Jornalistas Livres

Tag: Escolas em Luta

  • Professora presa ao defender seus alunos

    Professora presa ao defender seus alunos

     

    Na manhã de ontem (15) a professora Camila Marques foi detida na escola em que leciona, o campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás, por gravar um vídeo de seus alunos sendo presos pela polícia.

    A professora, que ensina sociologia, afirmou no vídeo abaixo que perguntou aos policiais o que estava acontecendo para que eles prendessem seus alunos: ‘é sigilo, é sigilo.’- Eles responderam, e por isso ela começou a filmar com seu celular.

    Os policiais não permitiram que ela continuasse com a gravação, pediram incessantemente que ela parasse, que não filmasse seus rostos. A professora, que também é coordenadora geral do seu sindicato (SINASEFE), disse que como agente público ele deveria permitir que ela o filmasse, mas mesmo assim a resposta foi negativa.

    O policial responsável pela ação foi com a professora para trás da escola, e afirmou que ela estava ‘tumultuando, o diretor chamou a gente aqui porque tem uma denúncia de que pode ocorrer um atentado como de Suzano, agora que a senhora estava tumultuando vai ter que ser levada como testemunha, e seu celular vai ser apreendido.’

    A professora não achou que havia problema algum até ali, mas mesmo assim ligou para o advogado do sindicato, apenas para acompanhar.  A viatura que chegou para levá-los, no entanto, não estava caracterizada, e ia ligar para o advogado quando foi impedida pelo policial de forma agressiva: ele gritou que ela não ia ligar, pegou o celular dela, apertou a mão dela, a algemaram na frente dos alunos, a colocaram na viatura e a trouxeram para o posto policial.

    Ela relatou que no caminho não parou de falar que iria ligar para o seu advogado, e com isso os policiais não pararam de gritar para ela calar a boca, que seria tratada da forma com que merecia.

    Mesmo na delegacia não permitiram que ela ligasse para seu advogado, ‘só quando terminar a qualificação.’ Neste momento, abriram a bolsa dela para encontrar os documentos, além de não permitirem que tivesse acesso aos estudantes.

    Apesar do término da “qualificação” ainda não foi permitido que ela ligasse para o advogado, ‘cala a boca, você não manda aqui.’ A levaram para o hospital, onde somente então  retiraram a algema. O médico perguntou se ela foi agredida, todavia  os policiais não deixaram que ela conversasse com o médico, falaram que o machucado era da algema, gritaram com ela durante toda a consulta.

    O médico havia pedido que fizesse um raio x, mas quando saiu do consultório a algemaram novamente com os dizeres de ‘agora sim você vai ser tratada do jeitinho que merece, agora sim você vai ver.’ Quando voltou à delegacia ainda não conseguiu o acesso ao advogado, apenas depois que o delegado chegou, também agressivo e machista, ‘você procurou por isso, você quis ser presa.’

    Até a noite do dia 15 a professora se encontrava no hospital, concluindo os exames que os policiais não permitiram que fizesse. O celular não foi devolvido.  A professora, no vídeo abaixo, denunciou a violência com que os jovens periféricos no Goiás são tratados:

  • Greve estudantil e ocupação na Universidade Federal de Mato Grosso

    Greve estudantil e ocupação na Universidade Federal de Mato Grosso

    Decisão de aumento de 500% de Restaurante Universitário é adiada para dezembro de 2018: o que ainda não foi dito!

    Por: Ocupados do Instituto de Linguagens e Faculdade de Comunicação e Artes

    “Diálogo e Ação” é o mote que sustentou a campanha da Professora Myrian Serra, atual reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, no seu processo de eleição para o cargo. Fazendo uma breve e simples interpretação do texto, isso significa que, supostamente, a referida reitora proporcionaria um diálogo mais democrático com a comunidade acadêmica no intuito de direcionar suas ações. Mas o que aconteceu de fato com os alunos da UFMT, que, ironicamente, alegam diversos descuidos por parte da Reitoria no que diz respeito ao diálogo entre o mandato de Myrian e os estudantes?

