Jornalistas Livres

Categoria: Segurança Nacional

  • Temer declara guerra al pueblo

    Temer declara guerra al pueblo

    El gobierno Temer escanó su cara. Con un decreto firmado hace poco, convocó las Fuerzas Armadas para reprimir manifestaciones.  Además de una máquina de corrupción, el usurpador del Planalto (sede del Poder Ejecutivo Federal brasileño) mostró manejar una máquina de guerra en contra el pueblo.

    Más de cien mil personas se reunieron pacíficamente en Brasília pidiendo la renuncia del títere, elecciones directas y dando un sonoro no a las reformas liquidadoras de la jubilación y de los derechos trabajistas. Qué encontraron? Soldados armados hasta los dientes y dispuestos a atacar una manifestación democrática.

    Hay decenas de heridos. Al menos uno de ellos fue afectado por una bala y está en el hospital. Bombas de gas y de efecto (i)moral son disparadas incesantemente contra trabajadoras, trabajadores y jóvenes desarmados. Un escenario típico de los tiempos de dictadura militar.

    Temer y su banda no tienen cualquier condición de continuar en el poder. Su ofensiva en contra la manifestación de hoy no deja dudas. Más y más, el gobierno golpista solo puede recurrir a la represión. No hay argumentación capaz, en una democracia, de defender ni por un día más a un mandatario sucio de los pies hacia la cabeza por la corrupción explícita y teñido con la sangre de los manifestantes.

    La permanencia en el Planalto del títere Temer al servicio de intereses reaccionarios es una verdadera provocación al pueblo brasileño. Los números no mienten: 14 millones de desempleados, millones de familias en desesperación, millares de empresas cerrando, incumplimiento de deudas se extendiendo. Ahora, vivimos una represión cobarde en gran escala. Todo eso es obra de una administración ilegitima y desmoralizada incluso entre muchos que embarcaron en la aventura golpista.

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    Portuguese: https://jornalistaslivres.org/2017/05/temer-declara-guerra-ao-povo/

    English: https://jornalistaslivres.org/2017/05/temer-declares-war-on-the-brazilian-people/

     

  • Temer declares war on Brazilian people

    Temer declares war on Brazilian people

    Temer’s administration showed his true colors. With a recent decree, signed yesterday, the Brazilian President summoned the military to repress protests. Beyond being the head of a corruption machine, the usurper from the palaces of Brasilia demonstrated also to manage a war machine against his own people.

    Yesterday, more than one hundred thousand people met peacefully together in the capital, Brasilia, asking for the resignation of the puppet president, direct elections and giving a loud No to the law reforms that destroy retirement and workers’ rights. What did they find? Soldiers, armed to the teeth and willing to attack a democratic manifestation.

    There are dozens of injured. One of them, at least, was shot and is in the hospital. Tear gas and sound bombs were dropped constantly against worker men and women and unarmed youngsters. A typical scene from the times of the Military Dictatorship.

    Temer and his gang do not have any condition to continue in power. His offensive against the yesterday protests leaves no doubts. More and more, the coup’s government can only resort to repression. There is no way to continue defending, in a democracy, a representative soiled in dirt from head to toe by explicit corruption and dyed in blood from protesters.

    To keep in presidency this puppet of reactionary interests is a true provocation to the Brazilian people. The numbers don’t lie: 14 millions of unemployed, millions of families in despair, thousands of closing business, defaults rising… and now, coward repression in large scale. Everything is the work of an illegitimate administration, rejected even among the many that supported the coup’s adventure.

    The tragedy seen yesterday in Brasília is the new signal that the popular mobilization is the true enemy of the powerful. The plots to impose an indirectly elected president by this Congress of bootlickers do not represent a possible way out to the country. More than never, it is time to go to the streets and shout: Out with Temer! Directs Now!

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    Portuguese: https://jornalistaslivres.org/2017/05/temer-declara-guerra-ao-povo/

    Spanish: https://jornalistaslivres.org/2017/05/temer-declara-guerra-al-pueblo/

  • Brasil: Abatedouro de Pobre

    Brasil: Abatedouro de Pobre

    Juízes, Desembargadores, Ministros do STF e STJ, o Ministério Público Federal e os Estaduais, as Polícias Militares e a Federal, o Exército, a Força Nacional, os protagonistas do Golpe de Estado contra a Democracia agora rangem os dentes contra a população preta e pobre —a maioria da população carcerária do país.

