Jornalistas Livres

Categoria: Feminismo

  • #8MCuiabá – Pela vida das mulheres

    #8MCuiabá – Pela vida das mulheres

    Por: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

    Debaixo de muito sol e com uma sensação térmica acima dos 40 graus, dezenas de mulheres da Grande Cuiabá se reuniram hoje na Praça Ulisses Guimarães para protestar contra o feminicídio e exigir direitos iguais.

    Com uma tenda para atender as crianças que acompanhavam as mães, carro de som para as falas e shows e produtos artesanais, as manifestantes distribuíram um Manifesto Pela Vida das Mulheres. Nele, realçaram as conquistas históricas, como o direito ao voto, e as lutas atuais, como o fim da violência de gênero, sexual e estrutural.

    Além das pautas próprias, as manifestantes também exigiram a revogação das reformas da previdência e trabalhista e a garantia de acesso à saúde e educação, incluindo as creches, já que apenas 30% da demanda por esse serviço é atendida pelos governos do estado.

    O manifesto acusou, ainda, o governo federal:

    Temos o direito de viver uma vida livre de qualquer tipo de violência, agressão física, violação e abusos sexuais, mas o Estado Brasileiro, através do atual governo (Jair Bolsonaro), e sua prática machista, racista, misógina e LGBTfóbica, nos expõem e nos coloca num “lugar frágil” e, por isso, vulnerável.

     

    Outra figura de destaque no Manifesto foi a ministra Damares que, com suas falas alucinadas e sua arbitrariedade de atitudes, quer “negar essa violência e a nossa necessidade de igualdade: temos um governo que tenta destruir os direitos que conquistamos com muita luta”.

    Para a professora e coordenadora de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – Adufmat, Lélica Lacerda, conta em vídeo, os motivos das manifestações: a criação de uma nova cultura, política e economia que promovam a igualdade entre os gêneros.

    Veja abaixo a rápida entrevista

    Outras fotos do evento

    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Varal com mulheres vítimas de feminicídio em MT – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com
    #8MCuiabá – Lélica Lacerda, da Adufmat, fala às mulheres – Foto: Maria Eugênia Sá – www.mediaquatro.com

     

     

  • Ato em defesa da vida e dos direitos das mulheres aconteceu  em  Campinas (SP)

    Ato em defesa da vida e dos direitos das mulheres aconteceu em Campinas (SP)

    No sábado, 07 de março, centenas de pessoas  se reuniram em Campinas no Largo do Rosário para o ato do Dia Internacional da Mulher.  Durante parte da manhã  aconteceram  diversas  intervenções artísticas  chamando a atenção para o tema  do ato –  “Em Defesa da Vida de Todas as Mulheres” –  e as pautas do constante ataque e retrocesso do governo do presidente Bolsonaro (PSL)  que atingem diretamente as mulheres, principalmente as mais pobres, negras e periféricas.

    As vítimas de feminicídio foram lembradas e homenageadas, as  pautas como a reforma da Previdência Pública, o desmonte do SUS (Sistema Único de Saúde) e da Educação Pública, o ataque aos direitos das trabalhadoras e a democracia estiveram em evidência também durante o ato na praça.  Na sequência  mulheres, crianças e homens seguiram  em manifestação pacífica  pelas ruas do centro da cidade em defesa da democracia, da educação, da saúde, dos empregos, pelo fim do feminicídio e contra o desmonte das políticas sociais.
    Em  algumas cidades do interior paulista  os atos aconteceram no sábado para que as pessoas pudessem participar  do 8 de Março na capital, no domingo .

    #8M #8MCampinas

    fotos : Fabiana Ribeiro | Jornalistas Livres

     

  • Lula pergunta quem mandou matar Marielle? 

    Lula pergunta quem mandou matar Marielle? 

    Do Face do Lula

    Lula  pergunta quem mandou matar Marielle? Depois de dois anos, os brasileiros e brasileras exigem resposta para esta pergunts.

    E o 8 de março é dia de luta por igualdade e justiça. Lula chama a atenção para  o crescente número de feminicídios e “apenas em 2019, o machismo assassinou 1.314 mulheres, incentivado por um governo que naturaliza a violência”.

    dilma relembra o papel do PT em eleger a primeira mulher presidente da república.

    “8 de março – Dia Internacional da Mulher

    Hoje, milhões de mulheres vão às ruas em todo o mundo lutar por bandeiras de igualdade. Elas estão nas ruas por igualdade de direitos, de salário, de oportunidades e, sobretudo, pelo direito à própria existência. Uma coisa tão cara como a vida é negada a uma mulher a cada 7 horas no Brasil. Uma mulher a cada 7 horas. Esse é o número de feminicídios em nosso país, onde, apenas em 2019, o machismo assassinou 1.314 mulheres, incentivado por um governo que naturaliza a violência.