    O fato é que desde o dia 9 de fevereiro deste ano, sem nenhuma consulta aos estudantes e toda a comunidade acadêmica, foi recebido um comunicado dizendo que a Universidade faria cortes de gastos e por isso aconteceriam algumas reformas nas políticas de assistência estudantil. Juntamente com essas reformas, o aumento de 500% no valor da refeição do Restaurante Universitário (de um real para cinco reais).

    No dia 08 de maio de 2018, através de Assembleia Geral promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) foram deflagradas greve estudantil e ocupação unificada com mais de mil votos a favor. Mais tarde, após muita luta e resistência, no dia 14 de maio de 2018, foi suspenso o Calendário Acadêmico, legitimando a greve dos estudantes, por meio da paralisação das aulas da graduação.

    Por que enfatizamos essas conquistas? Primeiramente, Fora Temer! Segundo, porque se levarmos em conta que o movimento de luta em defesa do Restaurante Universitário (RU) a R$1 e universal – a principal pauta dos estudantes – ocorre desde fevereiro de 2018, essas decisões são assaz tardias. Esse atraso se deve ao emparelhamento da Reitora com o DCE, causando impasses no diálogo com os demais estudantes. Independentemente do DCE, os alunos têm se mobilizado antes mesmo da deflagração oficial de greve estudantil, por meio de movimentos independentes que, primeiramente, promoveram ocupações nas guaritas de acesso ao Campus, e, mais tarde, estenderam-se para as demais dependências da Universidade.

    Nesse ínterim, foi emitida uma nota do DCE declarando isolada a ação de ocupações das guaritas, uma ação judicial de reintegração de posse (??????) contra os ocupantes, e realizada, de última hora, uma reunião entre a Reitora e o Diretório Central dos Estudantes, sem a convocação do Comando de Greve que já havia sido instituído durante o movimento de ocupação. Na reunião citada, foi encaminhada a “suspensão do reajuste no valor do Restaurante Universitário na Universidade Federal de Mato Grosso [apenas] até dezembro de 2018”, conforme a nota publicada no site da UFMT. Uma vez que essa é uma medida paliativa, tal suspensão busca a desmobilização do movimento iniciado nas ocupações.

    Apesar desse cenário, persistem as atividades como o estudo do Relatório Anual de Gestão (RAG), aulas públicas, oficinas, saraus e torneios, cujos objetivos são o de incentivo à participação política de todos os estudantes na luta por uma universidade pública e acessível e a integração da comunidade externa aos acontecimentos internos do Campus. Dessa forma, também, é possível que todos continuem a usufruir do espaço públicos e dialoguem mais conjuntamente, reforçando o movimento de luta a favor da manutenção do RU a um real e universal.

    Acompanhem as mobilizações dos estudantes na UFMT na página da TOCA – Agência Experimental de Comunicação em: https://www.facebook.com/tocaexperimental/?hc_ref=ARRzmwgn6OVzejymmzukhC5we9baovH4DZpdtt0Tk8obFdFm2mpNuUgLOpOdWzXefWU&fref=nf

  • CÂMARA APROVA A IMPOSIÇÃO DE PUBLICIDADE NOS UNIFORMES ESCOLARES

    CÂMARA APROVA A IMPOSIÇÃO DE PUBLICIDADE NOS UNIFORMES ESCOLARES

    A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei nº 520/2001, proposto pelo vereador Celso do Carmo Jatene, filiado ao Partido da República (PR), que “dispõe sobre o estabelecimento de convênio entre empresas privadas e as unidades escolares da rede municipal de ensino”. Em outros termos, o projeto visa permitir que empresas privadas estampem suas marcas nos uniformes escolares de alunos da rede pública municipal.

    Como se pode perceber, o projeto, que é de 2001, não é novo, tendo sido proposto muito antes do nascimento das crianças que atualmente estudam no ensino fundamental das escolas paulistanas. A ideia surgiu no mesmo ano do início da segunda gestão do PT na Capital, com Marta Suplicy (hoje vendid… filiada ao PMDB). Antes da gestão petista, os uniformes escolares não eram uniformizados, tendo cada escola seu próprio padrão, sem caráter gratuito.

