Confira o sexto ato contra o aumento da tarifa, em São Paulo, que neste momento, chega a Avenida São Luís e segue direção a Câmara Municipal.
#3e80NAO
#Violenciaéatarifa
#Contraoaumento
Confira o sexto ato contra o aumento da tarifa, em São Paulo, que neste momento, chega a Avenida São Luís e segue direção a Câmara Municipal.
#3e80NAO
#Violenciaéatarifa
#Contraoaumento
Homenagem realizada pelos manifestantes ao ativista Pedro Leal, durante o sexto ato convocado pelo MPL. A homenagem foi realizada momentos antes da votação do trajeto.
Pedro Leal faleceu no último final de semana devido a uma fatalidade. De acordo com os manifestantes, o mesmo já era figura presente desde os atos de 2013.
19h00 – O trajeto definido é: Av. Mauá > R. Casper Líbero > Av. Ipiranga > Praça da República > Av. São Luis > Av. 9 de Julho terminando na Câmara Municipal de São Paulo
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18h55 – Começa a caminhada do sexto ato contra o aumento da tarifa
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18h45 – É definido o trajeto do ato, contrariando o caminho inicial, proposto pelo SSP. Segundo defesa feita pelo MPL, o trajeto em questão passa por dois terminais de ônibus, levando a luta a pessoas que não conseguiram chegar até o ato
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18h26 – Manifestantes fazem assembleia para definir o trajeto do ato. Qualquer um presente na manifestação pode sugerir e apresentar propostas
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17h40 – Tropas já estão presentes na região definida da manifestação
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17h37 – Ato começa a se desenhar na Estação da Luz; Tropa de Choque já está no local
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15h48 – Secretária de Segurança Pública divulga trajeto proposto ao manifestantes – http://www.ssp.sp.gov.br/noticia/lenoticia.aspx?id=36830
22h20 – Ato termina após repressão da policia militar com manifestantes detidos e feridos.
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21h55 – Policiais mascarados do Choque rendem manifestantes – Fotos: Midia Ninja
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21h50 – Segundo @ARTIGO19 já foram 9 presos e PM não passa informação precisa sobre onde foram levados Ten Coronel: “PODEM estar no 3* DP”
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21h40 – Choque joga bombas p/dispersar e a Força tática ajuda a dispersar. Motos saem atrás de quem tenta se reagrupar
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21H35 – GAPP aplica primeiros socorros em repórter atingido por estilhaço de bomba
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21h35 – Policia Militar começa a reprimir manifestação com bombas
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21H19 – Ato chega na Praça da República, Policia Militar cerca os manifestantes, Tropa de Choque está posicionada com tropas mascaradas e Caveirão
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21h00 – PM explica que “bomba era de som” e que reagiu a agressão. Tenente Coronel: “quem agrediu correu”. Ninguém foi preso. #3e80Não
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20h42 – Depois de soltar bomba de efeito moral PM refaz cordão de isolamento e ato continua em direção a Republica
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20h40 – Ato chega no Viaduto do Chá em frente a Prefeitura de São Paulo, onde a Tropa de Choque está posicionada com o Caveirão
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20h00 – Manifestantes saem do Terminal Dom Pedro e seguem neste momento o trajeto divulgado anteriormente. Estão diante da Secretaria de Transportes do Estado de SP, na região central de SP. A PM continua recomendando que eles marchem até a Praça da República. A Polícia Militar, com grande contingente, escolta o ato neste momento. Só pode sair do cordão quem é da imprensa.
Os organizadores do ato estimam que cerca de 7 mil pessoas estão presentes.
Fotos: Mídia Ninja
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19h30 – Comandante Motta Neto, da Polícia Militar, responsável pela operação do ato hoje concede entrevista, para os Jornalistas Livres. Declarando que devido a demora em divulgar o trajeto, não permitirá que o ato siga o trajeto proposto pelo MPL
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19h10 – O clima é tenso neste momento no Terminal Dom Pedro
Após tentativa de negociação, MPL decide manter trajeto inicial, contra a recomendação da Polícia Militar. De acordo com a PM, os manifestantes deveriam seguir para a Praça da República. Mas movimento seguirá pelo centro da cidade até chegar na ALESP.
