Jornalistas Livres

Tag: Jornalismo Independente

  • Precisamos falar sobre democratização da mídia

    Precisamos falar sobre democratização da mídia

    Se você mora na cidade de São Paulo e, ontem, por volta das 17h ou 18h, circulou pelas regiões atendidas pela av. 23 de Maio, você com certeza enfrentou um trânsito fora do comum, mesmo para os padrões congestionadíssimos da grande Metrópole. Muito provavelmente, você não sabe por que ficou parado um tempão a mais no trânsito. Já abrimos o spoiler: o que congestionou mais ainda a cidade foi a greve dos servidores municipais. “Como?” Olha aí… você nem sabia que os servidores estavam em greve.

    Mas o que isso tem com mídia? Bom, se você não é servidor ou muito próximo de um, mesmo que seja atendido quase diariamente por eles, direta ou indiretamente, você está sem saber da greve porque o movimento dos funcionários públicos municipais tem sido apagado de toda a grande mídia. Desde o dia 4 de fevereiro, várias categorias (professores municipais, servidores da saúde, serviço funerário, etc. pararam o trabalho. Trata-se de um protesto contra a Reforma da Previdência que o prefeito Bruno Covas quer impor goela abaixo dos funcionários.

    Agora responda: quantas vezes isso apareceu em algum grande jornal impresso, ou no jornal matinal e noturno que você vê, ou no rádio que te informa sobre o trânsito?

    Ontem, alguns milhares de servidores saíram da Prefeitura e passaram mais de duas horas em caminhada, saindo da Praça do Patriarca, passando pela 23 de Maio e terminando na av. Paulista. As multidões em movimento mereceriam pelo menos alguns takes de um Globocop. Quem sabe você tenha ouvido algum rápido comentário, meio atrapalho e balbuciado, mas nada que passasse de parcos segundos. Sem imagens, com certeza.

    Como pode isso? Existe um conceito que pode nos ajudar a entender. Trata-se da “Agenda Setting”, ou “agendamento”, que é o estabelecimento de uma agenda temática e discursiva comum entre diferentes veículos da imprensa.

    Opa! Opa! Pera lá… Isso só pode ser teoria desses esquerdistas conspiracionistas, dirá o leitor desconfiado. Como podem os vários veículos, que competem entre si, montarem um cartel editorial e, em conjunto, evitar ou trabalhar uma mesma pauta?” É uma pergunta muito justa… Vamos enfrentá-la.

    As grandes empresas de jornalismo, que hoje são conglomerados, são poucas. As marcas, os nomes que usam, podem até dar a impressão de que não é tão reduzido assim, mas olhem o exemplo: só as Organizações Globo detêm algumas emissoras de rádio, com nomes diferentes, mas pertencentes à mesma empresa. As Organizações Globo têm TVs, têm jornais, têm revistas, têm internet, financiam filmes e peças de teatro. Todos esses “negócios” obedecendo ao mesmo grupo de acionistas. Há, no Brasil, poucos grupos de acionistas que controlam a mídia toda… A Editora Abril, Folha de S.Paulo, Estadão, TV do Bispo Edir Macedo, de Silvio Santos, a Band e o grupo RBS, para ficar nos mais importantes. Poucas empresas para um país de dimensões continentais, como é o Brasil.

    Um dos maiores estudiosos de mídia, Francisco Fonseca, aponta em seu clássico “O Consenso Forjado: A grande Imprensa e a Formação da agenda ultraliberal no Brasil” que as empresas de mídia são, antes de tudo, empresas.

    “Impressiona a ausência de vozes discordantes nos jornais, seja nas coberturas seja sobretudo nos argumentos que a opinião editorial esgrima (quanto a esta, representa a síntese de um periódico, pois orienta e influencia toda a cobertura jornalística e poderia, no mínimo, discutir os diversos argumentos disponíveis). Tudo se passa como se a grande imprensa estivesse invariavelmente do ‘lado certo’, da ‘verdade’.”

    A discussão entorno da Reforma da Previdência, como temos visto, tem uma única narrativa veiculada em todos os grandes jornais brasileiros: ela é emergencial! Se não for feita imediatamente, o País vai à falência! A Reforma da Previdência é o caminho da Modernidade! E por aí vai.

