Saiba tudo a respeito da conferência sobre mudanças climáticas

 
De Bonn, Alemanha, Matheus Goto especial para os Jornalistas Livres
Colaboração: Christian Braga / Jornalistas Livres
Fotos: Matheus Goto

O ano de 2017 foi marcado por diversas catástrofes naturais. Na Europa com a intensa onda de calor, as queimadas deixaram cerca de 100 mortos e danos em centenas de milhares de euros. Na Ásia e na América do Sul, grandes enchentes catastróficas. Na América do Norte e nas ilhas britânicas, furacões. No Brasil, o maior problema é a perda do patrimônio natural brasileiro, principalmente através do desmatamento como, por exemplo, o que aconteceu na última semana na Chapada dos Veadeiros onde forte incêndio destruiu 28% da unidade de conservação ambiental, a maior queimada da história do parque, com 66 mil hectares destruídos. E o responsável permanece desconhecido.

Nesta segunda (6), começa a Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP) na cidade de Bonn, Alemanha. O evento reúne líderes e chefes de Estado de 196 países do mundo para poder discutir sobre as mudanças climáticas.

Foto: Mattheus Goto

Quem preside a conferência é o primeiro ministro de Fiji, Frank Bainimaram, pequena ilha do Oceano Pacífico cuja existência é ameaçada pela elevação dos mares devido às mudanças climáticas.

Desde 2015, com o Acordo de Paris na COP 21, a meta proposta é que o aumento da temperatura média anual não ultrapasse 2°C, até 2030, através da diminuição da emissão de gases poluentes de cada país envolvido. Mas em nenhum momento foram traçadas metas que esclareçam como atingir isso. O Acordo terá início em 2020 e os países, então, devem se encontrar anualmente para consultar e abordar as mudanças ocorridas em sua respectiva situação.

Foto: Mattheus Goto
O Brasil é um dos países cruciais no debate de mudanças climáticas no mundo – e diversos ambientalistas e líderes estão acompanhando e participando do evento.
A liderança indígena brasileira Sônia Guajajara na mesa “Papel dos povos indígenas e expectativas no Brasil” – Foto: APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil)

Um grupo de lideranças indígenas brasileiras também chegou a Bonn para participar da COP23, após período na Europa em que discutiram agendas com ‘Os Guardiões da Floresta’, grupo que reúne líderes indígenas da Mesoamérica, da Bacia Amazônica e do Brasil, da Indonésia e da Bacia do Congo. A presença das lideranças indígenas é principalmente para dizer ao mundo que a proteção dos direitos indígenas é uma das soluções mais eficazes para combater o aumento das mudanças climáticas no Planeta.

A partir de hoje, os Jornalistas Livres trarão informações importantes sobre a conferência através de um colaborador que lá está.

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