Jornalistas Livres

Categoria: Olimpíadas

  • MINHA ESCOLA, MINHA VIDA – Não tem conforto, só tem perrengue!

    MINHA ESCOLA, MINHA VIDA – Não tem conforto, só tem perrengue!

    Dormir no chão e numa sala com mais 10 ou 15 pessoas, passar frio.
    Tomar banho frio no único chuveiro do colégio. Não ter shampoo, não ter condicionador, dividir um sabonete com 20 ou 30 pessoas.
    Deu fome. Deu sono. A exaustão pegou.
    No café tomar leite. Noventa porcento dos almoços a base de macarrão com molho de tomate. Sem temperos.
    Noventa porcento dos jantares a base de arroz com frango. Mais leite antes de dormir.
    Deu fome. Deu sono. A exaustão pegou.
    Cozinhar pra 30 ou 40 pessoas. Lavar a louça de trinta ou quarenta pessoas. Manter a cozinha improvisada limpa.
    Conviver com pelo menos 50 pessoas que você mal dava bom dia no colégio. Se unir com essas cinquenta pessoas.
    Deu fome. Deu sono. A exaustão pegou.
    Fazer a coisa funcionar. Aprender a organizar e a respeitar assembleias. Ter compromisso com seus afazeres.
    Reformar a escola. Trocar torneiras, consertar portas.
    Vigília! Equipe de segurança no portão, cadastro de quem entra e sai.
    Deu fome. Deu sono. A exaustão pegou.
    Passar a noite em claro. Ter que esconder o rosto.
    Sentir medo. Medo dos que ameaçam, medo da polícia.

    E tudo isso enquanto diariamente os cronogramas de atividades, aulas e oficinas são cumpridos à risca.

    Não tem conforto, só tem perrengue, mas é por um objetivo muito maior! É pela EDUCAÇÃO!

     

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  • Advinha quem ganhou uma vaia retumbante na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016?

    Advinha quem ganhou uma vaia retumbante na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016?

    Dessa vez não deu pra esconder. Michel Temer, O Golpista, foi vaiado em alto e bom som pelo público que assistia a abertura dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. Amanhã ele vai dizer que foram 3 ou 4 pessoas em um mini protesto. A Globo não transmitiu ao vivo, mas as vaias foram ouvidas e narradas em canal da tv paga. Hoje teve protesto no Brasil todo e hoje ele foi vaiado de manhã por alguns convidados no desfile de 07 de setembro, e hoje ele não desfilou em carro aberto (uma tradição seguida por todos os Presidentes) em Brasília. Amanhã vai ter mais protesto e depois de amanhã e depois….até ele sair do lugar que não é dele. Taí as vaias, se vc não viu. Boa noite e Fora Temer.

  • Houston, we have a problem!

    Houston, we have a problem!

    Por Aloísio Morais, especial para os Jornalistas Livres

    Um ilustre cidadão está acompanhando as diversas competições das Olimpíadas sem que quase ninguém dê conta de sua presença. Trata-se, nada mais, nada menos, do simpático Edwin ‘Buzz’ Aldrin, aquele mesmo, o astronauta responsável pela pilotagem do módulo lunar Apollo 11 em 1969. No dia 20 de julho daquele ano ele tornou-se, por uma diferença de segundos, o segundo homem a pisar na superfície lunar. O primeiro foi Neil Armstrong. O terceiro membro da tripulação Apollo, Michael Collins, ficou na órbita da Lua e foi decisivo para o sucesso da missão.

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    Pois é, nesta terça-feira (9/8), Buzz Aldrin estava lá –na Barra da Tijuca– ao lado de amigos e torcedores norte-americanos. Na arena de atletismo, o homem de barbas brancas torceu por seus conterrâneos e, usando o Twitter, postou frases de incentivo aos atletas de seu país. E não conseguiu esconder sua empolgação quando o já lendário Michael Phelps conquistou mais uma medalha olímpica na natação.

    Quando a equipe norte-americana de ginástica foi receber suas medalhas de ouro, o antigo astronauta, exultante, postou uma foto da cerimônia, de pé, batendo continência à bandeira e ao hino norte-americano. E a maioria dos brasileiros presentes ao evento não percebeu que estava bem perto do “homem que foi à Lua”.

    Empolgado com tudo à sua volta, Aldrin fez questão de fotografar a apresentação da equipe feminina de ginástica e de mostrar fotos passeando de carro com amigos a caminho da Barra da Tijuca.

    Bem-vindo, Aldrin!

    Mas, nós, que descobrimos Aldrin no meio da arena, só conseguimos nos lembrar daquela célebre frase “Houston, We Have a Problem!”, enviada pelo astronauta Jack Swigert durante a viagem da Apollo 13 à Lua, em 11 de abril de 1970, com três tripulantes. É que nós estamos às voltas com um mega-problema… Após ouvir um estranho ruído, eles descobriram que um dos tanques de oxigênio havia explodido. Foi aí que Swigert avisou a base, em Houston, sobre o problema.

    Bem, o resumo dessa história é o seguinte: os astronautas iam morrer, a esperança estava perdida. Mas, quase seis dias após a decolagem, a Apollo 13 mergulhou no Oceano Pacífico – próximo à ilha de Samoa. Os astronautas foram resgatados pelo navio Iwo Jima, que navegava a 6,5 km do local da queda. Todos se salvaram e o desastre foi evitado.

    Quando vc pensar que o golpe já foi dado, pense na Apollo 13 (viu o número, né?). Todos se salvaram!

    Fora Temer! Fica, Querida!

    Legendas: Aldrin saúda a conquista de Phelps e ele, visto na viseira do capacete de Armstrong, durante a primeira visita do homem à Lua!