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Categoria: Greve dos Petroleiros

  • Rio Grande do Sul: Brigada lança bombas de gás para impedir acesso de manifestantes à Refap

    Rio Grande do Sul: Brigada lança bombas de gás para impedir acesso de manifestantes à Refap

    O desespero da direita com a a greve dos petroleiros que quer reduzir preços da gasolina, diesel e gás de cozinha.
    Nota do painel da Folha mostra que a turma do Bolsonaro já percebeu que o movimento dos caminhoneiros caminha para a esquerda e em apoio a paralisação dos petroleiros.
    A CUT gaúcha corretamente está fazendo acampamento na frente das refinarias da Petrobrás em apoio aos petroleiros.
    Veja a repressão da polícia ao ato em Canoas:

    “Na Região Metropolitana de Porto Alegre, manifestantes se reuniram nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), em Canoas, para ocupar o local e realizar um ato em apoio à entidade. No entanto, segundo a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT – RS), um esquadrão do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar se posicionou em frente à entrada do local para barrar o acesso.

    Com a aproximação do grupo, a Brigada lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. De acordo com a CUT, ninguém foi atingido ou ferido – as pessoas na linha de frente teriam conseguido desviar das bombas”.

    Veja a matéria completa:

    Da Redação 

    Anunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve dos petroleiros teve início nessa quarta-feira (30). Na Região Metropolitana de Porto Alegre, manifestantes se reuniram nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), em Canoas, para ocupar o local e realizar um ato em apoio à entidade. No entanto, segundo a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT – RS), um esquadrão do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar se posicionou em frente à entrada do local para barrar o acesso.

    Com a aproximação do grupo, a Brigada lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. De acordo com a CUT, ninguém foi atingido ou ferido – as pessoas na linha de frente teriam conseguido desviar das bombas.

    A partir disso, foi iniciada uma negociação entre os brigadianos, sob comando do tenente-coronel à frente do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Porto Alegre, Oto Eduardo Amorim, e os manifestantes presentes.

    A liberação foi concedida pouco depois. Assim, falas começaram a ser feitas no chamado ‘Ato pela soberania’, em apoio aos petroleiros. “Essa greve coloca a pauta: a Petrobras vai continuar seguindo a política de Pedro Parente e garantir nosso petróleo para outros países ou vamos regular os preços com políticas internas?”, questionou o presidente da CUT, Claudir Nespolo, presente no ato.

    Nespolo acrescenta que a sucessão entre a greve dos caminhoneiros e a greve dos petroleiros reflete o momento de indefinição na política. “A greve dos caminhoneiros está em um momento muito estranho, onde se defende a volta da ditadura militar – que é algo que nunca apoiaríamos. Estamos orientando eles a se somarem na defesa da Petrobras, já que o problema não é só a redução dos impostos sobre o diesel.”

    Segundo a CUT, participam do ato: o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), o Sindicato dos Bancários (SindBancários), o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS),  o Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assurgs); além de categorias como metalúrgicos, sapateiros e prestadores de serviço vinculados à indústria da alimentação.

    O ato deverá seguir durante o dia. Após o fim das falas, a continuidade da mobilização será organizada pelos presentes.

    CUT apoia greve dos petroleiros e anuncia acampamento na entrada da Refinaria Alberto Pasqualini

    Reunião realizada no Sindipolo debateu mobilizações dos caminhoneiros e dos petroleiros. (Foto: CUT-RS/Divulgação)

    Da Redação (*)

    A seção gaúcha da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) manifestou nesta segunda-feira apoio à mobilização dos caminhoneiros e à greve de 72 horas dos petroleiros que começa nesta quarta-feira (30). A reunião ampliada da Executiva Estadual, junto com a Caravana Regional da CUT Metropolitana, realizada no auditório do Sindipolo, aprovou também a instalação do Acampamento da Soberania, junto ao portão de entrada da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, onde as entidades sindicais e os movimentos sociais prestarão apoio e solidariedade à mobilização.