    A questão foi transformada com a Prefeitura assumindo a responsabilidade pela distribuição gratuita dos uniformes escolares para as crianças. O uniforme do aluno da EMEF Sérgio Milliet, do Carrão, passou a ser igual ao da aluna da EMEF João de Lima Paiva, em Guaianases, ou de qualquer outro estudante do ensino fundamental da rede municipal. Deu certo, e esta tem sido a regra até os dias de hoje. O projeto de Celso Jatene já nasceu morto pela política pública que se sucedeu no mesmo período.

    O que seria difícil justificar naquela época se tornou impossível defender hoje. O que faz com que este projeto de 2001 volta à tona em 2017 é o governo de pilhagem do prefeito João Doria Jr (PSDB), que está impondo a assimilação dos serviços públicos pelas empresas privadas. Propor o uso de logomarcas em uniformes infantis só é possível na cidade de um prefeito que defendeu a entrega de “ração humana” para as pessoas mais pobres da capital. Em menos de um ano de “gestão”, o absurdo passou a parecer normal.

    Estampar logotipos de empresas em uniformes não é incomum, desde que se trate do uniforme de um time de futebol. O Palmeiras, por exemplo, recebeu cerca de R$ 50.000.000,00 de patrocínio em um mês, em 2015. Há quem não goste, mas se trata um ente privado que não recebe recursos provenientes de recolhimento de impostos, já que futebol não é serviço público. Ganha o time, que pode investir em jogadores caros, e as empresas. Mas quando se trata de escolas públicas e de crianças, a situação é radicalmente diferente. O investimento da empresa certamente será muito menor, em vista dos benefícios que terá.

    Crianças não podem ser usadas para carregar em seus corpos o logotipo de uma empresa, andando de casa para a escola como “homens-placa”, comuns em grandes centros urbanos. Pois o que está sendo oferecido às empresas não são espaços em peças de roupas destinadas a ficarem guardadas; são os corpos de crianças que vão para a escola para estudar e aprender a viver em sociedade.
    Em tempos de “Escola Sem Partido”, há em andamento um projeto de doutrinação e disciplina neoliberal, voltada à promoção do consumo e da descrença nas instituições públicas. Não que eu acredite religiosamente no Estado; mas é impossível que a democracia (já combalida) sobreviva à destruição do espaço público em detrimento do privado.

    Sendo o uniforme de uso obrigatório nas escolas, pode uma criança ser obrigada a carregar a marca de uma empresa que nada faz por ela? Não duvidem: tal absurdo só é possível num país que até não muito tempo vendia corpos negros escravizados.

    No “Apocalipse Paulistano de Doria”, eis aí a “marca da besta”.

  • 10 Anos de Mostra Luta!

    10 Anos de Mostra Luta!

    Entender e propor discussões sobre o momento atual e seus caminhos, as diversas faces e forças que muitas vezes oprimem a classe trabalhadora. Refirmar, dar visibilidade as luta sociais, fortalecer que as vozes da luta ecoem e tenham seus direitos respeitados.
    A Mostra Luta! Durante os 10 anos em que acontece tem trazido discussões importantíssimas para a sociedade. A partir da sexta-feira, 13 de outubro, ela acontecerá em diversos locais, todas as ações são gratuitas, a programação engloba teatro, música, exposições, rodas de conversa, exibição de filmes entre outras atividades compõem a grade.
    Documentários importantes como; “Menino 23” de Belisário Franca, “Era o Hotel Cambridge”; filme de Eliane Caffé, Chão de Fábrica; Documentário de Renato Tapajós (2017) entre outros fazem parte da Mostra. Exposições dos alunos secundaristas sobre as ocupações das escolas e a primeira iniciativa do coletivo de fotografia, formado por mulheres, – “Carolinas” traz a exposição fotográfica “ReExistir” .
    Os Grupos de Teatro Carcaça e Vila 8 encenam temáticas para refletir e discutir. Um sarau com Batalhas de poesia, participação de diversas bandas, do Grupo de Teatro Fora dos Trilhos, Grupo Aos Brados e apresentação de Drags, e ainda um encontro musical com TC, Laila, Grupo Urucungos, Puítas e Quijengues e Baque Mulher integram a programação.
    Além do MIS- Campinas, a Casa de Cultura Tainã, a Comunidade Nelson Mandela, a Praça Rui Barbosa e a UNICAMP fazem parte dos espaços que integram a Mostra Luta!.

