Jornalistas Livres

Tag: feminicídio

  • Estupro e feminicio em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

    Estupro e feminicio em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

    Republicação do jornal Metrópoles, por Anderson Costolli

    APolícia Civil de Goiás (GO) investiga um caso de violência sexual que deixou os moradores de Alto Paraíso (GO), um dos principais destinos turísticos de Goiás, revoltados. Uma mulher, identificada como Oigna Rodrigues da Silva, 43 anos, foi estuprada e, devido aos graves ferimentos provocados pela brutalidade, morreu. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para o hospital da cidade, mas não resistiu.

    O caso ocorreu nessa quarta-feira (16/9). Oigna foi encontrada em casa, por uma equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), bastante machucada e o Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu) foi acionado. A vítima recebeu o atendimento na unidade de saúde, com adoção dos procedimentos e protocolos indicados às vítimas de violência sexual, mas veio a óbito na manhã dessa quinta-feira (17/9).

    A Secretaria Municipal de Saúde do município de Alto Paraíso disse que os serviços de segurança pública foram notificados das lesões que a paciente apresentava, através de exame comprobatório de corpo delito preenchido pelo médico de plantão.

    O prefeito de Alto Paraíso, Martinho Mendes da Silva, repudiou o caso de violência e disse, por meio de nota, que acionou a PCGO, “solicitando uma atuação severa e investigação rigorosa”.

    Oigna era uma mulher bastante conhecida no município. Por ter sofrimentos psíquicos, era atendida pela equipe da Secretaria de Assistência Social e do CRAS havia 12 anos, segundo a prefeitura.

    Segundo o boletim de ocorrência, a vítima tinha um atendimento marcado com a assistente social do CRAS para quarta-feira (16/9), mas a paciente não compareceu. Desconfiada, uma equipe foi até a casa da mulher, que não atendeu a porta. Pela janela, uma das assistentes sociais avistou os pés de Oigna, que estava caída no chão.

    Com a ajuda de uma vizinha, a funcionária do CRAS conseguiu entrar na casa de Oigna e a encontrou caída, de bruços, com vários ferimentos no rosto e com muito sangue no chão. “Ela estava sem consciência, sangrando, porém, respirando de forma ofegante”, consta no boletim.

    Ao chegarem ao local, os atendentes do Samu fizeram os primeiros socorros e verificaram que o sangue na roupa da vítima já estava seco, o que indicava que os ferimentos haviam ocorrido tinha algum tempo.

    Os sinais de violência sexual só foram identificados no hospital, no momento em que os funcionários da unidade davam banho em Oigna. “Ela possuía sinais de agressão física no tórax, seio, e também laceração na vagina, em decorrência de uma violência sexual”, diz o documento. Oigna aguardava pela transferência para um hospital em Goiânia, quando teve uma parada respiratória e faleceu.

    Delegado da Polícia Civil de Goiás à frente do caso, Danilo Meneses diz que o crime foi cometido com requinte de crueldade. “Já identificamos um suspeito e pretendemos dar uma resposta à sociedade o quanto antes. O crime é realmente chocante. Inadmissível”, disse o delegado.

    “Justiça por Oigna”

    Nas redes sociais, um coletivo de mulheres de Alto Paraíso clama por segurança, uma vez que ninguém foi preso. O grupo organiza, ao menos, duas manifestações e exigem respostas das autoridades que investigam o caso.

    Nesta sexta-feira (18/9), às 17h, ocorre a Marcha Justiça por Oigna, com concentração na Praça do Canãa. A orientação é que todas as mulheres compareçam ao protesto de roupas pretas e levem velas.

    Uma nova manifestação está marcada para a próxima segunda-feira (21/9), desta vez em frente à Prefeitura Municipal de Alto Paraíso. O ato Justiça por Oigna começa às 10h.

  • Dois anos do assassinato de Marielle: a quem serve o feminicídio negro no Brasil?

    Dois anos do assassinato de Marielle: a quem serve o feminicídio negro no Brasil?

    Por Tamires Gomes Sampaio, especial para os Jornalistas Livres 

    O Dia Internacional da Mulher (#8M) foi marcado pela luta em defesa da vida das mulheres que são vítimas de violências diárias, sociais e estruturais. Milhares ocuparam as ruas de São Paulo em defesa de uma democracia feminista e antirracista, e por justiça para Marielle, Claudias e Dandaras.