    Michel Temer, o presidente do Golpe, já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, escolhido para o cargo logo depois do Massacre do Carandiru, em 1992, pelo seu amigo, Luiz Antônio Fleury Filho.

    O PMDB batizou-se no poder com o sangue dos 111 mortos no Carandiru.

    Sem medo de errar, dá para afirmar que a maior parte dos três poderes da República assiste aos massacres nas penitenciárias de Manaus e Rio Branco, em que morreram pelo menos 93 homens —silêncio sorridente diante das chacinas.

    Nada fazem, sentados em salas com ar-condicionado, tomando uísque em palácios e resorts de luxo, bancados por grandes grupos econômicos.

    Quase 40% do total de presos no Brasil em 2015/16 nem sequer foram condenados.

    Quantos homens massacrados em Manaus e Bela Vista estavam jogados no inferno sem nem sequer um julgamento?

    Os juízes cheios de regalias, aos quais o ministro Ricardo Lewandowski regalou mais ainda com aumento farto, não são capazes nem mesmo de fazer o seu trabalho.

    E as polícias militares seguem caçando nas ruas, superlotando de indivíduos suspeitos-padrão (isto é pretos, pobres, favelados) as celas das cadeias já superlotadas.

    Hoje o Brasil é a terceira maior “potência carcerária” do mundo, atrás apenas dos EUA e Rússia (êta mercado bom, hein?…).

    Enquanto isso, a classe média que adora “selfie com PM” goza de prazer vendo os massacres. Famílias tementes a Deus trocam figurinhas pelo whatsapp…

    —Vc tem uma cabeça cortada?

    —Tenho um vídeo de coração sendo arrancado. E é forte!

     

     

     

     

  • EDITORIAL – UM GOLPE COM SANGUE NOS OLHOS

    EDITORIAL – UM GOLPE COM SANGUE NOS OLHOS

    Por Flávia Martinelli, para os Jornalistas Livres

    Foto e vídeo: Sato do Brasil/Jornalistas Livres

    Começou com sangue nos olhos. Um globo ocular dilacerado, cego e, por uma dessas ironias amaldiçoadas, esquerdo. Deborah Fabri, a estudante de 19 anos atingida por estilhaços de bala na primeira manifestação depois do golpe, foi perfurada em muito mais do que em seu direito de se manifestar. Figura de linguagem já não cabe mais na retórica da repressão inaugurada pelo golpista.

    Houve também uma câmera fotográfica destroçada. A quantidade pedaços quebrados denuncia a ira do arremesso. E, ainda, centenas de olhos inflamados por spray de pimenta. Choro de gás e de inconformidade. “Mão na cabeça e cara virada pro muro, filho da puta! Olha pro chão, vândalo do caralho!”, é a clássica ordem de prisão policial da tropa de Geraldo Alckmin. E não dá para esquecer do olhar dos refletores do poder.

    Lentes de TV estão seletivas. Só registram o vidro do caixa eletrônico quebrado. O noticiário da Globo adora um quebra-quebra. Os editoriais, espaços para a defesa do ponto de vista dos jornais, pedem mais repressão. A Folha e o Estado de S.Paulo tipificaram os manifestantes por um único grupo de meia dúzia de queimadores de lixo, pneus e quebradores de vidraças bancárias. Justificam a porrada, incutem medo na classe média, querem medidas mais duras para conter quem protesta.

    O presidente golpista atendeu no mesmo dia. Temer autorizou as Forças Armadas a atuarem na Avenida Paulista no domingo (04/09) marcado para inúmeras manifestações. A “garantia da lei e da ordem” tem como desculpa a passagem da tocha olímpica no local. O governo do Estado gostou. Emitiu nota avisando que protesto não pode, não. Estão todos de olho, nas palavras dos jornais, nos “vândalos”, “arruaceiros”, “milicianos”, “fascistas”, “criminosos”, e, claro, “baderneiros”, definição preferida dos apoiadores do golpe.

    Mas o que é “baderna” diante de um complô de corruptos, grandes instituições financeiras, indústrias e mercados internacionais capazes de derrubar uma democracia? E que massa é essa de “soldados da arruaça” ou “fanáticos da violência” como diz a “Folha de S.Paulo” que, depois de apoiar o golpe – esta sim a violência superlativa – se vitimiza de forma patética ao ter sua fachada pichada por manifestantes?