De acordo com o comandante da operação, a PM só usará de repressão se os manifestantes agirem com violência. Há forte movimentação da Tropa de Choque.
informações e fotos: Laura Capriglione/Jornalistas Livres e Mídia Ninja
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18h55 – Movimento Passe Livre decide manter o trajeto originalmente definido e divulgado nesta tarde
O MPL acaba de apresentar proposta que vai contra o posicionamento da polícia de que ninguém sai do terminal a não ser para a Praça da República. O MPL decidiu que vai seguir o trajeto que foi divulgado horas antes do ato.
“A atitude da Polícia Militar será coerente com a atitude que os manifestantes tomarem. Nós só iremos agir no caso de violência dos manifestantes”, disse o comandante Motta Neto, da Polícia Militar, responsável pela operação do ato hoje.
A PM e integrantes do MPL seguem negociando.
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18h30 – O ouvidor de polícia está neste momento fazendo uma intermediação para definir o trajeto da manifestação contra o aumento da passagem, em São Paulo. O comandante da PM vai permitir o trajeto até a Praça da República, e, segundo a PM, o movimento aceita o percurso ou não haverá ato. O argumento usado pela Polícia Militar é que o MPL não enviou a solicitação do trajeto com antecipação para conseguir a liberação. O movimento está deliberando sobre o trajeto neste momento e será divulgado nos próximos minutos. O trajeto divulgado hoje nas redes sociais teria como ponto final a Assembleia Legislativa (ALESP).
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17h40 – Tenente Coronel Henrique Mota Neto diz aos Jornalistas Livres que a polícia fez seu planejamento esperando que o Terminal estivesse aberto e que a decisão de fechá-lo foi da SPTrans.
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17h30 – O Terminal Parque Dom Pedro II está fechado. Os usuários chegam e não encontram informações sobre locais onde podem tomar seu ônibus.
Tenente Coronel Henrique Mota Neto diz aos Jornalistas Livres que a polícia fez seu planejamento esperando que o Terminal estivesse aberto e que a decisão de fechá-lo foi da SPTrans, no ato contra o aumento da tarifa dos transportes públicos, em São Paulo.
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17h00 – O Terminal Parque Dom Pedro II, onde ocorrerá o ato contra o aumento da tarifa do transporte público em SP; está fechado. A tropa de choque se posicionou em uma das entradas. Os funcionários e fiscais do terminal não serão dispensados. Alguns ônibus estão deixando os passageiros na Praça Clovis.
A fala do secretário de “segurança” pública (não creio que seja seguro ficar perto da PM após as cenas de ontem), Alexandre de Moraes, merece alguns apontamentos importantes, quando vista à luz da Constituição Federal.
Em primeiro lugar, em um Estado Democrático de Direito, a “atuação da policia [militar]” não deve ser analisada em termos de “elogios”, como fez o secretário, mas de legalidade. Foi legal a repressão da Polícia Militar no protesto do dia 12 de janeiro e em tantos outros? Vejamos.
Disse o secretário, que além de tudo dá aula de direito constitucional na USP, que “os manifestantes precisam cumprir a Constituição e avisar previamente”, pois, “caso contrário será a Secretaria da Segurança Pública (SSP) quem definirá o trajeto, para poder transferir linhas de ônibus, retirar o lixo das ruas e garantir que não haja depredação”. E o que diz a Constituição Federal em Artigo 5º, XVI: “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.
A Constituição estabelece como direito fundamental a livre manifestação e reunião em local público, tais como a Avenida Paulista, Consolação ou Rebouças. O texto deixa claro que não depende de autorização. Logo, se os manifestantes quiserem seguir para direção “A” ou “B”, não devem necessitar de autorização da SSP, muito menos que esta determine para onde os manifestantes devem seguir.
É vedado aos manifestantes o uso de armas, pois causam riscos à segurança de outras pessoas, o que não é o caso do vinagre. (É vedado à polícia o uso desmedido da força, pelas mesmas razões). Mas por que se deve avisar? Para não frustrar outra reunião. Há aqui um sentido positivo: Todos podem se manifestar expondo diferentes pontos de vista, desde que não atrapalhem uns aos outros. Pode haver várias manifestações simultâneas pela cidade, sim. A Polícia não deve impedir o direito de reunião pacífica, e tem o dever de garantir a integridade física dos cidadãos que dela participam, bem como a liberdade de locomoção.
O direito de reunião é fundamental numa “ordem democrática” [esta a “ordem” pela qual a polícia deveria zelar, ou ao menos não violar!], logo, é do povo o poder de definir local e hora de manifestação.
Assim, não há outra resposta à pergunta feita acima. A atuação da Polícia foi ilegal, inconstitucional e antidemocrática.
