Jornalistas Livres

Tag: Glenn Greenwald

  • “Denúncia do MPF contra Glenn é mais um ataque à liberdade de imprensa”

    “Denúncia do MPF contra Glenn é mais um ataque à liberdade de imprensa”

     

    A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vem a público repudiar a decisão do Ministério Público Federal (MPF) de denunciar o jornalista Glenn Greenwald pelos crimes de associação criminosa e interceptação telefônica.

    Lamentavelmente, o MPF ignora a Constituição Brasileira, que assegura a liberdade de imprensa. Ignora também decisão de 2019 do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que o jornalista não fosse investigado no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal, destinada a investigar invasões de celulares de autoridades.

    A FENAJ reitera que o jornalista cumpriu seu dever profissional de divulgar informações de interesse público, ao noticiar, por meio do site The Intercept Brasil, diálogos do então juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, e procuradores do MPF que atuavam na força-tarefa denominada Lava Jato.

    Mesmo sem ter sido investigado e, portanto, sem ter sido indiciado, o jornalista foi denunciado pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira, que atua na Procuradoria da República no Distrito Federal. Segundo o procurador, surgiram indícios contra Greenwald, a partir das apurações sobre os hackers que invadiram os celulares das autoridades.

    A FENAJ alerta para o perigo das restrições à liberdade de imprensa, principalmente quando elas partem de autoridades constituídas. No caso do Ministério Público Federal, uma instituição criada para zelar pela legalidade e pelos interesses da sociedade, é incompreensível a decisão de denunciar um jornalista que nada mais fez do que exercer o seu ofício. A denúncia do MPF é, portanto, uma forma de intimidação ao jornalista e uma ameaça à atividade jornalística.

    É preciso, mais uma vez, deixar claro que Glenn Greenwald e toda equipe do site The Intercept Brasil estão fazendo Jornalismo ao denunciar as irregularidades cometidas no âmbito da Lava Jato.

    Ao jornalista não cabe o papel de recusar ou não divulgar informações de interesse público, porque obtidas de fontes anônimas e/ou sigilosas.
    Igualmente, não é dever do jornalista atestar a legalidade da obtenção das informações e, sim, verificar a veracidade das informações, antes de divulgá-las à sociedade.

    O interesse público e a busca da informação verdadeira são os motores da atividade jornalística e nenhum profissional pode ser denunciado como suspeito de ter cometido um crime, justamente por honrar o compromisso de sua profissão.

    Brasília, 21 de janeiro de 2020.

    Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.

  • Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    Agressão de Augusto Nunes contra Glenn Greenwald: Vergonha, Abraji!

    A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) emitiu uma nota covarde e abjeta, sobre a injustíssima agressão de Augusto Nunes a Glenn Greenwald, ontem (07/11), durante o programa de rádio Pânico, da Jovem Pan.

    Esquivando-se de apontar o verdadeiro agressor (Augusto Nunes), a entidade dos “jornalistas investigativos” ainda teve o desplante de desmerecer: “A Abraji emite notas sobre ameaças a jornalistas no exercício da profissão. O debate ocorrido na emissora não corresponde a esse parâmetro”.

    Não, dona Abraji, não é o “debate” que se configura em ameaça. É o tapa, o cala-boca físico do machão canalha, querendo se impor pela força física, depois de ser chamado de covarde por Glenn.

    Para piorar, A Abraji tenta lançar a responsabilidade pela “violência” à “onda de reações que se seguiu ao episódio” —”episódio” é como a Abraji chama um soco. Ah, essa novilíngua.

    É uma boa tentativa de passar o pano na covardia de Augusto Nunes, mas não engana ninguém. Os fascistas nas redes sentiram-se autorizados a partir para a hostilidade aberta contra Glenn Greenwald pela atitude infame de Augusto Nunes.

    Qualquer veículo sério, em um país democrático, sentir-se-ia eticamente obrigado a demitir um jornalista que partisse para o ataque físico contra um entrevistado. É incrível, por isso, que a entidade que supostamente defende o jornalismo investigativo opte por emitir uma nota desprezível e medrosa contra uma agressão dessa monta ao jornalista investigativo mais relevante nesta quadra da História brasileira, Glenn Greenwald.

    De novo, o que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio conivente dos que se julgam bons. Vergonha, Abraji!

