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  • Novo Secretário da Cultura silencia sobre o destino da Cinemateca Brasileira

    Novo Secretário da Cultura silencia sobre o destino da Cinemateca Brasileira

    3º Ato dos Trabalhadores da Cinemateca Brasileira

     

    Nesta terça-feira, 23 de junho de 2020, os trabalhadores da Cinemateca Brasileira, que seguem em greve, se reuniram novamente diante da Cinemateca Brasileira, junto ao Sindicato dos Radialistas de SP e outros movimentos que apoiam a Cinemateca e os seus trabalhadores.

     

    Video do 3o Ato dos Trabalhadores da Cinemateca Brasileira realizado no dia 23/06/2020 em frente à Cinemateca Brasileira no Largo Senador Raul Cardoso, 207.

    O motivo: a realização de uma reunião com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na própria Cinemateca Brasileira, que decidiria o destino da instituição e dos seus trabalhadores. Os trabalhadores souberam, pela imprensa e mídias sociais, que o novo secretário Especial de Cultura, Mario Frias, esteve na reunião, e que o encontro contou com uma apresentação às autoridades federais sobre o que é a Cinemateca Brasileira, sua importância e necessidades.

    No entanto, mais uma vez não tiveram qualquer resposta da diretoria da Acerp quanto ao resultado final desse encontro. Esperávamos, enfim, um desfecho minimamente positivo.

    O que se soube partiu da imprensa, que reproduziu informações vindas de fontes não oficiais: teria ficado decidido que o vínculo da Acerp com a Cinemateca seria formalmente restabelecido. Consequentemente, todas as pendências seriam sanadas e a instituição receberia um aporte para sua continuidade a curto e médio prazo, ao menos.

    No entanto, sem uma informação oficial confirmando esse futuro da instituição, o que de certa forma nos traria certo alento, o que se vê na prática é que o destino da Cinemateca Brasileiro e dos seus 62 trabalhadores segue indefinido, de forma agoniante. Já são três meses de salários, benefícios e notas de prestação de serviços atrasadas – situação que também se estende aos trabalhadores da TV Escola.

    Até quando os trabalhadores terão que esperar? O limite de suas forças está chegando, para não falar do limite econômico, ultrapassado já por várixs delxs.

    “Desrespeito”, não há outra palavra para descrever a forma como estão sendo tratados os profissionais da Cinemateca Brasileira e da TV Escola.

    Até quando o governo federal seguirá adiando a sua responsabilidade com as instituições que contribuem para manter e levar adiante a história e a cultura do nosso país?

    Sem trabalhadores não se preservam acervos!!

     

    Conheça mais sobre a Cinemateca Brasileira: http://cinemateca.org.br/

     

    Colabore com a rede de apoio financeiro aos trabalhadores da Cinemateca Brasileira – faltam apenas 10 dias para o fim da campanha:

    https://benfeitoria.com/trabalhadoresdacinemateca

  • Trabalhadores da Cinemateca Brasileira entram novamente em greve

    Trabalhadores da Cinemateca Brasileira entram novamente em greve

    Sem salários há três meses, e após demissões injustificadas, trabalhadores da Cinemateca Brasileira e da TV Escola decidiram entrar em greve pela segunda vez em uma semana.

    Após três meses negociando a situação com a ACERP, empresa gestora da Cinemateca e da TV Escola, na última sexta-feira, dia 12 de junho, os funcionários paralisaram as atividades para pressionar o Conselho Administrativo pelos pagamentos. A resposta, no entanto, foi a demissão dos estagiários na própria sexta-feira, dos jovens aprendizes na segunda-feira (15) e mais dez funcionários “PJ” tiveram seus contratos encerrados na quarta-feira. Funcionários de empresas terceirizadas também estão sendo demitidos ao invés de realocados.

    A paralisação ocorrerá entre os dias 18 a 26 de junho. Nesse período, os trabalhadores esperam duas reuniões importantes que podem ajudar a definir a situação. A primeira, no dia 19 de junho, é o prazo que os trabalhadores deram ao Ministério do Turismo apresentar uma solução institucional para a atual crise e a segunda, no dia 26 de junho, é uma nova reunião do Conselho Administrativo da Acerp.

    Os funcionários divulgaram uma carta aberta para angariar apoio da sociedade. Leia abaixo:

     

    CARTA ABERTA À COMUNIDADE CINEMATOGRÁFICA BRASILEIRA E ÀS SUAS ASSOCIAÇÕES.

    Prezados colegas,
    Como acompanham, a Cinemateca Brasileira está em grave crise financeira. E ainda não foi desenhada nenhuma solução para o futuro da instituição e tudo o que ela representa. Tampouco há uma resposta concreta, por parte da Acerp (empresa gestora da Cinemateca e da TV Escola) e do governo federal, para a situação precária e imediata em que se encontram os seus trabalhadores.

    Já é fato notório que estamos com os pagamentos atrasados há 3 meses e continuamos trabalhando. Agora, temos colegas sendo demitidos, como estagiários e jovem aprendizes, contratos de prestação de serviço encerrados sem renovação, levando à perda de técnicos experientes e de longa data na Cinemateca.

    Pelos motivos aqui expostos e juntos com os colegas da TV Escola, declaramos greve a partir de hoje, dia 18, até 26 de junho de 2020, data da próxima reunião do Conselho Administrativo da Acerp, ao qual exigimos a elaboração de um plano efetivo para o pagamento do que é devido aos trabalhadores.

    Agradecemos o apoio que deram à instituição e a nós ao colocarem em evidência que “a Cinemateca Brasileira não existe sem os seus trabalhadores” e ao divulgar – e doar para – a nossa campanha de arrecadação. No entanto, precisamos de mais: devemos lutar ombro a ombro pelos salários, pela manutenção dos empregos e pelo acervo!

    Como vocês também disseram, a remediação para a atual crise da Cinemateca só pode vir do Estado brasileiro. Não se pode exigir o nosso sacrifício individual para preservação e difusão do patrimônio cultural, são necessários recursos e equipes condizentes com o tamanho do acervo. A cultura brasileira em toda a sua diversidade deve ser assumida como responsabilidade do Estado que tem mostrado diariamente o seu macabro projeto de país.

    Por acreditarmos que a Cinemateca Brasileira e seus trabalhadores só sairão desta terrível situação através da luta coletiva – encarnadas aqui nas palavras de Paulo Emílio, “[…] a Cinemateca vai ressuscitar de todo esse lixo, de toda essa poeira, pois o seu destino tornou-se inseparável do cinema brasileiro” -, contamos com a solidariedade de todos que puderem participar de nosso ato de greve em defesa dos salários, dos empregos e do acervo.

    Ato em defesa da Cinemateca e de seus trabalhadores, sexta-feira, dia 19 de junho de 2020 a partir das 11h, em frente à Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso, 207. https://www.facebook.com/events/209134540159457/

    Sem salário, sem trabalho.

    18 de junho de 2020.
    Trabalhadores da Cinemateca Brasileira.

    OBS.: Todos os participantes deverão utilizar máscaras protetoras de nariz e boca, além de manter a distância de segurança de no mínimo um metro e meio entre si. Levem álcool em gel e evitem compartilhar objetos.