Jornalistas Livres

Autor: Katia Passos

  • Ao Vivo, Direto da região da Luz, SP imagens da Cracolândia. Usuários estão sendo atacados pela GCM desde o início da manhã desta quinta (9)

    Ao Vivo, Direto da região da Luz, SP imagens da Cracolândia. Usuários estão sendo atacados pela GCM desde o início da manhã desta quinta (9)

    Reportagem de Laura Capriglione, especial dos Jornalistas Livres

     

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/326329621365609/?notif_id=1557320845524826&notif_t=live_video_explicit

  • Minha arma, sua vida em risco: o forte mais fortão que o fraco armado

    Minha arma, sua vida em risco: o forte mais fortão que o fraco armado

    Disse o presidente: “Toda a política desarmamentista que começou lá atrás no Fernando Henrique Cardoso até hoje, o resultado foi a explosão do número de homicídios e mortes por arma de fogo. Com toda certeza, dessa maneira, nós vamos botar um freio nisso”.

    Infelizmente, o presidente está sendo mal assessorado por alisadores de maçaneta que parecem explorar sua ingenuidade ou mesmo boa fé. O projeto de flexibilização do porte de armas proposto não tem como colocar freio na violência.

    Ao contrário, poderá destravar a economia do crime, uma vez que a flexibilização do porte de armas reduz os custos da atividade criminosa barateando as formas de acesso, seus meios e modos de ação. Fará a felicidade dos consultores de armas que operam nas fronteiras entre o clandestino, o ilegal e o informal. Os domínios armados tendem a ficar mais animados já que a corrida armamentista para sustentar seus monopólios político-criminosos ficará mais barata, permitindo maximizar o potencial opressivo com menor gasto nos confrontos armados entre eles e deles com a milícia e a polícia. Poderá, assim, estimular o empreendedorismo criminoso, incluindo aí as consultorias dadas ao crime por agentes da lei e por oportunistas que fazem dos tiroteios a publicidade macabra dos seus negócios da insegurança.

    Pode-se abrir novas frentes de exploração no mercado de ilícitos, que se estruturam na produção armada de ameaças para vender proteção, sabotando os esforços de produção de segurança pública. Poderá, também, facilitar a instauração de um regime de convivência, conveniência e conivência com a corrupção e, por óbvio, o fortalecimento de governos autônomos ilegais que já exercem o controle armado sobre territórios e exploram, em acordo com integrantes das forças públicas, os serviços essenciais (luz, água, gás, internet, transporte, etc.). Favorecerá a vigilância clandestina, um tipo “uberização da segurança particular” promovendo ainda mais a precarização do trabalho de vigilância privada.
    Tenderá a aumentar os riscos de vitimização fatal, uma vez que o cidadão armado, reativo e em situação de defesa, está sempre em desvantagem tática diante do ataque surpresa de um criminoso. A arma na mão do cidadão só dá vantagem quando ele se torna proativo, provocativo e ainda tem a surpresa ao seu favor já que ele mesmo criou a situação na qual vai intervir. Assim, a vantagem no uso da arma pessoal para uma pessoa comum só acontece quando ela responde à bala àquelas situações que ocorrem em um perímetro bem pequeno, com boa visibilidade e pouca movimentação. Estas situações são exatamente os conflitos interpessoais envolvendo conhecidos, parentes e próximos, em casa, na vizinhança, arredores, etc., nas quais se tem tempo para construir soluções não violentas que não seja a da valentia com arma na mão. O próprio presidente sabe disso, uma vez que, mesmo armado, foi rendido durante o assalto que sofreu.

    A cidadania armada não tem como produzir equivalência de força entre os indivíduos que são desiguais em direitos e no acesso aos recursos de defesa pessoal. No Brasil, a arma seguirá tendo classe, renda, cor, gênero, etc. E, por isso, servirá, sobretudo, para afirmar privilégios constituídos e garantir que o mais forte siga ainda mais fortão do que o fraco armado. Cabe lembrar, por exemplo, que a convivência no trânsito no Brasil já é violenta e poderá se tornar ainda mais violenta com motoristas armados de cabeça quente, corações aflitos e dedos nervosos. A cidadania armada no Brasil tende a produzir soluções ainda mais violentas uma vez que no dia a dia os cidadãos são vistos e se percebem como desiguais. Tal decreto ilude o cidadão e faz a festa da indústria da arma, do “crime organizado”, dos agentes da lei oportunistas que usam o mandato público para os seus fins privados, e daqueles valentões que acham que são donos de pessoas, lugares e coisas e que podem mandar bala a quem se opuser ao seu mandonismo.