    Justiça para mulheres negras, que são vítimas também do genocídio da população negra, por meio da política de morte promovida pelo Estado brasileiro, que executa uma política de segurança baseada na manutenção da ordem e prevenção de riscos. Essa ação protege uma parcela em enquanto incentiva a criminalização e o extermínio de outra. Marielle, brutalmente assassinada pela milícia do Rio de Janeiro; Claudia, arrastada no asfalto por uma viatura e assassinada no Rio de Janeiro; Dandara, mulher trans negra, espancada e assassinada em Fortaleza. As três são símbolos de resistência, são representações das estatísticas que aumentaram nos últimos anos.

    Segundo os dados do Ministério da Saúde, divulgados pelo Atlas da Violência de 2019, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram registrados 4.936 assassinatos de mulheres em 2017.[1] É uma média de treze homicídios por dia, sendo que 66% das vítimas são negras, mortas por arma de fogo e, em grande parte dos casos, vítimas de violência doméstica.

    Observando esses dados, é possível constatar que a cada três horas uma mulher negra é assassinada no Brasil.

    As mulheres negras, que recebem menos da metade do salário dos homens brancos[2], além de serem maioria nos empregos informais, são também 65% das vitimas de violência obstétrica[3]. São também quatro vezes mais vitimas de morte materna do que as mulheres não negras.[4] Além disso, são maioria nos presídios femininos (62%)[5], chegando a 97% da população carcerária feminina no estado do Acre.

    Marielle Franco e sua família. Foto: Arquivo pessoal da irmã, Anielle Franco

    Em 14 de março de 2020, dois anos após a execução brutal de Marielle Franco, ainda não foi respondida a pergunta: Quem mandou matar Marielle?

    As investigações apontam para uma relação com a família que hoje ocupa o Palácio do Planalto. Mesma família que homenageia torturadores, milicianos e que exalta a política de morte contra a população pobre, negra, periférica e contra as mulheres e as LGBTs.

    Marielle Franco se tornou um símbolo de luta e resistência contra o genocídio da população negra. Também por isso, é importante que a gente questione não apenas sobre os mandantes de seu assassinato, mas também sobre quem se beneficia dessa política de morte, exclusão social e encarceramento a qual todas as mulheres negras brasileiras estão submetidas.

    Neste mês internacional de luta das mulheres, é necessário que seja compreendida a importância de construir políticas antirracistas no combate à violência contra as mulheres. Nosso feminismo tem raça, classe social e está nas periferias de nosso país.

    Para combater essa política de morte, precisamos que exista uma transformação da estrutura social brasileira. Desta forma, é essencial que exista um fomento à participação de mulheres negras na política, para a formulação e a execução de politicas públicas de redução da desigualdade e da violência, pois, como já dito pela filósofa e ativista Angela Davis: “quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela, porque tudo é desestabilizado a partir da base da pirâmide social onde se encontram as mulheres negras”.

    Tamires Gomes Sampaio é advogada, mestra em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e militante da Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN). Foi a primeira presidente negra do Diretório Acadêmico do Mackenzie. 

    Facebook/Instagram: @soutamires.sp

    Twitter: @soutamires_sp

    Fontes:

    [1] https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-06/ipea-homicidios-de-mulheres-cresceram-acima-da-media-nacional

    [2] https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/12/politica/1573581512_623918.html

    [3] https://www.ufrgs.br/humanista/2019/11/19/machismo-mata-e-mulheres-negras-sao-as-que-mais-morrem/

    [4] https://www.geledes.org.br/saude-e-mulher-negra-quando-cor-da-pele-determina-o-atendimento/

    [5] https://carceraria.org.br/mulher-encarcerada/brasil-e-o-4o-pais-que-mais-prende-mulheres-62-delas-sao-negras

     

  • #8MCuiabá – Pela vida das mulheres

    #8MCuiabá – Pela vida das mulheres

    Por: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    Debaixo de muito sol e com uma sensação térmica acima dos 40 graus, dezenas de mulheres da Grande Cuiabá se reuniram hoje na Praça Ulisses Guimarães para protestar contra o feminicídio e exigir direitos iguais.

    Com uma tenda para atender as crianças que acompanhavam as mães, carro de som para as falas e shows e produtos artesanais, as manifestantes distribuíram um Manifesto Pela Vida das Mulheres. Nele, realçaram as conquistas históricas, como o direito ao voto, e as lutas atuais, como o fim da violência de gênero, sexual e estrutural.

    Além das pautas próprias, as manifestantes também exigiram a revogação das reformas da previdência e trabalhista e a garantia de acesso à saúde e educação, incluindo as creches, já que apenas 30% da demanda por esse serviço é atendida pelos governos do estado.

    O manifesto acusou, ainda, o governo federal:

    Temos o direito de viver uma vida livre de qualquer tipo de violência, agressão física, violação e abusos sexuais, mas o Estado Brasileiro, através do atual governo (Jair Bolsonaro), e sua prática machista, racista, misógina e LGBTfóbica, nos expõem e nos coloca num “lugar frágil” e, por isso, vulnerável.