    Tudo mentira. Como grandes empresas que são as empresas de comunicação, em geral devedoras da previdência, essa reforma lhes interessa. Isso explica, por exemplo, o silêncio sepulcral sobre a greve dos servidores, que luta contra a reforma da previdência municipal.

    Esse é um exemplo de como a concentração midiática gera, como tem sido o caso desta greve, casos de censura velada. O silêncio, por parte da imprensa é uma forma de auto-censura, para que não seja discutida a pauta colocada em vias públicas, pelos grevistas. O papel social da comunicação é o de trazer e aprofundar as discussões sobre assuntos que explodem na epiderme social. E como pode um silêncio desse, quando milhares de pessoas param uma das principais avenidas da cidade? É a defesa do próprio interesse desses grandes conglomerados de mídia.

    Mas podemos entrar em vários aspectos de como esse cartel midiático molda o debate público.

    Um dos casos mais batidos, e não menos importante: o jovem e o traficante. Quantas manchetes já não vimos falando sobre um indivíduo que foi preso na posse de alguma quantidade de droga. Se é um jovem negro e pobre, a manchete grita “Traficante”. Mas, se o implicado for um jovem branco, morador de um bairro rico, o texto o designará apenas como “Usuário”.

    São alguns exemplos. Mas, chegamos aos finalmentes, o que isso tem com democratização da mídia? Esse esses vícios jornalísticos se constituíram em um ambiente de concentração entre veículos; poucos são os que tem alcance nacional. A internet nos trouxe algum alento. Surgiram essas que são as mídias independentes… “Opa! Essas mídias independentes são panfletárias, têm pouca credibilidade, são todas militantes!”, dirá um leitor apaixonado pela velha mídia.

    Sobre a acusação de militante: as mídias independentes não vacilam ao se assumir como defensoras de um lado da disputa narrativa. O problema é esse verniz da imparcialidade que a grande mídia tenta lançar sobre si, quando seu papel como militante político é total. Suas escolhas e o próprio jornalismo que temos hoje no país são construídos de acordo com uma fórmula padrão que visa a esconder a natureza política da comunicação e do próprio jornalismo. Essas escolhas de pautas, histórias, entrevistados, vocábulos têm um fundo político. Mas envernizado.

    Nos resta, menos do que mudar esse jornalismo padrão (que tem sua importância) fortalecer as mídias independentes. Que o melhor ganhe. O jornalismo abertamente politizado ou o dissimulado.

  • Exposição – Jornalismo Independente do Analógico ao Digital – 15 anos da MediaQuatro

    Exposição – Jornalismo Independente do Analógico ao Digital – 15 anos da MediaQuatro