    Neste dia que nos convoca à reflexão e à luta, quero lembrar de uma mulher que há 725 dias teve a vida encerrada justamente por encarnar a luta e os ideais das mulheres que sonham com um mundo mais igual: Marielle Franco.

    Buscar justiça para Marielle e por todas as Marielles que incomodam por sua força, que incomodam por saber seu lugar e fazer questão de ocupa-lo, é um dever de todos nós.

    Eu me somo, ao lado de nosso partido que já levou uma mulher ao mais alto posto da República e é presidido por uma, na luta por um mundo onde as pessoas não sejam subjugadas por seu gênero. Em nossa busca permanente e inegociável por igualdade e justiça social.

    Lula”

    Foto: Ricardo Stuckert

  • Mulheres do DF lançam manifesto para o Dia Internacional de Luta das Mulheres

    Mulheres do DF lançam manifesto para o Dia Internacional de Luta das Mulheres

    Foto: Leonardo Milano / Jornalistas Livres

    08 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres.

    Pela vida de todas as mulheres! Contra o racismo, o machismo e o fascismo!

    Em defesa da democracia

    Somos um país historicamente marcado pela violência contra as mulheres e contra quem ousa se contrapor aos poderosos. Somos o 5o país do mundo com maior índice de feminicídios e o 1o em assassinato de LGBTIs. Vivenciamos estruturalmente o racismo e cotidianamente o genocídio da juventude negra. Somos o 4o país do mundo em casamentos infantis. Somos ainda a 3a nação do planeta em número de conflitos ecológicos e atividades de risco sobre os recursos naturais. Com o avanço da extrema-direita no DF e no Brasil, essa histórica realidade hostil se aprofunda e nossas vidas estão cada vez mais em risco.

    O ataque à democracia, que começou com o golpe misógino contra Dilma Rousseff, alcança níveis inaceitáveis no governo Bolsonaro. Temos um presidente que apoia atos pelo fechamento do Congresso e do STF, ultrapassando todos os limites de desrespeito à Constituição e flertando abertamente com um novo golpe de Estado. Ao personificar a ascensão de forças autoritárias na política, ultraliberais na economia e retrógradas nos costumes, ao apoiar grupos conservadores, com feições neofascistas, e ao manter relações estreitas com milicianos, o governo de Bolsonaro destrói o Estado Democrático de Direito e se transforma numa ameaça real à vida das mulheres.

    Por isso, neste 8 de Março, iremos às ruas mais uma vez para dizer:

    Mulheres contra Bolsonaro! Ditadura nunca mais!

    Pela primeira vez desde a redemocratização do país, o presidente e sua família apoiam publicamente o regime ditatorial e seus algozes, em manifestações reiteradas de apologia à tortura e ao AI-5. Neste 8 de Março, lembramos das mulheres que ousaram se levantar contra o autoritarismo e foram barbaramente torturadas e estupradas pelos militares da época, muitas vezes diante de suas crianças. Lembramos das mães que não puderam enterrar seus filhos e que morreram sem saber o destino de seus corpos. Não nos calaremos diante de um governo ditatorial e patriarcal, que se guia baseado em princípios de violência, opressão e desrespeito às liberdades

    individuais e coletivas. O Estado de exceção se aprofunda, mas não podemos retroceder. Que a democracia não seja uma palavra retórica, utilizada por líderes autoritários, racistas, misóginos e lesbofóbicos!

    Pelo fim da violência contra a mulher!

    Vivemos em uma sociedade machista. Somos vistas como objetos de prazer e propriedade dos homens, que se sentem donos de nossos corpos e de nossas vidas; que nos violentam, nos estupram e nos matam. A cada duas horas, no Brasil, mais de mil mulheres são agredidas, uma é assassinada e onze

    são estupradas. No DF, a situação não é diferente: ocupamos
    a vergonhosa 5a posição no ranking de assassinatos de mulheres no Brasil. Em 2019, 34 mulheres foram vítimas de feminicídio, representando um aumento de 62% dos casos desde 2016. Em 2020, até o dia 3 de março, 6 mulheres já foram assassinadas. A morte da mulher está dentro de casa. São famílias mergulhadas em uma tragédia social, alimentada pelo pensamento de posse sobre a vida do outro.

