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Professor presente, presidente!

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Elisa Lucinda

Um professor é uma espécie de tutor, condutor, padrinho, uma espécie de pai e mãe porque é também responsável pelo que provoca na cabeça das crianças e jovens aos quais ensina. Quem não lembra de um bom professor? Aquele que marca, aquele com quem a gente realmente aprendeu, aquele que a gente esquecia até da hora de acabar a aula? Esta crônica é para este artista, este revolucionário que foi acusado injustamente de querer ensinar pornografia ou qualquer coisa que o valha às crianças. A mentira do kit gay ofende professores e professoras deste país e foi irresponsavelmente inventada. Nenhum adulto pensante, que reflete, que analisa, que tem sentimento é a favor do incesto e de qualquer ato que macule ou maltrate a inocência infantil. Peço respeito a esses que, graças ao plano de carreira e à nutrição dada às instituições federais de ensino no país durante a gestão do Ministério da Educação do professor Haddad, puderam experimentar melhores salários e melhor preparação para exercer com competência tão preciosa profissão. Peço respeito a esses que, em sua maioria, são negros e todos, sem distinção, professores e professoras gays, lésbicas, héteros, e de qualquer etnia, os que se lançam na revolução diária de inspirar cidadãos a pensar seu bairro, sua cidade, seu país.

Valéria Falcão é uma cidadã de primeira grandeza, não pôde completar os estudos. Foi criada na Baixada e no entanto, inteligente, tratou de desenvolver o hábito da leitura e foi ampliando seus pensamentos. É empregada doméstica da minha casa e sua filha é defensora pública, formada na Cândido Mendes: “Ah, Elisa, eu estou trabalhando incansavelmente virando voto. Pobre vai votar em Haddad, sabia? Eu falei pro meu cunhado: suas filhas são engenheiras pelo ProUni! Quando é que você teria dinheiro para comprar livros caros e pagar mensalidade de faculdade de rico? Você é Haddad e não sabe, tô com pena de você. Ridículo isso, vai votar num homem que não gosta de gente da nossa cor!? Depois de velho virou suicida? Não é que ele mudou de voto, Elisa? O Brasil rouba desde quando descobriu o Brasil, agora o PT que virou o demônio da corrupção? Para de graça. Lá no meu bairro, mulher que eu sei que apanhou do marido estou indo pessoalmente falar. Outro dia encontrei o filho de uma prostituta que vivia na rua pelado, abandonado pela mãe com o nariz escorrendo. A mãe, coitada, dependente de crack. O menino conseguiu, não sei como, terminar os estudos, e agora faz faculdade de economia, você acredita? Mas sem ProUni seria impossível, eu falei pra ele: Dudu, estuda, vota no Haddad, para que você dê o exemplo para outros jovens e eles também possam estudar.”

Ouvi esse relato hoje, em plena segunda feira, dia do Professor e concluí que Val estava sendo mestra, provocadora de uma cidadania consciente do poder do voto. Em homenagem aos professores que me ensinaram a pensar e fizeram de mim a poeta que sou hoje, a artista construída em cima da palavra, voto a favor do povo. Não estou em campanha só a favor de um projeto coletivo de governo, eu estou contra o fascismo, um regime que considera vilão o grande Paulo Freire, o cara cobiçado e estudado pelas melhores universidades do mundo! Seu método de alfabetização a partir da realidade de cada criança ganhou fama e respeito no mundo e nós brasileiros estamos correndo o risco de colocar no poder quem diz que vai acabar com o pouco que há de Paulo Freire em nosso país. Estamos fazendo feio diante da comunidade internacional. Passando vergonha. Estava em São Paulo e veio o texto do taxista: “Você sabe que eu, mesmo que eu não quisesse eu tinha que ser Haddad, porque eu sou cearense e o homem construiu entre três cidades do sertão, com 11 km de distância uma da outra, uma universidade e uma escola politécnica, você acredita que isso influenciou tudo? Hoje meus sobrinhos não tiveram que vir para São Paulo tentar a vida no sudeste como taxista ou até como porteiro que nem meu cunhado. Não, eles agora estão chiques, fazem pós graduação, um vai dar aula na universidade agora. Não tiveram que deixar o Nordeste. Graças a que? Ao direito ao estudo. Minha sobrinha estudou numa universidade, por causa do ProUni, que ela jamais pisaria vinda de onde veio. Sem contar que foi no governo Lula que eu comprei a autonomia do meu carro e uma casa para mim. Seria cuspir no prato que comi, né?”