    Os repórteres de gabinete não viram, por exemplo, que entre os incendiários de lixo havia um pai de família de 54 anos, professor da rede pública, puto por ter seu voto roubado. Se ele botou fogo para fazer barricada contra a tropa de choque, é miliciano e ponto final. E dá-lhe bomba, diz o jornal. E bomba na cara, age a PM.

    “Nos últimos dias, eu testemunhei policiais fazendo mira na cabeça de manifestante”, diz a jornalista Kátia Passos que, muito antes de ser Jornalista Livre, há um ano, é mãe de uma estudante secundarista e registra praticamente todos os atos de estudantes em São Paulo. “Nesses três últimos atos não teve conversa. Eu sempre falo com os comandantes como, ouço o outro lado. Não consegui trocar uma palavra. Eles se recusam a negociar.”

    Kátia reconheceu todas as cinco forças da polícia nas manifestações: Tática, Tropa de Choque, helicóptero, cavalaria e Polícia Militar. “Não via esse esquema de repressão desde o massacre de 2013, quando os policiais perderam completamente o controle e saíram atirando a esmo. A polícia não está na rua para dispersar, mas para encurralar.”

    No dia do golpe, (31/08), havia mais de mil policiais em ação na manifestação. Num trecho da rua da Consolação, sem saídas laterais, eles passaram a comprimir os manifestantes, cercando o grupo num círculo. “Bombas foram lançadas no meio da passeata. A única maneira de escapar era passar pelos cordões policiais com risco de levar tiro de borracha à queima-roupa”, lembra o Jornalista Livre Adolfo Várzea.

    No dia seguinte, Lucas Porto, repórter, fotógrafo, rotineiro cinegrafista de transmissões ao vivo das manifestações do Jornalistas Livres chegou a ser, literalmente, caçado por uma matilha de oficiais. Lucas sabe que sempre esteve marcado. Mas dessa vez, o grupo de policiais não se contentou de correr em seu encalço. Lucas ganhou uma bomba exclusiva, só pra ele, numa calçada praticamente vazia. Só não foi apanhado pelos PMs porque outro colaborador dos Jornalistas Livres, Caco Ishak, se colocou diante dos policiais. Caco foi atropelado por uma moto da tropa na calçada, derrubado no chão, imobilizado e levado para a delegacia. Só saiu de lá depois das 4 da manhã.

    O parâmetro da violência policial deixa claro a que veio o golpe. É a opinião dos fotógrafos Christian Braga e de Sato do Brasil, ambos Jornalistas Livres. Christian vê uma escalada crescente de violência nesses últimos dias. “Tá punk, sim. E tem bala de borracha pra caramba, os caras nem pensam antes de atirar.” Sato estava próximo ao prédio da Folha de S.Paulo na última quarta-feira (31/08), quando os manifestantes picharam o portão blindado da entrada e jogaram pedras na fachada no jornal.

    “Vi de longe quebrarem a câmera do fotógrafo ali. Ele estava sentado com as costas na parede. O policial simplesmente tirou o capacete da cabeça dele, arrancou a câmera, jogou no chão e pisou no equipamento.” Sato deu de cara com um PM e avisou: ‘Sou imprensa, sou imprensa’. Ele respondeu: ‘Foda-se, sai daqui! Quer tomar tiro na cara?’”. De fato. Àquela altura, a estudante Deborah já havia perdido a visão. Não era força de expressão. O golpe quer tirar sangue dos nossos olhos.

     

  • Exército Brasileiro proíbe Pokémon Go em suas unidades

    Exército Brasileiro proíbe Pokémon Go em suas unidades

    Por Aloísio Morais, especial para o Jornalistas Livres

    Por medida de segurança, o Exército está proibindo o Pokémon Go em suas organizações militares, confirmando as informações de que o brinquedo espiona por meio de fotos os locais onde se instala. Conforme especialistas, o aplicativo funciona como uma verdadeira máquina de coleta de dados ao armazenar informações “exatas e detalhadas” sobre cada movimento do usuário.

