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Energia

Chineses causam apagão

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No final da tarde do dia 21/03, houve um apagão que atingiu parte do Nordeste e Norte do Brasil. De acordo com a Companhia Energética do Maranhão (Cemar), a falha ocorreu por irresponsabilidade da Eletronorte (subsidiária da Eletrobras que está ameaçada de privatização) e também apontou erros na usina de Belo Monte (usina gerenciada pela State Grid, empresa chinesa que pretende adquirir um monopólio no setor elétrico mundial). A usina fez testes em horário comercial, arriscando a vida dos trabalhadores em energia e dos consumidores.

Com o arquivamento temporário da reforma da previdência, Temer e seus comparsas estão mais preocupados com os poucos bilhões que receberão com a venda do Sistema Eletrobras e deixou de investir e cobrar manutenção no sistema elétrico, precarizando o serviço para a população brasileira que pagará a conta de energia ainda mais cara por 30 anos.

Saiba mais sobre o caso da Eletrobras:

https://bit.ly/2pwodBI

https://bit.ly/2Ikzw7R

https://bit.ly/2z1HMIX

https://bit.ly/2mrGj8Q

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Energia

INSTALAR USINA NUCLEAR EM ITACURUBA FERE A CONSTITUIÇÃO

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por Daniel Filho

O sertão de Pernambuco, especificamente a cidade de Itacuruba, com uma população de 4.754 pessoas (de acordo com IBGE 2015), além da pandemia convive, ainda, com a possibilidade de se ver materializar em seu território a construção de um complexo com seis reatores nucleares.
O debate perdura ainda que contrariando a própria Constituição do Estado de Pernambuco que em seu artigo 216 reza:

“Fica proibida a instalação de usinas nucleares no território do Estado de Pernambuco enquanto não se esgotar toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica e oriunda de outras fontes”.

Conversamos com Célio Bermann, professor associado do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo que nos aponta: o Estado está longe de esgotar as possibilidades de geração de energia. Nas suas próprias hidrelétricas é possível, a um custo 20 vezes menor da construção do complexo de usinas, garantir a metade dessa produção energética:

“Meus cálculos sobre o investimento necessário para colocar as oito turbinas e os oito geradores faltantes nas usinas hidrelétricas de Itaparica e Xingó, se tiver água suficiente para tanto no rio São Francisco:

Itaparica: quatro turbinas de 250 MW cada – 600 milhões de dólares

Xingó: quatro turbinas de 500 MW cada – 1 bilhão e duzentos milhões de dólares

Ou seja, para se ter quase a metade da energia das usinas nucleares que querem construir em Itacuruba ou em qualquer outro lugar nas margens do São Francisco (3.000 MW contra 6.600 MW) vai se gastar um total de 1 bilhão e oitocentos milhões de dólares, contra 36 bilhões de dólares.
Ou seja: vinte (20) vezes mais barato.
E sem precisar fazer nenhuma grande obra, bastando motorizar as duas usinas colocando as oito turbinas e os oito geradores faltantes.”

No próximo sábado (4 de Julho) o canal “Conexão Xô Nuclear” fará uma roda de Conversa Antinuclear que contará com a participação do relator da PEC em discussão na Assembleia, Deputado João Paulo (PCdoB) e Anivaldo, presidente do Comitê da Bacia do Rio São Francisco.
A partir das 16H00min no YouTube e Facebook:

https://www.youtube.com/ConexãoXôNuclear

https://www.facebook.com/XoNuclear/live

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Ação Humanitária

A luta ambiental dos índios Tuxás contra o retrocesso da usina nuclear

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tuxas contra usina nuclear

Com a promessa de empregabilidade em uma região carente e que já sofreu uma tragédia, quando na década de 1980, a construção da barragem de Itaparica, inaugurada em 1988, inundou todo o território das cidades de Itacuruba, Petrolândia e Rodelas, atingindo assim as comunidades indígenas e quilombolas, o Governo Federal vem prometendo mundos e fundos para a pequena população de menos de 5 mil habitantes da cidade de Itacuruba.

 

 

Sobre a inundação, no livro “Tuxá, os Índios do Nordeste, o autor Orlando Sampaio lembra o fato: “Com a cidade de Rodelas, ficaram sob as águas as habitações e as ilhas dos índios Tuxá. A ilha da Viúva, a mítica terra em que esses índios faziam a agricultura e praticavam seus rituais, tornou-se um acidente histórico submerso no lago.”

Viajamos até lá e entrevistamos várias pessoas de comunidades indígenas, quilombolas e das cidades de Itacuruba e Floresta, onde se concentra o movimento da igreja católica que é contrária a construção da Usina Nuclear com seis reatores na região e que conta com dois lobistas do Governo Federal e Estadual respectivamente: Fernando Bezerra Coelho, senador (MDB) e Alberto Feitosa, deputado estadual (SD).

 

tuxas contra usina nuclear

Entrada do aldeia do povo Tuxá, em Itacuruba, Pernambuco

Em breve traremos novas entrevistas sobre um assunto tão absurdo e surreal, pois é totalmente na contramão da tendência mundial, que é desligar todas as Usinas Nucleares, a exemplo da Alemanha e Japão, que já vem nesse processo há alguns anos, mas que se tratando de desgoverno Bolsonaro, a gente até entende.