    Na reunião, a CUT-RS defendeu o fim do atual modelo de gestão privada na Petrobras, apontando-o como principal responsável pela paralisação dos caminhoneiros, iniciada no último dia 21, e pela anunciada greve de 72 horas dos petroleiros, que começa na quarta-feira. Além disso, defendeu a redução dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, com o abandono da política de aumentos de acordo com as flutuações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

    O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, disse que “a Petrobras tem que acabar com a exportação de petróleo cru para ser refinado no exterior, uma vez que diminui a utilização das refinarias, aumenta a importação de combustíveis e eleva os preços cobrados do consumidor”. “Quem ganha com esse modelo perverso de gestão implantado pelos golpistas são as multinacionais do petróleo e os acionistas privados da Petrobrás e quem perde são os brasileiros, os maiores acionistas da empresa, que são obrigados a pagar uma conta que não para de aumentar”, acrescentou.

    (*) Com informações da CUT-RS

  • Dieese: proposta de Temer não resolve problema de preços dos combustíveis e gás

    Dieese: proposta de Temer não resolve problema de preços dos combustíveis e gás

    Não adianta isenção de imposto para o diesel se a política de aumentos dos combustíveis de Pedro Parente continuar em vigor.

     

    Do site da FUP (Federação Única dos Petroleiros)

     

    Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que as propostas de isenção de impostos apresentadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP) não resolvem os verdadeiros problemas dos aumentos do diesel, da gasolina e do gás de cozinha.

    De acordo com o Dieese, a escalada nos preços dos derivados do petróleo no Brasil está diretamente relacionada com a nova política implementada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente: os preços dos combustíveis acompanham as flutuações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. Essas medidas, adotadas pelo governo golpista de Temer, abrem espaço para o aumento da participação de empresas privadas no setor e a entrada de capital estrangeiro.

    Por isso, a ampla maioria dos petroleiros de todo o país aprovou uma greve de advertência de 72 horas para exigir mudanças na política da Petrobras, a redução do valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, a manutenção dos empregos e a retomada da produção interna de combustíveis.

    Proposta de Temer não resolve 

    Segundo análise técnica do Dieese, os cortes na Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico), no PIS/Cofins ou no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) são medidas paliativas. Se não houver uma mudança na política do setor de petróleo no Brasil que transforme, de forma estrutural, a política de preços adotada por Pedro Parente desde que assumiu o comando da estatal, o problema não será solucionado.

    “Nesse momento de baixa arrecadação e déficit público, em que o financiamento de políticas públicas já está comprometido, essa solução [isenção de impostos] compromete mais ainda a capacidade de ação do Estado brasileiro”, diz trecho do documento.

    O estudo, divulgado neste sábado (26), informa que a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes entre 22 de abril e 22 de maio. O preço da gasolina passou de R$ 1,74 para R$ 2,09, o que representa um aumento de 20%. Já o diesel foi de R$ 2,00 para R$ 2,37, alta de 18%.

    Os preços médios do litro da gasolina nas bombas de combustíveis subiram de R$ 3,40 para R$ 5,00, um crescimento de 47%. O litro do diesel passou de R$ 2,89 para R$ 4,00, alta de 38,4%.

    “Assim, a partir de outubro de 2016, os preços começaram a sofrer variações mais frequentes e, a partir de julho de 2017, as correções passaram a ser diárias.”

    A análise do Dieese diz, ainda, que a paridade internacional de preços veio acompanhada de outras duas decisões que impactaram também nos preços praticados nas refinarias e ao consumidor final: “a redução da produção nas refinarias próprias da empresa e o anúncio da venda de outras quatro no Brasil.

    A Petrobras, mesmo batendo recordes de produção, está aumentando a exportação de petróleo cru e diminuindo a utilização de suas refinarias, o que está afetando também a política de preços final ao consumidor.

    “As refinarias da empresa possuem capacidade de refinar 2,4 milhões de barris/dia, mas estão utilizando apenas 68% dessa capacidade”, denuncia a nota técnica.

    “O Brasil tem petróleo, refino e distribuição. Ė absolutamente desnecessário o aumento das importações de derivados”, denuncia o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel.

    Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), hoje existem 392 empresas autorizadas a realizar importações de derivados no país. Dessas empresas, 129 (33%) foram cadastradas depois do golpe de 2016, que colocou o usurpador Temer no poder sem votos.

    Para o Dieese, a solução para reverter este quadro é recuar da política de paridade internacional nos preços dos derivados e aumentar o volume de petróleo refinado em refinarias próprias, que tem capacidade de refinar 2,4 milhões de barris/dia e atender a demanda interna (com cerca de 2,2 milhões/dia).

