nunes a Glenn Greenwald, ontem (07/11), durante o programa de rádio Pânico, da Jovem Pan.

    Esquivando-se de apontar o verdadeiro agressor (Augusto Nunes), a entidade dos “jornalistas investigativos” ainda teve o desplante de desmerecer: “A Abraji emite notas sobre ameaças a jornalistas no exercício da profissão. O debate ocorrido na emissora não corresponde a esse parâmetro”.

    Não, dona Abraji, não é o “debate” que se configura em ameaça. É o tapa, o cala-boca físico do machão canalha, querendo se impor pela força física, depois de ser chamado de covarde por Glenn.

    Para piorar, A Abraji tenta lançar a responsabilidade pela “violência” à “onda de reações que se seguiu ao episódio” —”episódio” é como a Abraji chama um soco. Ah, essa novilíngua.

    É uma boa tentativa de passar o pano na covardia de Augusto Nunes, mas não engana ninguém. Os fascistas nas redes sentiram-se autorizados a partir para a hostilidade aberta contra Glenn Greenwald pela atitude infame de Augusto Nunes.

    Qualquer veículo sério, em um país democrático, sentir-se-ia eticamente obrigado a demitir um jornalista que partisse para o ataque físico contra um entrevistado. É incrível, por isso, que a entidade que supostamente defende o jornalismo investigativo opte por emitir uma nota desprezível e medrosa contra uma agressão dessa monta ao jornalista investigativo mais relevante nesta quadra da História brasileira, Glenn Greenwald.

    De novo, o que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio conivente dos que se julgam bons. Vergonha, Abraji!

     

  • Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lamentam e repudiam a agressão física do jornalista Augusto Nunes contra o jornalista Glenn Greenwald, ocorrida hoje, no programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, em São Paulo.

    O SJSP e a FENAJ criticam a empresa por terem convidado Greenwald a comparecer a um de seus programas sem avisá-lo antecipadamente da presença de Nunes, autor de ataques pessoais ao jornalista e à sua família, o que criou um clima de conflito prévio ao início da entrevista.

    A agressão física a um convidado para uma entrevista viola todos os preceitos da conduta profissional dos jornalistas. Lembramos que os jornalistas brasileiros têm um Código de Ética, assim como existe um código de ética em nível internacional, e que seus preceitos devem ser seguidos por todos os profissionais.

    O SJSP e a FENAJ se solidarizam com o jornalista Glenn Greenwald, com quem compartilhamos no último dia 9 de setembro a mesa de um importante ato, com a presença de mais de mil pessoas, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, em defesa da liberdade de imprensa, do jornalismo e da democracia.

    Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)

    Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) 

    7 de novembro de 2019

  • Vereadores de Sergipe reproduzem discurso LGBTfóbico

    Vereadores de Sergipe reproduzem discurso LGBTfóbico

    Por Mayara Peixoto para os Jornalistas Livres

    A Câmara de Vereadores do município de Estância, Sergipe, foi palco de cenas de intolerância e discriminação protagonizadas pelos vereadores Dionísio Neto (REDE) e Misael Dantas (PSC). A polêmica começou por causa do Projeto de Lei 74/2017, de autoria de Neto, que tem o objetivo de proibir a inclusão de atividades pedagógicas de discussão da sexualidade na grande curricular de ensino das escolas da rede municipal. A desculpa é novamente o perigo da tal “ideologia de gênero”, uma mentira criada por grupos religiosos, conservadores e de direita que lutam para manter fora das salas de aula discussões que poderiam diminuir no futuro o preconceito na sociedade contra mulheres, gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transgêneros e não binários.

    O acontecimento ganhou nova dimensão quando os vereadores de orientação conservadora aumentaram o tom de voz e de maneira agressiva propagaram o ódio à comunidade LGBTqueer. O caso, que gerou grande revolta no estado, vem ganhando repercussão também nas redes sociais. As respostas de repúdio dos sergipanos aos atos dos parlamentares fizeram com que redes sociais dos vereadores ficassem cheias de comentários contrários aos seus posicionamentos.