Videorreportagem: Sergio Gaspar, Veetmano Prem, Daniel Barros e Eduardo Nascimento

Texto: Rodrigo Pires

#XôNuclear #Itacuruba #UsinaNuclear #Pernambuco

LEIA MAIS EM NOSSO SITE SOBRE O PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA USINA NUCLEAR EM PERNAMBUCO

Carta de Floresta, 06 de novembro de 2019

BACURAU E ITACURUBA: A HISTÓRIA SE REPETE, A PRIMEIRA COMO FICÇÃO, AMBAS COMO TRAGÉDIAS

*Essa matéria faz parte de uma série de reportagens que iremos fazer a respeito da construção do complexo nuclear em Itacuruba, sertão de Pernambuco. Para viabilizar nossas viagens, estamos realizando campanhas boca a boca em Recife, junto aos parceiros que podem de alguma forma, contribuir para o bom jornalismo.

Patrocinadores:

FETAPE – Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco

Mandato do Vereador Ivan Moraes (PSOL)

SINDSPREV – Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco

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Campinas

Guilherme Estrella fala sobre o Pré-sal em palestra na Unicamp

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Guilherme Estrella, geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras entre os anos de 2003 e 2012
” Energia é questão de soberania ou dependência. O que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia”, apontou o geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, em palestra realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP.

 

Na última terça-feira (5), a UNICAMP recebeu o Guilherme Estrella, geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras entre os anos de 2003 e 2012, é considerado o “Pai do Pré-Sal”, rótulo que rejeita, exaltando a equipe superqualificada com quem ele trabalhava. “Era como ser o técnico da seleção brasileira de 58. Só precisava fazer um pedido: ganhem o jogo”, disse.

Estrella começou sua fala exaltando as qualidades naturais do Brasil: “Temos a maior floresta tropical do mundo. Somos o país mais bem servido de recursos hídricos. Os dois maiores aquíferos do mundo estão no Brasil. Temos uma produção agrícola que nos coloca como segundo maior produtor de alimentos do mundo. E também somos muito ricos em minérios, sendo a maior província mineral do planeta”.

Em seguida, ele começa a demonstrar a relação do acesso a fontes de energia e desenvolvimento de Estados ao longo da história. Começando com a revolução industrial na Inglaterra, propiciada pelo acesso ao carvão mineral. Num segundo momento os EUA descobrem petróleo e em seguida se tornam potência mundial. Enquanto que a primeira fonte de energia do Brasil foi a eletricidade. Então já percebemos que nosso desenvolvimento foi tardio em relação a essas grandes nações.

Então, devido a muita luta política chegou o fim a política café com leite com a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Com ele construímos a Companhia Siderúrgica Nacional, a Eletrobrás e a Petrobrás, além de diversas outras empresas estatais. A partir de então, com um esforço 100% do Estado brasileiro, começamos a desenvolver tecnologias e entender a geologia do nosso país, o que muitos anos depois resultou no descobrimento do pré-sal, em 2006.

No momento do descobrimento do pré-sal, nenhuma empresa queria assumir o risco exploratório de desenvolver estas áreas tão desafiadores. Quem assumiu esse risco foi a Petrobras. Foram instituídas duas formas de explorar e produzir o pré-sal: o regime de partilha, onde nas licitações promovidas pela ANP, a empresa vencedora será aquela que oferecer ao Estado brasileiro a maior parcela de petróleo e gás natural (ou seja, a maior parcela do excedente em óleo), e a Cessão Onerosa que é um contrato celebrado entre a Petrobrás e a União através do qual a empresa adquiriu pelo montante total de R$ 75 bilhões o direito de produzir um volume total de 5 bilhões de barris de petróleo equivalente a partir de seis áreas onde a estatal já havia conduzido estudos exploratórios.

Na quarta-feira (6) aconteceu o leilão do excedente da cessão onerosa. Considerando a descoberta posterior de volumes superiores ao limite do contrato, de cinco bilhões de barris, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a ANP a licitar esse excedente, no regime de partilha da produção, na Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa.

O valor de R$ 106 bilhões inicialmente apresentado pelo governo como sendo algo maravilhoso não é bem assim. A rodada do “excedente da Cessão Onerosa” leiloará uma área que possui um volume de 6 a 15 bilhões de reservas provadas, ou seja, reservas com uma probabilidade de 90% de que serem produzidas. Nesse caso, praticamente não há risco exploratório. Portanto, estão entregando praticamente de graça uma das maiores riquezas do mundo. Enfático, Estrella disse que a energia não é mercadoria, é questão de soberania ou dependência. E o que estão fazendo com a Petrobras não é privatizar; é desnacionalizar o que nos garante a soberania, de forma a nos colocar de volta na condição de colônia.

Das quatro áreas, duas foram concedidas, e pelo lance mínimo. Quem levou foi a própria Petrobrás, com a arrecadação de R$ 69,9 bilhões dos R$ 106 bil que o governo esperava arrecadar. Ontem (7), a Petrobras, também em sociedade com uma estatal chinesa, fechou o contrato por R$ 5,05 bilhões dos R$ 7,8 bi previstos.

Para concluir a palestra, Estrella afirmou: “Nós, petroleiros, sozinhos, dificilmente enfrentaremos essa parada com perspectiva de êxito. Nós temos que ter a sociedade ao nosso lado. Temos que convencer o cidadão brasileiro que ele é proprietário disso. Quando você entrega o pré-sal, quando você vende uma refinaria brasileira, nós estamos vendendo uma riqueza que pertence ao cidadão brasileiro”.

 

Assista à palestra “Território e energia: geologia do pré-sal e geopolítica do petróleo”, com Guilherme Estrella realizada no Instituto de Geografia da Unicamp, em Campinas/SP

https://youtu.be/8J3Z4uGW-RU

 

Com informações:

Geopetro – Coletivo de Geopolítica do Petróleo da Unicamp.

Facebook.com/geopetrounicamp

Instagram: @geopetrounicamp

Twitter: @geopetrounicamp

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