    > Confira aqui a nota técnica na íntegra.

    [Via CUT/Fotomontagem: Sindipetro-PR/SC]

  • Mais um apagão e Parente já pode pedir música no Fantástico. Este desgoverno é o apagão do Brasil

    Mais um apagão e Parente já pode pedir música no Fantástico. Este desgoverno é o apagão do Brasil

    do site da FUP (Federação Única dos Petroleiros)

    Primeiro Parente dirigiu o apagão da luz e agora dos combustíveis, mas o mercado ainda quer que ele continue a política que vende o patrimônio público a preço de bana, como o caso da rede de gasodutos, e faz com que com estes aumentos absurdos dos preços piore muito a vida dos brasileiros.

    E o mercado insite em dar a ele uma terceira chance, mas o povo está cansado deste governo do MDB, PSDB e DEM.

    Temos uma certeza: A  gestão Pedro Parente é o apagão do Brasil.

    Veja a matéria na integra:

    Mesmo tendo sido responsável por dois apagões no Brasil – o da energia elétrica, em 2001, e o do desabastecimento gerado pela alta desenfreada dos preços dos combustíveis – o presidente da Petrobrás ainda pensa que pode convencer os trabalhadores e a sociedade de suas “boas intenções”.

    Por mais que ele o governo a que serve queiram concretizar o projeto de privatização da petrolífera brasileira, a Petrobrás ainda é uma empresa pública. Ficou claro para a população que a escalada dos preços dos combustíveis a níveis jamais vistos no país é consequência de uma política de gestão voltada unicamente para o mercado.

    O povo está sendo sacrificado pelas escolhas que a atual administração da Petrobrás fez.

    O botijão de gás de cozinha disparou, levando as famílias brasileiras a voltarem a cozinhar com lenha e carvão. Pagamos uma das gasolinas mais caras do planeta e importamos cada vez mais diesel dos Estados Unidos. Mas, nada disso sensibiliza Pedro Parente. Pelo contrário. Ele continua seguindo à risca o que mandam o mercado financeiro e os investidores estrangeiros, seus patrões de fato e de direito.

    Por sua determinação, a Petrobrás reduziu as cargas das refinarias e abriu mão do mercado nacional de derivados para que as importadoras tomassem conta. Parente quer que a empresa se concentre na exportação de óleo cru. Enquanto isso, o povo paga a conta da política de preços de derivados indexada ao dólar e ao barril de petróleo, que beneficia diretamente as importadoras. Se antes tínhamos cerca de 50 empresas desse tipo no Brasil, agora temos mais de 200.

    O “grande gestor” que o mercado e a mídia defendem está levando o Brasil à bancarrota. Em oito dias de protestos dos caminhoneiros, a Petrobrás já perdeu R$ 126 bilhões em valor de mercado. A teimosia de Parente em manter a atual política de preços de derivados de petróleo custará ao país pelo menos R$ 10 bilhões em ajustes fiscais. Adivinhe quem pagará de novo a conta de mais esse apagão?

    Não satisfeito em mergulhar o país em uma crise sem precedentes, o presidente da Petrobrás ainda tem a cara de pau de provocar os trabalhadores da empresa com uma carta dissimulada, que tenta transferir para a categoria petroleira a responsabilidade das escolhas que ele tomou.

    Quer saber de fato, Pedro Parente, “como a Petrobrás e a sua força de trabalho podem melhor ajudar o Brasil neste momento?”.

    Suspendendo a privatização das refinarias, das fábricas de fertilizantes, dos terminais, dos oleodutos e dos gasodutos, das plataformas e dos campos terrestres de produção, das termoelétricas, da BR Distribuidora e de todos os ativos estratégicos que estão em vias de serem entregues.

    Proíba seus diretores e gerentes executivos de ameaçarem os trabalhadores de demissão, nas reuniões e “apresentações” que vêm fazendo pelo país afora, tentando justificar a venda das unidades.

    Retome a produção a plena carga nas nossas refinarias para que o povo brasileiro não fique refém das importadoras e volte a ter combustíveis a preços condizentes com o nosso custo de produção, que é muito mais barato do que comprar derivados fora do país.