    Para barrar essa onda, precisamos de políticas concretas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Porém, no ano passado, a maioria das vítimas ou de suas famílias no DF não chegou a procurar um equipamento público antes do feminicídio, revelando um quadro de ausência do Estado na proteção da vida das mulheres e de sucateamento dos equipamentos públicos de enfrentamento às violências. Enquanto a ministra da família corta verbas destinadas
    às políticas públicas para o setor, no DF o governador Ibaneis tenta barrar o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito criada em novembro para investigar os feminicídios. E assim a cultura do estupro e da morte se fortalece, incentivada por iniciativas como a liberação
    das armas e a ampliação da excludente de ilicitude, que autoriza a violência letal pelas polícias. No Brasil, a cada dois minutos uma mulher é vítima de armas de fogo. Lutamos pela superação da necropolítica e por uma cultura e políticas públicas de promoção da paz. Lutamos ainda pelo direito das mães de criarem suas filhas e seus filhos sem a manipulação da Lei de Alienação Parental, mais uma forma de violência contra as mulheres.

    Contra o racismo!

    A violência se intensifica de acordo com raça e etnia, orientação sexual, identidade de gênero, classe social, idade e situação de vulnerabilidade das mulheres, atingindo brutal- mente mulheres negras, jovens, pobres, trans. Cerca de 68% das mulheres assassinadas no Brasil são negras. Num país de história e presente escravagistas, mais de 90% das empre- gadas domésticas são mulheres negras. A elas também são destinados os empregos mais precarizados e as piores condi- ções de vida. Somente as ações de resistência promovidas no âmbito do movimento de mulheres negras dão voz e vez às problemáticas que o povo negro brasileiro vive em razão da cor da sua pele.

    A promoção da cidadania das mulheres negras requer a garantia da implementação de políticas públicas de qualidade no combate ao racismo estrutural, presente nas instituições públicas e privadas. No Distrito Federal, é flagrante como
    as políticas de gênero universais não alcançam as mulheres negras, criando um ciclo perverso de reiterada vitimização de nossos corpos nos serviços públicos. Por isso, lutamos pelo re- conhecimento de que vivemos em uma sociedade pluriétnica e plurirracial. Lutamos contra a extinção das políticas públicas afirmativas, contra toda forma de intolerância, pelo reconhe- cimento dos territórios ancestrais do candomblé e umbanda e para que regiões administrativas majoritariamente negras possam ser reconhecidas como territórios culturais.

    Pelo bem-viver! Contra o capitalismo e o desmonte dos serviços públicos

    A propriedade privada dos meios de produção e o modelo de desenvolvimento econômico exploratório e predatório estão na base do sistema capitalista. Neste 8 de Março, ergue- mos nossa voz por uma sociedade que tenha como horizonte a filosofia do bem-viver e que rompa com o patriarcado e sua compreensão de que as mulheres também são propriedade dos homens. Fruto do sistema capitalista, temos uma popu- lação cada vez mais empobrecida, adoecida física e psicologi- camente. E ainda mais oprimida pelas medidas econômicas ultraliberais e excludentes do governo federal. As ações de desmonte do Estado brasileiro, que começaram no governo ilegítimo de Michel Temer com a Reforma Trabalhista, seguem com Bolsonaro, na perversa destruição da Previdência e da Seguridade, na privatização e entrega dos serviços públicos.

    Vivemos um cenário de precarização laboral crescente, com regime de trabalho intermitente, de ampliação do trabalho sem vínculo formal com as empresas ede perda de direitos, consistente com um quadro de desemprego estrutural. As mulheres, sobretudo as negras, são as mais impactadas, por receberem salários mais baixos por funções iguais às dos homens e por terem seus empregos concentrados em ativida- des informais e no trabalho doméstico. O desemprego no DF

    é assustador e as mulheres são as primeiras a ficarem desem- pregadas. Neste cenário de desmonte do trabalho pelo capital, as mulheres que possuem jornada dupla ou tripla são as mais penalizadas pela Reforma da Previdência, pois terão que traba- lhar ainda mais para alcançar o direito à aposentadoria.

    Enquanto isso, o desmonte de serviços públicos como a saúde e a educação nos sobrecarregam ainda mais, pois so- mos culturalmente responsabilizadas com os cuidados dos/as doentes e dos/as filhos/as. Somos nós que sofremos com os ataques ao SUS, a falta de creches e de escolas, de verbas para o serviço social. E que também sofreremos com a desvaloriza- ção do serviço público e as privatizações de setores estratégi- cos, uma ação orquestrada por defensores do Estado mínimo para atender a interesses de grandes grupos econômicos nacionais e internacionais. As mulheres em situação de vulne- rabilidade seremos novamente as mais atingidas, sobretudo as negras e as indígenas.