    Mostra Luta!
    É um evento político cultural organizado por coletivos de comunicação popular de Campinas, que começou em 2008 como uma mostra de vídeos que abordavam as lutas sociais e, ao longo dos anos, passou também a incluir realizações em outras linguagens, como fotografia, quadrinhos, poesia, dança, música, teatro, debates, rodas de conversa, oficinas e saraus.
    Em tempos de golpes, a Mostra Luta! reafirma que a luta continua presente nas ruas, nos bairros, nas fábricas, nos sindicatos, nas escolas, nos quilombos e nas quebradas de todo o país, nas muitas formas de luta por direitos, justiça, dignidade e emancipação social.

    PROGRAMAÇÃO COMPLETA

    SEXTA-FEIRA, 13 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – Abertura das exposições.
    19h30 – “Menino 23”, documentário de Belisário Franca, 2016
    A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação de Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. (1h19)
    Debate com a presença de convidados

    SÁBADO, 14 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h30 – “Era o Hotel Cambridge”, filme de Eliane Caffé, 2017
    Refugiados recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um velho edifício
    abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária que a ameaça de despejo causa, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus dramas pessoais e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam juntos a vida nas ruas. (1h39)
    Debate com a presença de convidados

    DOMINGO, 15 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    15h – “A farsa: ensaio sobre a verdade” – filme da Cia Estudo de Cena (SP), 2017
    O filme, de 21 episódios organizados em três atos e epílogo, fala da memória do Massacre de Eldorado dos Carajás e da trajetória da peça “A farsa da justiça burguesa”. Um experimento sobre arte, política e memória popular. (2h40)
    Debate com a presença do diretor, Diogo Noventa.
    19h – “Recado para o mundão”- documentário de Diogo Noventa (SP), 2016
    Morte, cultura, violência, relações familiares e amorosas na voz de jovens privados de liberdade nas Fundações CASA de São Paulo, que através de um dispositivo de câmeras de segurança e usando máscaras, enviam seu recado para o mundão. (1h24)
    Debate com a presença do diretor

    SEGUNDA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “100 anos da Revolução Russa de 1917”
    19h30– “10 dias que abalaram o mundo”- documentário, 1967
    Uma produção anglo-soviética,baseada no livro homônimo de John Reed, feita para a TV, traz imagens de época e algumas cenas retiradas de Outubro (1927), de Serguei Eisenstein, além de cenas recriadas especialmente para o documentário. A narração original é de Orson Welles. (1h16)
    Debate coma presença de Augusto Buonicore, historiador e secretário geral da Fundação Maurício Grabóis

    TERÇA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “Os 10 anos da Mostra Luta!”
    19h – Especial curso DOC 360º – Aula Aberta
    Roda de conversa coordenada por Juliana Siqueira e Batata, com
    a presença de organizadores da Mostra Luta! e convidados

    QUARTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    “Os sindicatos e o Golpe no Brasil”
    19h – Chão de Fábrica; Documentário de Renato Tapajós (2017)
    Chão de Fábrica é uma série documental televisiva de 13 episódios sobre a história do Novo Sindicalismo brasileiro, produzida pelo Laboratório Cisco, dirigida por Renato Tapajós e com narração de Zé de Abreu (primeiro episódio -17m)
    Debate com a presença de vários sindicalistas de Campinas.

    QUINTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO
    ARQUIVO EDGARD LEUENROTH / UNICAMP
    14h30 – 1917, a Greve Geral; documentário de Carlos Pronzato, 2017
    O documentário busca as origens da greve de 1917, uma das mais longas e importantes de São Paulo e do Brasil, e discute momentos históricos, a trajetória dos trabalhadores e a greve diante da situação cem anos depois. (60m)
    Debate com a presença do diretor.

