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Categoria: Lula em Curitiba

  • Abaixo o tapetão de Moro!

    Abaixo o tapetão de Moro!

    Há três horas Lula está depondo em Curitiba. Frente a frente, ele e o juiz Moro travam um batalha pela verdade. Do lado de Lula, estão milhões de trabalhadores e a ausência de provas de que ele é culpado pela roubalheira que tomou conta do Brasil. Já com Moro estão os interesses que há séculos devastam o povo pobre; a mídia subjugada pelos ricos; e, como disse aquele infeliz procurador, a mera “convicção” de que Lula é culpado e pronto.

    A intensa mobilização que reúne milhares e milhares de pessoas na capital do Paraná mostra em quem o povo acredita. E olha que não faltaram provocações para intimidar manifestantes armados apenas com o desejo de verem a vitória da Justiça verdadeira e da democracia.

    Fascistas dispararam morteiros no acampamento dos sem terra, policiais truculentos desfilaram em posição de ataque e cercaram o lugar do depoimento. Covardia e truculência habituais no governo tucano de Beto Richa.

    O depoimento deve durar mais algumas horas. Mas o recado já foi enviado aos que pretendem demolir a frágil democracia do país. Assim como aconteceu na maior greve geral da história brasileira, em 28 de abril, trabalhadores, trabalhadoras e jovens não descansarão até que os ladrões inquilinos do Planalto sejam expulsos do Poder. O que passa pela defesa de julgamentos justos, em vez do vergonhoso tapetão antipopular montado em Curitiba por Moro e sua turma.

  • Não é só por Lula

    Não é só por Lula

    Hoje, as atenções do Brasil se voltam para Curitiba, para o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro. Ao fazer essa constatação, é o caso de nos perguntarmos o porquê.

    Oras, por que o que deveria ser um momento trivial de exercício de defesa tornou-se o centro do debate público nacional, com a mobilização de milhares de lado a lado?

    E aqui está o início da resposta: infelizmente, no processo da Lava-Jato, o judiciário perdeu a isenção e tomou um “lado”.

    A espetacularização do processo e dos agentes do poder judiciário nele envolvidos causou uma situação surreal: a presunção de culpa pura e simples, sendo descartáveis os meios para se chegar a ela.

    A verdade é que Sergio Moro age ao arrepio da lei com a finalidade de entregar o “troféu” que prometeu a seus seguidores: a condenação de Lula. E ela deve vir a tempo de retirá-lo da disputa presidencial de 2018.

    Vazamentos seletivos, cerceamento de defesa, meras ilações virarem “provas”, entrevistas pirotécnicas e conluio com a grande mídia são armas da República de Curitiba contra o Estado Democrático de Direito.

    Para destruir Lula, as elites brasileiras e seus aliados no sistema político, midiático e na superestrutura estatal resolveram usar “armas de destruição em massa” que, para atingir o objetivo, ameaçam todo o arcabouço político e jurídico nos quais o país se assenta desde a Constituição de 88.

    Por tudo isso, apoiar Lula hoje não é apenas tomar o “lado” do ex-presidente que liderou um projeto de desenvolvimento soberano do país; mas é sobretudo lutar contra o arbítrio, contra o estado de exceção, contra a ditadura do judiciário. É estar ao lado do Brasil e da democracia.

    Não é só por Lula, é por todos os brasileiros.

    *Colaboração de Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB /SP. 

  • As tentativas (fracassadas) de boicotar o apoio a Lula

    As tentativas (fracassadas) de boicotar o apoio a Lula

    Lula incomoda. Principalmente porque não está sozinho. Cerca de 15 mil pessoas vindas de todo o Brasil acamparam em Curitiba e agora seguem pelas ruas em direção à sede da Justiça Federal, no bairro Ahú. A audiência está marcada para as 14h.


    Entre as tentativas para impedir o apoio popular estão:

    – A Polícia Rodoviária Federal fechou estradas e parou dezenas de ônibus para revistar manifestantes a caminho da cidade. Foram realizadas batidas policiais com revista aos viajantes. Os oficiais estavam armados. O resultado das blitz: uma enxada e um facão de corte de madeira para instalar barracas.

    – Proibição de acampamento em praças e ruas de Curitiba. Os manifestantes ficaram numa área ao lado da linha de trem da cidade.

    – 30 outdoors com mensagens anti Lula foram instalados nas entradas da cidade. A explícita declaração de guerra usa o nome da Lava Jato para intimidar o ex-presidente. Com desenhos diferentes, eles têm dizeres como “A ‘República de Curitiba’ te espera de grades abertas”.

    – Proibição da aproximação das pessoas e veículos nas imediações do local do depoimento. O acesso será restrito apenas a moradores cadastrados pela polícia. O mapa de restrições foi feito antes mesmo da decisão judicial.

    – Proibição da saída de um caminhão de som na marcha dos manifestantes.

    – Ontem à noite, foi disparada uma chuva de morteiros no acampamento. O ataque deixou o local em estado de tensão e um manifestante foi parar no hospital com queimaduras.

    Barraca do Acampamento pela Democracia atingida por morteiro

    FOTOS: Taba Benedicto, Leandro Taques, Raquel Wanderlli, Kátia Passos, Paulo Jesus, Iolanda Depizzol, especial para os Jornalistas Livres

    Texto: Flávia Martinelli, dos Jornalistas Livres

  • Vídeo exclusivo! Morteiros contra a democracia

    Vídeo exclusivo! Morteiros contra a democracia

    Um grupo de provocadores atacou no início da madrugada o acampamento dos sem-terra em Curitiba. Uma chuva de morteiros atingiu barracas e feriu pelo menos um acampado da Ocupação Dom Tomaz Balduino, que sofreu queimaduras no braço, nas costas e ferimentos no ouvido.