    No DF, todos os dias morrem pessoas por não conseguirem atendimento médico. As escolas públicas vivem de contribui- ção de mães e pais para fazerem reformas básicas. O alto preço da passagem de ônibus nos obriga a pagar para trabalhar.

    Este é o cenário de caos em que se encontram as mulheres, maiores atingidas pela política econômica de restrição de bens e direitos. Enquanto isso, Ibaneis militariza as escolas e constrói um projeto de educação cada vez mais conservador, seguindo o caminho de Bolsonaro, que quer calar a educação crítica e emancipatória. Neste 8 de Março, lutamos porque somos todas trabalhadoras. Nenhum direito a menos!

    Contra a destruição do planeta e o genocídio dos povos indígenas!

    A lógica exploratória que coloca a ganância acima
    da vida humana e animal e da preservação do meio ambiente também ocupa o Palácio do Planalto. As tragédias de Brumadinho e Mariana não foram acidentes. Foram crimes, com danos ambientais e humanos irreparáveis, impostos pelo grande capital em busca
    de lucro. A explosão de queimadas na Amazônia e os inúmeros assassinatos de lideranças indígenas precisam ser responsabilizados com vigor. Neste 8 de Março,
    nós, mulheres do campo, do cerrado, das águas e das florestas, quilombolas, indígenas e ciganas, as principais responsáveis pela agricultura e pecuária familiares e
    que mais sofremos com as grandes empresas em nossos territórios e com as desigualdades produzidas pela economia capitalista, estaremos nas ruas! Exigimos o direito à terra e ao território das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais. Lutamos por soberania popular e para não sermos expulsas de nossas terras. Pelo reconhecimento do acúmulo das vivências das nossas ancestralidades africana e indígena!

    Pela vida de mulheres lésbicas, bissexuais e trans!

    Nossas identidades de gênero e nossas sexualidades não são ideologias. São identidades genuínas. A luta por sua valorização não é doutrinária, mas libertária, para que ninguém sofra ou tenha direitos cerceados só por ser quem é. Nossa ideologia é o respeito às diferenças.
    A famosa “ideologia de gênero” nada mais é do que
    a doutrina de que “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”, negando, desde a infância, nosso direito à autonomia e à singularidade. Neste 8 de Março, lutamos pela visibilidade LesBiTrans. Por uma educação laica e inclusiva às pessoas LGBTI! Por políticas de fomento à empregabilidade para pessoas trans e travestis!

    Pela legalização do aborto!

    Mulheres continuam abortando, mulheres continuam morrendo. O aborto clandestino é uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil, vitimando uma de nós a cada dois dias. Esse grave problema de saúde pública mata sobretudo quem não pode pagar por uma intervenção segura: mulheres pobres, negras e menos escolarizadas. Lutamos por direitos reprodutivos e contra a criminalização das mulheres. Pelo reconhecimento à voz da mulher, para que ela possa ser ouvida em seu clamor pela vida! Que a decisão da mulher sobre seu corpo seja respeitada!

    Por mais mulheres feministas nos espaços de poder!

    Em 2020, teremos eleições municipais no Brasil, exceto no DF, nas isso não impede que as mulheres daqui se engajem em candidaturas de feministas no Entorno
    do DF, fortalecendo seus projetos e atuando pela eleição dessas companheiras. Segundo o IBGE, o Brasil ocupava em 2018 a vergonhosa posição de 152° colocado em um ranking de 190 países na representação das mulheres na política. Vivemos o crescimento da extrema direita e de uma onda conservadora que pode levar ao redesenho
    do papel social das mulheres, retrocedendo nossas conquistas emancipatórias. Precisamos de mais de nós na política para lutar por nossas causas e defender nossos direitos. Balas não vão nos intimidar. O assassinato covarde de Marielle nos transformou a todas em sementes que clamam por justiça e igualdade. Queremos mais mulheres feministas ocupando os espaços de poder e decisão! Democracia sem a participação de mulheres não é democracia.

    Por justiça para Marielle, para todas e todos!

    Em 2020, completam-se 2 anos da execução política da vereadora Marielle Franco (PSOL), uma mulher, negra, bissexual, da favela da Maré, brutalmente assassinada junto com seu motorista Anderson Gomes. As investigações têm mostrado que o mandante

    e envolvidos neste bárbaro crime são vizinhos de condomínio do presidente Bolsonaro. A execução de Marielle é um crime político grave e sua resolução é de extrema importância para nossa democracia.Exigimos saber quem mandou matar Marielle e por quê! Também lutamos pelo fim da desigualdade na atuação do Poder Judiciário, que criminaliza os socialmente marginalizados. O Brasil é hoje o 3o país em número de encarcerados, o 4o em mulheres presase tem uma taxade aprisionamento superior à maioria dos países, de 335 pessoas presas a cada 100 mil. Pelo fim do encarceramento das lactantes e pela ressocialização das/os detentas/os.