    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h- “Direitos Humanos na resistência à indireitação planetária”
    Roda de conversa coordenada por Paulo Mariante, presidente do Fórum Municipal
    de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania de Campinas, grupo Identidade e convidados.
    SANDRA PRESENTE!!! homenagem a Sandra, mulher guerreira, uma das fundadoras da
    Associação das Mulheres Guerreiras de Campinas

    SEXTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – “Martírio”, documentário de Vincent Carelli, Uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do Centro-Oeste, entrando constantemente em conflito com as forças de repressão e opressão organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros locais, que desejam exterminar os índios e tomar as terras para si. 2016 (2h42) Debate com a presença de Selvino Kókáj Amaral, primeiro professor indígena da Unicamp (IEL)

    SÁBADO, 21 DE OUTUBRO 10H
    PRAÇA RUI BARBOSA
    Centro Grupo NATO, de Campinas, apresenta Teatro Fórum- PEC´s do Fim do Mundo

    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    15h – “Se a escola fosse nossa – A luta dos estudantes secundaristas das ocupações à greve geral de 2017”
    “Acabou a paz, isto aqui vai virar o Chile”, documentário de Carlos Pronzato, 2015
    No final de 2015, estudantes secundaristas se mobilizaram contra a proposta do governo paulista de reformulação da rede estadual de ensino de São Paulo. Nãoconcordavam com a imposição vertical do projeto, considerando-o arbitrário, além de nãobenéfico para a classe estudantil. Em resposta, iniciaram manifestações de rua, culminando com a ocupação de escolas estaduais como uma forma de luta, estratégia influenciada pelos estudantes secundaristas chilenos que fizeram o mesmo em 2006. (60m)
    Debate com a presença do diretor, Eduardo Vinagre (Professor da Rede Estadual), Tuany Cristina (Ocupação Eliseu Narciso), Carol Ynara (Ocupação Carlos Gomes), Nathalia Rodrigues (Ocupação Dom Barreto) Madu Lopes (Secundarista E.E Carlos Gomes) e mediação de Isabela Gonçalves.

    18h – SARAU: Batalhas de poesia + Bandas: Pública, Ponto Oeste, Trupe, Kabbalah e Nêgo
    Mantra + Grupo de Teatro Fora dos Trilhos + Grupo Aos Brados e apresentação de Drags

    DOMINGO, 22 DE OUTUBRO
    COMUNIDADE NELSON MANDELA
    10h – “Fragmentos de cidade agrária – recortes cênicos sobre a relação do homem e a cidade”- Grupo de Teatro Carcaça, de Campinas
    CASA DE CULTURA TAINÃ
    15h – Comunicação em tempos de Golpes: Por onde devemos caminhar?!
    Roda de Conversa sobre Comunicação Social
    17h -“Candombê, Comparsas e Mocambos” – documentário de Alceu José Estevam, 2017 Contextualiza a passagem do Grupo Nación Zumbalelé, companhia de comparsa de candombê, sediada na cidade balneária de Salinas, no Uruguai, que realizou na Casa de Cultura Tainã várias oficinas culturais divididas entre construções de tambores, dança e percussão, organizadas pelos artistas e ativistas culturais Gustavo Fernandez e Camila Ocampo Albarenque.
    Entrevistas, bailados, sonoridades percussivas, mesclando com as lutas dos movimentos de ativismo político-cultural, tanto da Rede Mocambos como da Nación Zumbalelé, que reúne povos afro latinos americanos, para a construção de “ uma cultura de paz e do jeito que queremos”, é o fio condutor de documentário. E também tem o caráter de salvaguardar as ações desta grande rede de produções colaborativas espalhadas na América Latina. (20m)
    Debate com a presença do diretor.
    18h -Lançamento da revista da AEESSP
    Anais do XIX Congresso Mundial de Educadores e Educadoras Sociais
    19h-Encontro Musical com TC, Laila, Grupo Urucungos, Puítas e Quijengues e Baque Mulher

