O candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em sessão oficial da Comissão Especial da Câmara sobre Reforma Política, no dia 05 de maio de 2011, que é homofóbico e que tal traço de sua personalidade é de conhecimento público.
“Por eu ser homofóbico, o senhor citou esse nome aí“, afirmou o então deputado federal pelo Partido Progressista (PP-RJ), conforme consta nas notas taquigráficas da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro proferiu a afirmação em resposta a uma fala do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que tinha dito “Ministro, aproveitando o seu intervalo, quando V.Exa. citou o Rei Ludwig, na disputa com Bismarck, dizendo que inclusive ele era homossexual, foi a hora em que o Deputado Bolsonaro entrou correndo na sala”.
Ivan Valente se referia a uma passagem do discurso de Nelson Jobim, na época Ministro da Defesa, recordando uma disputa ocorrida na Alemanha pré-nazista: “Lembrem-se da disputa de Bismarck com Ludwig, que foi Rei da Baviera, um maluco que era muito ligado ao Wagner, homossexual inclusive.”
Bolsonaro, então, pediu a palavra para advertir Ivan Valente para que não tentasse relaciona-lo a qualquer temática envolvendo homossexuais. Sua fala completa foi: “Por eu ser homofóbico, o senhor citou esse nome aí. Não procede o que ele está pensando que eu sou”.
“Sou preconceituoso, com muito orgulho”
Dois meses após a declaração no Congresso, Bolsonaro deu uma entrevista à Revista Época reafirmando seu preconceito de gênero.
Ao ser questionado sobre o limite entre liberdade de expressão e ofensa, quando trata de homossexualidade, Bolsonaro defendeu sua luta contra o kit gay e afirmou que “certamente não acredito que nenhum pai possa se orgulhar de ter um filho gay”.
Em outra passagem da entrevista, o candidato à presidência da República disse que “a maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em áreas de prostituição e de consumo de drogas, inclusive em horários em que o cidadão de bem já está dormindo”.
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