    Por liberdade de expressão e por outra comunicação no Brasil!

    Somos um dos países com maior concentração
    nos meios e com menor representação de nossas diversidades na mídia. Uma mídia que, quando não silencia nossas lutas, nos criminaliza; que não respeita a laicidade do Estado e que, nos programas policialescos (fundamentais para o crescimento do fascismo no Brasil), legitima uma cultura de violência contra mulheres, pobres e jovens negros. Uma mídia que respalda a ambição da elite econômica e desconsidera os impactos dessa política na vida da população. No 8 de Março, levantamos nossa voz por outra comunicação!

    Por uma cultura viva!

    A cultura representa geração e circulação de renda, bem estar social e formação de identidade cidadã e individual. É um espaço de diversidade e equidade,
    de liberdade de expressão. É uma indústria potente,
    que fala globalmente e que se fortaleceu através das políticas públicas. Mas, desde o início, o governo atual tem desmontado as políticas de desenvolvimento, fomento e promoção à cultura, prejudicando o sustento de milhares de famílias e atacando a sociedade em sua dimensão simbólica. Um país sem cultura é um país sem identidade e soberania. Queremos a volta das políticas públicas para a cultura e mais mulheres nestes espaços! Pelo direito à memória!

    Nossa solidariedade internacional!

    Aos povos que sofrem e que resistem aos golpes de estado e às políticas neoliberais, aos nossos irmãos e irmãs chilenas, equatorianas, haitianas, panamenhas, colombianas, hondure- nhas, bolivianas,externamosnossasolidariedadeeveemente repúdio aos governos opressores. Repudiamos as sanções eco- nômicas dos EUA impostas aos povos de Cuba e da Venezuela. A autodeterminação dos povos é fundamental. Não à invasão da Venezuela; não em nosso nome! Repudiamos também o acordo proposto por EUA e Israel. A Palestina não está à venda! E defendemos a libertação de Julian Assange, que revelou in- formações sobre a intervenção dos EUA na soberania de vários países, entre eles o Brasil.

    Não podemos continuar pagando o preço de um pensamento fundamentalista e viver neste cenário de retrocessos e de terror que se instalou no Distrito Federal e no Brasil. É em cima do corpo das mulheres que o autoritarismo de Ibaneis e Bolsonaro se manifestam. Lutamos por uma sociedade com justiça social. Em, honra daquelas
    que tombaram por sua liberdade e a das futuras gerações, seguiremos na defesa da democracia! Enquanto uma de nós estiver de pé, marcharemos contra essa ofensiva conservadora e a política econômica ultraneoliberal.

    No dia 8 de Março, vamos ocupar as ruas de todo o país. Pela vida de todas as mulheres, contra o racismo, o machismo e
    o fascismo. Vamos juntas!!! Mulheres contra Bolsonaro!

    Nossa agenda de lutas em março

    Nossa luta não termina no dia 8 de Março. Diante da grave conjuntura em que, se aprofundam os ata- ques à democracia, à soberania e aos nossos direitos, também estaremos nas ruas nos dias:

    • 14 de março, quando completam dois anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
    • 18 de março, quando as centrais sindicais e entidades da classe trabalhadora realiza- rão um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos, da Educação e Contra as Privatizações

     

  • Feministas vão às ruas contra Bolsonaro no 8 de março

    Feministas vão às ruas contra Bolsonaro no 8 de março

    do site da marcha mundial das mulheres

    Sob o lema “Resistimos para viver, marchamos para transformar”, a Marcha Mundial das Mulheres lança sua 5ª Ação Internacional.

    No próximo domingo, 8 de março, Dia Internacional de Luta da Mulher, as feministas vão às ruas em todo o país pela vida das mulheres, contra Jair Bolsonaro, sua política econômica e o aumento da violência machista e racista.

    No panfleto “Fora Bolsonaro! As mulheres querem trabalho digno, liberdade, democracia”, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) elenca motivos pelos quais as feministas se posicionam contra o atual governo; e reivindica saúde, educação, moradia, soberania popular, justiça ambiental e uma vida sem violência.

    Na mesma data, a Marcha Mundial das Mulheres lançará sua 5ª Ação Internacional com o lema “Resistimos para viver, marchamos para transformar”. Acontecerão atividades públicas de lançamento em todo o mundo e, no Brasil, em todas as regiões: falas públicas, piqueniques agroecológicos, intervenções culturais, exposição sobre a história do movimento… tudo isso vai acontecer antes, durante ou depois as manifestações unificadas.

