Jornalistas Livres

Tag: transporte

  • Como é andar de ônibus na região metropolitana de Belo Horizonte

    Como é andar de ônibus na região metropolitana de Belo Horizonte

     

    Prevista no artigo 1º, inciso III da Constituição Federal, constitui um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, inerente à República Federativa do Brasil.

    O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. Está elencado no rol de Principios Fundamentais da Constituição Brasileira de 1988.

    Porém, em Ribeirão das Neves, ou qualquer outro município que tenha o sistema de transporte administrado pela iniciativa privada, pode-se afirmar que a capacidade de dialogar sobre este princípio ainda está distante.

    O que se encontram são poucas linhas troncais, milhares de pessoas que dependem deste transporte e que a mediação do Estado para a garantia deste Direito Constitucional não existe na prática.

    Sentados no chão, escorados nas janelas: crianças, grávidas, idosos, pessoas cansadas do dia trabalhado. A realidade do povo brasileiro nas grandes cidades, não apenas dos usuários do “transporte público” no entorno da capital mineira.


    Foto e texto: Leonardo Koury, especial para os Jornalistas Livres.

  • O que esperar da quarta manifestação contra o aumento das tarifas de transporte em SP? 

    O que esperar da quarta manifestação contra o aumento das tarifas de transporte em SP? 

    O “presente” de virada do ano, do prefeito Bruno Covas e do governador João Doria, para os milhões de trabalhadores de São Paulo, foi o aumento das tarifas de transporte público, que já ficaram mais caras logo no dia 1o de janeiro de 2020, passando de R$4,30 para R$,4,40.

    Um pouco antes da terceira manifestação de rua contra os aumentos, conversamos com uma das ativistas do Movimento Passe Livre SP, a estudante Gabriela Dantas, 25 anos, que fez um breve balanço sobre o panorama de diálogo quem vem sendo feito nessas intervenções, entre o movimento e os mais afetados, ou seja, a população mais pobre que utiliza diariamente o transporte caro, ruim e cheio de falhas.

    Gabriela nos contou que ambos os gestores da cidade, prefeito e governador foram obrigados a se pronunciar, mesmo que de maneira pífia. “Covas deu uma desculpa esfarrapada dizendo que aumenta a tarifa pois acha que é o correto e não algo pensa em uma ação, neste caso, que dialogue com populares, o que mostra seu desinteresse em relação a vontade da maioria da população, que é de não ter que pagar a conta. Já Doria declarou que somos vândalos por nos manifestarmos por transporte gratuito, por isso também, mantemos nossa posição contra o aumento e declaramos que vândalo é ele, por oferecer um transporte sem qualidade, com falhas absurdas e destruir esse sistema. Hoje vamos manter nossa resistência e exigir que as catracas de metrô sejam liberadas, ao final do ato, para voltarmos para casa bem e em paz.”

    Nos dois últimos protestos, a prefeitura e governo optaram por travar qualquer possibilidade de diálogo. Isso ficou muito claro até hoje, pois nenhuma comissão do Movimento Passe Livre foi recebida para conversa. Juntos, Doria e Covas deram ordem expressa para que a Polícia reprimisse com bombas e muita violência física todos que passavam pelas ruas de encerramento do ato, próximo a uma estação de metrô, isso inclui idosos e crianças que sofreram diversos abusos, simplesmente por estarem passando no território de encerramento da manifestação.

    Ativista sendo presa por policial durante o 3o ato. Foto: Lucas Martins/Jornalistas Livres

    No final da terceira manifestação, presenciamos policiais praticando diversos atos violentos: uso claramente desmedido de bombas de gás lacrimogêneo, agressão verbal e física a diversos manifestantes, prisões com alegação de desacato, sem que os ativistas sequer abrissem a boca e até uma das ativistas do Movimento, sendo arrastada pelos cabelos no meio da Praça da República, região central da cidade. Tudo “pelo direito de ir e vir”, como justificou o comando da operação.