    Volte a investir no Brasil, construindo plataformas, navios e equipamentos aqui e não na Ásia. Gere valor agregado para a indústria nacional, criando empregos e renda no país, em vez do exterior.

    Por isso, Pedro Parente, é SIM “com paralisações e com pressões para redução” dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis que os petroleiros seguirão em luta, denunciando os prejuízos que a sua gestão tem causado ao Brasil. Nossa greve é para reafirmar que o maior acionista da Petrobrás ainda é o povo brasileiro e não o mercado.

    Por isso, Pedro Parente, peça pra sair e deixe os petroleiros trabalharem!

    Defender a Petrobrás e defender o Brasil.

  • A tentativa desesperada de preservar a lógica do golpe

    A tentativa desesperada de preservar a lógica do golpe

    Já há algum tempo, ninguém tem mais dúvidas sobre a real motivação do golpe de Estado perpetrado contra Dilma em 2016: fazer a balança de ganhos pender para os ricos, fazer retroceder o pequeno avanço dos trabalhadores em favor dos endinheirados.

    Depois de uma enxurrada de cortes nos direitos dos trabalhadores, eis que surge um movimento capaz de fazer tremer o acordo de classes dominantes que tomaram o poder. Não somente as fissuras foram evidenciadas, como o desespero para encontrar soluções que não arranhassem a lógica do golpe: ampliar os ganhos das elites, especialmente das elites financeiras.

    Reparem que as tentativas de solução para terminar o movimento passaram sempre por redução de impostos e nunca por uma mudança nas políticas da Petrobras adotadas de 2016 para cá. Políticas compostas por seguir os preços internacionais dos combustíveis, por diminuir o refino, por vender óleo cru para o exterior e por importar derivados. Políticas que dão o tom para a greve dos petroleiros que está começando.

    Será que Pedro Parente é intocável? Na verdade, parece que a explicação mais plausível é que a lógica do golpe de Estado estaria destruída se a direção da Petrobras voltar a ser regida por interesses do Brasil e dos brasileiros.

    No momento em que escrevo (28/05), a ação preferencial da Petrobras está caindo 9%. Está sendo negociada perto dos R$ 18,00, depois de ter fechado a R$ 20,42 na sexta (25). Por que cai tanto? Bem, parece que temos um sinal importante de que o mercado financeiro desconfia que a lógica do golpe não sairá ilesa desse movimento dos caminhoneiros e apoiado pela sociedade.

    Como a solução proposta pelo governo golpista, composto pelo PMDB e pelo PSDB, na noite do domingo, foi de redução de impostos. Teoricamente os interesses dos acionistas da Petrobras estariam preservados e o custo recairia sobre o orçamento do Estado. Não haveria razão para cair tão fortemente. Lembremos que no último dia 16 de maio, a ação da Petrobras chegou a ser negociada a R$ 27,23, uma queda de quase 35% desse período.

    No entanto, como o mercado financeiro vive de expectativas quanto ao futuro, parece claro que a maioria vê rachaduras irreparáveis na nau golpista. Já impostas pelos caminhoneiros ou em vias de serem pelo petroleiros.

    PS. A ação preferencial da Petrobras terminou o pregão de hoje, 28/05, cotada a R$ 16,91, queda de 14,6% ante sexta-feira, 25/05.

     

  • Começa a greve dos petroleiros em apoio aos caminhoneiros e pela redução do preço da gasolina, diesel e gás de cozinha

    Começa a greve dos petroleiros em apoio aos caminhoneiros e pela redução do preço da gasolina, diesel e gás de cozinha

    Temer está desesperado e tentou encerrar a greve dos caminhoneiros. O seu desespero é por causa da greve dos petroleiros que  já está começa com a redução da produção de combustível, como está acontecendo  na refinaria de Paulínia e em Mauá, assim como no Paraná e no Rio Grande do Sul.A velha mídia tenta criminalizar o movimento dos caminhoneiros e agora dos petroleiros, para defender o interesse dela e do mercado financeiro. Ele explica que com a política do tucano Pedro Parente o Brasil parou de produzir combustível nas suas refinarias e passou a importar. E isto levou a alta dos preços….Petroleiros da Replan e Recap decretaram a paralisação das atividades nesta segunda-feira, em apoio a greve nenhum funcionário que está dentro das refinarias saem, ninguém entra e ninguém sai.