    A agenda da 5ª Ação Internacional, que ocorre no ano em que a MMM celebra seu 20º aniversário, vão até 17 de outubro. Em maio, o movimento realizará uma grande ação nacional em Natal (RN).

    As mobilizações pelo Brasil estão sendo reunidas aqui, de forma colaborativa, em construção permanente:

    São Paulo (SP)
    Mulheres Contra Bolsonaro, por nossas vidas, democracia e direitos. Justiça para Marielle, Cláudias e Dandaras!
    14h na Avenida Paulista
    + Piquenique agroecológico e cultural 11h

    Maceió (AL)
    Mulheres unidas pelo direito de viver sem violência
    + Festival cultural 14h em frente ao Iate Clube Pajuçara

    Palmas (TO)
    Ato 7h na Feira da Aureny I com lançamento

    Araguaína (TO)
    8 de março unificado pela vida das mulheres – Malu da Tapioca, Presente!
    Praça São Luiz Orione

    São Luis (MA)
    8: Ato político cultural de lançamento da 5ª Ação na Feirinha São Luís – Praça Benedito Leite
    9: Ato Praça Deodoro 15h com foco no Bolsonaro

    Vitória (ES)
    6: caminhada
    8: festival cultural “Basta de violência: mulheres nas ruas por direitos”

    Caruaru (PE)
    8: lançamento no armazém do campo com show da Gabi da Pele Preta
    12: ato “Nem cá mulesta esse estado burguês e opressor”

    Aracaju (SE)
    Ato no terminal de ônibus na praia de Atalaia + lançamento

    Manaus (AM)
    Virada das mulheres contra os Feminicídios: por nós, por elas e por todas

    Parintins (AM)
    7 e 8: festival de atividades “Teçumes de resistência”, na Teia de culturas

    Florianópolis (SC)
    5 a 8: Encontro das mulheres guaranis
    + ato de lançamento com mulheres indígenas, de ocupações e movimentos

    Recife (PE)
    9: ato “Mulheres contra a violência do Estado racista, patriarcal e capitalista” 13h no Pq. 13 de Maio

    Caruaru (PE)
    Lançamento 16h no Armazém do Campo com show de Gabi da Pele Preta

    Garanhuns (PE)
    7: ato “Parem de nos matar! Mulheres contra a retirada de direitos e todas as formas de violência”, 9h em frente ao INSS
    Brasília (DF)
    ato “Pela vida de todas as mulheres contra o racismo, o machismo e o fascismo”, 8h no Pavilhão da Cidade

    Natal (RN)
    ato “Mulheres em resistência: Pela vida e por Direitos” (Frente Brasil Popular), 8h às 12h, concentração na Praça das Flores

    Mossoró (RN)
    Caravana “As mulheres querem trabalho digno, liberdade, democracia, justiça para Marielle e Fora Bolsonaro e toda a sua política anti-povo!”, 7h na Cobal.

    Fortaleza (CE)
    Festival “Pelas vida das mulheres, contra o fascismo, o machismo, o racismo, a LBTfobia em defesa dos direitos e da democracia”

    João Pessoa (PB)
    Festival político-cultural “Basta de violações! Juntas por direitos!” a partir das 15h no Busto de Taramdaré

    Belo Horizonte (MG)
    Ato “Só da luta brota liberdade” 9h, concentração Ocupação Pátria

    Juiz de Fora (MG)
    7: ato unificado “É pela vida das mulheres” + festival Marielle Franco com feira de economia solidária
    8: lançamento talvez piquenique com batucada

    Simonésia (MG)
    Ato 17h no centro de Simonésia

    Curitiba (PR)
    Ato “Mulheres da favela exigem paz” concentração às 8h na Rua Santa Zita 281

    Rio de Janeiro (RJ)
    8: atividades descentralizadas. Panfletagem 10h em Copacabana com panfletagem
    9: ato unificado “Pela vida de todas as mulheres, por democracia e contra a retirada de direitos! Um Rio de coragem feminista contra a violência e os governos fascistas!”

