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Golpe

Solidariedade, criatividade e iniciativas em tempos sombrios

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Aqueles que viveram o período da ditadura militar de cerceamento das liberdades democráticas, de repressão, de perseguição política e lutou pela conquista da liberdade e pelos direitos humanos e, todos os inconformados e indignados com os tempos sombrios que estamos vivendo, não podem se deixar imobilizar.

Diante deste grave momento que o país está passando, que se iniciou em 2016 com o golpe e impeachment da Presidente Dilma e que se aprofundou com a da prisão arbitrária e sem provas do Lula, não podemos ficar calados.

O governo golpista, encabeçado pelo Temer, articulado com forças do capital financeiro internacional, com setores dominantes da Câmara de Deputados, grande parte do sistema Judiciário, com representantes da “Casa Grande” brasileira e com a participação determinante da mídia hegemônica especialmente da rede Globo na construção do golpe, expõem as suas garras. Este golpe e estado de exceção que estamos vivendo no Brasil tem acarretado destruição de nosso país e entrega de nossas riquezas e reservas, retrocesso de conquistas e penalização do povo brasileiro especialmente das camadas mais pobres, rompimento com as regras democráticas e com os direitos estabelecidos na Constituição de 1988 atingindo a todos nós.

Dia a dia mais direitos e conquistas sociais são usurpados, cortes de políticas sociais inclusivas e distributivas de renda implantadas pelos governos Lula e Dilma são executados, cerceamento da liberdade de manifestação e de defesa são ceifados, repressão violenta a lideranças, morte de Marielle, perseguição aos pobres e negros, morte e prisão de lideranças no campo, disseminação do ódio de classe e da violência, entrega de nosso patrimônio para grandes corporações internacionais a preços de banana…

Entretanto, é possível observar insatisfação velada, revolta submersa, iniciativas autônomas, união das esquerdas por lutas e pautas comuns, enfrentamentos criativos e sábios, denúncias incisivas e certeiras da mídia independente que tem pipocado por todo o país com contornos e formas diversas e apontam para momentos de esperança!

Atos promovidos e solidários de artistas; escrachos de políticos, de lideranças espúrias, da rede Globo e de juízes corruptos; memes e posts na internet; caravanas de solidariedade ao Lula; ocupações do MST em terras improdutivas; ocupação do “tríplex do Guarujá” e de prédios vazios para moradia popular pelo MTST; passeata de embarcações na Amazônia; celebração no campo em memória do João Pedro Teixeira; atos de populações indígenas reivindicando direitos em Brasília; saraus e shows musicais com vozes da periferia; solidariedade internacional de diversos cantos do mundo, em tudo isso observamos o despertar do novo!

Uma iniciativa criativa e singela me chamou a atenção: algumas mulheres com a companhia de mais algumas amigas tomaram conta de uma mesa no Largo da Batata, em Pinheiros São Paulo. Com cartazes de Lula Livre, de convite para escrever Cartas ao Lula e de convocação para a manifestação do primeiro de maio, munidas também de panfletos de denúncia da farsa da prisão do Lula e de vários materiais, iniciaram uma atividade de intervenção na praça.

Pouco a pouco, mais pessoas foram se juntando e a proposta de confeccionar flores para distribuir no 1º de maio pelo fortalecimento das lutas da classe trabalhadora e pelo apoio a Lula e por Lula Livre, começou a ganhar corpo. A distribuição de funções se deu normalmente: catação de gravetos, corte de papel crepon, passar cola para montar a flor e colar a filipeta Lula Livre. Lucy logo achou um assessor Valdeci, homem de rua que convocou mais um amigo, para ajudar, Adelina que estava passando, se juntou ao grupo, se descobriu artista e passou a ser “professora de Flores”, Conceição distribuía folhetos, Ciça fotografou algumas cenas, fez pequenas entrevistas para os Jornalistas Livres e acolheu Cartas ao Lula, uma delas escrita por Eliana; Edna e outros participantes davam forma às flores que foram sendo arrumadas com carinho e arte por Alfredina e outros, em mesa logo atrás.

Muitas pessoas passaram, corriam para dar conta de seus compromissos, com suas histórias, alegrias e dores. Alguns paravam e trocavam um dedo de prosa, levavam panfletos, flores com Lula Livre e novas informações. A receptividade surpreendeu aos organizadores e participantes. Alguns saíram com novos compromissos, novas ideias, novas esperanças. Mais gente pensou em se juntar à mobilização do 1º de maio na Praça da República pela luta pela vida, dignidade e direitos da classe trabalhadora e por Lula Livre, alguns pensaram em replicar essa iniciativa em outros locais, quem sabe no bairro onde moram, outros tiveram a ideia de marcar presença neste ponto como local de troca de informação, de saberes, de resistência.

Com esta iniciativa singela e independente conseguiu-se chamar a atenção para o momento tão grave e delicado por que passa o nosso país. Muitos observaram, viram… Para quem participou da atividade ficou a sensação de que fizemos um pouco da nossa parte. Temos muitos desafios pela frente e essa atividade valeu minha gente!

