Jornalistas Livres

Boletim #1 da Venezuela: o ataque imperialista dos EUA durante a pandemia de Covid-19

Por Bruno Falci e Clara Luiza Domingos, do Jornalistas Livres

O Jornalistas Livres estreou o Boletim Semanal da Venezuela com o objetivo de informar ao público fatos e análises sobre a Venezuela, que não chegam pela grande mídia, dando voz à lideranças que possam expor os problemas vividos pelos venezuelanos diariamente, em função dos ataques imperialistas por parte dos EUA, que estão se intensificando durante a pandemia do Covid-19. O Boletim Semanal da Venezula é transmitido ao vivo, todas as quintas-feiras, às 16h30 (horário de Brasília).

O convidado recebido pelos jornalistas Bruno Falci e Clara Luiza Domingos para o Programa #1 foi o Secretário Geral do Comitê de Solidariedade Internacional (COSI), Gabriel Aguirre, que apresentou um panorama geral sobre a situação política atual da Venezuela e as ações do governo de Nicolás Maduro para ajudar a população a enfrentar a pandemia.

No fim de Março, enquanto todo os países do mundo tomavam medidas de emergência para combater a Covid-19, o governo dos Estados Unidos anunciou que enviaria forças navais para as proximidades da Venezuela e ofereceu uma recompensa de $15 milhões por informações que levassem à captura do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A justificativa é a acusação de que o líder popular teria envolvimento com narcotráfico. 

Os argumentos são fortemente rebatidos pelos cidadãos e governo da Venezuela. De acordo com Gabriel Aguirre, “a agressão que tem se desenvolvido contra a Venezuela tem um objetivo central: o controle dos recursos estratégicos que possui nossa nação. Venezuela é a principal reserva de petróleo a nível mundial, quarta reserva de Gás a nível mundial, a segunda maior reserva do minério coltan no mundo, além dos recursos energéticos, minerais e aquífero”, rebate Gabriel.

O histórico de ataques dos Estados Unidos à Venezuela é longo. O país sul-americano tem sido um entrave para as políticas imperialistas dos Estados Unidos na América Latina desde as eleições presidenciais que levaram Hugo Chávez à presidência, em 1998. O presidente militar, socialista, iniciou uma nova página na história da Venezuela, comprometido com a justiça social, soberania nacional e integração dos povos e nações periféricas do mundo e da
América Latina. 

“Venezuela, nos últimos anos, com o presidente Chávez, no marco de integração regional, representou um polo de contenção aos planos hegemônicos do imperialismo sobre a América Latina. Todas as iniciativas que se desenvolveram na Venezuela, com o objetivo de impedir a continuidade do financiamento dos Estados Unidos no continente, serviram para a agressão se intensificar”, lembra Aguirre sobre o início da década de ouro da América Latina, quando Chávez inaugura um novo período marcado pela eleição de governos progressistas no Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador, Paraguai, Honduras, Nicaragua e El Salvador. 

Gabriel relembra que o processo de tentativa de desestabilização do governo venezuelano também se repetiu em outros desses países do continente que tomaram medidas na disputa continental pela “liberação do povo latino-americano, após o marco iniciado por Chávez”, como ele afirma. “Lembremos de Lula, no Brasil; Nestor Kirchner, na Argentina; Fernando Lugo, no Paraguai; Manuel Zelaya, em Honduras. Isso é o que o imperialismo não tem perdoado por todos esses anos na Venezuela, por isso a ferocidade em níveis muito incrementados da agressão que se expressa em todos os âmbitos: político, econômico, diplomático e militar”, completa.

O Boletim #1 da Venezuela foi transmitido ao vivo pelo Facebook e Youtube do Jornalistas Livres, na última quinta-feira (16/04), e continua disponível para acesso. Acompanhe as notícias de Caracas:

https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/907163233078392/

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