Na verdade, eu tomei aula de cidadania de duas pessoas simples, Val e esse taxista, mas, que no entanto, têm uma visão ampla do país e os dois sabem que a única forma de mudar o Brasil para melhor é investindo no professor e no acesso ao ensino por parte de todas as camadas da população. Há um túnel direto, embora invisível, entre o êxodo escolar e a prisão. Não queremos um país onde o professor não tenha importância. Amo o meu Brasil, sou patriota demais para votar em quem ameaça o meio ambiente, o compromisso com a bancada do boi, em quem promete encher de mais armas o país, o compromisso com a bancada da bala e proibir o ensino do darwinismo nas escolas, compromisso com a bancada da bíblia. Olavo Bilac, quando era criança, soprava nos ouvidos da gente: ama com fé e orgulho a terra em que nasceste, criança, não haverá país nenhum como este! Foi o que fiz. Na escola aprendi a lutar pela liberdade, a ler livros e as cenas da vida. É a minha capacidade de interpretar textos que faz com que eu faça leitura dos acontecimentos, faz com que eu relacione o que se fala com o que se faz, faz com que eu identifique contradições e analise o que é melhor para todos, não só para mim. Certamente eu não quero um mundo bom só para mim. Por isso essa também é uma crônica de gratidão aos sonhadores, aos românticos professores que acreditam em seus alunos, que veem neles o bom cidadão e um consciente eleitor de amanhã. Minha gratidão por ter um professor candidato à Presidência da República do meu país. Alguém que, por vocação, sempre amou a escola. E quando pôde trabalhar pela educação, deixou sua marca criando muitas universidades e empoderando várias instituições federais para que pudessem fazer seu precioso serviço. Eu peço que, cada um dos que me leem agora, ofereçam o dia ao professor que lhe ajudou a ampliar sua visão sobre o mundo, que ensinou que o mundo não sou só eu e minha bolha, o mundo é de todos. Quem tem oportunidades iguais de ensino também terá de trabalho. Aos que estão desesperançosos, não caiam, a hora é essa. Tudo está em tempo, vire votos à sua volta, nunca é tarde. Agora é que é Haddad.

Elisa Lucinda, dia do professor, 2018.

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Nota da ABI – Bolsonaro mente na ONU e envergonha o Brasil

No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.

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No seu discurso na manhã desta terça-feira na Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para que o Brasil caminhe para se tornar um pária internacional.
Sem qualquer compromisso com a verdade, o presidente afirmou que seu governo pagou um auxílio emergencial no valor de mil dólares para 65 milhões de brasileiros carentes, durante a pandemia. O auxílio foi de 600 reais.
Bolsonaro mentiu
O presidente responsabilizou, ainda, índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e no Pantanal, que alcançam níveis nunca antes vistos no País. Todas as investigações, inclusive de órgãos oficiais, indicam que fazendeiros estão na origem das queimadas.
Como se vê, de novo Bolsonaro mentiu.
O presidente transferiu a responsabilidade para governadores e prefeitos pelos quase 140 mil mortos vítimas do coronavírus. Todo o país é testemunha de sua leviandade, ao classificar a pandemia de “gripezinha” e ir na contramão dos procedimentos defendidos pelas autoridades de Saúde.
Assim, mais uma vez Bolsonaro mentiu.
A ABI, com a autoridade de seus 112 anos de existência em defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional, repudia esse comportamento que vem se tornando recorrente e conclama o povo brasileiro a não aceitar o verdadeiro retrocesso civilizatório que o governo está impondo ao País.
Paulo Jeronimo – Presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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Sem papas na língua. Juliano Medeiros no Dialogando de hoje

Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

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Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? No Programa Dialogando desse domingo (26/07), 18h, o Pastor Fábio recebe Juliano Medeiros, presidente do PSOL para um papo sobre eleições e aprendizados da pandemia que passa por uma das fases mais críticas do momento, onde prefeituras e governos de vários Estados do país programam reabertura de mais uma parcela considerável de setores, enquanto isso, a mídia normaliza as curvas ascendentes do número de infectados pelo Coronavírus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é qual é o sentido das eleições serem realizadas ainda neste ano? Quais interesses políticos estão por detrás da próxima disputa eleitoral? Tudo isso e um pouco mais, sem papas na língua, como diz o Pastor Fábio. Vem!

Assista, compartilhe. comente e mande perguntas no Facebook.

Juliano Medeiros é um jovem dirigente político da esquerda brasileira e desde janeiro de 2018 ocupa a presidência do Partido Socialismo e Liberdade. Historiador e Mestre em História pela Universidade de Brasília, é Doutor em Ciências Políticas pela mesma instituição.