    No último dia 5, por exemplo, o chefe do 1º Depósito de Suprimento do Quartel em Triagem, Zona Norte do Rio de Janeiro, tenente coronel Allan Ares Pedrosa Pinto, baixou ordem de serviço sobre “Aplicativos para Smartphone”, proibindo, “terminantemente”, qualquer indivíduo de utilizar seu smartphone para jogos de entretenimento no interior da organização militar. “A guarnição de serviço deve estar permanentemente atenta em função dos riscos decorrentes do emprego destes aplicativos no interior do 1º DSup”, alertou.

    “Atenção especial deve ser dada a um jogo recentemente lançado com o nome de Pokémon Go” observou. “Para jogar Pokémon Go, faz-se necessário dar permissão ao aplicativo para usar a câmera, GPS, microfone e até dispositivos USB que estiverem conectados ao aparelho. Ao aceitar a permissão, o celular encontra 3 pokemons de imediato. Em seguida, o aplicativo tira uma foto do local, incluindo as coordenadas e ângulo do smartphone, registrando o ambiente onde se encontra o usuário. Desta forma, pontos sensíveis da organização militar (OM) serão revelados, num flagrante atentado à segurança”, finalizou o militar.

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    Escândalo

    O Pokemon Go foi criado pelo norte-americano John Hanke, fundador da empresa Keyhole, Inc, um projeto de mapeamento de superfícies comprado pelo Google e usado para fazer o Google Maps/Earth e Street View. Hanke é o responsável pela equipe que dirigiu o maior escândalo de privacidade na Internet, em que carros do Google, no percurso realizado para fotografar ruas para o Street View dos mapas online da empresa, copiou secretamente os tráficos de internet de redes domésticas, coletando senhas, mensagens de e-mail, prontuários médicos, informações financeiras, além de arquivos de áudio e vídeo.

    A Keyhole foi patrocinada pela empresa In-Q-Tel, fundada pela CIA em 1999, conforme pode ser comprovado no site da empresa. Desta forma, indiretamente, a CIA poderia ter acesso a todos os mapas mas não conseguia entrar dentro das casas. Então surgiu o Pokemon Go, que, para jogar, é necessário dar permissão para o aplicativo usar câmera, GPS, microfone e até os dispositivos USB que estiverem conectados ao smartphone. Ao dar permissão, o celular acha três pokemons por perto de imediato, e, ao procurar pokemons dentro de casa, permite que o aplicativo faça uma foto da sala de casa, por exemplo, incluindo as coordenadas e o ângulo do celular do usuário. Desta forma, são registradas fotos do ambiente onde o dono do celular mora, dando acesso ao aplicativo.

    Geralmente, é claro, ninguém lê os termos de aceitação para usar o jogo, e lá está bem claro: “Nós cooperamos com agências do governo e companhias privadas. Podemos revelar qualquer informação a seu respeito ou dos seus filhos…” E o parágrafo 6 não deixa dúvidas sobre a espionagem: “Nosso programa não permite a opção “Do not track” (Não me espie”) do seu navegador. Portanto, está aberto um campo fértil para qualquer paranoia.

     

    Alerta

    Não é à toa que a comissária para a privacidade no estado alemão de Schleswig-Holstein, Marit Hansen, lançou um alerta sobre o Pokémon Go. Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, publicada no último dia 5, ela afirmou que o jogo armazena dados “exatos e detalhados” de cada movimento dos usuários pelas ruas. “É uma máquina gigante de coleta de dados”, afirmou, observando que o aplicativo de realidade aumentada, além de espionar, também pode condicionar o comportamento do consumidor.

    A Niantic, empresa da Califórnia que ajudou a desenvolver o jogo, colocou à disposição uma ferramenta de marketing para “deliberadamente orientar ” os usuários do jogo aos chamados ‘Pokestops’ em estabelecimentos comerciais. “O Pokémon Go é o ponto de partida para uma nova era de controle total”, afirmou o editor-adjunto do Handeslblatt, Thomas Tuma. “Os monstrinhos são os cavalos de Troia com os quais a indústria da internet abre o caminho para nossas cabeças e nossas carteiras”, acrescentou.

    Por essas e outras, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, determinou que o departamento correcional proibisse que os cerca de 3 mil criminosos sexuais do estado usem o Pokémon Go. O site da Niantic alerta que os usuários do Pokémon Go não podem ter menos de 13 anos para jogar.

    Portanto, todo cuidado é pouco com esse tal de Pokémon Go.