    O Conselho Regional de Psicologia, juntamente com outras organizações, publicou uma nota de repúdio às ações de ódio em plena Câmara de Vereadores e ao PL 74/2017, que desconsidera o princípio da dignidade humana e fere a Constituição Federal vigente no Brasil.

    Vídeos das agressões:

  • Macri descarregou seu ódio de classe contra a multidão mobilizada

    Macri descarregou seu ódio de classe contra a multidão mobilizada

    Via: La Izquierda Diário
    Tradução: Juliana Medeiros

    Dezenas de milhares se mobilizaram até o Congresso, horas antes de começar a sessão que trataria da contrareforma da previdência.

    Embora a CGT não tenha chamado para a mobilização, nesta segunda-feira uma multidão composta por dezenas de milhares de jovens trabalhadoras e trabalhadores, de aposentados e estudantes se mobilizaram e ocuparam os arredores do Congresso Nacional.

    Após uma ordem judicial, o ‘Governo de Cambiemos’ tomou a decisão de realizar uma operação repressiva diferente da última quinta-feira, quando o governo foi forçado a suspender a sessão em meio a uma brutal repressão da Gendarmeria Nacional.

    Segunda-feira, em uma segunda tentativa oficial para que os legisladores aprovassem a lei, Horacio Rodríguez Larreta ordenou uma operação apenas com a Polícia da Cidade, aquela à qual se somaria, em uma segunda etapa repressiva, a Polícia Federal. A Gendarmeria estaria impedida de intervir, embora, em um momento da tarde, fosse vista preparando-se para o caso de que fosse convocada.

    Havia também uma mudança na cerca. Ao contrário da quinta-feira, desta vez o Parlamento foi cercado com cercas de dois metros de altura que impediram a aproximação do prédio a menos de 200 ou mesmo a 300 metros. Um convite à raiva e indignação daqueles que queriam se aproximar do Congresso para repudiar o plano de ajuste de pensões de Macri.

    A sessão começaria às 14 horas. Poucos minutos antes, os manifestantes acompanhavam através de seus celulares o que estava acontecendo dentro do Parlamento. A garantia de que Cambiemos conseguiria quórum foi aquecendo o clima daqueles que haviam chegado à praça realmente indignados. A Polícia foi passando de uma atitude (estranhamente) passiva para outra que expressa o que eles realmente sabem fazer.

    Depois de duas horas sem avançar, finalmente, do Ministério de Segurança e Justiça de Buenos Aires, se baixou a ordem de descarregar a repressão. Balas de borracha, gases lacrimogêneos e cacetadas a quem lhes cruzava pela frente.

    Já iniciada a sessão, muitos deputados da oposição pediram que se suspendesse porque ao redor do Congresso se desencadeava uma dura repressão policial. As cercas em um momento foram inúteis e a Polícia começou a atacar a população mobilizada.

    Por volta da 15h, o presidente da Câmara, Emilio Monzó, propôs um quarto intervalo e chamou a seu gabinete os líderes de blocos para avaliar como continuar. Depois de se comunicar com a Casa Rosada, Monzó anunciou que a sessão deveria continuar e a lei deveria ser votada.

    Foi então quando Monzó disse, sem eufemismos, que havia “agressões na rua, mas os agentes estimavam controlá-las na próxima meia hora”. O que Monzó quis dizer com “controlá-las”?

    Como se tudo estivesse planejado, Monzó apenas disse isso e na praça se desencadeou uma caçada. As forças policiais (já somadas às patrulhas da Polícia Federal) voltaram a disparar novamente balas de borracha e gases. Perseguiram os manifestantes, os espancaram e levaram vários detidos.