    Pressão total sobre o governo Temer e cresce o movimento pelo fim da política privatista e integrista de Pedro Parente.

    Do site da FUP(Federação única dos petroleiros)

    Petroleiros da Replan e Recap fazem paralisação nesta segunda, em apoio aos caminhoneiros

    Os trabalhadores da Replan, em Paulínia, e da Recap, em Mauá, bases do Sindipetro Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), vão cruzar os braços nesta segunda-feira (28/05), em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e contra a política de reajuste diário do preço dos combustíveis, imposta pelo presidente da empresa, Pedro Parente. Essa política favorece o mercado internacional e prejudica o povo brasileiro.

    A paralisação acontece no início dos turnos da manhã, com o corte de rendição, ou seja, o grupo de petroleiros que começa a jornada na noite deste domingo (27) permanecerá dentro da refinaria até o fim do protesto, que poderá durar até oito horas. O Sindicato também espera a adesão em massa do pessoal do setor administrativo, que inicia o expediente de manhã.

    Redução do preço dos combustíveis

    Os petroleiros exigem a redução do valor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, a manutenção dos empregos e a retomada da produção interna de combustíveis. O Brasil tem petróleo, refino e distribuição, sendo absolutamente desnecessário o aumento das importações de derivados, como tem feito Parente, desde que implantou a nova política de preços. Desde o ano passado, as importações do país cresceram cerca de 25%.

    A categoria também protesta contra o desmonte e a privatização do Sistema Petrobrás. Em abril, Parente anunciou a venda de refinarias no Paraná, em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul, além de dutos e terminais da Transpetro, subsidiária de transporte e logística de combustíveis. “Não aceitamos essa entrega. As quatro refinarias devem permanecer sob o controle da companhia”, declara o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.

    Greve Nacional

    A Federação Única dos Petroleiros já convocou uma greve nacional de advertência a partir da meia-noite desta quarta-feira, dia 30 de maio. Serão 72 horas de paralisação de trabalhadores do Sistema Petrobrás, em todo o país, reivindicando a queda nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, o fim da entrega da companhia e a saída imediata do presidente da estatal Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país em uma crise sem precedentes.

    [Via Sindipetro Unificado SP]

     

    Trabalhadores da Refinaria do Paraná paralisam atividades

     

    Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, protestaram e iniciaram o movimento de greve da categoria na tarde deste sábado (26).

    A paralisação da categoria petroleira é contra a política de preços dos combustíveis e a privatização da Petrobrás.

    O modelo adotado pela Petrobrás para determinar o valor da gasolina e do óleo diesel é baseado na cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Apenas nos últimos dez meses, os brasileiros foram bombardeados por nada menos que 115 aumentos nos preços dos combustíveis. Nesse período, o óleo diesel e a gasolina subiram 57%. Já o gás de cozinha disparou 70%.

    A Petrobras anunciou, no final de abril, a privatização da Repar e de outras três refinarias (Refap, Rlam e Renest), e seus respectivos ativos logísticos (terminais e dutos), bem como as fábricas de fertilizantes.

    Os petroleiros de todo país estão com greve aprovada para impedir mais esse processo de privatização na Petrobrás.

    Paralelamente, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizava reunião para encaminhar os rumos da campanha, no qual decidiram comunicar o início da greve nacional.

    Os Petroleiros têm a Solução para Reduzir os Preços dos Combustíveis. #ForaParente

    [Via Sindipetro-PR/SC]

     

  • Larissa Jacheta Riberti: Caminhoneiros autônomos não aceitaram acordo com Temer e  greve dos petroleiros abre nova fase do movimento

    Larissa Jacheta Riberti: Caminhoneiros autônomos não aceitaram acordo com Temer e greve dos petroleiros abre nova fase do movimento

    Os Jornalistas Livres publicaram nesta semana um texto importante para entender a greve dos caminhoneiros (https://jornalistaslivres.org/um-texto-fundamental-para-entender-a-greve-dos-caminhoneiros/).