    Armar o cidadão permitirá uma escalada crescente de força pela polícia. Diante da reação armada ou da expectativa da reação de qualquer cidadão, a polícia estará previamente autorizada a subir os gradientes de força antecipadamente para garantir proporcionalidade no emprego de meios diante da ameaça posta e para sustentar sua sobrepujança repressiva. A polícia acumulará mais trabalho diante do aumento de ocorrências críticas envolvendo armas de fogo e, com isso, incapacidade de pronta resposta a estas situações diante da sobrecarga de trabalho. Tende a se tornar cada vez mais uma polícia do depois que a troca de tiros aconteceu. E, mais, tenderá a exaurir mais rapidamente seus recursos e capacidade repressivos, tornando-se pouco capaz de responder às situações de risco, incerteza e perigo nas ruas ou nas casas.

    A professora Jaqueline Muniz

    E, não menos importante, o decreto desvaloriza a polícia como instituição profissional no uso potencial e concreto de força comedida, ao mesmo tempo que exalta e sobrevaloriza aqueles integrantes que odeiam a polícia porque odeiam os limites que o estado da arte da profissão policial e da governança de polícia impõem. Estes oportunistas, promotores da máxima “quanto mais tiro, porra e bomba melhor para nós” são aqueles que querem “mais liberdade para agir”, isto é, querem estar mais livres para transformarem a carteira de polícia e o poder de polícia concedidos pela sociedade em uma fonte de negócios particulares e ilegais, como as milícias e os consórcios com grupos criminosos. Em verdade, o decreto favorece aqueles grupelhos de agentes da lei que necessitam que a polícia se enfraqueça e se desmoralize, que precisam que a segurança pública siga como um desastre para que possam ampliar sua influência e seus lucros no promissor mercado da insegurança chancelado poder público e, ainda de quebra, posarem de heróis dos crimes que eles mesmos inventaram, ganhando medalhas de honra ao mérito.

    Jacqueline Muniz – professora do DSP/INEAC/UFF

  • Religiões de matriz africana exigem visita de órgão internacional de direitos humanos ao Brasil

    Religiões de matriz africana exigem visita de órgão internacional de direitos humanos ao Brasil

    Do Portal Alma Preta

    Texto / Pedro Borges | Imagem / Marcelo Camargo/Agência Brasil | Edição / Simone Freire

    A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) preparou um documento em que requerem uma visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil para conhecer a realidade de violência a que estão submetidos os praticantes das religiões de matriz africana no país.

    Intitulado “Dossiê sobre violações de direitos humanos contra as religiões de matriz africana no Brasil”, o documento será apresentado por representantes da rede nesta quinta-feira (9), depois da audiência “Sistema Penal e denúncias de violações dos direitos das pessoas afrodescendentes no Brasil”, que acontece na cidade de Kingston, na Jamaica.

    O material apresenta um panorama atual e um histórico das violações de direito contra as religiões afro no país. A Renafro recorda ao longo do texto que as religiões não-católicas foram descritas como “feitiçaria” durante o período colonial do Brasil e o termo “curandeirismo” ainda é mantido no artigo 284, da lei 2.848/1940, do Código Penal, legislação ainda vigente.

    Os representantes das religiões de matriz africana também apontam com preocupação para o fortalecimento da “bancada evangélica” e a participação dos grandes veículos de comunicação na disseminação de ódio contra os cultos afro-brasileiros.

    No campo midiático, o programa Record News, da TV Record, foi condenado a apresentar quatro programas sobre as religiões de africana depois da emissora ter sido acusada de apresentar conteúdo discriminatório sobre os cultos afro-brasileiros. O processo circulava há 15 anos na Justiça.

    Diante dessas acusações, a Renafro pede que a CIDH exija do Estado brasileiro informações sobre os casos de violações de direitos humanos contra as religiões afro e as medidas que têm sido adotadas para conter essas ofensivas. O documento exige ainda a formulação de recomendações, um relatório, da CIDH para o Estado brasileiro que aprimore a proteção dos direitos humanos do grupo.