Co-autor e organizador de Um Mundo a Ganhar e Outros Ensaios (Multifoco, 2013), Um Partido Necessário – 10 anos do PSOL (Fundação Lauro Campos, 2015) e Cinco Mil Dias: o Brasil na era do lulismo (Boitempo, 2017), colabora com sites, jornais e revistas no Brasil e exterior.[2]

Em 2018 coordenou a campanha de Guilherme Boulos à Presidência da República pelo PSOL[3] e, no segundo turno, após decisão do partido, passou a integrar a coordenação da campanha de Fernando Haddad[4]. Desde a vitória de Jair Bolsonaro, participa do Fórum dos Presidentes de Partidos de Oposição[5].

Durante mais de uma década Juliano Medeiros foi dirigente da corrente interna Ação Popular Socialista – Corrente Comunista do PSOL. Em Junho de 2019, a APS-CC se fundiu com o Coletivo Rosa Zumbi e mais oito coletivos regionais para fundar a Primavera Socialista, atualmente maior tendência do PSOL, da qual Juliano também é dirigente.[6]

Fábio Bezerril Cardoso é Pastor, cientista social, ativista social e Cofundador & Coordenador da Escola Comum e atualmente apresenta o Programa Dialogando, todos os domingos, às 18h. É um dos pastores progressistas que têm lutado pela defesa dos povos periféricos e costuma não ter papas na língua para falar sobre a realidade desses lugares. A produção é de Katia Passos, com arte de Sato do Brasil.

Conheça mais sobre a atuação do Pastor Fábio https://www.facebook.com/fabio.bezerrilhttps://www.facebook.com/fabio.bezerril

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Hilário Ab Reta Awe Predzaw e a história de um povo, historicamente, moído pelo ódio ou indiferença

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Por Diane Valdez, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, militante do Movimento de Meninos(as) de Rua e Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno

 

 

Hilário Ab Reta Awe Predzaw, 43 anos, morador da Aldeia Xavante N. S. de Guadalupe, em Barra do Garças, Mato Grosso, morreu na madrugada de 18 de junho de 2020, vítima do descaso governamental que permitiu a chegada do Coronavírus em sua comunidade. Era aluno do 5º período do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Sua tia morreu há pouco mais de uma semana vítima do mesmo descaso, a mãe e seus dois irmãos, seguem contaminado pelo vírus, assim como outros Xavantes e outras pessoas de etnias indígenas de todo o Brasil.

Hilário entrou na UFG, pelo sistema de cota para indígenas, no ano de 2018. Chegou com o já conhecido atraso histórico de acesso dos povos originários no ensino superior, ainda que a UFG seja uma das universidades públicas que tem buscado cumprir com o direito de povos indígenas ao ensino universal, o acesso e a permanência ainda sofrem de fragilidade.

A trajetória de Hilário, na UFG, não se limitou às dificuldades ocasionadas pela pobreza, como muitos de nossas/os alunas/os enfrentam. A academia era um outro mundo, distante de sua comunidade, não só em quilômetros, como também em movimentos culturais, sociais e políticos. Talvez essa distância, o fazia um aluno reservado e observador, sem abrir mão da seriedade e interesse pelo conhecimento.

Era umas das lideranças de seu povo, portanto, sabia da responsabilidade que assumia frente a comunidade, ele seria um professor, um educador de seu chão, de sua gente. Hilário trabalhava em uma escola, com o formato de um Tatu Bola, na sua aldeia, trabalhava na área de serviços gerais, em breve voltaria como Professor!

No primeiro ano de curso, Hilário, na desconfiança de seu silêncio indígena, que não significava submissão, tentava se inserir no mundo acadêmico. Veio um tempo, que largou tudo e voltou para a aldeia, não por opção dele, mas por opção deste desgoverno que é incansável na destruição de direitos dos povos originários.

O Ministério da Educação e Cultura, suspendeu todas as bolsas de permanência para a população indígena e quilombola. Um grupo de alunas e professoras se juntaram, arrecadaram dinheiro e o trouxeram de volta para a Faculdade. Foi feita uma mobilização de docentes e discentes sensibilizados e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFG, cumprindo seu importante papel, disponibilizou uma bolsa e outros auxílios emergenciais.

Nessa ocasião, quando perguntado sobre o porquê de não falar nada dos problemas para colegas, e voltar para sua comunidade, Hilário disse que achava que ninguém sentiria falta dele.

No segundo ano, trouxe seu curumim para estudar em Goiânia, começou a trabalhar como intérprete na escola, acompanhando seu filho na dificuldade com a lingua. Era visível seu orgulho de exercer a função de intérprete. Lutou e enfrentou as diferenças que separavam as culturas e, como muitos, guerreou como seus ancestrais, para não perder seu lugar de legítima conquista.