    Fora as agressões com cassetetes e escudos, os Jornalistas Livres, Lucas Martins e Katia Passos por muito pouco não foram atingidos por uma bomba, jogada de maneira maldosa, muito próximo de seus pés por um grupo de 6 ou 7 policiais. A cena pode ser vista no live a seguir, em 9 minutos. Reparem que não haviam nenhum “distúrbio de ordem”, como descrevem os policiais em casos de uso desse tipo de munição no local onde a repórter e o fotógrafo estão e que justifique o uso do químico. A “sorte” do momento, se é que podemos chamar assim é que ambos estavam numa transmissão ao vivo, porém atentos aos movimentos do grupo, o que os possibilitou correr para o sentido oposto. No momento, ainda assim, Lucas se machucou levemente no rosto depois de uma trombada e Katia leva dois golpes nas costas, de cassetete, logo após os dois repórteres se perderem em meio ao desespero daquele momento.

    Veja o live aqui:

    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/479819806278235/

    O modo de atuação da Polícia no Estado de São Paulo, especialmente em contenção de multidões, parece realmente ter mudado para pior. Nos perguntamos o que pode ter causado essa alteração negativa, que nos parece de comando do policiamento, mas muito relacionada, obviamente, a um caráter de abalo psicológico. Será que os policiais estão satisfeitos com seus salários, por exemplo? Será que o governador têm dado a devida atenção a esses trabalhadores? Como está o índice de suicídio policial no Estado de SP? Os policiais se sentem preparados para executarem suas tarefas que deveriam ser, entre elas, a de proteger a população? A resposta para essas e outras perguntas pretendemos obter na próxima semana, num encontro que faremos com o Corregedor da Policia, o Coronel PM, Marcelino Fernandes que tem como missão no cargo, entre outras, analisar, investigar e encaminhar denúncias de crimes e infrações praticadas por policiais militares.

    O debate ultrapassa a esfera estadual e o tema das manifestações e logo mais acontece o uarto ato contra o aumento das tarifas e estaremos lá na cobertura, em tempo real.

    Veja também o momento em que a ativista é arrastada pela Polícia:

    https://twitter.com/raullsantiago/status/1217967063429414918?s=12

    Serviço:

    Quarto ato contra o aumento dos transportes públicos
    23.jan.2020, quinta
    concentração a partir das 17h
    saída em caminhada às 18h

    Terminal Pq. Dom Pedro II

  • Meio ambiente derrota ‘ACM Motoserra’ em Salvador

    Meio ambiente derrota ‘ACM Motoserra’ em Salvador

    O Ministério Público Federal na Bahia e o Ministério Público do Estado da Bahia ajuizaram nessa terça-feira, 12, ação civil conjunta contra a União, a Caixa Econômica Federal, o Município de Salvador, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e o Consórcio BRT Salvador. Os MPs requerem a declaração de nulidade do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Salvador e o Consórcio BRT/Salvador e, liminarmente, a suspensão imediata das obras do BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus, em tradução literal) na capital baiana.

    Além de inadequado e de alto custo, a implantação do sistema de transporte coletivo BRT em Salvador, defendido pelo prefeito ACM Neto (DEM), provocaria a eliminação de centenas de árvores, muitas delas centenárias, o que revolta ambientalistas e a população. Confira abaixo mais detalhes na notícia a respeito divulgada pelo Ministério Público Federal na Bahia:

    http://www.mpf.mp.br/ba/sala-de-imprensa/noticias-ba/brt-em-salvador-ba-mps-requerem-a-nulidade-do-contrato-e-a-suspensao-imediata-das-obras

     

     

  • Hoje faremos a transmissão ao vivo do Ato-reunião convocado pelo MPL em São Paulo.

    Hoje faremos a transmissão ao vivo do Ato-reunião convocado pelo MPL em São Paulo.

    O sexto ato contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo, organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), foi mais uma vez marcado pela presença ostensiva da polícia militar. A concentração aconteceu na Praça da Luz partir das 17h, na última terça (26), e seguiu rumo a Câmara Municipal.

    Daniel Arroyo MPL 260116 (31)Daniel Arroyo MPL 260116 (31)O protesto, que teve a participação de cerca de 700 manifestantes, contou a presença de movimentos sociais e estudantis como Anel, União da Juventude Comunista, Juntos, e algumas bandeiras partidárias como PC do B e PSTU. Durante o percurso, que coincidiu com o horário encerramento do expediente comercial, alguns trabalhadores do comércio da região se mostraram apoiadores do ato carregando cartazes com a frase “3,80 não”, ainda assim, o baixo quórum de manifestantes era bastante nítido. Já não se via o mesmo número de estudantes das Escolas em Luta como nas manifestações anteriores, por exemplo, tão pouco de outros movimentos sociais que estavam nas ruas nas passeatas de 8 e 12 de janeiro.