     

    Outra figura de destaque no Manifesto foi a ministra Damares que, com suas falas alucinadas e sua arbitrariedade de atitudes, quer “negar essa violência e a nossa necessidade de igualdade: temos um governo que tenta destruir os direitos que conquistamos com muita luta”.

    Para a professora e coordenadora de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – Adufmat, Lélica Lacerda, conta em vídeo, os motivos das manifestações: a criação de uma nova cultura, política e economia que promovam a igualdade entre os gêneros.

    Veja abaixo a rápida entrevista

    Outras fotos do evento

    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    #8MCuiabá – Lélica Lacerda, da Adufmat, fala às mulheres – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

     

     

  • 1 ano do desaparecimento de Rosiney Trindade de Oliveira em Portugal

    1 ano do desaparecimento de Rosiney Trindade de Oliveira em Portugal

    Texto: Coletivo Vozes no Mundo

    Neste dia 14 de novembro de 2019 completa-se um ano do desaparecimento de Rosiney Trindade de Oliveira, em Portugal, ocorrido em circunstâncias misteriosas e possivelmente associado ao tráfico de mulheres.Muitas e muitos de nós lutamos por melhores condições e direitos na vida de uma mulher, principalmente na condição de imigrante. Infelizmente, Rosy tornou-se mais um caso concreto para esta luta.

    Mulher, trabalhadora, de origem humilde, estava fora dos círculos universitários que dominam a cidade de Coimbra e, portanto, fora de uma rede apoios que facilitaria a denúncia e a atenção ao caso. Rosy é de Curitiba, mas nos últimos anos morou em Itajaí, Santa Catarina. Chegou em Portugal no dia 1 de outubro de 2018 e começou a trabalhar em Lisboa. Poucos dias depois, aceitou uma proposta de emprego anunciada na internet para trabalhar no restaurante Restinova, na região de Coimbra.Como funcionária do restaurante, poderia também usufruir dos alojamentos que existiam nos fundos do restaurante e foi ali mesmo onde Rosy morou por 28 dias. O restaurante, localizado em uma curva mal iluminada à beira de uma pequena estrada, é conhecido por ser parada de caminhoneiros e viajantes.

    No dia 14 de novembro de 2018, durante a madrugada, Rosy desaparece e todos seus pertences, exceto documentos e celular, ficam no alojamento. O caso logo é abordado com um discurso irresponsável, seja pela mídia ou por funcionárias e dono do restaurante, sugerindo um comportamento duvidoso da vítima. De imediato, despejam a clássica versão estereotipada sobre mulher brasileira: “Rosy gostava de beber vinho de noite”, “Rosy usava lingeries” e etc. A irresponsabilidade é tanta que uma das primeiras matérias realizadas mostram funcionárias e repórter revirando as malas de Rosy antes mesmo da polícia chegar ao local.

    Desde então, acontecimentos levantam suspeitas sobre o restaurante e o dono, José Correia, como o caso de uma ex-funcionária que diz ter sido assediada pelo mesmo. Correia se recusa a dar entrevista há mais de 6 meses.
    Enquanto isso, no Brasil, a família tentava se organizar com doações online para conseguirem vir à Portugal, mas o valor arrecadado foi suficiente para pagar apenas a taxa de emissão do passaporte de um deles.

    Neste marco de um ano após o desaparecimento de Rosy, o cenário não é dos melhores. O caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária de Coimbra, mas em sigilo. Não há nenhuma informação ou declaração após abril de 2019. São 7 meses em silencio e 1 ano sem respostas. O consulado brasileiro no Porto e em Lisboa se solidarizaram com o caso, mas nunca se pronunciaram ou pressionaram por respostas às investigações.

    No dia de hoje, o Vozes no Mundo – Frente pela Democracia no Brasil, realizou em Coimbra uma manifestação para fazer valer a continuidade de investigações efetivas que, na ausência da família, que não tem condições financeiras de estar presente para garanti-la, pode cair no esquecimento e se tornar mais um dado para a estatística das mulheres brasileiras trabalhadoras desaparecidas em Portugal e na Europa.

    Protesto realizado na cidade de Coimbra na tarde de

  • O plano desse governo é exterminar os brasileiros

    O plano desse governo é exterminar os brasileiros

    De autor desconhecido, com charge de Éder

     

    1- A ministra a musa do veneno libera registros de agrotóxicos altamente tóxicos (um deles, o glifosato, ligado à morte de abelhas e já proibido nos EUA). Quinhentos milhões de abelhas já morreram em três meses avaliam associações de apicultores.