No início da Pandemia, que começou junto com o semestre letivo, Hilário resistiu em voltar para sua comunidade, tinha medo das aulas retornarem e ele não estar presente na Faculdade, isso aponta o lugar que a UFG ocupava em sua vida. Quando percebeu que seu povo não estava acreditando na letalidade do vírus, retornou para alertar todos sobre o perigo. A UFG, cumprindo seu papel de instituição pública, providenciou o transporte para seu retorno no Mato Grosso.

Em maio, informou para duas amigas, que sua comunidade precisava de cobertores, pois fazia muito frio, e seu povo estava adoecendo. Elas mobilizaram, imediatamente, uma Vakinha On Line, onde arrecadou-se pouco mais de três mil reais, no entanto, como o total da arrecadação demora para ser liberado, emprestaram dinheiro e compraram os cobertores de forma mais hábil, enviando-os dia seguinte.

Os sintomas que atingia a comunidade, febre, falta de ar etc. já indicavam que era Coronavírus, no entanto, isso não foi motivo de interesse governamental, que poderia ter evitado o alastramento do vírus.

Ao apresentar os sintomas da doença, Hilário mostrou-se resistente em ir para o hospital, tinha dificuldade de aceitar o tratamento “dos brancos”. Acreditava nos rituais de seu povo, no tratamento natural que conhecia há tempos. Por outro lado, a histórica resistência dele, fazia todo sentido, pois sabemos como os povos indígenas são tratados neste país tão indígena que não se reconhece como indígena. Foi convencido a ir para o hospital e, na última conversa com as amigas em chamada por vídeo, estava muito escuro, e a família arrumou uma lanterna para as meninas verem o rosto dele, que disse para elas, em lágrimas, que estava somente suado, quando perguntado se estava com medo, disse que sim, que estava com muito medo…

A ida para o hospital foi acompanhado de longe pelas amigas, falavam sempre com a Assistente Social que afirmava que Hilário estava se recuperando, que receberia alta a qualquer momento. Nessa madrugada, ao pedirem informações sobre o amigo no hospital, alguém disse que alguém havia morrido, mas não sabia o nome. O nome de mais um número morto é Hilário Ab Reta Awe Predzaw, que deixou a mulher, filhos e todo seu povo Xavante.

O acesso dos povos indígenas ao ensino superior é recente, no entanto, é marcado por extrema coragem e resistência, pois o mundo acadêmico não é de todo um espaço acolhedor. Ainda que a dureza prevaleça na universidade, Hilário encontrou solidariedade e amizade na Faculdade de Educação, ainda que não seja uma solidariedade coletiva, foi construído uma rede de apoio, tanto de alunas/os, como também de docentes, isso pode ter aliviado sua dura estrada longe de seu chão.

Hilário não morreu porque “chegou a hora dele”, morreu por não ter o direito de ser mais um indígena, digno de necessários cuidados. Hilário, era um homem parte do “povo indígena”, um povo invisibilizado, injustiçado, espezinhado, humilhado e, odiado por este desgoverno.

Um povo com suas terras ameaçadas e roubadas pelo latifúndio, mortos por pistoleiros do agronegócio, ironizado e menosprezado por representantes deste desgoverno, ignorado por gente nativa que se acha descendente de europeus, machucados por todos que acham que universidade não é lugar de indígenas.

Não sei falar de fé, nem de ‘destino’, nem de coragem para aliviar o cansaço de um tempo incansavelmente dolorido. Ironicamente, para não dizer, funestamente, o tal ministro da educação, que afirmou odiar a expressão “povos indígenas”, ampliando seu descaso com a educação, revogou hoje [H OJ E], (19/06) a portaria assinada pelo ex-ministro de educação, Aluísio Mercadante, que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. Hilário, estaria fora da pós-graduação, se dependesse deste ser desumano.

Quando lanternas começaram a iluminar caminhos de direitos para esta população, no interior de nossas universidades públicas, ainda que timidamente, um furacão de perversidade em formato de governo, dá pontapés e pisa, moendo, as possibilidades de justiça. Feito bandeirantes, grupos genocidas a frente das decisões da nação, estimulam a morte em todos os formatos. Deixar que o coronavírus atue, sem controle, é a proposta de morte atual para os povos originários.

Como Hilário, temos medo, muito medo, mas agarremos as lanternas, e assumimos nosso lugar na defesa dos povos indígenas, não os condenando a escuridão, como muitos fazem.

Hilário Ab Reta Awe Predzaw presente!

Este texto foi escrito com informações coletadas com as alunas, companheiras de Hilário, da turma do quinto período de Pedagogia da Faculdade de Educação/UFG, Dorany Mendes Rosa e Raysa Carvalho.

A elas e a toda turma, meu carinho e solidariedade.

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