    Agora a mesma autora lançou um outra nota e sublinhamos este trecho:

    “De qualquer forma, reitero que o movimento segue em disputa. Duas grandes entidades de autônomos rejeitaram o acordo proposto na última quinta-feira pelo governo, a Abcam e a Unicam, seus posicionamentos estão publicados na internet. O Sindicato dos Caminhoneiros – Sindicam Amparo com o qual temos uma relação próxima, também soltou nota rejeitando o acordo e rejeitando também qualquer tentativa de locaute por parte das empresas. Os caminhoneiros que estão paralisados também não reconheceram a negociação. Muitos vídeos e opiniões nos chegaram e confirmam que os autônomos estão insatisfeitos porque sequer foram recebidos na Casa Civil. Rechaçaram a forma como o acordo foi costurado, denunciando que as empresas de transporte estão tentando utilizá-los como massa de manobra para seus interesses. Além disso, o Sindipetro anunciou ontem adesão à greve, o que pode mudar completamente o cenário.

    Peço, portanto, que tenhamos em mente que é uma categoria de mais de 1 milhão de trabalhadores. Isso, por si só, já revela a complexidade desse atual movimento que vem acontecendo”

    Leia na integra este novo texto:

    Larissa Jacheta Riberti

    Pessoal, jamais imaginei que o texto que escrevi sobre a greve dos caminhoneiros pudesse viralizar. Acredito que isso aconteceu em função do grande desconhecimento que ainda temos com relação à categoria e o setor em geral. Muita gente só se deu conta do quanto somos dependentes do transporte rodoviário de cargas depois que faltaram itens nos supermercados e a gasolina no posto de combustível. Ninguém é obrigado a conhecer a categoria, de toda forma. Mas eu acredito que o diálogo horizontalizado é a melhor maneira da gente se esquivar dessa enxurrada de fake news e de informações distorcidas que a grande mídia insiste em nos empurrar. O texto que eu publiquei suscitou uma série de questionamentos e, com vistas a esclarecê-los, escrevo essa nota. Lembrando que eu não sou senhora da razão nem a luz que iluminará a consciência de vocês ou dos caminhoneiros sobre a situação atual. Sou apenas alguém que teve a sorte de trabalhar com isso nos últimos anos e que reflete sobre questões e acontecimentos relativos ao setor.

    1) Perguntaram se as opiniões da direita não me incomodam: Sim, a direita me incomoda só de existir. No entanto, da direita eu não espero nada, já da esquerda eu espero bom senso, lucidez e muita calma na hora de opinar sobre algo ou montar teorias da conspiração;

    2) Muitos estão reiterando o fato de que os caminhoneiros pedem intervenção militar: Sim, existem caminhoneiros que assim o fazem, mas também existem caminhoneiros que sabem que o golpe de 2016 foi responsável por essa lama que nos afunda até o pescoço. Convido a todos a olharem os comentários de membros da categoria na página do Chico da Boleia. Reitero também que sou veementemente contra intervenção militar ou qualquer sentimento de nostalgia ou de saudosismo à época da ditadura. Também sou contra Bolsonaro e qualquer tipo de discurso e/ou prática autoritária e fascista. Nesse sentido, posso dizer que o veículo de comunicação no qual trabalho também nutre desse mesmo posicionamento.