    2- A demarcação de terras indígenas foi para o Ministério da Agricultura e vai sendo revista, ampliando a atuação dos EUA. E o risco aumentou para os povos onde suas lideranças são atacadas e mortas a cada momento.

    3- O primeiro projeto do senador filho do presidente é liberar fabricação de armas de fogo no país.

    4- O feminicídio no Brasil, só em 2019, passa dos 200 casos. Cem deles apenas em janeiro e preocupa a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

    5- País que mais mata no mundo, 62.500 homicídios, Brasil tem a 7ª Taxa de homicídios de jovens do mundo, e 75% são negros.

    6- O pacote anti-crime do Moro torna a polícia mais abusiva e mais propensa a matar, e isso pode aumentar o número de mortes de inocentes. Quem mais serão atingidos são negros e favelados.

    7- O Moro que abaixar o imposto do cigarro. Ou seja, com o cigarro mais barato, fumem bastante, e morram de câncer.

    8- O presidente quer retirar todos radares das estradas. Segundo especialistas, vai aumentar o número de mortes nas estradas.

    9- O programa Mais Médicos, que esse governo destruiu mandando os médicos cubanos de volta para Cuba, em três meses tem 1.052 desistências. Você imagina o número de pessoas que ficaram sem assistência?

    10- A criação de Núcleo Regulatório Ambiental visa facilitar e perdoar multas aplicadas. Pode prejudicar a Amazônia com desmatamento desenfreado.

    11- Cortes na cultura, ministros falarem que nazismo é de esquerda, que vai tirar o golpe militar e ditadura dos livros de didáticos. Mata a gente por dentro.

    12- Acabar com 35 conselhos e comissões de direitos já adquiridos nos governos anteriores. Mata a gente de raiva.

     

  • Feliz dia das Mulheres é o caralho!

    Feliz dia das Mulheres é o caralho!

    Hoje é dia de ouvir e ler dos machistas de plantão, Feliz dia das Mulheres, agradecendo a existência da mulher por lavar, passar, cozinhar, sustentá-los.

    Hoje é dia de ouvir machistas que chamam mulheres de loucas, desejando feliz dia das mulheres.

    Hoje é dia de ouvir dos homens que abandonam seus filhos, Feliz dia das mulheres.

    Feliz dia das mulheres é o caralho, morremos mais hoje do que ontem.

    Aumento de 12% no número de registros de feminicídios. Uma mulher é morta a cada duas horas no país.

    Em três meses foram computados 119 feminicídios e 60 tentativas de matar mulheres, feliz dia é o caralho.

    Hoje é dia de ouvir de quem votou no Bolsonaro, Feliz dia das Mulheres, hipocrisia a gente vê por aqui todos os dias.

    Ele diz feliz dia, mas acha que mulher que transa quando quer é Puta,

    Ele diz feliz dia, mas grita com a mulher e a faz de empregada doméstica,

    Ele diz feliz dia, mas não respeita as escolhas dela,

    Ele diz feliz dia, mas na primeira oportunidade chama ela de louca,

    Ele diz feliz dia, mas usa o dinheiro para mantê-la cárcere de um relacionamento abusivo,

    Ele diz feliz dia, mas sai para beber todo final de semana sozinho, enquanto ela fica em casa cuidando dos filhos,

    Ele diz feliz dia, mas abandonou os filhos da ex-mulher,

    Ele diz feliz dia, mas te traiu uma vida inteira,

    Ele diz feliz dia, mas a agride verbalmente,

    Ele diz feliz dia, mas a agride fisicamente,

    Ele diz feliz dia, mas controla o tipo de roupa que usa,

    Ele diz feliz dia, mas te afasta dos teus amigos,

    Ele diz feliz dia, mas diz que você não precisa estudar ou trabalhar,

    Ele diz feliz dia, mas você sofre violência psicológica, violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial,

    Ele diz feliz dia, mas diz: “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”,

    Ele diz feliz dia, mas diz: “um tapinha não dói”,

    Ele diz feliz dia, mas diz: “apanha porque merece”,

    Ele diz feliz dia, mas diz: “ela sabe porque está apanhando”,

    Ele diz feliz dia, mas faz piada com mulher,

    Ele diz feliz dia, mas acha que lavar a louça é “ajudá-la” nos afazeres domésticos.

    Aos hipócritas de plantão, feliz dia é o caralho, nós queremos é revolução!

    Não venha dizer Feliz dia das Mulheres, pegue a bandeira do feminismo e se junte a nós de verdade!

    Ato hoje, às 16h no Masp, contra a opressão e o patriarcado!