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Categoria: Pré-candidatos à presidencia

  • Edna Sampaio aceita a candidatura a deputada federal para seguir na luta por #LulaLivre e contra o golpe

    Edna Sampaio aceita a candidatura a deputada federal para seguir na luta por #LulaLivre e contra o golpe

    Nota de uma resistência militante de vozes que não se silenciam!

    Minhas amigas e meus amigos,

    Lutamos com todos os recursos que tivemos por uma candidatura própria do PT. Nos colocamos com a coragem de quem compreende a convocatória deste momento histórico, a responsabilidade que precisamos ter com os trabalhadores e trabalhadoras de nosso país e de nosso estado. Nos apresentamos com o firme propósito de defender a Democracia, pela liberdade de Lula, pelo seu direito de ser candidato e de ser Presidente do Brasil.Lutamos para que o PT pudesse protagonizar a alternativa política, na defesa de um projeto de desenvolvimento justo, solidário, democrático e popular para Mato Grosso. Fomos vencidos! Vencidos na Executiva Estadual que, embora dividida, obteve a maioria dos votos para interditar nosso projeto de candidatura própria. Foram 7 votos contra 9.

    Não nos resignamos. Era preciso respeitar os que acreditaram em nosso projeto, as esperanças fecundadas, os corações já cansados e as vozes roucas de gritar nas ruas o que o corpo sente: o bolso vazio, o desemprego galopante, a terra sem gente e gente sem terra, a destruição de direitos, o golpe, o açoite.

    Apresentamos recurso contra a aliança junto à Executiva Nacional.

    Para os companheiros e companheiras do coletivo da candidatura própria, além de recorrer contra a decisão da aliança, era necessário que nos colocássemos para a candidatura a Deputada Federal, uma vez que o recurso poderia não ser acolhido pela Executiva Nacional e, é importante participar das eleições, como estratégia de resistência ao golpe, defesa da Democracia, da liberdade e da candidatura de Lula. Continuar a luta no processo eleitoral, não recuar. Entretanto, a Executiva Estadual, impôs a exclusão do meu nome, sob o argumento de que o PT poderia ter apenas um nome na chapa de federal. Uma tentativa de banimento político, uma regressão democrática inaceitável. Apresentamos o segundo recurso à Executiva Nacional.

    Em votação no final do dia de ontem, a Executiva Nacional não deu provimento ao recurso contra a aliança e perdemos por 8 votos a 9. Esgotamos a possibilidade de luta pela candidatura própria, lamentavelmente. Solicitamos, então, a apreciação do recurso contra a exclusão do meu nome da chapada de Federal. Não foi fácil a aprovação. O recurso foi votado quatro vezes e, em três das votações houve empate. O impasse se instalou na reunião da Executiva Nacional. Mato Grosso pautou a reunião durante toda tarde e noite do domingo e, apenas às 22:37h, depois da discussão do recurso do PT de Rondônia é que houve a última votação e, finalmente, nosso recurso foi aprovado por 10 votos a 9, determinando à Executiva Estadual a inclusão do meu nome na lista como candidata a deputada federal.

    Foi uma longa batalha contra nossa interdição, contamos com o apoio de lideranças nacionais dos movimentos sociais (CUT, MST, da educação), mobilizados pelos companheiros desses movimentos em Mato Grosso. Além disso, mobilizamos membros da direção nacional para revertermos a violência imposta a nós em Mato Grosso, perpetrada por quem tem poder. A batalha foi travada entre Cuiabá e São Paulo durante todo dia. Algo de extraordinário aconteceu: rompemos o silêncio e o rolo compressor imposto pela maioria da executiva estadual que queria silenciar as vozes dos que defendiam candidatura própria. Nunca antes a militância, desprovida de poder de mandatos conseguiu tal feito.

    Por que ser candidata numa aliança contra a qual combatemos fortemente? Porque apesar de sermos obrigados a aceitar a decisão das instâncias do partido, não é razoável abandonar a luta, mesmo nas condições impostas.

    Não é razoável aceitar o silenciamento imposto. Lula precisa de nós nestas eleições, precisa de um palanque, de uma defesa da militância e de espaço para essa defesa, precisará também de uma bancada de deputados e deputadas federais comprometidos/as com os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras para que possa governar.