     

  • Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    Glenn tem a solidariedade de jornalistas

    O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lamentam e repudiam a agressão física do jornalista Augusto Nunes contra o jornalista Glenn Greenwald, ocorrida hoje, no programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, em São Paulo.

    O SJSP e a FENAJ criticam a empresa por terem convidado Greenwald a comparecer a um de seus programas sem avisá-lo antecipadamente da presença de Nunes, autor de ataques pessoais ao jornalista e à sua família, o que criou um clima de conflito prévio ao início da entrevista.

    A agressão física a um convidado para uma entrevista viola todos os preceitos da conduta profissional dos jornalistas. Lembramos que os jornalistas brasileiros têm um Código de Ética, assim como existe um código de ética em nível internacional, e que seus preceitos devem ser seguidos por todos os profissionais.

    O SJSP e a FENAJ se solidarizam com o jornalista Glenn Greenwald, com quem compartilhamos no último dia 9 de setembro a mesa de um importante ato, com a presença de mais de mil pessoas, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, em defesa da liberdade de imprensa, do jornalismo e da democracia.

    Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)

    Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) 

    7 de novembro de 2019

  • Exclusivo: Glenn Greenwald receberá Moção de Aplausos na Alerj

    Exclusivo: Glenn Greenwald receberá Moção de Aplausos na Alerj

    O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do site de notícias investigativas The Intercept, receberá uma Moção de Aplausos e Congratulações da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A honraria do legislativo fluminense foi solicitada pela deputada estadual Renata Souza (PSOL).

    Recentemente Glenn, em conjunto com outros repórteres da agência, passou a publicar uma série de matérias intituladas “as mensagens secretas da Lava-jato”, que revelam em chats secretos a colaboração do Juiz Sérgio Moro com o promotor Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da operação.

    Para Renata Souza, que também é jornalista, o reconhecimento vem pelos trabalhos prestados por Glenn para a Brasil: “Reconhecemos a importância do jornalismo independente e comprometido com a verdade que Glenn Greenwald representa. A sua atuação cumpre um papel fundamental para a imprensa mundial”, afirma a deputada do PSOL.

    A entrega da homenagem ainda não foi marcada, mas a proposição já foi publicada em Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. Confira aqui 

    Nesta terça-feira (9), ao completar um mês da série de reportagens conhecida como #VazaJato, Glenn publica o primeiro áudio, de uma sequência que ainda está por vir, onde o procurador da Lava-Jato, Deltan Dellagnol, fala sobre a decisão do ministro do STF Luiz Fux de barrar entrevista de Lula à Mônica Bergamo poucos meses antes das eleições.

    Veja a reportagem completa do The Intercept Brasil clicando aqui .

    A horaria do legislativo fluminense será entregue pela Deputada Renata Souza (PSOL/RJ)

     

  • Glenn Greenwald anuncia nova bomba: “Hoje é o pior dia para eles”

    Glenn Greenwald anuncia nova bomba: “Hoje é o pior dia para eles”

    Hoje pela manhã em seu Twitter Glenn Greenwald, do Intercept, anunciou a publicação até o final do dia de novos vazamentos para a série de reportagens sobre a Lava Jato.

    Veja a postagem:

  • PF força conexão entre Vaza Jato e Operação Chabu em SC

    PF força conexão entre Vaza Jato e Operação Chabu em SC

    Prefeito Gean Loureiro continua afastado da Prefeitura de Florianópolis

    O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (ex-MDB), continua afastado do cargo desde a segunda-feira pela manhã (17/6), quando foi preso e teve seu celular e computadores apreendidos pela Operação Chabu, desencadeada pela Polícia Federal em Santa Catarina. Gean foi preso junto com mais sete agentes policiais, incluindo o delegado federal Fernando Caieron, dirigentes públicos e empresários da área de tecnologia acusados de compor uma rede criminosa de tráfico de informações sigilosas a políticos e empresários investigados por corrupção. Foi solto ao final do mesmo dia, mas o delegado continua preso, junto com mais cinco agentes. O caso ganhou ainda mais repercussão nesta semana, depois que a PF “plantou” em veículos de direita ligações improváveis entre a espionagem denunciada pela Operação Chabu e os vazamentos do Morogate.

