Por Zelio Prata, especial para os Jornalistas Livres
Ontem, dia 29 de setembro de 2018, foi um dia importante na história brasileira. Falta, hoje, uma semana para o primeiro turno de uma das eleições mais emblemáticas desde de a redemocratização.
Desde 2013 o Brasil viu suas ruas serem tomadas como espaço de disputa política institucional (toda forma de ocupação da rua é uma ocupação política). Lá em junho de 2013 fizemos coro com o mundo pautando a necessidade de um país mais igual em direitos e vivências. Veio julho, do mesmo ano, e as pautas de corrupção e repudio indiscriminado a qualquer saída partidária substituiu o anseio original. Desde de então já passamos pelo #nãovaitercopa #foradilma #nãovaitergolpe #foratemer, todos disputados na rua por grupos diferente e distantes.
Ontem (29/09) foi a vez do #EleNão. Ainda está cedo para avaliar os efeitos eleitorais do ato, mas não é difícil afirmar que seus efeitos simbólicos foram grandes.
Um ato chamado por mulheres que dizem não!
Não sou menos.
Não ganho menos.
Não vou ficar calada.
Não vou ficar no lar.
Não vou fazer o que quer.
Não vou obedecer.
Ontem elas disseram não em mais de 100 cidades brasileiras e mais de algumas dezenas de cidades pelo mundo. Mas, e sem precisar usar alguma #, elas falaram mais que não! Disseram sim também.
Sim, eu decido por mim.
Sim, eu tenho voz.
Sim, eu escolho.
Sim, eu mando.
Sim, nós somos.