    Nossa candidatura a federal é resultado da luta que travamos, uma luta muito desigual, e a fizemos porque Lula precisa voltar a governar o Brasil para por fim ao golpe. Fomos, impedidos de lutar com candidatura própria ao Governo de MT, não poderíamos aceitar que também fossemos impedidos de ser a candidatura Federal do Lula em Mato Grosso. 

    Assim, sou candidata a Deputada Federal, por determinação da Executiva Nacional, não como prêmio de consolação ou concessão da Executiva Estadual.Essa candidatura representa a resistência e luta contra o silenciamento que tentaram nos impor. Acatamos a decisão do PT mas, mesmo nesta contradição e constrangimento que a política nos impõe, deixar de ocupar os espaços é entregar nossa luta a quem não irá fazê-la.

    Sou candidata sim, para aqueles que queiram uma alternativa combativa, em favor dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, representando os movimentos sociais e sindicais, do povo que se transforma em vozes de Lula em Mato Grosso. Sou candidata para compor a bancada de federais do Lula e, ajudar a construir uma frente progressista, de esquerda no Congresso Nacional, contra a destruição de nossos direitos e, em favor da Democracia e da Justiça Social Meu compromisso é com a luta contra o golpe, com o povo trabalhador, com o PT e com Lula, SOU 13!!

    Edna Luzia Almeida Sampaio

    Pré-Candidata a Deputada Federal/PT

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    Em ação midiática paralela, o grupo Diálogo e Ação Petista lançou uma série de stickers denunciando os atos e orientando a militância a não votar no candidato a governador da coalização estadual, o senador pelo PR Wellington Fagundes

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    Veja aqui a primeira matéria dos Jornalistas Livres com a então pré-candidata ao governo de Mato Grosso: https://jornalistaslivres.org/edna-sampaio-luta-por-candidatura-do-pt-em-mato-grosso/

  • Manuela D’Ávilla dá entrevista exclusiva aos Jornalistas Livres

    Manuela D’Ávilla dá entrevista exclusiva aos Jornalistas Livres

    Em entrevista exclusiva, e sem interrupções, a jornalista e ex-deputada federal coloca sua candidatura ao Palácio do Planalto a serviço da luta pela Democracia, que exige União e diálogo entre as esquerdas e demais forças progressistas. Ela fala sobre os ataques sofridos no ex-programa de entrevistas Roda Viva, sobre a prisão de Lula, as críticas do partido aos governos do PT, os paradoxos do apoio parlamentar, o golpe, as possibilidades de construção de uma maioria no Congresso, as candidaturas da frente (ampla ou não) que exige a volta da democracia, e muito mais.

    Manuela, encarna o melhor do novo feminismo brasileiro. Aquele que exige respeito, espaço, reconhecimento. Que não pede favor. Que é solidário. Sobre o episódio Roda Viva, em que foi interrompida mais de 50 vezes pelos entrevistadores, que queriam falar mais do que ela (afinal, ela é só ela, uma ManuEla), a militante afirma que isso é o que sempre se fez com as mulheres. A diferença foi a reação, ocorrida principalmente pelas redes, em defesa do seu direito de falar, se expressar, divergir, existir. A diferença foi o sentimento de sororidade que fez com que cada mulher se reconhecesse como alvo do CalaBoca que se pretendeu impor a Manu.

    Essa militância por Direitos é a mesma que está na base da defesa que Manuela faz de Lula, contra a prisão injusta que os adversários políticos do petista impõem a ele neste momento. Mas Manuela não faz dele uma defesa teórica. Ela pensa no frio que Lula sofre no cárcere de Curitiba, longe da família e da liberdade. Os olhos dela se abrem num brilho de indignação emocionada contra tanta injustiça.

    Manuela nem por isso deixa de fazer as críticas que julga necessárias aos governos do PT. Ela se entusiasma ao discorrer sobre uma grande frente, a seu ver necessária, para derrotar as ameaças todas que estão colocadas aos trabalhadores, ao povo pobre, às mulheres, aos negros, pelo projeto neoliberal. E se dispõe a unir forças para impor a vontade popular, estrangulada em 2016 pelo golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff.