    Foto por Daniel Arroyo

    Monique Felix, do Movimento Passe Livre falou aos Jornalistas Livres sobre o motivo de não divulgarem o trajeto com antecedência: “Desde o final da ditadura militar estamos numa construção de democracia e acreditamos que essa insistência de não divulgar o trajeto previamente, mostra que a população não pode aceitar manipulação política e do Estado”

    O Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, lutador incansável das causas de assistencialismo social e direitos humanos, conversou com os Jornalistas Livres durante boa parte do trajeto e concluiu: “Isso parece uma manifestação da PM acompanhada por jovens”. Referindo-se ao forte contingente policial presente. Perdemos a conta de homens e mulheres da Força Tática, Polícia Militar e Tropa de Choque. A imprensa que em sua maioria caminhava à frente da manifestação, era constantemente envelopada por mais de 50 motos da Rocam a cada esquina do centro da cidade. Uma verdadeira demonstração de “poder” do efetivo policial.

    Daniel Arroyo MPL 260116 (8)
    Foto por Daniel Arroyo

    Daniel Arroyo MPL 260116 (8)O trajeto da manifestação foi decidido em assembleia, chamada minutos antes de começar a marcha. Ao todo foram cinco propostas apresentadas e defendidas. O MPL defendeu uma proposição de contrariar a Secretaria de Segurança Pública que havia definido o trajeto que levaria até a Assembleia Legislativa de SP. O movimento entendeu que não era democrático o órgão “guiar” os manifestantes até lá, e perdeu para a maioria dos manifestantes presentes que propuseram uma caminhada mais curta, até a Câmara Municipal, como tem sido a prática das manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô desde o início deste ano: a decisão foi terminar o ato em frente a uma estância do poder municipal novamente. Em 2016 só houve protestos em frente de 1 órgão público estadual na penúltima convocatória, quando o ato passou em frente a Secretaria Estadual de Segurança Pública.

    Sobre a logística, o MPL declarou que os atos têm se concentrado no centro, devido a facilidade de mobilidade para todas as regiões da cidade.

    Já no final da marcha, numa tentativa da PM de fechar o metrô Anhangabaú, bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas mais uma vez pelos policiais para repreender os manifestantes e quem voltava para casa.

    A próxima manifestação está marcada para logo mais, e foi divulgada no formato de ato-reunião com concentração às 17h, no Largo do Paissandú. Isso porque, convidaram prefeito e governador para uma reunião aberta com a população, em frente a Prefeitura, às 19h. Os Jornalistas Livres farão a transmissão ao vivo dos dois locais pelo link: https://jornalistaslivres.org/2016/01/aovivo-manifestacoes-contra-o-aumento-da-tarifa-28012016/

    Vídeo: Bia Alonso e Kátia Passos
    Edição: Bia Alonso

  • 3,80 NINGUÉM AGUENTA

    3,80 NINGUÉM AGUENTA

    Confira o sexto ato contra o aumento da tarifa, em São Paulo, que neste momento, chega a Avenida São Luís e segue direção a Câmara Municipal.

    ‪#‎3e80NAO‬
    ‪#‎Violenciaéatarifa‬
    ‪#‎Contraoaumento‬

     

  • PM forja evidência contra manifestante | Vídeo na integra

    PM forja evidência contra manifestante | Vídeo na integra

    O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse que é “uma armação” o vídeo divulgado pelos Jornalistas Livres, em que um policial aparece colocando supostos explosivos na mochila de um manifestante detido no ato contra o aumento das tarifas, no dia 8 de janeiro.

    Na mesma entrevista, o secretário solicita que o vídeo divulgado pelos Jornalistas Livres seja publicado na íntegra, sem edição. Em atenção ao pedido do secretários, divulgamos o vídeo sem cortes, que contém 23 minutos de duração ininterrupta. Ouça a entrevista do secretário no link a seguir: https://goo.gl/GuU7ap e assista ao vídeo na íntegra.