Jornalistas Livres

Tag: Chargista

  • Mais um caso absurdo de censura a chargista

    Mais um caso absurdo de censura a chargista

    O chargista e ilustrador do Diário do Grande ABC, Luiz Carlos Fernandes, foi acionado na Justiça pelo prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando (PSDB), por causa de uma charge publicada no jornal.

    A iniciativa revela um grave atentado à liberdade de expressão, razão pela qual Fernandes está recebendo inúmeras manifestações de solidariedade, sobretudo dos chargistas de vários cantos do país, a exemplo do que ocorreu, recentemente, com Aroeira. A ele manifestamos também nossa total solidariedade!

    Confira abaixo algumas charges publicadas em solidariedade a Fernandes:

  • Son Salvador, chargista mineiro, morre aos 70 anos

    Son Salvador, chargista mineiro, morre aos 70 anos

    Uma semana triste para o mundo do humor. Na sexta-feira foi o designer gráfico e chargista Arnaldo Torres, o Atorres, de 55 anos, que não resistiu a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morreu em Belém. Neste sábado lamentamos o falecimento de Gérson Salvador Pinto, o Son Salvador, chargista que os Jornalistas Livres tiveram o prazer de mostrar seus trabalhos aos leitores. Mineiro de Sabará, Son faleceu aos 70 anos na madrugada deste dia 23, no Hospital Vila da Serra, em Belo Horizonte, onde estava internado para tratamento de problemas respiratórios.

    Son Salvador deixa a viúva Francisca Pinto, os filhos Gérson e Frances, os netos Davi e Samuel, além de um imenso legado para o jornalismo esportivo e humor de Minas Gerais.  Ele começou a trabalhar no Sindicato dos Bancários como ilustrador e chargista, de onde saiu aos 27 anos para trabalhar nos jornais Diário da Tarde, hoje extinto, e depois no Estado de Minas.

    A partir de 2007, comandou o programa de esportes Aqui Esportes, da TV Horizonte. Son Salvador era também baterista e gostava de ouvir clássicos nacionais e internacionais. “Era um ótimo companheiro de trabalho, sempre gentil, bem humorado e cheio de prosa. Uma perda enorme para o jornalismo e para os amigos a sua partida. Vá em paz, Son”, escreveu a presidenta do Sindicato dos Jornalistas de MG, Alessandra Mello.

  • Facebook cancela cartão vermelho a Jota Camelo

    Facebook cancela cartão vermelho a Jota Camelo

    Por Aloísio Morais e Martha Raquel

    Depois de ser suspenso por 30 dias pelo Facebook, o chargista Jota Camelo teve a punição cancelada pela plataforma uma semana depois. Ele estava convicto de que vinha sendo vítima de algum grupo de direita que combina um ataque à sua página apresentando dezenas ou centenas de denúncias à direção da plataforma em torno de uma mesma charge. Com as denúncias em bloco, a direção do Facebook acabou aplicando punições ao chargista pela quarta vez, apesar de a charge não estar ferindo as suas normas, como ele alega.

    “Começou com strike pegando um desenho de três ou quatro anos atrás. E vão pegando um por um, coisa que não continha nada agressivo. E o curioso é que toda vez que eu fazia um Hangouts com um amigo logo depois vinha a suspensão. Eles combinam o strike“, acredita Jota Camelo. “O interessante é que as páginas dos coxinhas são extremamente ofensivas às vezes e não acontece nada com eles, enquanto eu não tenho nada que fere as normas do Face”, denunciou o chargista.

    “Na época do golpe, os coxinhas deitaram e rolaram publicando material agressivo que fere as normas do Facebook e nenhuma punição acontecia. Já no meu caso a impressão que fica é de que ao receber denúncias os administradores do Facebook primeiro suspendem ou retiram a publicação e só depois é que vão analisar por que suspenderam“, observa Camelo. “Acontece que entre os administradores do Facebook não deve ter gente de esquerda, devem ser liberais e muitos deles devem pensar como os coxinhas, então acaba prevalecendo uma avaliação tendenciosa“, acredita.

    Segundo Camelo, fica claro que a perseguição feita à sua página é feita por seres humanos, não tem nada de robô. “Existem grupos enormes no Facebook fazendo isso, é tudo programado entre eles. E tenho percebido que configurações minhas foram mudadas, dando a impressão de que mexeram no link“, disse Camelo. “Curiosamente, na primeira vez que fui suspenso, por dois dias, eles pegaram aleatoriamente uma charge feita quatro anos antes abordando a questão islâmica. Uma amiga que mora na França postou a mesma charge e não aconteceu nada. A coisa é meio maluca“, observou Camelo, que é formado em Física e em Engenharia e, atualmente, vem lecionando inglês em sua terra, Taubaté, no interior de São Paulo.

    Camelo acredita que a perseguição que vem sofrendo deve-se ao papel exercido pelas redes sociais ao fazer a contra-narrativa e desmascarar o golpe de 2016. “Justamente quando a esquerda começa a mudar o quadro político, esclarecendo a população vem os ataques. Minhas milhares publicações no Facebook tinham cinco a dez mil  compartilhamentos e, agora, passaram para 100. Logo após o golpe alguém perguntou ao Temer sobre as redes sociais e ele disse: ‘Sim, estamos cuidando das redes sociais’, e agora estão tentando atacar de todas as formas. Os golpistas foram desmoralizados pela mídia social, porque só a mídia social faz o contraponto ao golpe”, destaca Jota Camelo, cujas charges têm um caráter altamente político e crítico.

    Enquanto cumpria a suspensão, Jota Camelo usou outra página para publicar suas charges adotando o nome de Juca Karmelo, onde chegou a publicar o seguinte aviso: “O Facebook derrubou temporariamente a página do Jota Camelo por ‘atividades contra a segurança’. Estranho. Se o Jota Camelo estava impedido de postar por 30 dias, como pode ter se envolvido em ‘atividades’? É óbvio que as tais ‘atividades’ foram promovidas pelos seus amigos, que continuaram a publicar suas charges políticas, e o Facebook quer impedir que estas charges sejam publicadas. Não resta a menor dúvida: esse algoritmo bate panela e veste camisa amarela.”

    Os Jornalistas Livres indagaram a equipe do Facebook se número de vezes que algo é denunciado influencia o fato de o conteúdo ser ou não removido. Receberam como resposta a informação de que “o número de vezes que algo é denunciado não influencia o fato de o conteúdo ser ou não removido do Facebook. Apenas removeremos o conteúdo se ele violar os Padrões da Comunidade do Facebook. Sobre a análise das denúncias, o Facebook garante que não são feitas por robôs, e sim por pessoas que falam português, mas que não necessariamente estão no Brasil.

    De volta ao jogo!

    Depois de questionado sobre o caso de Jota Camelo, o Facebook removeu o bloqueio do chargista. “A remoção incorreta de um conteúdo levou ao bloqueio temporário da Página. A Página não está mais bloqueada e pedimos desculpas pelo ocorrido”, afirmou o porta-voz do Facebook