Nesta terça-feira, 12/1, a polícia de Alckmin estava nas ruas com apenas uma missão: impedir que a manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens em SP se realizasse. E a “melhor” forma de se fazer isso, sem dúvida, se deu pela truculência e maldade da ação do contingente, lição número 1, que a polícia vem insistindo em aplicar contra a população que protesta nas ruas, nas escolas e nos espaços públicos.
Sem motivo algum, sem que um único ato de vandalismo tivesse sido cometido pelos manifestantes, a Polícia Militar desferiu o ataque selvagem contra tudo e contra todos os que estavam confinados no perímetro da praça do Ciclista, no final da avenida Paulista. Confinados é o termo exato. Porque a animosidade da PM já se fez notar no início da concentração.
A polícia cercou os manifestantes com cordões de policiais fortemente armados, espalhados pela avenida Paulista, pela rua Bela Cintra, pela rua da Consolação. Quem estava dentro sabia que o ataque da PM era iminente. A tensão e o medo pesavam, mas a coragem dos milhares de manifestantes ali reunidos impediu a dispersão pretendida pelas forças da repressão (quem quisesse sair do cordão, saía, mas não podia voltar).
E foi assim que a passeata se preparou para sair. Bandeiras levantadas, viam-se as presenças do Movimento Passe Livre, da UNE, da Ubes, do Sindicato dos Metroviários, da Juventude do PT, da CUT, de um lado. Do outro, policiais equipados com as tais “armas não-letais” (escopetas calibre 12 municiadas com balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, spray de pimenta).
Sem mais, deflagrou-se a repressão selvagem. Centenas de bombas de gás foram arremessadas contra manifestantes encurralados. Um cenário de repressão digno de Ditadura Militar. Os manifestantes queriam descer a avenida Rebouças e terminar o ato no largo da Batata, mas a Polícia já havia saído do batalhão com o trajeto definido, e queria forçar a passeata a seguir pela rua da Consolação.
Os Jornalistas Livres testemunharam o momento em que o MPL recebeu do comandante a garantia de que “nada iria acontecer” se a manifestação concordasse em descer a Consolação e caminhasse até a Praça da República, onde terminaria. O fato é que o chefe da operação mal fechou a boca e a primeira bomba de gás lacrimogêneo foi lançada pelos policiais em cima dos manifestantes que seguravam a faixa com a frase “3,80, o povo não aguenta”.
Foi o replay maldoso do fatídico dia 13 de junho de 2013, contra uma manifestação que nem sequer teve início. Estilhaços de uma das bombas atingiram a coxa de uma repórter dos Jornalistas Livres. Outras 28 pessoas sofreram ferimentos e tiveram de ser levadas ao Hospital das Clínicas e à Santa Casa. Um rapaz teve fratura exposta.
E mais uma vez o estado democrático de direito e a liberdade de manifestação e expressão foram arremessados na lata do lixo. Sem reciclagem.
Na praça do Ciclista, manifestantes procuraram abrigo em edifícios. A polícia foi atrás. Dentro do Edifício Cervantes, as pessoas sufocavam sob o efeito das bombas de gás lacrimogêneo, choravam, desesperavam-se. Skatistas, tão comuns na avenida Paulista, escondiam assustados os seus skates velhos, com medo de que a polícia os levasse presos por tomá-los por “black blocs”. Feridos compartilhavam ataduras e mertiolates para tratar os machucados.
A tropa de Choque completou a bárbarie com o apoio da Força Tática, caçando grupos de manifestantes, a fim de impedir qualquer aglomeração que excedesse o número de 10 pessoas. Era tiro, porrada e bomba, literalmente e sem mira, para todas as direções. Gritos, choro e sangue, muito sangue se via cada vez que a nuvem de fumaça dos artefatos era levada pelo vento.
O secretário de Segurança Púbica de São Paulo, Alexandre Moraes, considerou “normal” a atitude da PM. Ninguém esperaria do chefe dos algozes que dissesse nada diferente. Afinal, ele foi indicado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para prosseguir na criminalização/repressão aos movimentos sociais, aos pobres e à população periférica.
O prefeito Fernando Haddad (PT-SP) guarda até agora um silêncio cúmplice, em relação aos atos selvagens da polícia, de desrespeito ao direito constitucional de reunião e de livre expressão do pensamento.
Novas manifestações estão marcadas para esta quinta-feira (14/01), no Theatro Municipal e no Largo da Batata.