     
    Na quarta-feira (19/6), os advogados do prefeito tentaram suspender o seu afastamento no TRF4, mas não obtiveram êxito. Por enquanto, quem administra a capital é o vice-prefeito José Batista Nunes (PSDB). Em live veiculada nesta sexta-feira, 21, na página do Facebook do vereador Afrânio Boppré, ele e o vereador Lino Peres afirmam que a oposição está muito apreensiva porque Gean Loureiro tem frequentado a Câmara de Vereadores e o seu gabinete, de onde entra e sai levando pastas e documentos. Querem saber, por exemplo, por que o prefeito, sendo apontado como o articulador da “Orcrim”, foi solto no mesmo dia da prisão e continua livre para passear no seu gabinete e recolher provas.
     
    Os quatro vereadores da oposição, Afrânio Boppré (PSoL), Marquito (PSoL), Lino Peres (PT) e Vanderlei Farias, o Lela (PDT), já emitiram duas notas conjuntas reivindicando informações da Polícia Federal para se posicionarem com mais clareza sobre o ocorrido. “Decidimos evitar julgamentos ou absolvições enquanto não tivermos informações em profundidade”, explica Lino. Querem saber que informações há nos equipamentos e celulares apreendidos e o possível envolvimento de outros funcionários públicos municipais nessa rede de tráfico de informações. “Se Gean diz que é vítima de uma armação, queremos saber quem é esse agente oculto que tem tanto poder e influência na vida da cidade”, afirma Boppré.
     

    PF APELA PARA O PAVÃO DE PERNA CURTA

     
    Moro conduz PF ao grotesco

    Nesta quinta-feira, 20/6, a revista Isto É publicou reportagem de capa na edição do fim de semana, intitulada “Cerco aos hackers” , 
    afirmando que a PF está investigando as “possíveis ligações” entre a Operação Chabu, a Vaza Jato e a atuação de agentes cibernéticos em Santa Catarina, no Brasil, Dubai e Emirados Árabes. Segundo “investigações preliminares”, a PF teria encontrado conexões entre o jornalista investigativo Glenn Greenwald, do The Intercept, Edward Snowden, refugiado na Rússia, com os irmãos bilionários russos Nikolai e Pavel Durov. Os Durov são proprietários do programa de conversação em chat, o Telegram, de onde vazaram os diálogos entre o ministro da Justiça Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, revelados por Greenwald e sua equipe no escândalo conhecido também como Brasilgate. Finalmente, a PF teria encontrado ligações com Evgeniy Mikhailovich Bogachev, conhecido como Slavic, que criou o vírus Cryptolocker e o código Zeus. Slavic é procurado pelo FBI sob a acusação de cometer crimes cibernéticos, afirma a reportagem, sempre baseada no narrativa surgida no domingo passado, no perfil anônimo do Twitter, o “Pavão Misterioso”, já denunciado por vários sites de aferição como fake news grosseira, a exemplo do Estadão.

    Conforme o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, entrevistado pelo IstoÉ, o órgão “acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a privacidade dos procuradores”. A relação conspiratória, clara tentativa de criminalizar os jornalistas do The Intercept e levar os denunciadores da tribuna para o banco dos réus, foi levianamente lançada em veículos brasileiros de direita desde o início da semana. Estão aí todas as tintas de mais uma farsa do ex-juiz que fraudou a justiça com seus processos persecutórios e seletivos, baseados numa relação de influência ilícita sobre os procuradores da Lava Jato e na manipulação dos autos de acusação para condenar em tempo record o ex-presidente Lula à prisão. Emparedado pelas revelações do site The Intercept, trazidas a conta-gotas, como uma morte lenta, Sérgio Moro precisa com urgência de qualquer subterfúgio pra sair da berlinda e partir para a ofensiva.
     
    O único indício apontado pela revista de que a relação apontada por um perfil anônimo no twitter pode merecer a credibilidade dos seus leitores é o fato de a PF dar importância a ela. “Embora parecesse inverossímil num primeiro momento, por conter erros de grafia e tradução, ISTOÉ confirmou que a PF segue sim o rastro da pista, considerada importante pelos agentes hoje à frente do caso.” Os métodos caluniosos e fantasiosos são os já conhecidos na herança lavajatista. Enquanto a PF sege as pistas do “Pavão Misterioso”, em Santa Catarina, ninguém entende os rastros da polícia, que parece encobrir na Operação Chabu a sua própria corrupção interna. 
    Mais sobre a Operação Chabu e Alcatraz
    https://jornalistaslivres.org/corrupcao-dentro-da-pf-leva-a-prisao-de-delegado-e-prefeito-de-florianopolis/