    3) Questionaram qual a diferença da greve de 2015 para esta agora. Explico (é textão, desculpa):
    A diferença é a seguinte: em fevereiro de 2015, a greve dos caminhoneiros foi puxada pelas transportadoras supostamente contra o preço do diesel e dos pedágios. No entanto, o que se queria naquele momento era a aprovação da Lei 13.103, a nova lei do motorista. Pra quem não sabe, em 2012, a Dilma sancionou a Lei 12.619, a Lei do Motorista, que era muito bem estruturada e que continha alguns pilares básicos para assegurar a dignidade trabalhista dos caminhoneiros autônomos como: limite na jornada de trabalho diária, descanso obrigatório, paradas obrigatórias, horário de refeição obrigatória, fim do pagamento de comissão por parte do embarcador, controle da jornada de trabalho. Nós (quando digo nós sou eu e o pessoal do Chico da Boleia, jornal com o qual colaboro), acompanhamos todo processo de discussão e aprovação da Lei 12.619, cujo texto fora relatado por Paulo Paim (PT-RS) com base numa pesquisa realizada pelo Procurador do Ministério do Trabalho, Dr. Paulo Douglas, com o qual dialogamos várias vezes e chamamos para conversas com os caminhoneiros. A Lei 12.619 obviamente não agradou aos embarcadores de cargas – que teriam que se adequar à nova legislação – e às transportadoras porque teriam que mudar sua (des) política de contratação de agregados. Imediatamente após a aprovação da Lei em 2012, então, uma comissão na Câmara dos Deputados, integrada, sobretudo, pela bancada ruralista, foi composta para revê-la. Fizeram que fizeram, que um novo texto pra lei foi proposto com a sínica justificativa de que era impossível praticar a legislação tendo em vista a falta de infraestrutura nas estradas que não permitia as paradas determinadas. Em 2015, quando a nova lei (13.103) que, basicamente, flexibiliza a jornada de trabalha do caminhoneiro, já havia sido aprovada na Câmara e no Senado, estava nas mãos da Dilma para sanção, uma greve de “caminhoneiros” desponta. Naquela época nos chegaram vídeos e denúncias de que os caminhoneiros estavam sendo forçados a parar. Na mesa de negociação com o governo de então, os sindicatos patronais pediram a sanção sem vetos da nova lei, dentre outros compromissos; mas em nenhum momento se negociou a redução do diesel. Tanto que não houve redução do preço do combustível. Enfim, com isso, não quero dizer que a atual greve não possa virar um locaute, ou que não beneficiará os patrões. O que eu quero dizer, mais uma vez, é que existe muito mais coisa por traz da categoria e as informações que nos chegam não dão conta de expressar 1% de tudo o que está acontecendo.
    Para além da greve de fevereiro, outras duas aconteceram naquele ano de 2015 que não tiveram a mesma proporção da atual. Muitas imagens estão rodando, mostrando alguns caminhões que integraram as marchas em prol do impeachment. Peço que reflitam sobre o fato de que nem só caminhoneiro autônomo tem caminhão, transportadora/empresário também tem. Já pararam pra pensar que, naquele momento, esse setor pode ter participado da campanha contra a Dilma? Com isso não quero sugerir que autônomos não apoiaram o golpe, a gente sabe que muitos trabalhadores apoiaram esse processo e também bateram panela.

    Foto do site Chico da Boleia

    4) Alguns perguntaram sobre o futuro do movimento: quem é historiador analisa o passado e não se atreve de jeito nenhum a dar opiniões sobre o futuro. Quem faz isso é mãe Diná e Walter Mercado (rsrsrs). De qualquer forma, reitero que o movimento segue em disputa. Duas grandes entidades de autônomos rejeitaram o acordo proposto na última quinta-feira pelo governo, a Abcam e a Unicam, seus posicionamentos estão publicados na internet. O Sindicato dos Caminhoneiros – Sindicam Amparo com o qual temos uma relação próxima, também soltou nota rejeitando o acordo e rejeitando também qualquer tentativa de locaute por parte das empresas. Os caminhoneiros que estão paralisados também não reconheceram a negociação. Muitos vídeos e opiniões nos chegaram e confirmam que os autônomos estão insatisfeitos porque sequer foram recebidos na Casa Civil. Rechaçaram a forma como o acordo foi costurado, denunciando que as empresas de transporte estão tentando utilizá-los como massa de manobra para seus interesses. Além disso, o Sindipetro anunciou ontem adesão à greve, o que pode mudar completamente o cenário.

    Peço, portanto, que tenhamos em mente que é uma categoria de mais de 1 milhão de trabalhadores. Isso, por si só, já revela a complexidade desse atual movimento que vem acontecendo. No mais, convido a todos a seguirem a página do Chico da Boleia (também tem site: www.chicodaboleia.com.br). Nesta segunda soltaremos nova edição do nosso jornal no qual vamos discutir não só a greve, mas também a nova política de preços da Petrobras e como isso afeta a vida dos caminhoneiros e da população em geral.

    Antes que alguém diga que estou fazendo um “merchã” oportunista, reitero que nosso jornal tem circulação gratuita. Imprimimos cerca de 50 mil exemplares que são distribuídos em rodovias e também disponibilizamos as edições on-line. Ele é fruto de um trabalho há muito tempo desenvolvido com a colaboração de pessoas que se importam com o setor e com a vida dos caminhoneiros e caminhoneiras. Aceitamos críticas, sugestões, opiniões; e se (depois de ler, é claro, rs) você colocar ele pra forrar o xixi do seu cachorro, a gente não vai levar pro lado pessoal!

    Abraços!