    A esperada grande exposição de fotografias, vídeos, documentários e reportagens dos Jornalistas Livres Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá já tem data marcada: 7 de fevereiro a 8 de março de 2019. Além dos trabalhos retratados no livro homônimo lançado em 2017, a exposição Jornalismo Independente do Analógico ao Digital – 15 anos da MediaQuatro, traz ainda, em comemoração aos 300 de Cuiabá e aos 40 anos da Universidade Federal de Mato Grosso, coberturas de eventos realizados esse ano na cidade e fotografias especialmente preparadas pelos alunos da disciplina de Fotojornalismo I do curso de Jornalismo da UFMT Campus Cuiabá. Na mostra estarão à disposição do público histórias de luta, superação, violência, injustiça, mobilização e esperança coletadas na África, Ásia, Europa, Estados Unidos e América Latina, incluindo, claro, Brasil e Mato Grosso.
    29ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras e da 1º Romaria da Terra e das Águas – Cuiabá 2018 – https://www.mediaquatro.com/single-post/2018/05/02/%E2%80%9CDireitos-n%C3%A3o-se-pede-de-joelhos-exige-se-de-p%C3%A9%E2%80%9D
    Por mais de uma década e meia, Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá têm trabalhado, desde a produção até a distribuição, em meios impressos e na Internet, em mídia analógica e digital, temas como o fim da guerra em Angola, o preconceito racial na Europa, os movimentos separatistas na Caxemira, a violência urbana na Colômbia, a tragédia das minas terrestres, as manifestações políticas no Brasil… Esses trabalhos, reconhecidos, premiados e expostos no país e no exterior, são inéditos em Cuiabá e seguem o que a dupla chama de cobertura das Realidades e Invisibilidades Midiáticas: problemas que atingem de forma profunda imensos contingentes populacionais sem receber os holofotes da imprensa hegemônica. Para eles, o verdadeiro sentido da Comunicação Social, capturada na película ou no pixel e divulgada no papel ou na internet, é reportar a vida real. É mostrar ao mundo, e de volta aos atores da trama humana enfocada, que juntos podemos construir um mundo melhor.
    O conflito de 80 anos na Caxemira é um dos temas ausentes da m;idia tradicional – Srinagar – 2004 – http://mediaquatr.dominiotemporario.com/caxemira-cc.html
    Serviço:
    Exposição Jornalismo Independente do Analógico ao Digital – 15 anos da MediaQuatro
    Visitação:07/02/2019 a 08/03/2019 – 7:30 às 11:30 e 13:30 às 17:30
    Museu de Arte e de Cultura Popular  da UFMT – Av. Edgar Vieira, 513-549 – Boa Esperança, Cuiabá – MT
    Entrada Franca
    Contatos: Vinicius Souza – (11) 9931-0666 / (65) 99635 3376 http://www.mediaquatro.com
    As minas terrestres seguem fazendo vítimas em alguns dos 11 países da América Latina com campos minados – Colômbia 2005 – http://mediaquatr.dominiotemporario.com/minas-folha.html
  • O que há por trás do interesse dos grandes grupos midiáticos em combater as chamadas fake news?

    O que há por trás do interesse dos grandes grupos midiáticos em combater as chamadas fake news?

    A hipocrisia e o sarcasmo com que o tema vem sendo tratado são escandalosos. Quem encabeça grande parte das discussões e propõe regulação para combater as fake news, da forma torta como estão fazendo, são órgãos representantes da grande mídia, políticos conservadores, envolvidos em escândalos e setores do judiciário que parecem desconhecer total e completamente de que forma acontece o fenômeno da comunicação e como se dão os processos comunicacionais na mídia, escreve Eugênio Magno, comunicólogo e Doutor em Educação pela Faculdade de Educação (FaE/UFMG).

    Eis o artigo.

    A expressão fake news que quer dizer notícia falsa e chega aos nossos olhos e ouvidos em idioma anglo-saxônico, com ares de novidade, não tem absolutamente nada de novo.

    A mentira, a notícia falsa, o boato, o mexerico, a fofoca, a intriga, o sensacionalismo, o showrnalismo, a espetacularização do fato, a fabricação e a desconstrução de mitos, a propaganda enganosa, a publicidade travestida de notícia, o informe publicitário e o testemunhal – que confunde o leitor, o ouvinte e o telespectador –, são tão velhos quanto a vida humana no planeta.

    No que diz respeito ao uso do smartphone, como veículo de comunicação, não se pode esquecer as reflexões teóricas de Marshall McLuhan, ao tratar dos meios de comunicação como extensões do homem. É preciso ter em mente que a fofoca de pé de ouvido vem sendo amplificada ao longo dos tempos, viralizou, caiu na rede, globalizou-se.

    Os dispositivos digitais móveis permitem registros factuais e testemunhos muito críveis para os tempos em que vivemos. O cidadão comum se apropriou da tecnologia e saiu da condição de mero receptor de versões editadas dos fatos, ao bel-prazer da grande mídia, para o contracampo de emissor de informações. E quando lhe convém, a mídia também se utiliza, inclusive, desses registros, feitos pelo povo. Mas faz uma apropriação indevida dessa versão dos fatos; torna-se dona da voz, silenciando e invisibilizando a voz do dono.

    Então, por que atribuir somente às redes sociais, a prática de fake news, especialmente num momento em que excelentes comunicadores – formados e sindicalizados ou não –, realizam o ideal do bom jornalismo, justamente nos espaços alternativos, e “cinegrafistas e fotógrafos amadores” colaboram com a grande mídia, disponibilizando conteúdos por eles produzidos?