    QUARTA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS)
    19h – Abertura da exposição fotográfica “ReExistir”
    Debate com as fotógrafas do Coletivo Feminino Carolinas: Cíntia Antunes, Fabiana Ribeiro, Gabriela Zanardi , Sandra Lopes e convidad@s

    SÁBADO, 28 DE OUTUBRO
    SALA DOS TONINHOS
    20h – Peça de teatro ; Noites Árabes – Grupo de teatro Vila 8 , de Campinas
    Direção de Eduardo Okamoto, dramaturgia de Isa Kopelman, música de Marcelo Onofri e atuação de Cadu Ramos, Lucas Marcondes, Tess Amorim, Vanessa Petroncari e Virgílio Guasco.
    Cinco atores sobre um tapete: um louvor às narrativas. Noites Árabes evoca o antigo hábito humano de narrar histórias traçando um paralelo entre as espantosas histórias que Sahrazad conta durante “Mil e Uma Noites” para se manter viva e relatos contemporâneos de guerra de palestinos na Faixa de Gaza. Os atores-narradores se revezam para recontar o mito de Sahrazad e histórias que espantosamente conseguiram escapar de um lugar de confinamento.
    Ao contrário dos corpos, as palavras atravessam territórios e eras, transformando-se em força vital mantenedora da sobrevivência humana. Debate com o grupo após a apresentação.

    Endereços:
    MIS ( MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINAS) CAMPINAS
    Rua Regente Feijó, 859 – Centro

    SALA DOS TONINHOS
    R. Francisco Teodoro 1050 – Vila Industrial

    CASA DE CULTURA TAINÃ
    R. Inhambu, 645 Vila Padre Manoel da Nóbrega

    ARQUIVO EDGAR LEUENROTH
    R. Cláudio Ábramo, 377 Cidade Universitária

    COMUNIDADE NELSON MANDELA
    Jardim Nossa Senhora Aparecida, próximo ao Distrito Industrial (DIC)

    PRAÇA RUI BARBOSA
    R. 13 de Maio, 159 – Centro

    Todos os eventos possuem entrada gratuita

  • VEREADORES DE CAMPINAS RETIRAM A PAUTA DA VOTAÇÃO DO PROGRAMA “ ESCOLA SEM PARTIDO”

    VEREADORES DE CAMPINAS RETIRAM A PAUTA DA VOTAÇÃO DO PROGRAMA “ ESCOLA SEM PARTIDO”

    Uma conquista da população aconteceu nesta segunda-feira (11/09) na Câmara Municipal de Campinas,  a proposta de lei de implantação do programa “ Escola sem Partido”  no município perdeu o caráter de urgência e consequentemente foi retirado da pauta de votação do mérito, que é a última votação antes de seguir para a sanção ou veto do prefeito. Mas ainda há o risco de uma nova votação enquanto a proposta não for arquivada.

    Um requerimento assinado por todos os vereadores de Campinas , inclusive pelo autor da proposta, solicitou a retirada da tramitação do regime em urgência do projeto inconstitucional que institui “Lei da Mordaça” .

    O projeto de lei na cidade de Campinas , de autoria vereador Ten. Santini (PSD),  parte do princípio de instituir a suposta neutralidade dentro das escolas, impedindo a livre manifestação de pensamento e discussões políticas. Nega aos estudantes a possibilidade da construção de consciência crítica pressupondo a incapacidade dos alunos em  construir suas próprias sínteses, reflexões, posições e precisassem estar sob a tutela de “Lei da Mordaça”.

    Segundo Santini, autor da proposta que institui “Lei da Mordaça” ; “ a retirada da urgência serve para a população maturar um pouco mais o assunto”, e completa; “existem os que são favoráveis a proposta. É a maioria? Não, é a minoria, mas existem”.

    A sessão em que foi votada a legalidade do projeto, considerado institucional, aconteceu no último dia 04 de setembro, em meio a um “show de horrores”  promovido por diversos vereadores  da cidade. Em uma sessão tumultuada com a maioria dos cidadãos protestando contra a proposta de lei.