    Atos nas Capitais;

  • ELISA LUCINDA: Em Portugal, com o Brasil a doer no coração

    ELISA LUCINDA: Em Portugal, com o Brasil a doer no coração

    Elisa Lucinda na terra de Eça de Queiroz, onde participou do Encontro Internacional Literário Correntes D’Escritas - foto: Jonathan Estrella
    Elisa na terra de Eça:  “o mundo está assistindo nossa dor” – foto: Jonathan Estrella

    Estou em Póvoa de Varzim, terra de Eça de Queiroz, lindo lugar que pertence ao distrito do Porto, lançando o livro “A fúria da beleza” por uma editora luso cabo-verdiana, Rosa de Porcelana… Uma beleza. Somos muitos autores neste Encontro Internacional Literário bem chamado de Correntes D’Escritas. O país que nos colonizou vai muito bem, respeitando as artes e as ciências humanas e exibindo escolas públicas de altíssima qualidade. Pois vai muito bem mesmo este nosso Portugal. (não se preocupem não vou morar aqui… rsrs). É nutrição de esperança ver Portugal brilhando como esquerda europeia. O pequeno imenso país vai mesmo muito bem.

    Meu coração brasileiro é que não.

    Tenho vergonha do desmonte lá de casa. Vim representar um país cujo governo o despreza e o ataca diariamente. Para ele, fodam-se os índios, os pretos, a diversidade de gênero, a Amazônia, nossos metais valiosos, nossos museus, nossas universidades, nossa ciência, nossa pesquisa, nossa sustentabilidade, a soberania nacional. A elite brasileira não perdoa um governo que olhe para o povo. Por isso o ministro da justiça Sérgio Moro não luta mais contra corrupção; notaram? Se esqueceu da possível armação rachadinha do Queiroz, faz vista grossa para milícias e tudo que possa ferir o poder que alcançou negociando cargo em plena gestão de suas condenações da lava jato. Moro parece só pensar agora em ser o próximo presidente, e não tem tempo para a justiça. Tampouco se explica ao país. O poder é mais um dos seus brinquedinhos, coisa de menino rico que só sabe ser o dono da bola e ganhar sozinho o jogo. Nada pra ele é do coletivo. Não está nem aí pro genocídio da juventude negra pois, em sua balança cega para os que dela precisam, pesa a desigualdade. A cada hora uma criança perde a vida no Rio de Janeiro na chamada guerra contra o crime. E só é assassinada criança preta e pobre. Os petroleiros estão em greve. A cada hora um trabalhador perde ainda mais sua possibilidade de trabalho na constante desindustrialização do país por parte deste governo. Também, fodam-se os trabalhadores pois o ministro da economia quer o dólar alto por que não quer saber desta farra de domésticas viajando pra Disney sem parar, já que, a sonhada bobagem de grandes bonecos de Mickey e Pateta, é simbologia branca da classe média, e de quem tem dinheiro. Não é pra pobre não, senão vira bagunça. O presidente é racista, homofóbico, misógino e publicamente sem qualquer pudor, desrespeitador das mulheres e de várias vastas “minorias”. Tenho vergonha dele. Aqui ainda me sinto mais mal. Trago um Brasil doente no peito. Na internet do mundo rola o fedor da nossa roupa suja. O pessoal aqui tá sabendo. O ataque baixo do presidente à jornalista Patricia Campos Mello, ao jornal Folha de S.Paulo e a toda imprensa independente que o está criticando, todo mundo tá sabendo. Que horror! Socorro! Estou num festival de letras representando um país cujo presidente não me representa, não acredita nas letras e que, em nome de deus quer que o pobre continue pobre e não tenha dignidade nem saída. Estou representando um país cujo presidente se tornou internacionalmente metáfora de coisa ruim. Referência de despotismo, de fascismo, de atraso. Todos o sabem. Perguntam-me nas ruas daqui estarrecidos. Na lanchonete o rapaz que faz o sanduíche me questiona: “O que aconteceu ao Brasil? O homem só faz estragos! Só diz asneiras! E a Regina Duarte, será que não vê isto, oi?”

    Por isso, declaro aos presentes aqui: Sei que o mundo está assistindo nossa dor.

    Nossa democracia sofre duros e sucessivos golpes numa nocauteante sequência. Estava num bom caminho e nitidamente desandou aos nossos olhos e aos olhos do mundo que sinceramente tinham o Brasil num imaginário de um notável país, amante da liberdade e em desenvolvimento que, reduziu a fome, ostentou o SUS como melhor atendimento de saúde pública do mundo, zerou o analfabetismo, foi referência no combate à Aids. Fez o dinheiro circular e o trabalhador começou a poder andar de avião. Diminuiu com forte impacto a população abandonada e moradora das ruas das grandes cidades. Preto, indígena e pobre ocupando lugares nobres nas PUCs e outras importantes Universidades, LGBTQI+ avançando nitidamente ao seu lugar legítimo de cidadania.

    De repente, o tempo virou.