    Neste sábado, dia 21 de julho, o PCdoB se reúne para decidir sobre a candidatura de Manu. O partido discute com o PT uma possível frente entre as duas grandes organizações da esquerda brasileira. Também com Ciro Gomes houve tratativas. O certo é que a guerreira Manuela estará ao lado do Brasil.

    Créditos: Entrevista por Cecília Bacha, Lina Marinelli, Murilo Matias e Laura Capriglione. Fotografia por Lina Marinelli e Thalita Oshiro. Edição: Gustavo Aranda.

    Veja e ouça abaixo:

  • Não temos tempo a perder

    Não temos tempo a perder

    A notícia de que o tempo de TV de Bolsonaro será menor até mesmo de que o tempo que Enéias dispunha nas eleições de 1989 é interessante, e me levou a fazer uma breve reflexão.

    Com esses 8 segundos, Bolsonaro conseguirá dizer apenas “meu nome é Bozo”.


    Isso até parece engraçado, e certamente renderá material para vários memes e piadas.


    Mas ele dizer isso já é o bastante, e eleição é coisa séria.


    É o nosso futuro, é o futuro de todo um país que está em jogo.


    Então antes de rir da piada devemos levar em consideração que a base eleitoral de Bolsonaro está sendo construída há anos, fortemente alicerçada nas redes sociais.

    Ou seja, que ele não dependerá essencialmente da TV para fortalecer a musculatura de sua campanha eleitoral.

    Sua campanha tem bastante capilaridade, é horizontal na estrutura, é vertical no discurso e tem grande homogeneidade e simplicidade ideológica.

    Bolsonaro fala aquilo que parte do povão gosta e quer ouvir.

    Seu discurso tosco e violento dialoga com parte da massa, com uma parcela da população que está preocupada apenas em chegar em casa sem ser assaltada, sem ter o celular roubado ou a filha violentada.

    Uma parcela da população que é amedrontada diuturnamente por programas policialescos de TV, pela criminalidade informal e pela bandidagem oficial, aquela que usa farda, anda de viatura e a oprime nas favelas e periferias por todo o Brasil.

    Não que Bolsonaro apresente proposta sobre esses ou quaisquer outros temas nacionais, muito pelo contrário.

    Bolsonaro finge que apresenta propostas factíveis, só que ele finge muito bem.

    Usando de um simulacro de discurso tão rústico quanto objetivo, Bolsonaro fala o que quer para quem quer, enquanto a esquerda se preocupa com a problematização de pautas distantes da realidade imediata e objetiva da população.

    Como as pautas identitárias, apenas para dar um exemplo.

    Como a preocupação em escrever discursos tendo o cuidado de substituir vogais por @ ou x, ou forçadamente se referir a seus ouvintes como “TODOS e TODAS”.

    Esse tipo de discurso agrada alguns segmentos da população, recortes de classe de um todo, mas nem de longe alcança o todo e o que é pior, esse discurso não deseja agradar o todo.

    Esse discurso intencionalmente passa bem longe do todo.

    Só que o povo mesmo não está preocupado com tais pautas.

    Não agora.

    O povo mesmo, o povão da periferia, está preocupado com a violência que bate à sua porta, direta ou indiretamente, violência agravada com o golpe e com a crise que o maldito golpe trouxe em seu bojo.

    E Bolsonaro, espertamente, explora o medo dessa violência, prometendo combater fogo usando gasolina.

    Os 8 segundos que Bolsonaro terá na TV não serão decisivos para sua campanha, mas o ajudarão a aumentar o estrago que ele faz há muito tempo nas redes sociais.

    E nós sabemos que as eleições não serão decididas na TV.

    As eleições 2018 serão decididas através de uma fortíssima disputa pelo protagonismo das narrativas , majoritariamente feitas nas redes sociais.

    Não será chamando a criatura Bolsonaro de machista, nem seus eleitores declarados de fascistas, que venceremos essa disputa, nem tampouco conquistaremos seus corações e mentes agredindo-os.

    Não será também escrevendo “menin@s” ou “meninxs” em nossos textos, reforçando o quanto queremos parecer diferentes, que dialogaremos com esses eleitores.

    Muito pelo contrário, isso nos isola ainda mais, aumentando o abismo ideológico que existe entre parte desse eleitorado e nós mesmos.