    Cidadãos promovem intervenção artística em protesto a ameaça do ” Escola sem Partido”

     

    SEM VAN, SEM LANCHE, SEM MANIFESTAÇÃO FAVORÁVEL AO “ ESCOLA SEM PARTIDO”

    O auditório da Câmara foi ocupado por artistas, professores, estudantes e cidadãos contra o programa “ Escola Sem Partido” na cidade que se manifestaram por meio de intervenção artística em uma forma protestar contra a censura imposta pela proposta de lei. Algumas pessoas envolvidas em  fita de sinalização zebrada ( a faixa é utilizada para  isolar e indicar áreas consideradas de risco), com cartazes contendo a  frase “ professora da Escola sem Partido” e  movendo-se com gestos robóticos, entraram na Câmara,de onde assistiram a votação da retirada do caráter de urgência da proposta.

    Não houve manifestação contrária a retirada da pauta de votação do programa  “Escola sem Partido”. Na votação do dia 04 de setembro, uma van trouxe alguns manifestantes da cidade de São Paulo para se manifestarem apoiando “Lei da Mordaça” em Campinas.  Após a sessão as pessoas  ao entrarem no veículo receberam lanches.

    VITÓRIA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

    Para o vereador Gustavo Petta (PCdoB) foi uma importante vitória que se deve a participação popular  nas  várias manifestações em repúdio a proposta de censura. Petta  reforça a importância de continuar a mobilização para que a proposta seja derrotada e avalia que o programa “ Escola sem Partido” é um grande retrocesso para a educação.

    Por: Fabiana Ribeiro

     

    Cidadãos promovem intervenção artística em protesto a ameaça do ” Escola sem Partido”
    Cidadãos promovem intervenção artística em protesto a ameaça do ” Escola sem Partido”
  • Qual o plano de Doria Jr. para os estudantes?

    Qual o plano de Doria Jr. para os estudantes?

     

    Art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

    Com embasamento legal e constitucional, nesta quarta (12), a partir das 16h, em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, estudantes se manifestam contra mais essa ideia desastrosa da gestão Dória. Depois de todo o festival de sandices praticadas durante os primeiros 6 meses de gestão, agora, o prefeito abre o segundo semestre de 2017 com a notícia de alterações prejudiciais ao programa do Passe Livre.

    Ignorando totalmente a existência do ECA, a nova regra de Dória, que entra em vigor em 1 de agosto, vai restringir as viagens a dois períodos de duas horas. A alteração foi assinada pelo secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Aveleda, e publicada ainda no sábado (8/7) no Diário Oficial.

    Na regra atual, o estudante da rede pública de ensino fundamental, médio e técnico, de comprovada baixa renda, além de beneficiários do Fies e do Prouni pode realizar até 8 viagens diárias gratuitas no transporte público.

    Com mais esse disparate, Dória vai inviabilizar a passagem dos moradores da periferia para o centro e outros bairros, É como se o prefeito pretendesse isolar o centro dos bairros mais afastados e no caso dos estudantes, é como se o limite do aprendizado fosse restringido apenas às salas de aula. Trata-se sem dúvida, de mais um aspecto claro da política higienista do gestor e dessa vez, marcada pela exclusão da juventude dos espaços públicos. Ou seja, estudante pobre terá o direito de estudar e mais nada. E o dever de trabalhar, claro, pois neste caso, ele terá o Vale Transporte e 6% de desconto de seu salário. Lei nº 7.418/85.

    (Foto: Christian Braga / Jornalistas Livres)

    O passe livre para estudantes restrito a duas viagens, com integração, sem dúvida, corta a possibilidade da juventude de ter direito ao conhecimento e à vida.

    Restam algumas perguntas que o prefeito precisa responder.

    Estudante tem meia entrada no cinema, teatro e outros eventos culturais, mas sem Passe Livre, como fará para acessá-los?

    Qual é o problema em encarar o passe livre como uma política pública de investimento na juventude?

    E por fim, a vida da juventude vale menos que o lucro das empresas de transporte?

    O passe livre precisa ficar! Por isso, os estudantes vão hoje às ruas. O Passe livre precisa continuar sendo livre!