    A vítima foi levada para o hospital Universitário pela direção do MST à meia noite e vinte minutos. O primeiro boletim médico sairá à 1h30.
    A ação covarde contrasta com o clima pacífico que vinha marcando até agora a mobilização em torno do depoimento do ex-presidente Lula. Como de hábito, os autores do ataque se escondem no anonimato.
    Chama a atenção que a polícia, tão mobilizada para intimidar trabalhadores, trabalhadoras e jovens que vieram se protestar, não se fez presente quando se tratou de proteger manifestantes indefesos.
    O objetivo deste abominável ato é evidente. Criar um clima de tensão e confronto para o dia de amanhã, quarta, quando Lula estará frente a frente com o juiz Moro.
    Os manifestantes em defesa do ex-presidente já deixaram claro que suas intenções são pacíficas. Mas tudo tem um limite. Não imaginem os provocadores que ficarão sem resposta caso insistam em apelar para ataques tão covardes.
    Que o fato lembre à polícia que o risco de confrontos parte, isto sim, de uma minoria inconformada com a democracia e a livre manifestação do povo.
  • Vigília inter-religiosa leva 5 mil pessoas a Curitiba

    Vigília inter-religiosa leva 5 mil pessoas a Curitiba

    texto e fotos por Nina Azambuja

    Curitiba – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o grupo religioso da Frente Brasil Popular de Curitiba organizaram a Vigília inter-religiosa em defesa da democracia e dos direitos humanos. O ato teve início no acampamento do MST, quando manifestantes caminharam pacificamente até a Praça Tiradentes, no centro da capital paranaense, onde se encontraram com integrantes movimentos sociais e religiosos.

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    Para Tereza Lemos, membro da Frente Brasil Popular, a vigília inter-religiosa tem a finalidade de conscientizar toda a população por meio de questionamentos. “O debate da população sobre o difícil momento em que estamos vivendo faz com que as pessoas reflitam”, afirmou.

    Segundo os organizadores, 5 mil pessoas estiveram presentes, a maioria procedente de outros Estados do país, entre eles nomes de destaque na política nacional como o senador Lindbergh Farias, Rui Falcão, o deputado federal Zeca Dirceu, a vereadora paulistana Juliana Cardoso e o governador do Piauí, José Wellington.

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    Os discursos foram comandados por líderes religiosos de todo o Brasil. O grupo musical Mãe Terra acompanhou o ato com canções simbólicas das mais diversas denominações religiosas presentes no Brasil. Estiveram presentes representantes da umbanda, do budismo, do catolicismo, do evangelismo e do islamismo. Também participaram representantes do movimento LGBTT.

    Tereza Lemos também destacou a importância da união da diversidade de crenças no país. “Unir as religiões para refletir na defesa da democracia e por um país mais justo para todos.”

  • Lula deixa Moro acuado

    Lula deixa Moro acuado

    Ninguém mais além do juiz Sérgio Moro tem a perder com o depoimento do ex-presidente Lula. O petista chega a Curitiba em alta, apoiado por sua militância aguerrida que, apesar dos inúmeros problemas do PT e das alianças do passado, entendem a importância de se defender um mito político diante da seletividade da corte paranaense.

    Lula ainda tem ao seu lado as pesquisas de intenção de voto. Após quase três anos apanhando diariamente e investigado até o último fio de cabelo, ele se manteve firme. E sua resistência cresceu na medida em que o governo golpista avançou sobre os direitos dos trabalhadores. Nesse sentido, o povo percebe que o único capaz de reconduzir o país ao crescimento econômico e social é justamente aquele que Moro persegue implacavelmente.

    No corner tucano

    Já Moro vai enfrentar Lula em um momento de baixa. Há meses ele vem sendo desgastado pela defesa do ex-presidente. Não adianta fugir, já colou a pecha de juiz seletivo e que protege os tucanos. Seja ao não acusar os emplumados, como fez Fachin ao levantar o sigilo das investigações, seja aparecendo risonho em fotos comprometedoras. Nem mais a velha mídia esconde isso ao ilustrá-lo de amarelo e azul, tradicionais cores do PSDB.

    Na linha da cintura

    Recentemente, o juiz perdeu para Lula a disputa pelas 87 oitivas. O Tribunal Regional Federal (TRF-4) reformou a decisão e desobrigou o petista a participar de todos os depoimentos. Não só isso. Moro perdeu e se perdeu quando as delações de Duque e Léo Pinheiro não surtiram efeito negativo em Lula. Delações divulgadas logo após as pesquisas revelarem um Lula favoritaço. A armadilha requentada não colou. Armadilha que pode se repetir no depoimento do dia 10, quando o juiz Sérgio Moro poderá interpelar Lula sobre documentos da Petrobras aos quais seus advogados não tiveram conhecimento prévio.

    #Clubistas

    Agora, Moro tenta minimizar o impacto do depoimento de Lula como um torcedor tenta diminuir o título do time rival. Ele quer dar um caráter institucional do que era pra ser a espada cravada no peito da principal liderança popular do Brasil. É certo que seus aliados, MBL, juízes que não resistem a um print nas redes sociais e imprensa se esforçaram para dar contornos épicos ao juiz neste momento. No entanto, a baixa popularidade de Moro abafará sua tentativa de triunfo. Ele frustrará seus fãs na medida em que não poderá prender Lula no dia 10.

    Carro aberto

    Já o ex-presidente deve sair do depoimento diretamente para a Boca Maldita onde, junto à militância, fará discurso em defesa da democracia e dos trabalhadores e contra os golpistas e as reformas. Cada vez mais o presságio de Lula se concretiza: “Se me prenderem, viro herói; se me deixarem solto, viro presidente”.