Campinas

Ocupação Mandela: após 10 dias de espera juiz despacha finalmente

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Depois de muita espera, dez dias após o encerramento do prazo para a saída das famílias da área que ocupam,  o juiz despacha no processo  de reintegração de posse contra da Comunidade Mandela, no interior de São Paulo.
No despacho proferido , o juiz do processo –  Cássio Modenesi Barbosa –  diz que  aguardará a manifestação do proprietário da área sobre eventual cumprimento de reintegração de posse. De acordo com o juiz, sua decisão será tomada após a manifestação do proprietário.
A Comunidade, que ocupa essa área na cidade de Campinas desde 2017,   lançou uma nota oficial na qual ressalta a profunda preocupação  em relação ao despacho  do juiz  em plena pandemia e faz apontamento importante: não houve qualquer deliberação sobre as petições do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos Advogados das famílias e mesmo sobre o ofício da Prefeitura, em que todas solicitaram adiamento de qualquer reintegração de posse por conta da pandemia da Covid-19 e das especificidades do caso concreto.

Ainda na nota a Comunidade Mandela reforça:

“ Gostaríamos de reforçar que as famílias da Ocupação Nelson Mandela manifestaram intenção de compra da área e receberam parecer favorável do Ministério Público nos autos. Também está pendente a discussão sobre a possibilidade de regularização fundiária de interesse social na área atualmente ocupada, alternativa que se mostra menos onerosa já que a prefeitura não cumpriu o compromisso de implementar um loteamento urbanizado, conforme acordo firmado no processo. Seguimos buscando junto ao Poder público soluções que contemplem todos os moradores da Ocupação, nos colocando à disposição para que a negociação de compra da área pelas famílias seja realizada.”

Hoje também foi realizada uma atividade on-line  de Lançamento da Campanha Despejo Zero  em Campinas -SP (

https://tv.socializandosaberes.net.br/vod/?c=DespejoZeroCampinas) tendo  a Ocupação Mandela como  o centro da  discussão na cidade. A Campanha Despejo Zero  em Campinas  faz parte da mobilização nacional  em defesa da vida no campo e na cidade

Campinas  prorroga  a quarentena

Campinas acaba prorrogar a quarentena até 06 de outubro, a medida publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial. Prefeitura também oficializou veto para retomada de atividades em escolas da cidade.

 A  Comunidade Mandela e as ocupações

A Comunidade  Mandela luta desde 2016 por moradia e  desde então  tem buscado formas de diálogo e de inclusão em políticas  públicas habitacionais. Em 2017,  cerca de mais de 500 famílias que formavam a comunidade sofreram uma violenta reintegração de posse. Muitas famílias perderam tudo, não houve qualquer acolhimento do poder público. Famílias dormiram na rua, outras foram acolhidas por moradores e igrejas da região próxima à área que ocupavam.  Desde abril de 2017, as 108 famílias ocupam essa área na região do Jardim Ouro Verde.  O terreno não tem função social, também possui muitas irregularidades de documentação e de tributos com a municipalidade.  As famílias têm buscado acordos e soluções junto ao proprietário e a Prefeitura.
Leia mais sobre:  
https://jornalistaslivres.org/em-meio-a-pandemia-a-comunidade-mandela-amanhece-com-ameaca-de-despejo/

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Golpe

Estudante é intimada a depor na PF após chamar de golpista 3ª colocada da Ufersa nomeada por Bolsonaro no RN

Coordenadora-geral do DCE da Ufersa Ana Flávia Barbosa está sendo acusada de calúnia, difamação e ameaça. O inquérito aberto pela professora Ludmilla Serafim ainda sugere possível formação de quadrilha

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Por Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

A coordenadora-geral do DCE da Universidade Federal Rural do Semi-Árido Ana Flávia Oliveira Barbosa foi intimada a depor na Polícia Federal por críticas endereçadas à professora Ludmilla Serafim, terceira colocada nas eleições da universidade nomeada reitora pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A posse de Ludmilla está prevista para hoje (30).

Ana Flávia Barbosa foi intimada na quinta-feira (27) a comparecer a uma audiência na sede da Polícia Federal, em Mossoró, no dia seguinte. Os advogados da estudante pediram o adiamento em razão do prazo e da falta de informações sobre o inquérito. A PF então remarcou o depoimento para a próxima terça-feira, 2 de setembro, às 9h:

– Recebi a intimação na quinta-feira e como o depoimento estava marcado para menos 24 horas, solicitamos um novo prazo, além das peças para saber do que se tratava, se era inquérito, processo. Não tinha número, nem nada que dissesse que era um inquérito. E (o depoimento) ficou para terça-feira, 9h”, explicou.

O inquérito aberto contra a estudante de Direito apura denúncia de calúnia, difamação e ameaça, além de sugerir uma suposta “formação de quadrilha”. Na peça, são anexadas notícias veiculadas blogs de Natal alegando sameaças de Ana Flávia contra a terceira colocada nas eleições. Além de “golpista”, a estudante chama Ludmilla de “interventora” e, num áudio atribuído a ela, afirma que “é hora de fazer luta, porque na UFERSA Ludimilla não entra nem de helicóptero”.