     

     

    Havia carros de patrulha, motocicletas e até viaturas policiais que, como se tivessem recebido a mesma ordem, passaram por cima das pessoas em vários pontos da geografia central da cidade. Algumas das vítimas, de jovens a aposentados, tiveram de ser hospitalizadas com graves ferimentos.

    Havia feridos por atropelamento, por balas de borracha, pelos efeitos dos gases de pimenta e lacrimogêneos e pelas pauladas que antecediam a detenção.

    Pelo menos quatro manifestantes perderam um dos olhos: um trabalhador do Estaleiro Rio Santiago que se mobilizara desde a Ensenada junto com 700 companheiros, um militante da Frente das Organizações em Luta (FOL) e dois da Coordenação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP).

    Entre os feridos/detidos está ainda Carlos Artacho, operador de telefone, líder do PTS e membro (pela minoria) da comissão diretiva da Foetra Buenos Aires. Por horas a polícia o manteve preso sem atenção médica, apesar do fato de que seu rosto foi quebrado a pauladas.

    Havia muitas queixas sobre um modus operandi da Polícia: cada mulher ou homem que caía nas mãos dos efetivos recebia uma bateria de golpes e insultos do tipo “nós vamos matá-los” ou “você vai desaparecer”.

    Vários jornalistas foram atacados e outros foram detidos durante a cobertura dos eventos. De acordo com a agência Télam, foi relatada a detenção de trabalhadores da FM La Patriada e as feridas sofridas pelo jornalista Mauro Fulco do C5N, “alcançado pela repressão policial nas proximidades do Congresso”, bem como um jornalista da Crónica TV.

    Por sua vez, o sindicato Sipreba denunciou a agressão policial contra dois fotógrafos da Página12, Bernardino Ávila (ferido com um corte na testa) e Leandro Teysseire (ferido no rosto pelo impacto de uma bala de borracha).

    O governo montou um teatro. Na primeira cena das horas anteriores, a operação policial parecia estar muito mais relaxada do que o planejado pela ministra Bullrich, que enviou um exército de gendarmes no dia da sessão falida da última quinta-feira.

    Na segunda cena, se mostravam pessoas jogando pedras e a “polícia inofensiva que não conseguia agir”. Muitos líderes das organizações mobilizadas denunciaram a presença de infiltrados. O ex-deputado Claudio Lozano pôde verificá-lo em sua própria carne.

     

     

    O governo montou esse cenário de provocação para deslegitimar a mobilização maciça que expressava o ódio de um setor muito amplo da sociedade sobre essas medidas anti-trabalhadores.

    A imprensa oficial reproduziu o livreto de Cambiemos. Eles falaram o dia inteiro sobre a violência. Não a do governo e suas forças repressivas, mas de alguns manifestantes que, depois que homens uniformizados começaram a caçar, se defenderam jogando pedras.

    Um confronto assimétrico entre o Estado armado até os dentes e manifestantes que só tem para se defender galhos de limão e algumas pedras.

    Falam de manifestantes violentos mas, como disse a legisladora porteña do PTS-FIT, Myriam Bregman, em um programa do C5N, “Macri fala de violência quando ele e sua família durante a ditadura passaram a ter entre 7 e 47 empresas”.

    Aqueles que apoiaram o genocídio e hoje roubam 17 milhões de pessoas e suas já escassas rendas lançam através da mídia viciada, que também apoiou o genocídio – como o Grupo Clarín e o La Nación – campanhas macartistas contra manifestantes e a esquerda que defende os aposentados.

    A FIT levou mais de um milhão de votos nas últimas eleições e se mobilizou para impedir que esta lei fosse aprovada. Nicolás del Caño disse que apenas à ponta de pistolas se poderia aprová-la porque mais de 70% da população se opõe a isso.

    As leis anti-trabalhadores, medidas regressivas que procuram retroagir os direitos adquiridos que custaram ao movimento trabalhista décadas de luta para conquistá-las, são a base para entender por quê um setor dos manifestantes tentou impedir as leis colocando seu corpo. Arriscando sua vida.