    Longe das censuras ideológicas e econômicas, das hierarquias dos veículos de comunicação de massa, respira-se informação democrática nos meios digitais, ainda que a contrapelo da enxurrada de fakes, trotes, piadas, pegadinhas, pirataria, mentiras, maledicências e impropérios, tão comuns na web. Tudo isso, sem nenhum tipo de controle. Diferentemente do que acontece na mídia tradicional, onde existe excesso de controle: da linha editorial e, fundamentalmente, da hierarquia, dos acionistas do grupo, dos anunciantes, da ideologia, do governo de plantão e de interesses geoeconômicos.

    O tema das fake news necessita ser enfrentado com a seriedade e a abrangência que exige. As falsas notícias que destroem reputações de pessoas físicas e jurídicas, promovem o trucidamento público de carreiras e marcas, ferem os direitos humanos e sociais, estigmatizam países e marginalizam povos, etnias, raças, gêneros, classes sociais, categorias profissionais e comunidades, devem ser combatidas em todos os espaços de difusão em que ocorram.

    Entretanto, está em curso no país uma grande onda de criminalização das chamadas fake news, com um forte acento e atenção para o que ocorre nas mídias sociais e no ciberespaço. Isto, em detrimento dos abusos, tanto do excesso de manipulação das notícias, quanto da subtração de informações relevantes e programas que valorizem a cultura e os movimentos identitários de nosso povo.

    Senão, vejamos: dia desses, atendendo ao chamado de uma emissora de rádio, com cobertura nacional, especializada em notícias, que solicitava a participação dos ouvintes para opinar pelo Whatsapp sobre o uso do smartphone, numa clara intenção de desqualificar o dispositivo, a julgar pelas mensagens que os apresentadores selecionavam e colocavam no ar, quis contrapor àquela situação e levar um pouco de reflexão crítica e aprofundamento ao debate. Gravei uma mensagem de áudio e enviei à emissora. No áudio me identifiquei, como solicitado pela rádio e disse, sucintamente, em tom cordial, mas de forma clara e contundente que a questão mereceria uma análise mais profunda, até porque os celulares, os smartphones e as mídias sociais têm cumprido um papel social muito importante, até mesmo do ponto de vista da informação.

    No momento em que me mobilizava para participar do programa, percebi que uma autoridade do judiciário, se não me engano um desembargador, falava sobre fake news, dizendo: “[…] se alguém suspeitar de uma fake news, especialmente nas redes sociais – que é onde elas mais acontecem – ligue, denuncie o fato a um grande veículo de comunicação, de credibilidade, como essa emissora, por exemplo, para que o autor de tal ato possa ser identificado e punido”.

    Diante da declaração absurda que ouvi, acrescentei um breve complemento sobre fake news, dizendo que as falsas notícias têm sido atribuídas de forma generalizada às mídias sociais e à internet, quando na verdade elas ocorrem também nos veículos tradicionais: jornais, rádios e televisões. E que o impacto e os danos causados por uma fake news na grande imprensa é bem maior do que aqueles provocados pela divulgação de boatos nos meios eletrônicos. Disse ainda que o tema não podia ser tratado com superficialidade, como vem sendo conduzido. E, finalizei com uma pequena mensagem de texto em que me colocava à disposição para uma conversa mais longa, com o objetivo de aprofundar a discussão ou de conceder uma entrevista, caso eles tivessem a real intenção de democratizarem esse debate.

    Poucos minutos depois, o Whatsapp indicava que as mensagens de áudio e de texto haviam sido ouvidas e lidas. Até o momento não obtive nenhum retorno por parte da emissora de rádio, como já previa.

    A hipocrisia e o sarcasmo com que o tema vem sendo tratado são escandalosos. Quem encabeça grande parte das discussões e propõe regulação para combater as fake news, da forma torta como estão fazendo, são órgãos representantes da grande mídia, políticos conservadores, envolvidos em escândalos e setores do judiciário que parecem desconhecer total e completamente de que forma acontece o fenômeno da comunicação e como se dão os processos comunicacionais na mídia.