    Precisamos construir pontes, e não uma maneira alternativa de ressignificação como pessoas, justamente no meio de uma disputa eleitoral que já se apresenta das mais fratricidas da história.

    Eleição é coisa séria, e é o nosso futuro que está em jogo.

    O tempo urge, e Bolsonaro ruge.

    Nos 8 segundos que terá na TV ou na eternidade da qual dispõe nas redes sociais.

    Portanto, não temos tempos a perder.

    8 segundos já é tempo demais, a essa altura do golpe, para se desperdiçar.

  • CIRO CORTEJA COMUNISTAS

    CIRO CORTEJA COMUNISTAS

    Em busca do apoio do PCdoB à sua candidatura presidencial, Ciro Gomes (PDT) tem realizado verdadeiro périplo. Ontem foi a vez de visitar o governador comunista do Maranhão, Flávio Dino.

    Hoje, Ciro (em companhia do presidente do PDT, Carlos Lupi) encontrou-se com Luciana Santos, presidenta do PCdoB, Renildo Calheiros, do Comitê Central comunista e Renato Rabelo, dirigente histórico do partido.

    No PDT, já se fala até em partilha de cargos. E que a candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, abandonaria a disputa presidencial para participar da corrida eleitoral pelo Palácio Piratini, sede do governo gaúcho (Manuela é deputada no Rio Grande do Sul).

    No PCdoB, os encontros sucessivos de Ciro com os comunistas são tratados apenas como “diálogos necessários entre as forças políticas do campo democrático e progressista”.

    Em suas redes sociais, a presidente do PCdoB escreveu: “A convite do pré-candidato Ciro Gomes, em PE, uma conversa de alto nível sobre os desafios brasileiros.” A convenção nacional eleitoral do PCdoB que vai referendar a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República acontecerá no dia 1º de agosto (quarta-feira), em Brasilia-DF.

  • Encontro de Boulos com Lideranças Comunitárias e Quilombolas no Abacatal, no Pará

    Encontro de Boulos com Lideranças Comunitárias e Quilombolas no Abacatal, no Pará

    O candidato do PSOL à presidência da república, Guilherme Boulos, participou na tarde da sexta-feira (18), de um encontro com moradores da comunidade quilombola do Abacatal e de Marituba que foram diretamente impactados pelo Aterro Sanitário instalado no Município. Uma das chefes das 117 famílias quilombolas que vivem no Abacatal, Maria Santana (49 anos) ressaltou a importância de ter um candidato à presidência da república e líder do MTST visitando e reconhecendo a luta. Ela esteve na mesa junto aos pré-candidatos do PSOL do Pará, o deputado federal Edmílson Rodrigues, a vereadora Marinor Brito (candidata à deputada estadual), o vereador Fernando Carneiro (candidato ao governo do estado) e Ursula Vidal, candidata ao Senado.

    Foto: Lorenna Montenegro / Jornalistas Livres

    Para Raimundo Nonato Cardoso (64 anos) além de histórico o momento foi de diálogo sobre as problemáticas como a falta de uma consulta pública para a construção de uma ferrovia e instalação do linhão de energia de 5000 kW que prejudica os moradores do entorno. “Nós somos invisíveis para o poder público. Quando houve esse mapeamento para fazer a ferrovia o nosso território não apareceu, o governo não nos reconhece, não temos nem voz nem acessos aos serviços públicos”, assinalou.

    “Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento no país. Uma economia que sirva à sociedade, onde os Quilombolas e indígenas, participem da decisão, sejam consultados. Que possamos combater o agronegócio que toma essas terras ,de povos tradicionais e tenta coibir com o discurso enganoso quando 70% da comida que está nos pratos dos brasileiros é da agricultura familiar. Que casos como o da Hydro que cometeu mais um crime ambiental no município de Barcarena. Temos o compromisso de defender o povo”, resumiu Guilherme Boulos. Ao final do encontro, uma roda de Carimbó se formou na casa que abriga a Associação de Moradores, e os participantes puderam dançar e tocar marabaixo (espécie de tambor) do grupo Toró-Açu.

    Foto: Lorenna Montenegro / Jornalistas Livres