A coordenadora geral do DCE da Ufersa não tem dúvidas de que o inquérito aberto na Polícia Federal é uma tentativa de criminalizar o movimento estudantil da instituição:

– É uma tentativa de criminalizar o movimento estudantil sim porque estamos na linha de frente. As outras categorias estão mais recuadas, receosas, embora também não concordem. No dia que saiu a nomeação dela, fizemos um ato simbólico, já fizemos plenária de estudantes e faremos um ato amanhã (segunda-feira) em conjunto com o IFRN”, afirmou, citando como exemplo a acusação de formação de quadrilha no inquérito:

– E ainda tem mais: veja que eles sugerem o crime de formação de quadrilha. Quem é a quadrilha para eles ? Os estudantes ? É o DCE que têm 80 estudantes ?”, questiona.

Na avaliação de Ana Flávia Barbosa, o objetivo de Ludmilla Serafim é intimidar e obrigar os estudantes a recuarem dos protestos:

É uma tentativa de nos fazer recuar, mas não vamos recuar. O ato está mantido. Demos o tom, decidimos publicizar a gravidade para mostrar quem é a interventora. Intimaram os estudantes a depor na Polícia Federal porque a chamamos de golpista e interventora, o que ela é de fato”, reforçou.

Intervenção

Com 18,33% dos votos, Ludmilla Serafim ficou em terceiro lugar nas eleições da Ufersa realizadas em julho. O candidato mais votado foi o professor do curso de Engenharia Rodrigo Codes, que obteve o apoio de 35,55% da comunidade. Em segundo, também à frente de Ludmilla, apareceu o professor Jean Berg, com 24,84% dos votos.

Mesmo rejeitada pela maioria da comunidade acadêmica da Ufersa, o presidente Jair Bolsonaro nomeou a terceira colocada. Áudios que circulam na internet atribuídas a Ludmilla, mostram a professora afirmando que contou com apoio de alguns deputados federais, a exemplo de Beto Rosado (Progressistas), ex-aluno dela.

A legislação prevê que nas eleições para as universidades federais seja encaminhada uma lista tríplice com os nomes dos três candidatos mais votados para a escolha do presidente da República. No entanto, historicamente, o chefe do Executivo sempre respeitava a escolha soberana da comunidade acadêmica. À exceção na Ufersa foi em 1991, quando o professor José Torres venceu a eleição, ma Fernando Collor de Melo interveio, nomeando Joaquim Amaro. O golpe é tratado ainda hoje como “O Dia da Infâmia”

Das três instituições federais do Rio Grande do Norte, duas estão sob intervenção do governo federal. Além da Ufersa, que teve o processo eleitoral atropelado, o Instituto Federal é dirigido pelo professor Josué Moreira que sequer participou do processo eleitoral realizado em dezembro de 2019. Ele foi nomeado pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, ignorando a decisão da comunidade que escolheu José Arnóbio de Araújo.

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Golpe

Bolsonaro confirma golpe na Ufersa e nomeia como reitora a 3ª colocada na eleição

O presidente anunciou em Mossoró, nesta sexta-feira (21), a nomeação da professora Ludmilla de Oliveira para o cargo de reitora da Universidade Federal do Semi-árido no RN

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Por Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

A curta passagem de Jair Bolsonaro pelo Rio Grande do Norte foi marcada pela confirmação de um golpe nas eleições da Universidade Federal do Semi-árido (UFERSA). O presidente anunciou em Mossoró, nesta sexta-feira (21), a nomeação da professora Ludmilla de Oliveira para o cargo de reitora.

A nova gestora da Ufersa obteve 18,33% dos votos na eleição e ficou na terceira colocação, atrás dos professores Rodrigo Codes, o mais votado, com 35,55% dos votos; e Jean Berg, o segundo, com 24,84%.

Ele desejou sucesso à nova reitora, que deve assumir em 8 de setembro. Assim que Bolsonaro fez o anuncio, várias manifestações contrárias à nomeação de Ludmilla foram publicadas nas redes sociais.

Apesar do desrespeito ao processo democrático, Bolsonaro se ateve aos nomes da lista tríplice enviados ao Ministério da Educação. Desde que assumiu, o presidente já afirmou em várias oportunidades que discorda da autonomia da comunidade universitária no processo de escolha dos reitores. O governo dele também vem tirando poder dos gestores das universidades.

“A senhora tem um grande papel pela frente. Quem liberta o homem e a mulher é o conhecimento”, declarou.

O caso na Ufersa remete à intervenção do Ministério da Educação no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, nomeando o interventor Josué de Oliveira para o cargo de reitor. O escolhido sequer participou das eleições, indicado pelo deputado federal Girão Monteiro. A comunidade acadêmica elegeu o professor de Educação Física José Arnóbio de Araújo, que tenta reverter o golpe na Justiça.

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