    A realidade é difusa. Os fatos, os acontecimentos, ocorrem a todo instante. Evoluem, desdobram-se e repercutem numa velocidade assombrosa. É praticamente impossível acompanhar todos os desdobramentos de uma ocorrência. Seus efeitos são tão ou mais significativos que os eventos e causas que os geraram, e as narrativas midiáticas ou testemunhais reproduzem os fatos a partir do seu ponto de vista, ou da vista de um ponto, ou seja, sempre como versão de um fato. Versão esta, contaminada pela cultura, pela ideologia, modos de ver e de dizer, do emissor da vez.

    Para que a discussão sobre as fake news prospere – em profundidade – e daí surja uma regulamentação para essa prática condenável, será necessário muito mais do que uma canetada, o lobby da mídia hegemônica ou a massificação de um pacote pronto e acabado, produzido pela corrente ideológica da mordaça. Uma instância colegiada que venha tratar desse tema deve contar com representantes do mundo político, da grande imprensa, das plataformas digitais e do judiciário. Mas não pode prescindir dos leitores, dos ouvintes, dos telespectadores, dos comunicadores, dos professores, das universidades, de instituições como a ABI e a OAB, dentre outras, além de internautas, produtores de conteúdo e ativistas das mídias alternativas.

    Queria entender o que há por trás, qual é o verdadeiro interesse dos grandes oligopólios de comunicação em combater as fake news da maneira como vêm fazendo (?).
    Ao surfar na onda da devastação dos direitos democráticos, a grande mídia corre o risco de beber do seu próprio veneno e comprometer a liberdade de imprensa. É imperativo que os interesses coletivos, humanos e sociais estejam no epicentro da atividade jornalística. Sem mediação, só nos restará a barbárie.

    Artigo original publicado em: http://www.ihu.unisinos.br/581325-o-que-ha-por-tras-do-interesse-dos-grandes-grupos-midiaticos-em-combater-as-chamadas-fake-news

  • Três anos de lutas! VIVA O POVO BRASILEIRO!

    Três anos de lutas! VIVA O POVO BRASILEIRO!

    Em março de 2015, o Brasil navegava em mares turbulentos… As ameaças da direita fascista rugiam em multidões de patos amarelos e monstruosos, desfilando sob os auspícios da mídia golpista. Foi então que construímos os Jornalistas Livres, como uma ferramenta de expressão para o povo que luta pela Democracia e por Direitos.

    Todos juntos e misturados. Outubro de 2017

    Muitos quilolitros de gás lacrimogêneo foram aspirados de lá para cá, muita corrida foi disputada com as bombas de efeito moral das PMs de todo o Brasil, muita conversa, muito amor, muitas lágrimas foram derramadas. E muitas gargalhadas.
    Sem vínculo algum com partidos políticos, sindicatos, governos, mantivemos nossa independência e apartidarismo. Mas sempre ao lado dos explorados e oprimidos.
    Os Jornalistas Livres completam hoje três anos de luta para oferecer à História um ponto de vista diferente daquele da mídia corporativa, enfeudada à herança escravagista do Brasil.

    Queremos agradecer a todos os companheiros de viagem, aos que em algum momento ajudaram na construção dessa mídia livre. Queremos agradecer aos nossos amigos e parceiros, a todos os que curtem, comentam e compartilham nossas publicações. E queremos louvar todos os lutadores sociais, estejam eles nas ocupações de sem-tetos, nas favelas, nas universidades, nas escolas, nos cárceres, nos modernos hospícios em que se internam à força os desajustados e os dependentes de álcool e drogas, nas aldeias e quilombos. Queremos louvar as mulheres, a comunidade LGBTTT, os indígenas, os negros, os pobres e oprimidos que fazem de sua própria sobrevivência um ato de luta e Resistência.

    Quando o país mergulha nas trevas, o sorriso dessas pessoas nos dá a certeza de que é preciso continuar a Luta e a Resistir contra o golpe de cada dia. Parabéns pra todos!

     

    Veja aqui nossos princípios: https://jornalistaslivres.org/quem-somos/