    Rapidamente o Brasil sai deste lugar pra virar constrangimento? Para citar e namorar os conceitos nazistas em pleno 2020? Enquanto as universidades do mundo estudam e aplicam o método Paulo Freire de ensino o presidente o ataca, ofende sua memória, importância e saber, na cara de quem o estudou? O presidente se volta contra a literatura, o cinema, os artistas, os professores, os direitos humanos? Enquanto os terreiros de candomblé e umbanda são atacados e vilipendiados por neo fundamentalistas, a Damares faz de seu ministério um templo, defende abstinência sexual para os jovens e o Estado, que era laico, faz culto evangélico na assembleia do Rio???!!!! O racista Sérgio Camargo insiste em assumir a Fundação Palmares, criada para defender os direitos dos negros! O cara está sendo imposto como um lobo destinado a cuidar das chapeuzinhos. Ele tem sede. É capitão do mato. É como designar um pedófilo para coordenar uma creche. Mas venho avisar a este mundo que estamos lutando. O senhor Sérgio não nos representa e não vai ocupar a presidência que leva o nome do Quilombo mais poderoso de que já se teve notícia. Quem trai Zumbi não ocupará Palmares. Este presidente não nos representa. Falo em nome dos que nunca acreditaram neste governo e também dos que por ele foram traídos e só agora estão entendendo. E parabenizo os nossos constitucionalistas, os ativistas, os bravos parlamentares, os professores, os estudantes, os petroleiros, povos da floresta, povos das favelas, povos quilombolas, ambientalistas, aqueles que de suas trincheiras não cansam de lutar. Bolsonaro não tem partido nem tem o congresso. Se cercou de militares, e não aceita que nem todo seu desejo possa virar decreto. A lei o atrapalha. O congresso e a constituição complicam sua vida.

    O Brasil se revelou na sua hipocrisia:

    Está mais assumidamente racista, perdido nas fake news, vendo atrocidades em nome de Deus, da pátria e da família. Mas está cada vez menos explicado: de qual Deus, de que pátria e de qual família fala o presidente? E quem entrou pelo sistema de cotas na universidade está entendendo sim e explicando pro seu pessoal, esclarecendo, conscientizando. Agora temos mais advogados pretos, temos rede social filmando as barbáries, desafiando e esfregando na cara da sociedade a realidade que ninguém quer e ninguém queria ver. O mundo mudou. O país é novo e complexo. Por isso advogados rapidamente se apresentaram diante do abuso sofrido por Raull Santiago. Sempre foi assim pros pretos. Desde o nosso holocausto que durou 400 anos. Há muito nos matam por lá. Por isso o governo Lula criou a Secretaria Especial da Igualdade Racial que este governo fez questão de acabar. Mas agora todo mundo vê. Lê. A fofoca é geral. Salva, comenta e compartilha. Estamos mais articulados do que nunca e, embora mais silencioso do que o conjunto de seus algozes, o quilombo contemporâneo se avoluma. A minoria está ficando do tamanho da maioria que é. É ao vivo, em tempo real, sem edição. Haverá revolução.

    Agradeço a esse encontro das Correntes D´Escritas, lugar onde a palavra é celebrada, em que várias vezes o Brasil foi citado como uma preocupação mundial. Sei que vocês sabem que o Brasil não é um caso isolado, e a retrógrada e insana mão da extrema direita ameaça o mundo. Por isso o Brasil percebe a solidariedade de todas entidades do planeta comprometidas com a igualdade, sabedora de que a desigualdade não produzirá a paz. Aproveito para compartilhar uma das lições que a nossa democracia duramente está recebendo: Nós da esquerda temos que nos livrar de costumes separatistas, preconceituosos que engendramos e praticamos em nossa política do cotidiano, e dos quais se aproveitam as forças conservadoras. Enquanto formos machistas, racistas e homofóbicos na vida íntima ou coletiva, mais estaremos vulneráveis ao nazismo e ao fascismo. Agradeço a este país que me recebe de braços abertos, aos escritores e poetas do mundo que cá estão, e faço questão de vos lembrar as palavras de Martin Luther King: “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”. Há um país que não aceita mais o racismo explícito do jornalista William Waack ou do Rodrigo Bocardi e que, apesar de sofrer toda a peste da evangelização tóxica em toda parte a dominar as mentes com seus moralismos, há um país cuja população adulta é filha da liberdade, e seus filhos mais ainda. Há uma país que não abrirá mão desta liberdade, que não a negociará, e que não vai parar de fazer amor, nem de exigir saber quem mandou matar Marielle!

    Póvoa de Varzim, Inverno em fevereiro, 2020

     

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