  • Há 39 anos a Ditadura condenava Lula ao cárcere

    Há 39 anos a Ditadura condenava Lula ao cárcere

    Atividade lembra os 39 anos da 1a prisão política do ex-presidente Lula em 1980, na época da Ditadura, quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ato acontece agora no Memorial da Resistência, centro de São Paulo.

    A Transmissão ao vivo é do repórter Cadu Bazilevski, Jornalistas Livres

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/366549983960272/

  • Brasil, 18 de abril de 2019, 400 dias sem resposta

    Brasil, 18 de abril de 2019, 400 dias sem resposta

    A viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), Mónica Benício, arquiteta e militante de direitos humanos publicou nesta quinta (18), em suas redes, um vídeo denúncia que lembra os 400 dias sem resposta sobre os mandantes do crime. 

    Relembrar nunca é demais. Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, moradora da Favela da Maré, foi assassinada em 14 de março de 2018,

    após sair de uma atividade cultural e política. Atiradores fuzilaram o carro onde ela estava junto com o motorista Anderson Gomes que também foi executado e uma assessora que sobreviveu ao extermínio.

     

    Brasil, 18 de abril de 2019
    400 DIAS SEM A RESPOSTA PARA A PERGUNTA: QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?
    400 dias sem Ela.
    400 dias de negligência.
    400 dias de vergonha nacional.
    400 dias sem resposta.
    #QuemMandouMatarMarielle

     

    https://www.instagram.com/jornalistaslivres/p/Bwa_pcSnlVQ/?utm_source=ig_share_sheet&igshid=1m8viukpspy5f

  • 16 votos cassam mandato de Átila Jacomussi (PSB), prefeito de Mauá, ABC Paulista

    16 votos cassam mandato de Átila Jacomussi (PSB), prefeito de Mauá, ABC Paulista

    Com informações de Igor Santos, para os Jornalistas Livres 

    Numa sessão de mais de sete horas e com 16 votos favoráveis ao impeachment, Átila Jacomussi (PSB) foi cassado em sessão que ocorreu nessa quinta-feira (18/04) na Camara Municipal de Mauá, cidade do ABC de São Paulo. Todo o processo se iniciou no da gestão depois que investigações ligavam Átila e seus assessores a um esquema de desvio de dinheiro destinado a merenda da rede municipal de educação em Mauá.

    O prefeito cassado foi denunciado suspeito por roubar recursos destinados para a merenda das escolas de Mauá. Preso em maio de 2018, na operacão chamada Trato Feito, foi liberado um mês depois, e preso novamente em dezembro do ano passado. Em fevereiro deste ano ele voltou à Prefeitura de Mauá.  Essa operação investigou 22 dos 23 vereadores da cidade sob suspeita de corrupção. À época, o responsável pela liberdade de Jacomussi foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

    Átila tem agora o direitos políticos cassados e fica impedido de exercer cargo público até 2024.

    Vale registrar que a prefeita que assumiu interinamente o lugar que era de Átila, Alaíde Damo ((MDB) também é alvo de investigações devido a indicação de parentes para cargo comissionado na SAMA ( empresa municipal de esgoto e distribuição de água). Se não for cassada, o mandato vai até 2020.

    O Partido de Jacomussi, o PSB, partido socialista brasileiro ainda não se pronunciou.

     

    Os votos

    Os vereadores Adelto Cachorrão, Dr. Cincinato, Fernando Rubinelli, Chico do Judô, Chiquinho do Zaíra, Marcelo Oliveira, Tchacabum, Jotão, Melão, Manoel Lopes, Ivan, Irmão Ozelito, Prof. Betinho, Samuel Enfermeiro, Sinvaldo Carteiro e Neycar votaram pela cassação de Átila.

     

    Família e política

    Atila Jacomussi tem 41 anos e é filho do atual vereador de Mauá, Admir Jacomussi. Ele e sua família já estão na política há muito tempo.

    Em 2012, Átila candidatou-se a prefeito, obtendo 26.520 votos, mas pegou o terceiro lugar. No ano seguinte, assumiu a Superintendência da autarquia SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá)  Em 2014, candidatou-se a deputado estadual pela primeira vez, elegendo-se com 62.856 votos em todo o estado, obtendo cerca de 40 mil votos somente em Mauá, tornando-se, assim, o deputado estadual mais votado de sua história.